Entre o Doce e o Amargo: memórias de exilados cubanos (Alameda, 299 páginas, 2015)

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Ao abordar as dimensões culturais e políticas do exílio como experiência histórica e literária, por meio, sobretudo, da produção de dois intelectuais cubanos exilados, este livro enriquece os estudos sobre o(s) exílio(s) cubano e latino-americano. O autor traz ao público minúcias das trajetórias cruzadas de dois intelectuais que viveram intensamente sua época entre o “doce e o amargo”. Profa. Adriane Vidal Costa Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

EntRe o doce e o amaRgo

Memórias de exilados cubanos

Barthon Favatto Jr.

Barthon Favatto Jr. é mestre e graduado em História pela UNESP/Campus de Assis, e, professor colaborador do Centro de Letras e Ciências Humanas da Universidade Estadual de Londrina (CCH/UEL). Atualmente, o autor desenvolve pesquisa comparativa sobre a formação de uma cultura visual no Chile e em Cuba, entre os anos de 1959 e 1973, junto aos grupos de pesquisa CNPq “História Visual, Artistas e Intelectuais” (UNESP) e “Dimensões Culturais e Políticas do Exílio Latinoamericano” (UFMG).

Em sua proposta de realizar uma análise da questão do exílio por meio das memórias literárias de Carlos Franqui e Guillermo Cabrera Infante, o autor ilumina um tema polêmico e difícil da história da Revolução Cubana. A abordagem convida o leitor a adentrar e compreender historicamente a visão desses intelectuais que se sentiram traídos pela Revolução, mergulhando em seus projetos culturais, suas redes de sociabilidade, os embates com o governo e as justificativas que teceram sobre suas opções e posicionamentos políticos. É, sem dúvida, uma valiosa contribuição para os estudos sobre a história cubana recente. Profa. Mariana Villaça Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)

Entre o doce e o amargo

Sílvia Cezar Miskulin Professora da Universidade de Mogi das Cruzes

Estudo bem sucedido das práticas culturais de esquerda na Cuba de 1951 a 1968, antes e depois do triunfo da Revolução Cubana. Os acordos e desacordos entre Partidos, Estados e Artistas nos levam a repensar a história da esquerda latino-americana a partir das suas experiências concretas de vida e não dos consabidos discursos oficiais e propostas abstratas. Prof. Jesús J. Barquet New Mexico State University (NMSU/EUA)

memórias de exilados cubanos

imprensa, valoriza a importância que o grupo de Revolución teve no início do processo revolucionário, ao contribuir para a elaboração de um projeto cultural revolucionário e plural na ilha, e defende os rumos políticos que estes intelectuais tomaram ao deixá-la, quando viram sufocados seus projetos de “socialismo democrático” ao longo dos anos sessenta em Cuba.

Carlos Franqui Guillermo Cabrera Infante

Barthon Favatto Jr.

O triunfo da Revolução Cubana, em 1959, abriu grandes possibilidades de transformações na ilha, que ocorreram em todos os âmbitos da sociedade, inclusive no campo da política cultural. Inúmeros jornais, publicações, editoras e instituições culturais foram criados já nos primeiros anos da Revolução. No entanto, desde o princípio, limitações e limites foram colocados pelo governo, cerceando muitas vezes a liberdade de expressão e criação. Barthon Favatto Jr. convida o leitor a acompanhar as trajetórias e os engajamentos nas lutas revolucionárias dos intelectuais cubanos Guillermo Cabrera Infante e Carlos Franqui desde 1951, quando fundam a Sociedad Cultural Nuestro Tiempo, e a responsabilidade por comandar o jornal porta-voz do regime revolucionário, Revolución, e seu suplemento cultural, Lunes de Revolución. Mostra como o fechamento de Lunes e, posteriormente, do próprio Revolución, entre tantas disputas, levaram ao desencantamento destes escritores com o regime, até tomarem a opção do exílio, quando Franqui, último a sair, deixou a ilha em 1968. Importante trabalho de pesquisa, apoiado em um conjunto diverso de fontes, como autobiografias, romances e reportagens da

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