Ensino de História e Africanidades Brasileiras

O Brasil foi "achado" ou "descoberto" ?
Quem descobriu o Brasil de verdade?
Quais e quem foram os primeiros povos que viviam ( e ainda vivem) por aqui?
Qual o sentido dessas perguntas?
História do Brasil
Feijoada, samba , capoeira e línguas.
As etnias (povos) trazidas para o Brasil, vindas de diferentes regiões da África, com diferentes línguas e culturas:
Os fons ou Minas: Benin, de língua jeje;
Os Nagôs: Nigéria, Benin e Togo, de língua iorubá;
Os Bantos: Angola, Congo, Moçambique, Zimbábue, de língua banta.

Africanidades Brasileiras:
Os escravizados não se comportavam como "coisas", tendo sempre lutado e agenciado seu lugar e condição humana, lutando para conseguir suas horas de lazer, manter sua família, recriar seus costumes em terras estranhas, cultivar seus deuses, preservar seus filhos.

"Os escravos eram as mãos e os pés do senhor do engenho porque sem eles no Brasil não é possível fazer, conservar e aumentar fazendo, nem ter engenho corrente".
Em dezembro de 1649, frei Sorrento, um capuchinho italiano que esteve num tumbeiro ( navio que transportava os africanos escravizados), contabilizou 900 cativos, e desabafou: "aquele barco[...] pelo intolerável fedor, pela escassez de espaço, pelos gritos contínuos e pelas infinitas misérias de tantos infelizes parecia um inferno".
Escravos e escravidão
ENSINO DE HISTÓRIA E AFRICANIDADES BRASILEIRAS
O conceito se refere às raízes da cultura brasileira ligado a uma descendência africana.
O português falado no Brasil conta com a contribuição das culturas africanas, principalmente das bantas em suas diferentes variações: Quicongo, Umbundo e Quimbundo. Os termos de origem nagô estão mais restritos às práticas e utensílios ligados a tradição dos orixás, como a música, a descrição dos trajes e a culinária afro-baiana.
As sílabas iniciais como Ba, Ca, Cu, Fu, Ma, Mo, Um, Qui et cetera são de origens africanas.

Preconceito: uma opinião definida com antecedência;
Discriminação: prática ou conduta que viola direitos das pessoas com base em critérios injustificados e injustos.
Discriminação racial: significa qualquer distinção, exclusão(afastamento), restrição (falta de liberdade) ou preferências baseadas em raça, cor, descendência, etnia, que tenha como efeito anular ou restringir o reconhecimento em condições de igualdade, os direitos humanos e liberdades fundamentais no domínio político, social e cultural. (ONU)
Racismo: conceituações básicas
MC Carol – Não foi Cabral (colonização)
Racionais MC's – Negro Drama (herança escravista e racismo).

Trabalhando com músicas:
BONUNGLI, R. Selma. Oralidade, poesia e performance em canções de rap como manifestação coletiva
MUNANGA, Kabengele (org). Superando o racismo na Escola.
SCHWARCZ, Lilia & STARLING, Heloisa. Brasil: uma biografia.
ZENI, Bruno. O negro drama do rap: entre a lei do cão e a lei da selva.

Referências:
A relação entre portugueses e populações indígenas foi problemática, porque os portugueses invadiram as terras dos índios e obrigaram eles a trabalhar compulsoriamente. (primeira etapa da colonização)
Açúcar e escravidão da mão-de-obra negra ou o "toma lá dá cá: o sistema escravocrata e a naturalização da violência". (segunda etapa da colonização)
Colonização e Trabalho Forçado

Professora me desculpe/ Mas agora vou falar/Esse ano na escola/ As coisas vão mudar / Nada contra ti/Não me leve a mal/Quem descobriu o Brasil/ Não foi Cabral.
Não foi Cabral
"Negro drama/Entre o sucesso e a lama/ Dinheiro, problemas/Inveja, luxo, fama/ Negro drama/ Cabelo crespo/ E a pele escura/ A ferida, a chaga/ À procura da cura/ Negro drama/ Tenta ver /E não vê nada/A não ser uma estrela/ Longe, meio ofuscada/Sente o drama/O preço, a cobrança/ No amor, no ódio/ A insana vingança[...]."
Na canção Negro Drama revela-se a ocupação do espaço, a integração a um universo cultural determinado pelo indivíduo que toma consciência de sua dependência e autonomia, que deve ser integrado à comunidade, sendo constantemente confirmado.

Negro Drama

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