Espaços públicos e a cidade nova: proposta urbanística de requalificação para zona norte de Manaus AM

May 23, 2017 | Autor: Raquel Brito | Categoria: Espaço Publico, Requalificação Urbana, Manaus, Bioclimatismo, Cidade Nova Manaus
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Espaços públicos e a cidade nova: proposta urbanística de requalificação para zona norte de Manaus AM Raquel Brito Faculdade de Tecnologia, Universidade Federal do Amazonas Telefone/fax: 55 092 999744323 [email protected]

Resumo O escopo deste trabalho é a requalificação da área proposta, por meio de uma intervenção urbana acessível, de um espaço criativo, de desenvolvimento sustentável, amplo e de qualidade em uma área de intenso tráfego de pessoas. Manaus é conhecida por seu turismo ecológico e diversidade cultural. Apresenta crescimento populacional vertiginoso, ocupação irregular até mesmo em áreas de várzea. Palafitas e flutuantes trazem problemas sérios de infraestrutura e o bairro da Cidade Nova nasceu como alternativa econômica, iniciando o crescimento na zona Norte, de expansão, e em menos de dez anos, subdividiu-se em quatro novos bairros. Entre toda a história de espraiamento, exclusão ambiental e espaços públicos, a proposta de requalificação urbana abrange o entorno da implantação de uma grande avenida, além do Parque Estadual Sumaúma, e uma área a ser consolidada. Com objetivo de desenvolver projeto de âmbito urbano, arquitetônico e práticas ambientais, configurar um espaço público que crie possibilidades, intervir, qualificar e potencializar a zona Norte. A metodologia foi desenvolvida através de entrevistas, estudos de uso, bibliografias e visitas de campo. Observaram-se aspectos importantes na compreensão e vocação do lugar, desenvolvimento sustentável, mobilidade urbana, praças, áreas verdes e microclimas. Definiram-se diretrizes às áreas delimitadas com necessidades semelhantes. Palavras-chave Arquitetura bioclimática, Espaço público, Zona Norte Manaus, vocação do lugar, Requalificação urbana. Abstract The scope of this work is the redevelopment of the mentioned area, through an accessible urban intervention, a creative space, sustainable development, broad and quality in an area of high traffic of people. Manaus is known for its ecotourism and cultural diversity and presents a vertiginous population growth, illegal occupation even in flooded, lowland areas, by stilts or floating, bringing serious problems of infrastructure and the neighborhood named ‘Cidade Nova’, New Town, is born as an economic alternative in the future stems from four communities. Among all the history of sprawl, environmental exclusion and public spaces, the project of urban renewal covers the area surrounding the deployment of a large avenue, Sumaúma State Park, and an area to consolidate uses. Through interviews, use studies, bibliographies and field visits, we observe important aspects in the understanding of the place; vocation of place, sustainable development, urban mobility, squares, green areas, microclimates. Guidelines are defined from the area of need; centralization, coordination and consolidation. The urban develop, architectural framework project with environmental practices: a public space that creates possibilities, qualification and potentiation of Manaus expansion area: the North Zone. Keywords bioclimatic architecture, Public Spaces, Amazon,vocation of place,Urban requalification.

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Introdução Não há cidade sem o cotidiano dos seus habitantes, esta deve possuir espaços públicos coletivos que funcionem, sejam agradáveis aos olhos e relacionados à realidade social. Nesses lugares torna-se visível a expressão do coletivismo de uma sociedade materializada no espaço público. Espaços comuns atingem o seu potencial quando ocupados por pessoas diferentes, com atividades distintas, que passam, caminham, habitam da maneira que entendem ser a melhor. Essa comunidade se apropria desse espaço e por ele se torna responsável, cada membro vê a sua contribuição. Reflexões geram possibilidades sobre a cidade como se fosse a extensão de casa, e assim a concepção e desenvolvimento de projeto é aperfeiçoado, abrangendo âmbito urbano, arquitetônico e práticas ambientais; Um espaço público deve qualificar e potencializar zonas. Em Manaus, os fenômenos urbanos, o atual contexto de transformação, o desenvolvimento gerado pelo intenso crescimento populacional e as demandas de moradia na Zona Norte, solicitam requalificação urbana, desenvolvimento sustentável amplo, que atenda a demanda de pessoas por espaços interconectados e articulados que chamam a atenção e aumentam a percepção para o meio ambiente, trajetos acessíveis, arborização e microclimas agradáveis. Transformações da Cidade de Manaus ao longo da História Fundada em 1669, Manaus é a cidade mais populosa da Amazônia (IBGE, 2010), está situada na confluência do rio Negro e rio Solimões (figura 1). Conhecida como cidade das águas pelo seu turismo ecológico e diversidade cultural. No início da década de 1970, com o crescimento da economia nacional, apresenta uma intensificação das atividades portuárias, o rápido crescimento da economia e a implantação da Zona Franca de Manaus (ZFM) em 1967. Iniciou-se também o processo de crescimento populacional e consequentemente os problemas sociais: a questão da moradia. Casas isoladas na Zona Norte da cidade receberam um projeto de urbanização pelo então governador José Bernardino Lindoso (1920-1993).

Figura 1 – Esquema de Crescimento Manaus. 2

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O bairro Cidade Nova foi planejado inicialmente com 1.800 moradias sociais destinadas a atender tanto população de interioranos que vieram à capital em busca de empregos ofertados pelo polo industrial, quanto aos habitantes de zonas da várzea urbana que moravam sobre as águas dos igarapés (palafitas e flutuantes). Este passou a crescer vertiginosamente, e deu início a situação de novos bairros na Zona Norte de Manaus: caracterizada como a área mais populosa e que mais cresce até hoje, constatou-se aumento no número de habitantes em torno de 195,9% entre 1996 a 2010 (IBGE). Indo de 169 323 habitantes a 501 055 em 14 anos. Em 2000, a população chegou a ultrapassar os 300 000 habitantes, e em 2010 dividido três bairros novos: Nova Cidade, Cidade de Deus e Novo Aleixo. É composta por cinco subdivisões e 24 núcleos (JORNAL A CRÍTICA, 2012). A origem da ocupação da Zona Norte está interligada com a história da Cidade Nova. Esta foi projetada em vários núcleos que não se conectam diretamente, e apresentam atualmente várias comunidades circunvizinhas, frutos de invasões de terra, configurando uma zona de grande densidade populacional e comércios variados que proporcionam criação de shoppings, grandes avenidas, extensões urbanas que apesar do crescimento apresentam carência de espaços públicos para desenvolver atividades sociais, culturais e esportivas pela comunidade. Há deficiência de equipamentos urbanos como centros sociais, praças públicas, bibliotecas, cinemas, comparado a oferta destes com a quantidade de pessoas residentes nesta zona. As Zonas Leste e Norte foram as que mais sofreram perdas ambientais – uma vez que essa perda é uma das faces mais importantes da exclusão social, violência, discriminação, difícil acesso à justiça oficial, difícil acesso ao lazer – seja em relação ao desmatamento de florestas urbanas, seja na poluição da maioria dos igarapés que cortam a cidade. O processo de ocupação para a construção de moradias tem como principal característica à retirada das árvores e a “limpeza” do terreno. A intensificação desse processo transformouessas duas zonas em áreas com pouquíssimo verde, e com sérios problemas de alagamento, desabamento, vulnerabilidade a fortes ventos, etc. NOGUEIRA, SANSON PESSOA, 2004).

A população que habitava em lugares estratégicos – Centro da cidade, beira de rios e igarapés - que não possuía título de posse do terreno é realocada onde pode pagar, a maioria na zona periférica da cidade, onde a habitação é vendida por um valor mínimo. Tal situação contribuiu para acentuar a tendência de espraiamento, a especulação imobiliária e o incremento de vazios urbanos, periferização. 3

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Contexto e Situação Atual Nesta Zona de expansão existem espaços públicos espontâneos, na maior parte espaços de comércio, serviços e alimentação. Nas vias de menor fluxo de circulação, usuários concorrem o espaço com veículos e calçadas deficientes. Contudo um espaço público está relacionado à permanência intencional, sobretudo que não se baseie em atividades sociais consumistas (BUSTOS ROMERO, 2001). Para lazer e recreação em geral, a população é induzida a procurar em outros bairros, como por exemplo, a Zona Oeste da cidade ou no Centro Histórico, ambos distanciados em mais de 12 quilômetros. Impactos ambientais significativos ocorreram nas zonas Norte e Leste, devido ao intenso processo de ocupação; perdas de cobertura vegetal, assoreamento e poluição de igarapés. Enquanto que na década de 1970, boa parte dessas áreas mantinhamse fora do processo de urbanização e utilizadas frequentemente como locais de lazer. No início dos anos 1980 o processo se inverte, e a zona urbana de Manaus passa por modificações rápidas e agressivas ao meio ambiente. “O que restou na zona urbana da cidade foram fragmentos florestais (abrangendo diversidade de tipos de vegetação que ocorre na área urbana desde uma capoeira em estágio inicial e/ou avançado, até fragmentos de floresta nativa), que se localizam espalhados e em sua grande maioria sem utilidade para as comunidades que os cercam.” (NOGUEIRA, SANSON, PESSOA, 2004).

Figura 2 - Mapa com marcação de principais espaços públicos da cidade 4

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Assim, observam-se se espaços em potencial próximo a áreas de grande circulação de pessoas na Zona Norte de Manaus (Figura 2) – Cidade Nova; Próximo ao Terminal de ônibus 03, Expansão da Avenida das Torres, e Reserva Ambiental Estadual Parque Sumaúma. Propõe Propõe-se se a dinâmica de espaços verdes, consolidação co de áreas degradadas, possivelmente invadidas (da Reserva Ambiental) e interligação com espaços verdes mais próximos. Pontualmente algumas das problemáticas: Segregação Espacial, Grande crescimento populacional em menos de 10 anos; Falta de espaços pú públicos blicos de qualidade; A saída de casa por motivos de trabalho ou consumismo; Desconsideração do Parque Sumaúma tão próximo e pouco reconhecido. O círculo vermelho na figura 2 representa a situação mais ampla no contexto de cidade, como é mostrado na figura 3 a seguir.

Figura 3 - Situação mais ampla no contexto da Cidade de Manaus. Mostra a Reserva Sumaúma, e outras áreas verdes como UFAM, Passeio do Mindú, e Reserva Adolpho Duck

Noções sobre o entorno: Por levantamento de campo, é marcado no mapa a seguir, as 9 principais escolas ilustrado na Figura 4, que também mostra a subdivisão de áreas: verde (área 01, Centralizar), laranja (área 02, conectar e azul (área 3, consolidar). Segundo site Unidades de Conservação rvação no Brasil, existem 15.330 5

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alunos que são envolvidos em diversas atividades do Parque Sumaúma, como palestras, oficinas, teatro e eventos de mobilização comunitária.

Parque estadual Sumaúma Em 2003, o Governo do Estado do Amazonas por decreto N23.172, junto com a Secretaria do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS) e Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), pela ação comunitária e abaixo assinado ado realizados, define o parque de 50,99 hectares como área de conservação devidoo a importância para conservação de atributos naturais e desenvolvimento sustentável. Em 2010, foi detectado pela SDS, por meio do Centro Estadual de Unidades de Conservação (Ceuc), órgão que gerencia as Unidades de Conservação (UCS)) estaduais, que o Decreto to original não refletia a totalidade dos fragmentos florestais, e que havia ocorrido um deslocamento da base cartográfica.

Figura 4- Mapa esquemático com legenda. Os círculos maiores são as subdivisões de áreas.

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Ao tomar conhecimento do processo de licenciamento de construção da Avenida das Torres pela Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra), a SDS excluiu do novo Decreto a área do trecho dois, por onde deverá passar a obra, o equivalente a aproximadamente 1,8 hectares de área, incorporando, então, uma área de aproximadamente 2,8 hectares. Com essa alternativa o Parque sai de uma área de 50,99 hectares para 52,57 hectares, garantidos pela Lei 3741, de 26 de abril de 2012(IECAM, 2013).

Figura 5 - Situação de algumas fronteiras do parque. FONTE: Google Hearth

Objetivos projetuais A partir do exposto - os fenômenos urbanos, o atual contexto de transformação e desenvolvimento gerados pelo intenso crescimento populacional, demandas de moradia apresentados - o escopo deste trabalho é a requalificação da área proposta, por meio de uma intervenção urbana acessível, de um espaço criativo, de desenvolvimento sustentável, amplo e de qualidade em uma área de intenso tráfego de pessoas; Desenvolver projeto de âmbito urbano, arquitetônico com práticas ambientais: Um espaço público que crie possibilidade, qualificação e potencialização da zona de expansão de Manaus: a Zona Norte; Requalificar o entorno, que resulte na valorização da área em questão, e a identificação com o Parque Estadual Sumaúma como Unidade de Conservação, que imponha desenvolvimento sustentável através da ocupação, identidade, atentando para leis ambientais vigentes, ciente das alterações devido à construção da etapa 02 da Avenida das Torres e área a ser desmatada. Conectar áreas verdes limítrofes, que possibilitem o microclima na região, e a ressignificação devido aos novos usos implantados nessas áreas. Além da conectividade de transportes coletivos e diversas praças, passarelas e usos. Objetivos específicos Diagnosticar, Segundo Villaça (2001): traços e movimentos comuns a cidades, o centro e a periferia – a partir da visão teórica na cidade de Manaus. Relacionar movimentos da estrutura territorial com as estruturas sociais, e vice versa, buscando entender o papel das classes sociais na estruturação territorial urbana e o 7

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nível de participação dos espaços produzidos sobre os valores e estilos de vida de seus moradores. Relacionar os Elementos das estruturas territoriais urbanas – centralidades, bairros e espaços verdes e seus Movimentos/fluxos – sistema de mobilidade – interpretando o novo eixo viário e as relações com a cidade e a população do entorno.Criar um espaço público democrático, amplo e de qualidade em uma área de intenso tráfego de pessoas, com estudo de ocupação que caracterizem os usos. Centralizar através da vocação do lugar, reafirmar e intensificar diversas atividades sociais, comercias e ambientais. Buscar soluções urbanísticas e arquitetônicas que minimizem os efeitos negativos do excesso de infraestruturas, asfalto, edificações e tráfego de veículos e microclima local. Relacionar, integrar os meios de transporte na área, ônibus, automóvel particular, novas possibilidades para o sistema viário com priorização do pedestre e do ciclista, e vagas de garagem para veículos. Definir áreas para taxas de ocupação e índices de aproveitamento e densidade mais elevados, e articular com o transporte público. Conservar os leitos de rios que existem nas áreas, quando possível – não havendo habitações próximas – manter mínimo de 50 metros de distância de cada lado dos leitos dos rios. Consolidar calçadas e vias adjacentes de fundo que façam borda com os bosques ou parques criados ao longo das linhas de drenagem, e evitando a formação de espaços residuais – criar usos, passeios e ciclovias. Aproveitar trilhas e passeios consolidados por usos para criação de novas praças e espaços livres públicos. Criar para a Unidade de Conservação Sumaúma, espaços de contemplação, de estar, mirantes, que chame a atenção, sombreados; reconhecimento visual e sensorial com a U.C., promovendo a própria beleza natural que se quer preservar. Delimitar áreas para circulação – vias e calçadas - onde já existe uma floresta virgem e densa, possibilitando a formação de bosques: trilhas internas, calçadas pavimentadas, usos de caminhada, corrida, ciclovia, passeios, academias ao ar livre. Conectar atividades, relatar experiências de caminhantes da área, viabilizar infraestrutura, acessibilidade, sustentabilidade e qualidade de vida. Conectar margens necessárias para articulação de áreas sugeridas à verticalização e o principal eixo viário na área: edifícios com térreo livre para que haja mais espaço livre de circulação sombreados, criar mirantes de caráter estratégico próximo a rios, encostas e outros pontos para uso público. Criar sistema de conexão de praças e espaços públicos ligados por vias altas, com mínimo impacto no bosque remanescente, replantio de árvores, escadarias, patamares, rampas, passarelas, praças suspensas e elementos alternativos para conectar diferentes vários níveis. Metodologia e Instrumentação Para realização da proposta e requalificação urbana, recolheram-se dados pela pesquisa bibliográfica, documental e levantamento fotográfico, foi elaborado documentação de vivências dos habitantes locais, caminhantes, e aprendizados empíricos do local: procurou-se analisar os conceitos de requalificação urbana, de espaço público, assim como contexto histórico no Brasil e Manaus – sua área de expansão e alguns 8

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fenômenos urbanos, observando tipologias e estudos de caso. Através de entrevistas, enquetes no local, e pesquisa de dados, sintetizou-se os movimentos da população, bem como as deficiências do bairro, o porquê das saídas e lugares mais comuns. Foi elaborado mapeamento, segundo Lynch (1960) de pontos nodais, marcos, bairros e barreiras, levantamento de dados que ratificaram o subcentro consolidado e o caráter único do bairro Cidade Nova, e características específicas da área destacadas. Com base nas visitas em campo, foram definidos os elementos motivadores principais e secundários, como local de potencialização de espaços públicos utilizando de noções arquitetônicas adaptadas às características do meio: topografia, solo, ecologia, impactos, entre outros. Para a definição dos espaços públicos foram utilizados os conceitos do bioclimatismo, segundo Bustos Romero (2001), que busca a concepção de um espaço público urbano com traços de arquitetura bioclimática, a fim de gerar um microclima compatível com as condições de conforto. A autora considera elementos essenciais para esse desenho: o entorno, a base e a superfície fronteira, e suas respectivas características. E considera ainda para o desenvolvimento de um microclima, a utilização de massas de água, como lâminas, lagos e canais, e evaporação; fontes, cascatas, cortinas, circulação de água, áreas com aproveitamento de sombras, entre outros. O programa de necessidades resultou das diversas análises realizadas e o uso dos espaços públicos: sentar, parar, caminhar, comer, ler, escutar e reunir-se. Praças, espaços verdes e agradáveis que sirvam de descanso, evapotranspiração, sombra, praças mirantes: Caminhos, aproveitamento de passeios já consolidados: Espaços culturais inesperados: palcos para dança, música, cinema, teatro, etc. Áreas de micro comércio: feirinhas etc. (Feira livre permanente): Estacionamento para interligação com Terminal de ônibus e Banheiros. Revisão Bibliográfica Modernismo e suas influências: É notória a importância de espaços públicos. A partir de cidades como Roma e Grécia Antiga, esses espaços essenciais para as polis: as ágoras, configuradas como grandes praças localizadas em locais estratégicos e com intensas atividades sociais, econômicas, políticas e religiosas. Os espaços públicos, desde então, submetem-se a processos de transformação e qualificação, de acordo com as necessidades na vida urbana. Sob o efeito de uma industrialização, mudanças de hábitos e de cotidiano, o triunfo do racionalismo, do urbanismo funcionalista, reorganização completa: entre espaços construídos e vazios como áreas verdes, distribuição funcional que resolveriam todos os problemas de uma cidade, a 9

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modernidade. As mudanças começaram a partir dos valores: a linha reta, as vias se adaptaram a cada vez mais carros, e as pessoas não se encontravam mais com tanta frequência nas ruas, a interpretação do que é moradia individual vira coletiva e a flexibilidade e diversidade são deixadas de lado. No Brasil, como no mundo, as normas apresentadas foram aceitas integralmente pelos arquitetos modernistas, argumentos de ordem socioeconômica aos de ordem técnica e estética, não significaria, a renúncia a pesquisa original e à evolução para formas próprias de expressão e criação. Por exemplo, no Plano Piloto de Brasília, onde foram aplicados a risca os princípios da Carta de Atena, versão de Le Corbusier. Requalificação Urbana: É um conceito contemporâneo, onde o desenho da cidade já está conhecido e submetido intencionalmente à reformulação do território que apresenta alto índice de complexidade, pois abrange diversas ciências: sociais, físicas como geográficas, topográficas, econômicas e políticas, com o objetivo de melhorias para a cidade, mantendo sua identidade. No Brasil, os princípios modernistas, como anteriormente mencionados, foram aceitos e as tentativas de reordenamento e locação de pessoas em locais intactos e projetados do zero, até mesmo antes da década de 1930, com traçados geométricos e avenidas retas. Assim, as teses aceitas foram ocupar espaço na cidade tradicional já instalada, transformações e ‘reformas’ sob o efeito de industrialização e concentração cada vez maior, sem contar nos cheios extremamente adensados e vazios como espaços verdes, e reformular a sociedade. O Brasil concordou com as teses desenvolvidas pelo CIAM (BRUAND, 2010). Desde então vem evoluindo o desenho urbano, na busca pela sustentabilidade e melhor ordenamento no respeito às diversidades culturais e naturais. Permitido a coexistência de lógicas territoriais múltiplas na justificativa de buscas por modos diversos de responder demandas sociais e problemas urbanos (DEL RIO, 2013). Espaço Público e Tratamento Ambiental: Segundo Marta Adriana Bustos Romero (2001), o espaço público se confere como uma forma definida, a concepção é gerada como se este fosse um objeto arquitetônico, adaptado as características do meio, como é normalmente, adicionado a questões de conforto e salubridade da população. As considerações sobre o lugar de implantação e o seu potencial em questão construção de novas vias, provavelmente adensamento populacional, remete-se para o conceito de Arquitetura Bioclimática na arquitetura vernacular, sua antecedente, exemplos de respostas construídas as necessidades dos homens em frente ao meio ambiente. A autora faz referência a três conceitos sobre bioclimatismo: Cook (1988), Serra (1989) e López de Asiain (1989), mencionados a seguir: Serra, a arquitetura aperfeiçoa o desenho arquitetônico, e relaciona com fator energético e meio ambiente a forma do edifício deve adaptar-se a necessidade climática interna, tal como vidros e fechamentos alternados entre períodos de dia e noite para melhor aproveitamento e armazenamento. López de Asiain onde o bioclimatismo nada mais é do que a total 10

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interpretação do lugar com seus condicionantes físicos, climáticos, históricos culturais e estéticos, tendo estes como pré-requisitos: A influência do lugar, não somente fatores climáticos, mas observar a arquitetura do passado como conhecimentos adquiridos, com recursos materiais e as técnicas construtivas encaradas como condicionantes e não determinantes. Cook, a cultura, o clima tem sido geradoras de ideias originais e de preservação dos valores humanos, e outorgam elementos necessários para o desenvolvimento de um novo regionalismo definido pelo clima, geologia, etnia, leis, símbolos ou qualquer elemento representativo de cultura, arquitetura chega a ser regional quando responder ao local com um desenho adequado. A taxa de evaporação é muito mais alta nas áreas verdes do que nas áreas sem plantas. As folhas filtram a contaminação do ar. Com o resultado da evapotranspiração, o ar próximo do solo nas áreas verdes é mais frio do que o das áreas construídas. As folhas absorvem o som, diminuindo o tempo de permanência do ruído nas ruas. BUSTOS ROMERO, 2001.

Pode-se relacionar o objeto e o meio que o rodeia, assim a adequação de espaços públicos – O sítio, localização, cobertura, orientação, detalhes de plantas, localização, detalhes e tamanhos de esquadrias, propriedades físicas dos materiais, cores nas superfícies, dispositivos para proteção do sol: a envoltória. Para a autora, existem três pontos principais, que interessam a metodologia: o entorno, a base e a superfície fronteira necessários a se considerar no desenho destes espaços públicos, para internalizar o conceito de arquitetura bioclimática no urbano. Espaço Público: A funcionalidade em si é aceitável como o mínimo que se deve esperar de um plano, algo elaborado, intencional, projeto de arquitetura inserido em um meio urbano. O “algo mais” está no inesperado, pois os espaços não se relacionam, mas existem para as pessoas, para os usuários. É como um instrumento musical que soa da maneira como o instrumentista quer que ele soe (HERTZBERGER,1999). Quando um projeto, seja em qualquer escala, funciona perfeitamente como planejado, é atingido o que pregavam os modernistas, torna-o estático e inflexível, a liberdade e o dinamismo lhe são retirados. Atenta-se para a interpretação coletiva dos usuários, contudo nas suas individualidades. O segredo é dar aos espaços públicos uma forma tal que a comunidade se sinta pessoalmente responsável por eles, fazendo com que cada membro da comunidade contribua à sua maneira para um ambiente com o qual possa se relacionar e se identificar. (...) O arquiteto pode contribuir para criar um ambiente que ofereça muito mais oportunidades para que as pessoas deixem suas marcas e identificações pessoais, que 11

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possa ser apropriado e anexado por todos como um lugar que realmente lhes ‘pertença’. (HERTZBERGER,1999).

Proposta e Perspectivas Área de intervenção na Cidade Nova, situada na cidade em um eixo Norte-Sul importante (mostrado anteriormente na Figura 3, com possibilidades de unir grandes áreas verdes, Adolpho Ducke, Passeio do Mindú e Universidade Federal do Amazonas (UFAM), em um corredor verde com possibilidades de espaços de qualidade mencionados e microclima agradável. A ampliação, Figura 6, com elementos importantes como o Terminal de ônibus (T3) e áreas verdes em potencial, área de extensão Av. das Torres.

Figura 6 - Áreas verdes em potencial e legendas destacando elementos de projeto

A proposta não é delimitar áreas, mas agrupar por similaridades de intervenção por proximidade de interesses. A partir das entrevistas feitas com os moradores e transeuntes da área obtiveram-se resultados; 75% dos entrevistados só saem de casa para o trabalho, 95% Não tem espaço para diversão e lazer perto de casa, 60% querem ter a opção de integrar carro e ônibus e 70% não sabem onde fica o parque sumaúma. A seguir a esquematização de áreas, na Figura 7.

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Figura 7 - Marcação de áreas

A implantação geral na Figura 8 indica o tratamento de parque na área 01, passarelas de articulação e garagens subterrâneas na área 02 e as arquibancadas e sombras na área 03.

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GAP Congressos Figura 8 - Implantação Geral Av. 13 de Maio, 13 / 1201 Centro Rio de Janeiro / RJ Brasil 20031-007 Tel./fax: (55)(21) 2215.4476 www.arqamazonia2016.com.br

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Área de intervenção 01: Centralizar, convergir, atrair trair pessoas, trazer utilidade a área verde. Surgimento de novo espaço público (Rua, larga via de tráfego de veículos). Propõe Propõe-se se Novo Parque em escala urbana, centralizador. Área com vocação para a verticalização e integração com o transporte público e bicicleta. bicicleta Nos pontos de encontro tipo Parque + Bairro: Áreas de estar sombreadas, Estrutura e Equipamentos do parque sobre plataformas de aço, sustentand sustentandoo plataformas de cimento, pedra ou madeira, garantindo uma permeabilidade do solo e mantendo a vegetação nativa. E várias galerias, áreas para comércio esporádico artesanal, e feira,, conectividade e articulação com as passarelas e bicicletários sob estas. Quadras poliesportivas, Arborização, rampas, espreguiçadeiras e abrigos (ver figura 10, 11 e 12).

Figura 9-Vista Vista geral da área 01 01, imagem GOOGLE Earth pós produzida

Área para feiramóvel

Área de incentivo a novos empreendimentos comerciais

Contemplação Passeio Abrigos Feira/comércio

Passarela Abrigos ônibus

Vagasveículos

Galerias

Figura 10 - Zoom de implantação, passarelas, áreas de descan descanso, comércio, contemplação, entre outros usos 14

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Figura 11 - Perfil transversal, transversal,mostra mostra a escala humana e a relação de pedestres com a via e bicicletário

Figura 12 - Perfil longitudinal, permeabilidade do solo, áreas de jardim

Área de intervenção 02: Conectar/Abrir/Unir o bairro segmentado por grandes eixos viários: Escala cidade, reintegrar o tecido urbano, assim como serviços do bairro, pois no lugar há terminal de ônibus entre outros grandes ferramentas para aglomerar pessoas. Área multifuncional. Criar praças de passagem e contemplação do parque Sumaúma, equipado de teatro de arena pare eventos culturais: teatro, música e dança, assim como locais para pesquisa, exposição de artes visu visuais, ais, fotografia, entre outros. Mirantes de estar, comércio artesanal, acesso para aluguel de bicicletas e estacionamento garagem por rampas e escadarias. Vista geral na Figura 13.

Figura 13- Antes e depois, vista geral área 2, Terminal de ônibus – imagem GOOGLE Earth da área pós produzida

Figura 14 - Corte Diferentes níveis de rua, rampas e escadarias humanizadas

Sugere-se se uma tipologia de fachadas na av. Noel Nutels, na Figura 14 ilustra a escala da rua, e a relação com os diferentes desníveis, Também visível na Figura 15, o telão para o cinema na praça, e galerias. Para 15

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transporte intermodal, veículo, ônibus e bicicleta, foi proposto o subterrâneo, no nível da Nova Avenida, com elementos vazados, equipado com bbicicletário, cicletário, lixeiras coletoras, e vagas de garagem, e pode-se pode ver a praça suspensa (passarela).

Figura 15 - Corte em perspectiva

A passarela é configurada por módulos, material metálico, elementos de vedação com tubos ou telas,diferentes de cobertura formando um desenho, e percurso dinâmico dinâmico,, pedestres e para ciclistas. ciclistas Elas articulam o espaço fragmentado por carros e tráfego de pessoas, chama chama-se se de praça suspensa devido a pouca inclinação, nclinação, menor que 5% em alguns percursos. Segue perspectivas, Figura 16 e 17, 17 vista de topo, com o desenho das coberturas, Figura 18 18, e esquema de alturas na Figura 19.

Figura 16 - Perspectiva modular da passarela

Figura 17 - Perspectiva vista de dentro do Contemplação Sumaúma

Figura 18 - Vista de cima passarela, em 5 módulos 16

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Figura 19 - Esquema perspectiva dos percursos e coberturas das passarelas/praças

Outros usos de praças; praça de contemplação Sumaúma ((Figura 20), Praça cinema (figura figura 21). 21

Figura 20 - Contemplação Sumaúma

Figura 21 - Cinema na praça, rampas e escalas

As margens necessárias para articulação de áreas sugeridas à verticalização verticalização,, como mostra a figura 22, junto do principal eixo viário na área, relacionam relacionam-se através dos edifícios com térreo livre para que haja mais espaço livre e circulação sombreados, além de passarelas e percursos seguros para ciclistas e pedestres.

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Figura 22 - Área deVerticalização sugerida e estrutura de mobilidade

Área de intervenção 03: Consolidar/requalificar os espaços já existentes, escala bairro, áreas de atividades coletivas – reintegração no tecido urbano. Arquibancada coberta, rampas, ciclofaixas, mesa para jogos de tabuleiro, locais de permanência, campinho existente e parquinho infantil. Situada em uma área de bairro (figura24), as intervenções foram de manutenção e reafirmação do uso com equipamentos adaptados a realidade do local (figura23 e figura 25).

Figura 23–Perfil mostrando a área coberta e a quadra

Figura 24 - Vista de topo, imagem GOOGLE Earth pós produzida

Figura 25 - Abrigos e mesas 18 para jogos, imagem GOOGLE Earth pós produzida GAP Congressos

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Conclusão Fundamenta-se a importância de espaços públicos. Mudanças de hábitos forçam a reorganização nas cidades, fatores físicos e imateriais; A sociedade cada vez mais individualista e as ruas são vistas como espaços de transição, neutros, e obstáculos a serem ultrapassados para se chegar a determinado lugar. Pessoas passam e não se encontram nem desfrutam do passeio, uma vez que espaços são preciosos e vazios são desperdiçados. As perdas ambientais são uma das faces da exclusão social, violência, discriminação, difícil acesso à justiça e ao lazer. A requalificação urbana, conceito contemporâneo, onde o complexo dinamismo da cidade é estudado, monitorado, e desenhado, onde o saber é conhecido envolvendo ciências sociais, geográficas, topográficas, econômicas e políticas, com o objetivo de melhoria de vida de um todo, gera valor, referência, inspira a população e de forma sustentável conserva-se a identidade da cidade. Referências bibliográficas IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, disponível em acesso em 29 junho de 2016. JORNAL A CRÍTICA, 2012, Por Ana Carolina Barbosa; virtual, Disponível em: < http://acritica.uol.com.br/manaus/Populacao-zona-Norte-Manaus-cresceu-Amazonia-Amazonas_0_783521682.html > acesso em 29, junho, 2016 BUSTOS ROMERO, Marta Adriana, 2001, A arquitetura bioclimática do espaço público - Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2001. DECRETO ESTADUAL N23.172, IPAAM, Disponível em Acesso em junho 2016. IECAM, 2013, Disponível em , acesso em 29 junho 2016 Bruand, Yves. 2010. Arquitetura Contemporâanea no Brasil, tradução Ana M Goldberger - 5a Edição, São Paulo 2010. DEL RIO, Vicente. 2013. Desenho Urbano Contemporâneo no Brasil, Grupo Gen, Rio de Janeiro RJ; 1ª Edição, 2013 VILLAÇA, Flávio (2001). Espaço Intra-Urbano no Brasil. Studio Nobel: FAPESP, São Paulo, Pg23 Le Corbusier, 1887-1965. A Carta de Atenas [versão de Le Corbusier: tradução de Rebeca Scherer].—São Paulo: HUCITEC: EDUSP, 1993.— (Estudos Urbanos)

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NOGUEIRA, Ana Cláudia Fernandes, SANSON, Fábio, PESSOA, Karen - A expansão urbana e demográfica da cidade de Manaus e seus impactos ambientais, 2004. site Unidades de Conservação no Brasil, Disponível em: acesso em 29 de junho de 2016. HERTZBERGER, Herman, 1999. Martins Fontes, 2ª Edição, 2a tiragem 2006, São Paulo.

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