ESTÉTICA, FILOSOFIA E MEMÓRIAS DO ESPAÇO: O CINEMA POLÍTICO DE ADIRLEY QUEIROS

May 22, 2017 | Autor: Wendell Marcel | Categoria: Philosophy, Aesthetics, Memory Studies
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ESTÉTICA, FILOSOFIA E MEMÓRIAS DO ESPAÇO: O CINEMA POLÍTICO DE ADIRLEY QUEIROS Wendell Marcel Alves da Costa Mestrando em Antropologia Social/PPGAS/UFRN E-mail: [email protected] Resumo: Este trabalho tem por objetivo identificar e discutir o cinema político, autoral, filosófico e periférico do diretor brasileiro Adirley Queiros no contexto da produção cinematográfica independente contemporânea brasileira. A partir da análise dos filmes Branco Sai, Preto Fica (2014), A Cidade é uma Só? (2011) e Rap, o Canto de Ceilândia (2005) problematiza-se aqui a estética, a filosofia e as memórias sobre o espaço da cidade-satélite de Ceilândia-DF, dando ênfase ao teor político engajado em suas obras documentais e ficcionais. O cinema político de Adirley Queiros trata da representação do processo histórico e simbólico que possibilitou a construção de Ceilândia. Os elementos presentes nas narrativas dos seus filmes são: periferia, memórias, hibridismo, racismo e identidade cultural. A partir destes sentidos, os filmes Branco Sai, Preto Fica, A Cidade é uma Só? e Rap, o Canto de Ceilândia ressignificam as narrativas de construção do espaço urbano da cidade, ao mesmo tempo em que oportuniza um debate acerca dos resquícios de colonialidade, preconceito, regime ditatorial, instituição militar e o imaginário sob a forma do “lugar bom pra morar”, no caso de Ceilândia. Na figura do cineasta, que produz imagens e sentidos sobre a realidade, Adirley Queiros reelabora nos seus filmes os processos de constituição da cidade, primeiramente num sentido espacial e do lugar e, num segundo plano, das identidades políticas e culturais da população de Ceilândia. Diante deste painel central, propomos aprofundar o debate nos seguintes eixos: caracterizar os elementos cinematográficos reunidos para pensar a filosofia política no contexto do filme de ficção científica e nas obras híbridas de Adirley Queiros; entender como esses filmes funcionam como representação do substrato do imaginário cultural e urbano da população da cidade de Ceilândia; e, constituir uma análise das narrativas das memórias do espaço urbano. No último momento, orquestra-se uma reflexão acerca do olhar político e filosófico do cinema de Adirley Queiros. Palavras-chave: Filosofia, Memórias, Cinema Político.

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