EFEITO DA INCLUSÃO DO SUBPRODUTO DE CAJU (ANACARDIUM OCCIDENTALE L.) EM DIETAS PARA OVINOS SOBRE A DIGESTIBILIDADE DE …

July 9, 2017 | Autor: Carlos Machado | Categoria: Crude Protein, Dry Matter, Metabolizable Energy
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EFEITO DA INCLUSÃO DO SUBPRODUTO DE CAJU (ANACARDIUM OCCIDENTALE L.) SOBRE O CONSUMO DE NUTRIENTES EM DIETAS PARA OVINOS1 RICARDO FONTENELE LIMA2, MARCOS CLÁUDIO PINHEIRO ROGÉRIO3, IRAN BORGES4, JOSÉ NEUMAN MIRANDA NEIVA5, JOSÉ CARLOS MACHADO PIMENTEL6, SALETE ALVES DE MORAES7, GABRIMAR ARAÚJO MARTINS3, NORBERTO MARIO RODRIGUEZ4, ELOISA DE OLIVEIRA SIMÕES SALIBA4 1

CNPq, FUNCAP/PROCAD, Banco do Nordeste Estudante do curso de Zootecnia da Universidade Estadual Vale do Acaraú, Sobral-CE, e-mail: [email protected] 3 Professor do curso de Zootecnia da Universidade Estadual Vale do Acaraú, Sobral-CE 4 Professor do Departamento de Zootecnia da Escola de Veterinária da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte-MG 5 Professor do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Tocantins, Araguaína-TO 6 Pesquisador da EMBRAPA Agroindústria Tropical, Fortaleza-CE 7 Doutoranda em Ciência Animal-UFMG, Belo Horizonte-Minas Gerais 2

RESUMO: O presente estudo foi conduzido objetivando avaliar a influência da inclusão do subproduto de caju (Anacardium occidentale L.) sobre os consumos de nutrientes (por unidade de tamanho metabólico – UTM) de dietas experimentais isofibrosas e isoprotéicas contendo este subproduto. Vinte ovinos machos e inteiros foram submetidos a dietas contendo quatro níveis de inclusão do subproduto (zero; 19%; 38%; 52%), em delineamento inteiramente ao acaso, com cinco repeticões. Maiores consumos de matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), fibra em detergente neutro (FDN), hemiceluloses (HCEL) e de energia metabolizável EM) foram evidenciados para o tratamento que incluiu 19% do subproduto. O subproduto de caju apresenta potencialidade como alimento para ruminantes. Em se tratando da fibra consumida, houve prejuízo particularmente para o consumo de energia metabolizável em concentrações de subproduto de caju superiores a 19% do total dietético. PALAVRAS-CHAVE: fibra, frutas, nutrição, ruminantes

EFFECT OF THE INCLUSION OF CASHEW'S BY-PRODUCT (ANACARDIUM OCCIDENTALE L.) ON THE INTAKE OF NUTRIENTS IN DIETS FOR SHEEP ABSTRACT: The study aimed to evaluate the influence of inclusion of cashew's by-product (Anacardium occidentale L.) on the intake of nutrients (unit metabolic size - UMS) of isofibrous and isoproteics experimental diets containing this byproduct. Twenty rams were randomly to four levels of inclusion of cashew's by-product (zero; 19%; 38%; 52%) in a completely randomized design with five replications. Higher intakes of dry matter (DM), crude protein (CP), neutral detergent fiber (NDF), hemicelluloses (HCEL) and metabolizable energy (ME) were evidenced for treatment that included 19% of the by-product. The cashew's by-product presented potential as food for ruminants. There was damage particularly for the intake of metabolizable energy when the inclusionin of cashew's by-product was higher than 19% of total diet.

file://D:\8_Ruminantes\1519.htm

17/08/00

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KEYWORDS: fiber, fruits, nutrition, ruminants

INTRODUÇÃO O cajueiro (Anacardium occidentale) é originário do continente americano e ocupa lugar de destaque entre as plantas frutíferas tropicais, em face da crescente comercialização da amêndoa e do líquido de castanha de caju. A castanha é o verdadeiro fruto. O pseudofruto é o pedúnculo hipertrofiado, rico em vitamina C e usado na fabricação de doces e bebidas. Os principais subprodutos do caju para uso na alimentação animal são o farelo de castanha de caju e o farelo de bagaço de caju. O farelo de castanha de caju é um subproduto da industrialização da amêndoa e o farelo do bagaço é o subproduto da industrialização do pedúnculo do caju após a extração do suco. Com o presente estudo avaliou-se o consumo de nutrientes de dietas experimentais, fornecidas a cordeiros em crescimento, contendo o farelo do bagaço de caju. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi realizado no Setor de Forragicultura do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal do Ceará, em Fortaleza, Ceará. O subproduto de caju (Anacardium occidentale L.) compunha-se basicamente de bagaço do pseudofruto após a extração do suco, que após secagem ao sol foi picado grosseiramente. O feno do capim elefante (Pennisetum purpureum) fornecido era proveniente de capineira existente na Fazenda Experimental da Universidade Federal do Ceará, localizada em Pentecoste - Ceará, obtido por corte manual diário e idade ao corte aproximada de 57 dias. Pretendeu-se a inclusão do subproduto de caju nos níveis zero, 18, 37 e 56 % a uma dieta básica composta de feno de capim elefante, milho e farelo de soja. Procurou-se atender o requisito de proteína bruta (14,7%), prescrito pelo NRC (1985), para cordeiros em terminação com 30Kg de peso vivo e ganho de peso diário superior a 200g e estabelecer um nível de fibra dietético máximo, idêntico para os quatro tratamentos, de modo que os níveis de energia se aproximassem daquele prescrito pelo NRC (1985), ou seja, 72% de nutrientes digestíveis totais (NDT). Foram utilizados 20 cordeiros machos e inteiros com seis meses de idade e peso vivo médio de 24 kg que foram previamente desverminados e alojados em gaiolas de metabolismo com bebedouros, comedouros e saleiros plásticos, dotados de dispositivos apropriados para colheita de urina e fezes. As dietas foram divididas em duas refeições iguais e oferecidas bem misturadas aos ovinos, às 7 h e 30 min e a outra às 17 h e 30 min. Água e sal mineralizado estiveram disponíveis à vontade. Amostras do alimento oferecido e das sobras foram retiradas e pesadas diariamente às sete horas. A colheita total de fezes também foi diária. Para as determinações de matéria seca (MS), matéria orgânica (MO) e cinzas, extrato etéreo (EE), proteína bruta (PB), cálcio e fósforo do material analisado seguiu-se à metodologia proposta por AOAC (1980). Já para a quantificação da fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente ácido (FDA), celulose (CEL), hemiceluloses (HCEL) e ligninas, utilizou-se a metodologia proposta por Van Soest et al. (1991). O delineamento experimental foi o inteiramente ao acaso, com quatro tratamentos (quatro níveis de inclusão do subproduto) e cinco repetições (animais) por tratamento. As análises estatísticas foram feitas mediante o uso dos softwares SAEG (Sistema de Análises Estatísticas e Genéticas) (Ribeiro Júnior, 2001) e SAS (Statistical Analyses System) (Littell et al., 1991). As médias foram comparadas utilizando-se os testes t e SNK (P
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