Efeito da densidade de estocagem na homogeneidade do crescimento de juvenis de pirarucu em ambiente confinado

July 10, 2017 | Autor: Rodrigo Roubach | Categoria: Pesquisa
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Efeito da densidade de estocagem na homogeneidade

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Efeito da densidade de estocagem na homogeneidade do crescimento de juvenis de pirarucu em ambiente confinado(1) Bruno Adan Sagratzki Cavero(2), Manoel Pereira-Filho(2), Rodrigo Roubach(2), Daniel Rabello Ituassú(2), André Lima Gandra (2) e Roger Crescêncio(3)

Resumo – O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da densidade de estocagem sobre a homogeneidade do crescimento de juvenis de pirarucu (Arapaima gigas) em tanques-rede de pequeno volume. Foram usados 12 tanques-rede de 1 m3 em um viveiro de 120 m2 perfazendo três tratamentos (15, 20 e 25 peixes/m3) com quatro repetições. Os peixes foram estocados com peso médio inicial de 10,1±0,3 g e distribuídos homogeneamente (p>0,05) entre os tratamentos. Os coeficientes de variação do crescimento e do fator de condição não apresentaram diferenças significativas (p>0,05) ao contrário do consumo e da conversão alimentar aparente (p0.05) between treatments. Coefficient of variation for growth and condition factor did not present significant (p>0.05) differences, contrary to consumption and apparent feed conversion (p0,05) nas unidades experimentais, com peso médio inicial de 10,1±0,36 g. Os dados de peso (g) e comprimento (cm), de cada uma das unidades experimentais, ao final do experimento, foram usados para calcular os seguintes parâmetros de desempenho dos peixes: Ganho de peso (GP) = peso final - peso inicial; consumo individual médio de ração no final do experimento (CIMFi) = Σ consumo médio diário (por tanque-rede); conversão alimentar aparente (CAA) = CIMFi/(Peso médio final - Peso médio inicial); fator de condição (K) = peso final/comprimento final; coeficiente de variação do peso dos peixes (CVP, %) = 100 (desvPm/peso médio final); coeficiente de variação do comprimento dos peixes (CVC, %) = 100(desvCm/comprimento médio final); coeficiente de variação do fator de condição (CVK, %) = 100 (desvK/K médio final). A influência ambiental sobre o desempenho dos peixes foi verificada a cada quatro dias a partir das observações de parâmetros físico-químicos da água como amônia total (NH3 + NH4+) em mg/L, condutividade elétrica (µS/cm2), nitrito (NO2-) em mg/L, oxigênio dissolvido em mg/L, pH, temperatura (ºC) e transparência (cm).

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Efeito da densidade de estocagem na homogeneidade As observações comportamentais sobre a ocorrência de agressões, competição por alimento e canibalismo, foram realizadas visualmente durante o período de cada alimentação. Para garantir a homogeneidade dos peixes no início do experimento, estes foram pesados (g) e a seguir os dados foram analisados através do teste F a 5% de probabilidade (Ayres et al., 2000). Os dados da biometria final dos tratamentos foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade (Mendes, 1999).

Média±desvio-padrão

Variação

7,2±1,8 28,4±1,45 40,0±5,2 64,1±27,3 0,0±0,0 0,5±0,0 6,0±1,5

5,0-9,8 24,5-29,8 31,0-46,0 29,0-100 0 0 3,8-8,2

la 3) não apresentaram diferenças significativas entre os tratamentos (p>0,05), refletindo nas distribuições das amplitudes de variação do peso e comprimento médio dos peixes entre os tratamentos. Esses resultados podem ser visualizados pelos coeficientes de variação de peso (CVP) e comprimento (CVC) dos peixes, os quais também não apresentaram diferença significativa entre os tratamentos (p>0,05) (Tabela 3). Carneiro (1997) também constatou falta de correlação entre os coeficientes de variação de peso e comprimento, com as densidades de estocagem, em tilápias vermelhas da Flórida (Oreochromis mossambicus x O. niloticus) em tanques-rede. Já Watanabe et al. (1990) e Suresh & Lin (1992) constataram que tilápias vermelhas, quando criadas em tanques-rede, apresentam maior heterogeneidade do que aquelas criadas em viveiros convencionais. Os resultados de Watanabe et al. (1990) e Suresh & Lin (1992) provavelmente foram influenciados pela demanda de oxigênio dentro dos tanques-rede com o aumento da densidade, uma vez que as espécies citadas nesses trabalhos possuem respiração aquática, ao contrário do pirarucu, que possui respiração aérea obrigatória e obtém a maior parte do oxigênio através da bexiga natatória (Brauner & Val, 1996). O fator de condição (K) não apresentou diferença significativa entre os tratamentos (p>0,05) (Tabela 4). Entretanto, os coeficientes de variação do fator de condição (CVK) apresentaram diferenças significativas entre os tratamentos (p
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