Escola Planejamento Cultural

June 20, 2017 | Autor: L. Lonardoni Bidoia | Categoria: Planejamento Estrategico
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RESENHA: ESCOLA DO PLANEJAMENTO
A Escola de Planejamento se desenvolveu ao mesmo temo que a Escola do Design e destacou-se no final dos anos 70. Por mais que se pareçam muito, possuem como principal diferença a forma de como a questão estratégica é tratada.
O foco da escola do planejamento é a formalização, de forma resumida a aborda as estratégias de forma analítica, ou seja, a escolha de posicionamentos competitivos através de processos analíticos de decisão.
O modelo de planejamento estratégico se inicia com a fixação dos objetivos organizacionais. Em seguida se estuda os ambientes (interno e externo), para que sejam elaboradas e avaliadas, por meio de um processo complexo, diversas estratégias diferentes, e posteriormente sendo uma única escolhida.
George Steiner, com base em vários modelos da época, define o modelo de planejamento estratégico em Top Management Planning (1969). O modelo contém as etapas: Fixação de objetivos, que se resume em extensos procedimentos para explicar/quantificar as metas da organização; Auditoria externa, composto de cheklists a técnicas complexas para prever situações futuras; Auditoria interna, estratégia corporativa por job list; Avaliação da estratégia, feita por análises de riscos, curvas do valor e outros; Operacionalização da estratégia, mediante decomposição, detalhamento, planejamento x controle, hierarquia operacional; Programação do processo, ou seja, elaboração de cronogramas.
Dentre as diversas publicações, a mais influente dessa escola é a "Corporate Strategy" (Estratégia empresarial) feita por Igor Ansoff. Nesta obra Ansoff refuta a ideia de que o lucro ou a sobrevivência no longo prazo sejam os únicos grandes objetivos de uma empresa e fala sobre a responsabilidade da organização com a sociedade em geral e equilíbrio entre os interesses de diversos grupos envolvidos, não apenas dos proprietários da empresa e de seus dirigentes. Na mesma obra, posteriormente, Ansoff trata responsabilidades sociais da empresa como restrições, limites dentro dos quais ela pode atuar, diferenciando de objetivos.
"Restrições e responsabilidades limitam severamente a liberdade de ação estratégica. (...) uma responsabilidade filantrópica substancial assumida por uma empresa, por exemplo, para apoiar uma fundação sem finalidades lucrativas, pode restringir os recursos disponíveis para crescimento e expansão"
O livro de Ansoff reflete a maior parte dos pressupostos da Escola do Design, exceto num ponto: o de que o processo não é apenas cerebral, mas formal, passivo de decomposição em etapas distintas, delineados por listas e sustentados por técnicas. Isto significa que o ator principal da formulação da estratégia deixa de ser o executivo principal, o CEO, passando a ser uma unidade de apoio específica, formada por planejadores.
O executivo principal é o responsável por esse processo, mas na prática, a execução e a responsabilidade ficam com os planejadores. Desse processo surge a estratégia pronta, que deve ser implementada por meio de atenção detalhada a objetivos, orçamentos, programas e planos operacionais de tipos variados.
Esse processo ainda é por demais centrado numa cúpula para afirmarmos que uma preocupação com responsabilidade social possa ser fruto de maior proximidade com os diversos grupos de interesse (partes interessadas) e não dos valores dos membros da equipe de planejamento.






ESCOLA CULTURAL

A cultura pode ser entendida como um conjunto de crenças e de maneiras de perceber o ambiente e responder a ele em comum, dentro de um determinado grupo, que o distingue dos demais. Os impactos da cultura no comportamento da organização são claramente visíveis, estando intrinsecamente ligados à formação de estratégia.
Quanto à adoção de práticas socialmente responsáveis por parte de uma organização, analisando-se a cultura da mesma é possível inferir se há realmente um comprometimento com o tema ou se há apenas oportunismo. Há empresas que realmente têm uma cultura socialmente responsável, ao passo que há outras que têm uma cultura de práticas antiéticas e pouco comprometimento com os interesses da sociedade como um todo. Claro que as empresas não se situam nem num extremo nem em outro, estando em um meio-termo. Porém, é complicado falar em ser socialmente responsável quando não há alinhamento de seus funcionários em relação ao assunto, por estarem acostumados a uma cultura que não dá valor a isso. Isso conduziria a uma postura que não se sustentaria ao longo do tempo.
Esta escola é constituída pelas seguintes premissas:
A formulação de estratégias é um processo de interação social baseado nas crenças e nas interpretações comuns aos membros de uma organização.
Um individuo adquire essas crenças por meio de um processo de aculturação ou socialização, o qual é em grande parte tácito e não verbal, embora seja, às vezes, reforçado por uma doutrinação mais formal.
Portanto, os membros de uma organização podem descrever apenas parcialmente as crenças que sustentam sua cultura, ao passo que as origens e explicações podem permanecer obscuras.
Em consequência disso, a estratégia assume a forma de um perspectiva, acima de tudo, enraizada em intenções coletivas (não necessariamente explicadas) isso se reflete nos padrões pelos quais os recursos ou capacidades da organização são protegidos e usados para sua vantagem competitiva. Portanto, a estratégia é mais bem descrita como deliberada.
A cultura e, em especial, a ideologia não encorajam tanto as mudanças estratégicas quanto a perpetuação da estratégia existente; na melhor das hipóteses, elas tendem a promover mudanças de posição dentro da perspectiva estratégica global da organização.
A escola da cultura é marcada pela falta de clareza conceitual, não fica determinado seu conceito, variando o tempo todo. Perigosa por desencorajar mudanças desnecessárias, quando muitas vezes a empresa precisa, se abstém, e acaba por quebrar.
Há empresas bem-sucedidas, que ao ter sucesso durante longos anos, podemos considerar que sua estratégia seja cultural. Porem isso impede que gerentes e estrategistas mudem as decisões estratégicas da empresa quando necessitar, e pior do que isso, como faz parte da cultura, quando saber ou identificar que é necessário a mudança? Como fazer a mudança em uma cultura? A mudança ocorrerá em tempo hábil para colocar a empresa em novos trilhos?
UFMT – Administração – 7º Semestre
Planejamento Estratégico e Organizacional Prof. Paulo Henrique
Aluno: Lucas Lonardoni Bidoia RA:201412638035



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