Eficiência agronômica de produtos organominerais líquidos na produção da alface

June 24, 2017 | Autor: José Magno | Categoria: Randomized Block design, Lactuca Sativa, Dry Matter
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Descrição do Produto

Eficiência

agronômica

de

produtos

organominerais

líquidos

na

produção da alface. Guilherme Fabiano Dias Freire1; José Magno Queiroz Luz1;Ricardo Carreon2; João Evangelista Guirelli1; Ivanildo Raimundo da Silva1. 1

UFU-Instituto

de

Ciências 2

Agrárias,

C.Postal

593,

Cep.

38.400-783

Uberlândia



MG,

o

[email protected] , AMINOAGRO, SAA/NORTE Quadra , n 980 Cep. 70632-100 Brasília-DF

RESUMO Avaliou-se 13 produtos organominerais líquidos na produção de alface (Lactuca sativa), Cultivar Vera. O experimento foi conduzido na Fazenda Experimental do Glória da Universidade Federal de Uberlândia, no período de agosto a outubro de 2004. As variáveis analisadas foram: diâmetro de cabeça, pesos das matérias fresca e seca da parte aérea e de raízes. Os produtos utilizados foram Nobrico Star (3ml/L), Aminolom Algavit (5ml/L), Aminolom Foliar (5ml/L), Aminolom Floracion (5ml/L), Aminolom Madudacion (5ml/L), Aminolom TGV (5ml/L), Lombrico Mol 75 (5ml/L), Algarem (5ml/L), Vitam (5ml/L), Viva (5ml/L), Supa Potássio (5ml/L), Kelpac(3ml/L) e testemunha. Os melhores tratamentos nas variáveis analisadas foram Aminolom Floracion, Aminolom TGV, Aminolom Foliar, Vitam, Lombrico Mol 75 e Nobrico Star. Palavras-chave: Lactuca sativa; adubação orgânica foliar, fertirrigação ABSTRACT Lettuce agronomic production with mineral-organic-fluid products. Were assessed 13 mineral-organic-fluid products for the lettuce production (Lactuca sativa), Vera cultivate. The experiment was conducted at Federal University of UberlândiaMG, Brazil, during August to October of 2005, using a randomized block design with four replications. The used products were Nobrico Star (3ml/L), Aminolom Algavit (5ml/L), Aminolom Foliar (5ml/L), Aminolom Floracion (5ml/L), Aminolom Madudacion (5ml/L), Aminolom TGV (5ml/L), Lombrico Mol 75 (5ml/L), Algarem (5ml/L), Vitam (5ml/L), Viva (5ml/L), Supa Potássio (5ml/L), Kelpac(3ml/L) and witness. The assessed variables were: diameter of the plant, fresh and dry matter weight from aerial plant part and roots. The best results produced for the assessed variables were Aminolom Floracion, Aminolom TGV, Aminolom Foliar, Vitam, Lombrico Mol 75 and Nobrico Star. Keywords: Lactuca sativa; application of organic leaf fertilizer. O uso de produtos contendo minerais juntos a matéria orgânica e outros componentes orgânicos como os aminoácidos livres e o extrato de algas, via foliar ainda é pouco estudado no cultivo de hortaliças. Dentre as hortaliças em que estes produtos podem ser benéficos, está a cultura da alface. A matéria orgânica quando junta com os nutrientes

minerais facilita a absorção destes últimos e ainda auxilia no transporte de fotoassimilados elaborados pela própria planta. Uma das frações da matéria orgânica é a húmica (Kiehl, 1985) e seu extrato húmico melhora e estimula a flora microbiana envolta do sistema radicular, facilita a liberação dos nutrientes, aumenta a retenção de água, a aeração, a retenção de nutrientes, o estado do agregado do solo e, principalmente, a formação de quelatos naturais influenciando diretamente na nutrição da planta. Os aminoácidos livres além de servirem como porta de entrada dos nutrientes na planta e de serem uma excelente fonte de energia inicial, são precursores de hormônios essenciais ao processo de enraizamento. Outra vantagem é estimular a produção de fitoalexinas que funcionam como anticorpos naturais. O extrato de algas também é uma fonte de hormônios essenciais ao enraizamento e crescimento das plantas. Diante do exposto o objetivo deste trabalho foi avaliar a eficiência agronômica de diferentes produtos organominerais líquidos, aplicados via foliar na cultura da alface, cultivar Vera. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido na Fazenda Experimental do Glória da Universidade Federal de Uberlândia, no período de Agosto à Outubro de 2004, e contou de 13 tratamentos (produtos) submetidos a 4 repetições, sob delineamento de blocos ao acaso. Os produtos aplicados semanalmente desde da fase de mudas foram NOBRICO STAR (3ml/L), AMINOLOM ALGAVIT (5ml/L), AMINOLOM FOLIAR (5ml/L), AMINOLOM FLORACION (5ml/L), AMINOLOM MADUDACION (5ml/L), AMINOLOM TGV (5ml/L), Lombrico MOL 75 (5ml/L), ALGAREM (5ml/L), VITAM (5ml/L), VIVA (5ml/L), Supa Potássio (5ml/L), KELPAC(3ml/L) e testemunha. A cultivar utilizada foi a Vera, plantada no espaçamento de 30 x 25 cm, em canteiros e cada parcela teve 2 m2 com três linhas de plantio e oito plantas por linha. As plantas receberam os tratos culturais comuns à cultura da alface, exceto cobertura com adubo nitrogenado e potássico. A colheita foi feita aos 65 dias após a semeadura e as plantas centrais da parcela foram arrancadas por inteiro e nestas foram avaliados o diâmetro da planta, e pesos das matérias fresca e seca da folha, caule e raízes. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os maiores diâmetros de cabeças ocorreram em plantas tratadas com AMINOLOM FLORACION, AMINOLOM FOLIAR, VITAM e AMINOLOM TGV que não se diferiram estatisticamente, e os três últimos não se diferiram dos tratamentos com LOMBRICO MOL75 e NOBRICO STAR (Tabela 1). As plantas tratadas com esses produtos tiveram em média 28,5 cm de diâmetro transversal, diferindo significativamente da testemunha que apresentou 19,7 cm. Com relação as variáveis pesos das matérias fresca e seca da

parte aérea (Tabela 1), os melhores resultados foram encontrados nos tratamentos com AMINOLOM FLORACION, VITAM, AMINOLOM FOLIAR, AMINOLOM TGV e Lombrico MOL 75 e NOBRICO STAR os piores resultados foram os tratamentos com VIVA, AMINOLOM ALGAVIT, SUPA Potássio, KELPAC, AMINOLOM MADURACION que não se diferiram estatisticamente da testemunha. Com base na classificação utilizada pelos CEASA (2005), as plantas de alface da testemunha e dos piores tratamentos se enquadram na Classe 5 (peso menor que 100g), que é a pior classe, com pouco ou sem valor comercial. Já as plantas submetidas aos melhores tratamentos

tiveram

classificações Classe 20 (de 200 a 250g) e Classe 25 (de 250 a 300g), que são classes de bom valor comercial. Resultados semelhantes ocorreram para os pesos das matérias fresca e seca das raízes (Tabela 1). Os resultados expostos acima, podem ser explicados pelo fato que os produtos que deram os melhores resultados possuem como um de seus componentes majoritários o Nitrogênio, além de matéria orgânica, aminoácidos e os micronutrientes B, Cu, Mn e Zn, o que provavelmente levou a um maior crescimento das cabeças de alface. Neste contexto, vale ressaltar que na cultura da alface, o Nitrogênio é junto com o Fósforo os nutrientes de maiores respostas em produtividade e por ser uma hortaliça folhosa, cujas folhas constituem a parte utilizável, a maior parte do N deve ser aplicada em cobertura e também há recomendações dos micronutrientes Boro, Cobre, Zinco e Molibdênio, e devido ao ciclo curto e ao sistema radicular superficial, os adubos minerais utilizados devem fornecer os nutrientes em forma prontamente assimilável (Katayma, 1993; Fernandes e Martins, 1999; Filgueira, 2003). Já os produtos que não deram respostas significativas como AMINOLOM MADURACION, SUPA POTÁSSIO e VIVA destacam-se em Potássio em suas composições, e segundo Filgueira (2003), não há efeito do K em maior produção de alface, já o produto KELPAK não possui N em sua composição, e o AMINOLOM ALGAVIT possui em sua composição reguladores de crescimento que podem ter afetado negativamente o desenvolvimento da alface. Diante do exposto, conclui-se que os produtos Aminolom Floracion, Aminolom TGV, Aminolom Foliar, Vitam, Lombrico Mol 75 e Nobrico Star, mostraram resposta agronômica na cultura da alface, cultivar Vera.

Tabela 1. Diâmetro da cabeça, peso matéria fresca da parte aérea (PMFPA), peso matéria seca da parte aérea (PMSPA), peso matéria fresca da raiz (PMFR) e peso matéria seca da raiz (PMSR) de plantas de alface, cultivar Vera, tratadas com produtos organominerais líquidos. Uberlândia, UFU, 2004. PMFPA PMSPA PMFR PMSR Tratamentos Diâmetro (g) (g) (g) (g) (cm) 292.5 a 14.6 a 8.9 a 0.86 a AMINOLOM 31.7 a FLORACION 253.7 a 12.9 ab 7.6 ab 0.65 ab AMINOLOM FOLIAR 29.8 ab 256.5 a 12.5 ab 9.0 a 0.71 ab VITAM 29.1 ab 247.8 a 13.2 ab 7.8 ab 0.70 ab AMINOLOM TGV 27.4 abc 218.8 ab 12.1 ab 7.4 abc 0.81 a Lombrico MOL 75 26.7 bc 206.5 ab 10.1 bc 7.9 ab 0.73 ab NOBRICO STAR 26.0 bcd 144.9 bc 7.7 cd 5.1 bcd 0.42 b VIVA 24.0 cde 128.9 bc 6.9 cd 5.2 bcd 0.42 b AMINOLOM 23.8 cde ALGAVIT 103.0 c 5.6 d 4.4 cd 0.35 b SUPA Potássio 21.6 de 81.6 c 4.6 d 4.5 cd 0.37 b KELPAC 20.8 e 91.7 c 4.8 d 3.5 d 0.35 b AMINOLOM 20.3 e MADURACION 75.0 c 4.5 d 3.9 d 0.36 b TESTEMUNHA 19.7 e 91.19 4.3 2.97 0.383 CV 5% 4.4 107.87 5.09 3.51 0.454 DMS 1% 5.2 Medias seguidas por letras distintas na coluna diferem entre si ao nível de 5% pelo teste de Tukey. LITERATURA CITADA CEASA MG. Programa Brasileiro para modernização da Horticultura. Disponível em: Acesso em 25 de maio 2005. FERNANDES, H.S.; MARTINS, S.R. Cultivo de alface em solo em ambiente protegido. Informe Agropecuário, v.20, n.200/201, set/dez, 1999. p.56-63. FILGUEIRA, F. A. R. Novo Manual de Olericultura: Agrotecnologia moderna na produção e comercialização de hortaliças, 2ª edição, p.295-300, UFV, 2003. KATAYAMA, M. Nutrição e adubação de alface, chicória e almeirão. In: FERREIRA, M.E.; CASTELLANE, P.D.; CRUZ, M.C.P.da (Eds). Nutrição e adubação de hortaliças. Piracicaba: POTAFOS, 1993. p.141-148. KIEHL, E. J. Fertilizantes Orgânicos, Editora Ceres, São Paulo, 1985. 492p.

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