Ensaio sobre o \" Memorial do Convento \" : do Barroco à dessacralização da História

June 1, 2017 | Autor: Julie Liepkaln | Categoria: Early Modern History, José Saramago, Barroco
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Ensaio sobre o "Memorial do Convento": do Barroco à dessacralização da
História[1]
Julie Hamacher Liepkaln


O Memorial do Convento, de autoria de José Saramago, publicado em
1982, é um romance histórico baseado em um importante evento da história
portuguesa: a edificação do convento de Mafra. O teor histórico do romance
observa-se na composição entre elementos históricos e fictícios. Isto
posto, Saramago trata tanto de "personagens históricas", como a família
real, quanto de "personagens fictícias", caso de Blimunda e Baltasar.
Contudo, diferentemente de grande parte dos romances históricos, os quais
apresentam uma narrativa "neutra" dos acontecimentos, o Memorial do
Convento pode ser considerado uma narrativa crítica, que busca, inclusive,
operar uma revisão da História "em maiúsculo". Além deste engajamento
político, outro mérito do autor consiste no estilo de sua escrita,
inspirado na estética barroca, que, no cenário lusitano, vigorou durante o
reinado de D. João V, justamente o reinado retratado no livro. Assim, o
estilo barroco e a narrativa engajada de Saramago mostram-se aspectos
pertinentes não somente à compreensão de o Memorial do Convento, mas também
à reflexão sobre a disciplina da história e sua escrita.
Em primeiro lugar, antes de investigarmos os elementos barrocos
presentes no texto de José Saramago, não podemos deixar de ponderar sobre
as definições acerca do Barroco. Normalmente associado às manifestações
artísticas datadas entre finais do século XVI e início do XVIII, o Barroco
ultrapassa o âmbito estético, fazendo referência também a uma conjuntura
sociopolítica específica. Segundo José Maravall, o Barroco, enquanto
categoria histórica, denota um período de decadência social, cujo início se
deu, aproximadamente, no ano de 1580. Diante da crise instalada, as classes
hegemônicas, com o intuito de manter a ordem social e as hierarquias,
valeram-se de expressões culturais - obras de arte, empreendimentos
arquitetônicos, festas e celebrações - , as quais produziam uma série de
sensações, como o encanto com a opulência e a extravagância, e,
consequentemente, provocariam um desvio da atenção da população à realidade
decadente e seus problemas. Esta noção do Barroco como uma "cultura
dirigida" é patente na seguinte frase: "Assim, pois, o Barroco pretende
dirigir os homens, agrupados massivamente atuando sobre sua vontade,
movendo-a com recursos psicológicos manejados conforme uma técnica de
captação que, enquanto tal, apresenta efetivamente características
massivas"[2].
Certamente, pontuar tamanho protagonismo às classes dirigentes em
detrimento do resto da população, vista de forma "alienada"[3], é um gesto
equivocado. A leitura de Maravall, circunscrita exclusivamente nos
interesses de uma classe, é contestada por Fernando de La Flor, autor que
destaca o Barroco como índice de mentalidade marcado por ambiguidades. Em
um cenário de desarticulação moral e material do Império, os discursos de
censura concorrem com uma produção artística que os desarma e que os
estetiza, criando um novo horizonte livre de forças normatizadoras e
racionalizantes. Nesta tensão entre controle e liberdade, conservação e
progresso, o Barroco seria uma terceira via, qual seja, a de uma
experiência de exílio do mundo real, obtida através de uma série de
recursos estilísticos.
Especificamente esta experiência é notável no enredo de o Memorial do
Convento. Se em um primeiro momento, Baltasar e Blimunda parecem resignados
e acomodados com o destino que lhes é oferecido, a passarola, idealizada
por Padre Bartolomeu e construída pelo casal, surge como espaço da utopia,
no qual os desejos e vontades podem se realizar. Lembrando que a estética
barroca é pautada em dualidades, Saramago recorre a este recurso
estilístico em sua obra, opondo a passarola ao convento. Ao passo em que a
primeira é produto da imaginação, do amor (ilícito, porém verdadeiro), da
arte (a música de Scarlatti) e da liberdade, o segundo, por sua vez,
resulta da realidade, da imobilidade, da opressão e do trabalho forçado[4].

Capaz de voar somente através das vontades dos vivos, recolhidas por
Blimunda, a máquina de voar pode ser considerada uma alegoria, conforme os
significados acima apontados. Tanto a alegoria, bem como a metáfora, são
recursos dos quais os artistas barrocos não prescindiram e que se prestam a
ultrapassar os limites da realidade, pois quando descobertas, revelam as
relações invulgares ou ocultas entre os diferentes elementos que constituem
uma obra de arte. Em Memorial do Convento, além da passarola, as alegorias
e metáforas podem ser identificadas em diversas frases e expressões
repletas de simbologia, conduzindo assim o leitor a um processo de
decifração.
Com efeito, os trechos em que D. João V monta uma basílica de
brinquedo e em que a pedra oriunda de Pêro Pinheiro sangra miraculosamente
são deveras elucidativos. No primeiro, observamos a seguinte cena:

A basílica de S. Pedro já não tem segredos para D. João V. Poderia armá-
la e desarmá-la de olhos fechados, sozinho ou com ajuda, começando pelo
norte e pelo sul, pela colunata ou pela abside, peça por peça ou em
partes conjuntas, mas o resultado final é sempre o mesmo, uma
construção de madeira, um legos, um meccano (...)[5]


Temos a impressão de que o rei exerce um imenso controle sobre a
construção. Todavia, no parágrafo seguinte, no qual Saramago revela ao
leitor que a basílica em questão é, na verdade, uma miniatura, o poder de
D. João V mostra-se fugaz, afinal, ele jamais contribuiu efetivamente para
com construção do convento de Mafra. A única construção a qual ele está
apto a realizar é a de um brinquedo. Já o segundo trecho faz alusão ao
sangue que escorre da pedra de Pêro Pinheiro, um suposto milagre, posto que
tal pedra foi utilizada na estrutura de um edifício santo. Todavia, tal
sangue também se refere à morte de Francisco Marques e ao sofrimento dos
homens que participaram da jornada de levar imensa pedra até a cidade de
Mafra[6]. De certa maneira, pode-se afirmar que os dois excertos são
complementares, pois a grandiosidade do convento de Mafra não é reconhecida
em seus verdadeiros construtores – cerca de cinquenta mil operários[7] -,
mas sim em D. João V.
Uma última consideração sobre as frases de Saramago, para além do uso
de metáforas e alegorias, é a forma com a qual o autor transgride a escrita
normativa, em especial, a pontuação. Também aqui devemos decifrar seu
texto, pois as orações se encerram sem pontos finais ou, no caso de
diálogos, o travessão e aspas, sinais que marcam os distintos
interlocutores, são ausentes. Curiosamente, ao longo de nossas pesquisas
sobre o Barroco e suas conceitualizações, deparamo-nos com a seguinte
descrição sobre os tratadistas da estética barroca, muito semelhante ao
estilo de Saramago:

[eles] giram sobre si mesmos vertiginosamente, confundindo sujeito e
objeto, abrindo parênteses que nunca fecham, inserindo longas
digressões que subvertem a ordem argumentativa, enchendo a sua escrita
de figuras de todo o gênero, misturando livremente retórica e poética e
descurando as exigência das lógica racional, num imenso e decoroso
carnaval crítico[8]

Todos estes elementos tomados em conjunto constituem uma performance
textual, o que é notável em Memorial do Convento. Detendo-nos na última
característica, "imenso e decoroso carnaval crítico", também aqui podemos
tecer relações entre a arte barroca e aquele livro. Nas palavras de
Foncillon: "Baroque forms live with passionate intensity a life that is
entirely their own [...] they break apart even as they grow; they tend to
invade space in every direction, to perforate it, to become as one with all
its possibilities"[9]. Para atingir tal efeito, os artistas do Barroco
lançaram mão de recursos sensoriais, produzindo obras que estimulavam os
sentidos. José Saramago retoma tal estratégia sobretudo nos capítulos em
que relata os eventos religiosos, marcados por sua teatralidade e
visualidade. A título de exemplo, na descrição da procissão de penitência
podemos quase sentir o cheiro de incenso que se mistura à fetidez de Lisboa
setecentista, ouvir os clamores daqueles que se flagelam e observar a
excitação das pessoas que se apertam para ver a procissão passar.
Igualmente, não podemos deixar de citar o trecho em que o autor revela o
cunho erótico da arte sacra: "Porém, esta religião é de oratório mimoso,
com anjos carnudos e santos arrebatados, e muitas agitações de túnica,
roliços braços, coxas adivinhadas, peitos que arredondam, revirações dos
olhos (...)[10].". Após a leitura desta citação, resta a impressão de que
estamos diante de uma escultura de Bernini, não por acaso, um dos grandes
nomes da estética barroca.
Porém, a visualidade barroca adquire maior intensidade nos parágrafos
dedicados às cerimônias régias. O historiador Rui Bebiano aponta que a
ostentação de poder atingiu seu maior grau durante o reinado de João V.
Neste período, os espetáculos monárquicos, mais do que promoverem uma
propaganda do governo, provocavam uma excitação sensorial e irracional,
transmitindo uma sensação de paz e coesão social. Apesar de tal afirmação
aproximar-se da tese de Maravall, Bebiano salienta que as festas régias
atuavam sobre a coletividade, ou seja, seu público não era formado apenas
pelas camadas populares, mas também pelos nobres[11]. Em Memorial do
Convento, a autoconfiança de D. João V torna-se uma espécie de ilusão de
poder ilimitado. Não obstante alertado dos problemas financeiros e do
esgotamento das jazidas de metais preciosos no Brasil, o rei português
decide aumentar o convento, decisão incompatível com os recursos econômicos
até então disponíveis. Ironicamente, ao passo em que o projeto do convento,
elemento histórico da narrativa, parece um delírio, a passarola, por sua
vez, elemento imaginário, se mostra um empreendimento plausível, chegando
mesmo a voar.
De maneira resumida, os componentes estéticos acima elencados
demonstram como o romance de José Saramago recupera traços fundamentais do
Barroco. Compreender as principais características do estilo artístico no
qual o escritor português se inspirou é um esforço necessário também para
refletir sobre sua abordagem crítica de determinados acontecimentos
históricos, e, mais do que isso, sobre sua concepção de história.
Pode-se afirmar que Memorial do Convento realiza uma revisão da
História "em maiúsculo", aquela composta por nomes célebres e por grandes
feitos em detrimento de uma "massa" de indivíduos desconhecidos. Efetuando
uma inversão e privilegiando a história em minúsculo, é justamente aos
indivíduos sem nomes e sem méritos reconhecidos que Saramago dedica sua
atenção. Nos capítulos sobre a edificação do convento, em especial, o
escritor pontua a obrigação de identificar os operários e de escrever seus
nomes. Critica o fato de que, na História, falsamente idealizada, os heróis
elegidos são os belos e formosos, os inteiros e completos, ignorando-se os
coxos, feios e parvos. Salienta que foram estes homens os que de fato se
sacrificaram, embora isto não se afirme nos compêndios e manuais de
história: "Deve-se a construção do convento de Mafra ao rei D. João V, por
um voto que fez se lhe nascesse um filho, vão aqui seiscentos homens que
não fizeram filho nenhum à rainha e eles é que pagam o voto, que se lixam
(...).[12]". Por fim, cabe aqui uma ponderação. O binômio história dos
vencedores e história dos vencidos não é visto de modo ingênuo. Saramago é
cauteloso e evita maniqueísmos, como podemos bem observar na caracterização
de homens e mulheres sujeitos a desejos e impulsos ilícitos e até
violentos.
Novamente, deparamo-nos com o recurso estilístico da dualidade, cujo
propósito é o de estabelecer uma tensão entre dois elementos, sendo eles
recorrentemente os poderosos de um lado, e, do outro, o povo. No que tange
a relação matrimonial real, por exemplo, vemos como esta é exclusivamente
protocolar, produto de um acordo diplomático e, portanto, ausente de
qualquer afetividade. Ademais, ao passo em que o rei é um adúltero, D.
Maria Ana Josefa, a esposa, é religiosa fervorosa, malgrado seus sonhos
licenciosos com o cunhado, os quais busca reprimir veementemente. Eis um
pólo. No pólo oposto está Blimunda e Baltasar. Este casal, por sua vez,
representa a união transgressora, posto que não se casaram segundo as leis
da Igreja, porém, uma união verdadeira e harmônica. Podemos, inclusive,
observar uma oposição entre os dois, a qual se transforma em
complementaridade. Ele é Sete Sóis, ela é Sete Luas. Ele é a ausência, não
possui uma mão. Ela é presença, possui o dom de ver dentro dos outros[13].
Soma-se ao recurso da dualidade, o tom irônico e crítico do narrador
de Memorial do Convento direcionado às instituições de poder. Além da
instituição régia, Saramago não poupa a Igreja Católica e a Inquisição. O
episódio em que as freiras de Santa Mônica se rebelam devido à proibição de
visitas de pessoas que não fossem seus parentes é bastante significativo.
Tanto freiras, algumas inclusive "emprenhadas" pelo rei, quanto clérigos
sucumbem aos desejos mundanos. Diferente não são as cerimônias religiosas,
caso da Quaresma e das procissões, onde os corpos dos indivíduos se apertam
e se roçam, compondo uma cena quase sexual. A corrupção dos valores
religiosos reflete-se também na suntuosidade do convento de Mafra. O que
deveria ser um local de fé, de clausura e de responsabilidade acaba por se
tornar um lugar de ostentação e de vazio de vocação.
Corrompida e violenta, a Igreja Católica realizou, durante o reinado
de D. João V, um grande número de autos-de-fé, eventos públicos onde as
sentenças do Tribunal da Inquisição eram lidas e executadas[14].
Normalmente, os acusados eram os hereges e cristãos-novos, cujas punições
poderiam ser degredo, e, no pior dos casos, a fogueira. Michel Foucault
atesta que, até o século XVIII, a publicização das penas compunha um ritual
de justiça, devendo deixar marcas na vítima, com o propósito de purgar seu
crime. Mais do que estabelecer a justiça, estes suplícios também colocavam
em plena luz as relações de força daquela sociedade[15]. O medo gerado
pelas perseguições dos familiares da Inquisição – caracterizados por
Saramago como aqueles que jamais serão escolhidos favoritos de Deus – é
verificável no personagem do padre Bartolomeu, sobre o qual devemos deter
nossa atenção.
Personagem real, o padre Bartolomeu representa o homem da ciência. Na
definição de Paolo Rossi, o cientista barroco assumia um posicionamento
ambíguo, bebendo ora na fonte do saber mágico e hermético, ora na fonte dos
princípios racionalistas e experimentalistas[16]. Estimulado pela
possibilidade de domínio da natureza, esse cientista pretendia manipulá-la
e operá-la. Herdeiro da tradição da alquimia, porém adepto de um impulso
progressista, afinal, semelhantemente a outros homens de saber, viaja para
Holanda a fim de conhecer novas teorias científicas, o padre Bartolomeu
pretende realizar o sonho de voar. Entretanto, seu sonho passa a ser uma
heresia, explicitada pelo narrador, que se transmuta na consciência daquele
personagem: "Cuidado, ó pregador, que quando fazes virar ao conceitos pés
pela cabeça estás dando involuntária voz à tentação herética que dorme
dentro de ti e se revolve no sono, e clamas outras vez (...)". Se antes o
padre concebia o conhecimento como uma dádiva divina, logo após fugir dos
familiares da Inquisição, dá-se conta de que tal dádiva pode conduzi-lo à
fogueira. É neste momento da trama que o padre Voador, por conta do medo da
perseguição inquisitorial, fica "doido" e desaparece.
Reiterando que a passarola idealizada pelo padre foi construída graças
à ajuda de Baltasar e Blimunda, mais uma vez estamos diante de uma relação
dual. A passarola simboliza uma utopia que se contrapõe a todo um projeto
de controle, elucidado com êxito por Teresa Silva: "A castração da
liberdade individual, política, religiosa é, na verdade, fruto de um mesmo
projeto, exercer o controle sobre a afetividade, sobre o conjunto dos
interesses, ideais e aspirações do homem, de modo a transformá-lo num ser
previsível."[17]. Não obstante a morte do padre, em Memorial do Convento o
sonho de voar, a imaginação e as vontades humanas se realizam e triunfam
sobre as lógicas do poder e da opressão.
Encerrada a leitura de Memorial do Convento, podemos concluir que a
arte, para José Saramago, possui uma ação revolucionária. Por intermédio da
literatura, de recursos estilísticos, da alegoria e da metáfora, da ironia
e da sátira, o escritor português dessacraliza a História. Através da
ficção, o autor modifica a história monumental, aquela predominante nos
livros, compêndios e na memória coletiva, dando vozes e nomes aos
esquecidos e fornecendo uma nova interpretação para os acontecimentos. É
sobre as memórias destes que o Memorial do Convento trata.
Saramago é um autor engajado, cujo olhar não se dirige somente ao
passado, mas também ao presente e às relações de poder que ainda
persistem[18]. Neste sentido, vale citar a segunda epígrafe de seu livro:
"Je sais que je tombe dans l'inexplicable quand j'affirme que la realité –
cette notion si flottante -, la connaissance la plus exacte possible des
êtres est notre point de contact, et notre voie d'accès aux choses qui
dépassent la réalite."[19]. A frase de Marguerite Yourcenar, também autora
de romances históricos, esclarece a importância de se articular realidade e
fantasia. Se em Memorial do Convento a ficção é o espaço de realização da
utopia, ela também é o elemento que nos auxilia a (re)interpretar a
realidade, seja a do passado, seja a do presente.


Bibliografia
BEBIANO, Rui. D. João V: poder e espetáculo. Aveiro: Estante, 1987.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Tradução de
Raquel Ramalhete. 39. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.
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português contemporâneo. São Paulo, SP: EDUSP, 1993. 
HILLS, Helen (org.). Rethinking the Baroque. Farnham, U.K.: Ashgate,
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MARAVALL, José Antonio. A cultura do barroco: análise de uma estrutura
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ROSSI, Paolo. "O cientista" In: MELANG, J. S (Coaut. de). O homem
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SNYDER, Jon R. A estética do barroco. Lisboa: Estampa, 2007.




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[1] Trabalho final para a disciplina de História Moderna II, ministrada
pela Prof. Dr. Rui Luís Rodrigues, no 2º semestre de 2014, no Instituto de
Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Campinas (IFCH –
Unicamp).
[2] MARAVALL, José Antonio. A cultura do barroco: análise de uma estrutura
histórica. São Paulo, SP: EDUSP, 1997. P. 150.
[3] Empregamos a expressão "alienada" em seu sentido corrente, sem fazer
alusão ao conceito marxista.
[4] REAL, Miguel. "José Saramago ou a literatura como fundadora da palavra"
Studia Romanica et Anglica Zagrabiensia, v. 44, p. 107-121, 1999.
[5] SARAMAGO, José. Memorial do convento: romance. 41. ed. Rio de Janeiro,
RJ: Bertrand Brasil, 2011. P. 268.
[6] SARAMAGO, José. Op cit. p. 342.
[7] BEBIANO, Rui. D. João V: poder e espetáculo. Aveiro: Estante, 1987. p
133.
[8] SNYDER, Jon R. A estética do barroco. Lisboa: Estampa, 2007. p. 27.
[9] HILLS, Helen (org.). Rethinking the Baroque. Farnham, U.K.: Ashgate,
2011. p 23.
[10] SARAMAGO, José. Op. Cit. , p. 88.
[11] BEBIANO, Rui. Op. Cit. p. 43.
[12] SARAMAGO, José. Op. Cit. P 248.
[13] SILVA, Teresa Cristina. José Saramago, entre a história e a
ficção: uma saga de portugueses. Lisboa: Dom Quixote, 1989. P. 80.
[14] SARAIVA, Antonio Jose. Inquisição e cristãos-novos. 6. ed. Lisboa:
Estampa, 1994.
[15] FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Tradução de
Raquel Ramalhete. 39. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011. p. 43.
[16] ROSSI, Paolo. "O cientista" In: MELANG, J. S (Coaut. de). O homem
barroco. Lisboa: Presença, 1995.
[17] SILVA, Teresa Cristina. Op. Cit. p 98.
[18] GOMES, Álvaro Cardoso. A voz itinerante: ensaio sobre o romance
português contemporâneo. São Paulo, SP: EDUSP, 1993. 
[19] YOURCENAR, Marguerite. Apud: SARAMAGO, José. Op. Cit. p. 9.
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