Ensaios de história da literatura amazônica (eBook Amostra)

RAFAEL VOIGT LEANDRO

Ensaios de história da literatura amazônica

RVL EDITOR

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Copyright © 2015 by Rafael Voigt Leandro 1ª Edição 2015

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Leandro, Rafael Voigt Ensaios de história da literatura amazônica/ Rafael Voigt Leandro. – 1. ed. – Brasília: RVL Editor, 2015. 110 p. ISBN: 978-85-920433-0-8 1.

Literatura brasileira. 1. Literatura amazônica. 2. Ensaios brasileiros.

CDD – 869.9309 - B869.45 - 801.92

Direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610/98. É proibida a reprodução total ou parcial sem autorização, por escrito, do autor. Printed in Brazil 2015

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SUMÁRIO

Prefácio 4 1. O mameluco Arcadismo luso-amazônico de Tenreiro Aranha 7 2. O indianismo selvagem de Francisco Gomes de Amorim 41 3. Inglês de Sousa: amazônia, história e ficção 56 4. O projeto literário amazônico de Alberto Rangel 75 5. Judas-Asvero: Euclides da Cunha e os destinos da ficção amazônica 85 6. Um grito amazônico de Mário de Andrade 100 Referências 109

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Prefácio

Na vida acadêmica, com a participação em eventos ou a submissão de artigos a revistas especializadas, há uma natural dispersão dos materiais produzidos. De tempos em tempos, é fundamental uma reunião desses dispersos, ainda mais quando guardam profunda interlocução e constituem um todo capaz de dar sentido a um problema maior. Para mim, este problema maior é a história da literatura amazônica e seus embates com o nosso sistema canônico literário. Há uma permanente necessidade de revisão de nossa história literária, para uma leitura mais justa e menos incongruente de parte considerável e relevante de nossa cultura. Entre os anos 2009 e 2011, dediquei-me, em particular, a pesquisas sobre as produções amazônicas de Alberto Rangel, as quais resultaram na dissertação de mestrado Alberto Rangel e seu projeto literário para a Amazônia (2011), defendida junto ao Programa de Pós-Graduação em Literatura da Universidade de Brasília (UnB). Além de estar disponível livremente na biblioteca da UnB, esta dissertação foi publicada em formato de livro, recebendo alguns ajustes formais e de conteúdo, com o título de A Amazônia de Alberto Rangel: um projeto literário (2015), pela Novas Edições Acadêmicas (NEA). No período assinalado pelo mestrado, elaborei o artigo “Inglês de Sousa: Amazônia, História e Ficção” (2010), em que analiso, sob o prisma dialético, os discursos históricos e literários, presente no conto “O donativo do Capitão Silvestre”, publicado por Inglês de Sousa em Contos Amazônicos (1893. Perpassa esse trabalho a conflituosa relação entre eventos históricos de certa monta, como a Questão Christie e a Cabanagem. Como consequência da própria dissertação, apresentei a comunicação “O projeto literário amazônico de Alberto Rangel” no III Colóquio Internacional Poéticas dos Imaginário, realizado em Manaus (AM), em 2012. A seleção desse eBook à venda em Amazon.com.br

trabalho se deve ao fato de ser um resumo inexato da dissertação de mestrado. Em alguns trechos, há possibilidades não registradas na pesquisa inicial. Daí o interesse em vê-lo novamente publicado. De 2012 a 2014, aprofundei meus estudos amazônicos, com a tese de doutoramento Os ciclos ficcionais da borracha e a formação de um memorial literário amazônico (2014), defendida também no Programa de Pós-Graduação em Literatura da UnB, novamente sob a orientação generosa do professor, tradutor e poeta Henryk Siewierski. No início do percurso doutoral, em 2013, fugindo um pouco da linha de pesquisa, estudei a poética do árcade tardio Bento de Figueiredo Tenreiro Aranha em “O mameluco arcadismo luso-amazônico de Tenreiro Aranha”. De todos os ensaios, é o mais longo, haja vista a proposta de leitura da poética conhecida e publicada de Tenreiro Aranha, para conclusões mais consistentes sobre seu (anti)arcadismo. Este opúsculo foi publicado, em versão bastante reduzida, nos anais do XIII Congresso Internacional da Associação Brasileira de Literatura Comparada (ABRALIC), em 2013. Outra escapadela do doutoramento foi o capítulo “O indianismo selvagem de Francisco Gomes de Amorim”, submetido ao Congresso de Lusitanistas Polacos em 2013, mas não apresentado presencialmente no evento. Quiçá não seja de todo uma “escapadela”, uma vez que esse experimento serviu-me como base para analisar a presença do indianismo na literatura do ciclo ficcional da borracha. E nada mais relevante do que retomar uma das principais obras do indianismo romântico sobre a Amazônia. Em um pequeno salto no tempo, durante 2015, dei início ao exercício de escrever ensaios curtos, para publicação imediata em rede social acadêmica, para difusão de saberes e para a interação com outros pesquisadores interessados em discussões afins, objetivando o amadurecimento de algumas tendências de pesquisa. Dessa proposta, selecionei “Um grito amazônico de Mário de Andrade” (2015), por haver se estendido mais do que deveria, guardando um paralelo com os demais ensaios desse livro. O mais recente é “Judas-Asvero: Euclides da Cunha e os destinos da ficção amazônica” (2015), imediatamente após ao dedicado a Mário de Andrade. Esse eBook à venda em Amazon.com.br

capítulo sobre Euclides tem a pretensão de retomar a leitura do conto “JudasAsvero” e, a partir dessa interpretação, sugerir a continuidade em outros momentos do círculo literário de representações do ciclo da borracha na literatura amazônica. Em certa medida, reflete a ideia matriz da tese de doutorado. Este trabalho, em sua versão original, foi apresentado no Congresso Internacional de Humanidade, ocorrido na Universidade de Brasília (UnB) em 2015. Na organização da sequência dos capítulos, decidi seguir não a cronologia de produção de cada um deles, descrita anteriormente, mas, sim, a linha histórica da própria literatura amazônica. Assim, essa disposição da matéria pareceu-me mais coerente e rica de possibilidades, tendo em vista esse fio historiográfico que tantas e tantas vezes solucionou impasses em minhas análises das manifestações e dos movimentos da literatura amazônica.

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