Estratégias e ferramentas colaborativas para a prática do design - desenvolvimento de propostas para a mobilidade urbana sutentável

September 11, 2017 | Autor: Joao Sampaio | Categoria: Collaborative Design
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Estratégias e ferramentas colaborativas para a prática do design desenvolvimento de propostas para a mobilidade urbana sutentável João Nunes Sampaio Designer Doutorando no Programa Doutoral em Design na Universidade de Aveiro, desde o ano lectivo 2010/2011 Investigador na unidade de investigação ID+ Assistente Convidado na Universidade de Aveiro Portugal [email protected]

resumo Esta pesquisa visa criar estratégias colaborativas e ferramentas operativas de co-criação para a prática de design, aplicado em um cenário de mobilidade urbana sustentável. Consideramos que as plataformas de co-criação potenciam abordagens activas, envolvendo as pessoas no processo de desenvolvimento de soluções mais eficazes e holística. Inicialmente através da catalogação de ferramentas e estratégias aplicadas a abordagens de co-criação, procuramos identificar a sua adequação, nas diversas fases do projeto,

Teresa Franqueira Assistente na Universidade de Aveiro Investigadora na unidade de investigação ID+ Portugal [email protected]

modos de acção, geração de ideias, desenvolvimento, teste e implementação de propostas, aplicadas num contexto de sessões de trabalho. Através de métodos de investigação-acção, procuramos validar a utilização de estratégias e ferramentas que foram aplicadas para o desenvolvimento de um sistema de mobilidade urbana sustentável (Porto, Portugal), centrado no uso da bicicleta. Primeiramente, a construção de uma comunidade activa surge como ponto de partida relevante para a identificação de membros activos e potenciais participantes nas sessões de trabalho. Através da identificação de um contexto real, pessoas de formação diversa, participaram

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activamente no desenvolvimento de ideias e soluções, em sessões de co-crição orientadas por um designer, desenvolvendo suportes de exploração, análise e comunicação de propostas. Iniciado por uma abordagem bottom-up, a presença e visibilidade desta comunidade de ciclistas urbanos, despertou o interesse por parte do poder local, futuro participante no projecto. As propostas desenvolvidas apresentam impacto positivo alargado a contextos sociais, económicos e ambientais, baseada numa abordagem de design mais democrático. O potencial de replicação deste modelo de acção surge como um desafio de aplicação em cenários diferentes. palavras-chave design . colaboração . co-criação . criatividade . mobilidade . sustentabilidade

introdução Com o intuito de diminuir ou anular os impactos negativos da profissão do design, a 1

sugestão de envolver pessoas no processo de desenvolvimento de propostas , embora não seja recente, surge como uma orientação viável. Numa sociedade contemporânea, 2

composta por cenários dinâmicos, diluídos e de elevada complexidade os pontos de contacto entre contextos diversos, criam enormes desafios de intervenção da disciplina do design aliados à dimensão e complexidade das temáticas a tratar. Contudo, neste panorama a disciplina pode actuar como promotor de inovação, orgazinação, informação e transformação com impacto social, económico e ambiental. Será de realçar a evolução do 3

papel das pessoas de consumidor a co-criador às quais é reconhecido potencial criativo, generativo de conceitos e soluções válidas, aliado ao conhecimento e experiência relativa à área ou temática a intervencionar. Descreve-se um cenário potenciador de posturas 2

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criativas através da presença dos seu três elementos principais : cultura, pessoas e campos de especialidade. Numa proposta de intervenção holística, é sugerida uma nova metodologia de design não 5

hierarquizada , de equipas multidisciplinares em contacto directo, contínuo e auto-orientado pela co-criação, incentivando a intervenção do indivíduo. 6

Sendo o processo de evolução dos padrões de colaboração um processo dinâmico onde os papeis, a equipa de trabalho, os valores e os métodos de trabalhos são adequados consoante as necessidades e responsabilidades intrínsecas ao desenvolvimento do projecto. O estímulo e introdução da colaboração de pessoas de diversos tipos de experiência e formação no desenvolvimento de propostas, obriga à adequação do papel do designer assim como do processo de design. Observa-se assim, uma evolução num 7

processo aprendizagem de trabalhar for people, para trabalhar with people . Contudo, esta vertente de design colaborativo não tem como objectivo substituir uma metodologia mais tradicional mas coexistir de forma estratégica e enriquecedora. Para potenciar o processo colaborativo em design, a identificação e catalogação de ferramentas e do seu potencial de geração, exploração, análise, comunicação e implementação de ideias e soluções, é essencial. Estas facilitam a estruturação de sessões de trabalho, adequação e intervenção nos vários momentos da sessão e nas diferentes fases do processo projectual. Podendo ser adequados aos objectivos dos exercícios, ao número de elementos da equipa de trabalho, ao tempo disponível e de acordo com as 8

capacidades de comunicação do grupo . Esta estratégia visa potenciar a comunicação e organização visual de informação, através ferramentas e estratégias de apoio aos participantes na materialização de conceitos visuais das suas propostas ou ideias. O desafio de desenvolver propostas para um sistema de mobilidade urbana com base na 3

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bicicleta para a cidade do Porto (Portugal), surge no sentido de colmatar a falta de soluções e infraestruturas de apoio, a identificação de um grupo emergente de ciclistas urbanos, a resiliência na alteração de comportamentos e as características topográficas acidentadas da cidade.

identificação de estratégias e ferramentas O presente estudo tem o objectivo de investigar formas de incrementar a eficácia na prática do design através de plataformas colaborativas para a criação de cenários sustentáveis. Entende-se que as plataformas colaborativas, fomentam uma postura activa por parte das pessoas envolvidas no processo de desenvolvimento de propostas, sendo uma base para abordagens co-criativas e processos de design mais eficazes e holísticos. Procura-se então consolidar e facilitar a adopção de novas estratégias e ferramentas replicáveis, promovendo 9

a adopção de novos comportamentos e novos actores na prática projectual . Numa fase inicial foi desenvolvido um processo de identificação e catalogação de ferramentas e estratégias de estímulo e apoio ao processos de design coloborativa, que apresenta-se essencial na definição e estruturação de sessões de trabalho. A estruturação e adequação dos eventos advém de vários quadrantes, sendo eles relacionados com o contexto de actuação (público ou privado) e com os promotores (designers ou não 10

designers) . Paralelamente, as fases de intervenção de abordagens de design colaborativo podem ser ponderadas conforme o desenvolvimento do projecto. Contudo, a importância da fase inicial de definição, o fuzzy-front end

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, um momento crucial para a definição de

contexto de actuação e materialização de um documento que identifique claramente o objecto de trabalho.

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fig 1 – Estrutura de orientação para a catalogação de ferramentas e estratégias para a facilitação de sessões de design colaborativo. Baseado em Alaister Fuad-Luke (2009)

A catalogação de ferramentas e estratégias para sessões de design colaborativo fui dividida 12

em quatro momentos relacionados com a sessão de trabalho: opening, exploring, defining/deciding and working. Estas ferramentas e estratégias, têm como o objectivo facilitar e potenciar processos criativos, geração de ideias, exploração e análise de dados e 5

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propostas, assim como preparação e tomada de decisão, análise de protótipos e materialização de propostas. Será de salvaguardar que existem pontos de contacto entre as várias fases, como se pode ver na figura 1, e que poderão ser explorados consoante a continuidade necessária entre momentos. Os factores tidos em conta no processo de catalogação de estratégias e ferramentas teve foram os seguintes: identificação do momento da sessão, tempo de desenvolvimento da tarefa, número de elementos e tipo de informação gerada (escrita, visual e visual/escrita), exemplificado na figura 2. O desenvolvimento de estudo de caso é relevante no sentido de aferir diversas orientações, comparação, estratégias e ferramentas utilizadas, modus operandi e avaliação de resultados. Com esta informação procura-se desenvolver um guide-book.

fig 2 – exemplo de identificação de ferramentas e métodos.

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a comunidade O crescente relevo dado ao uso da bicicleta como meio de transporte na cidade do Porto (Portugal), tem vindo a afirmar-se, não só por questões económicas, mas também pelo aumento da consciência ambiental e social dos cidadãos. Este movimento tem vindo a ter eco em iniciativas locais e na internet sobre forma de blogs pessoais ou sites de movimentos organizados (alguns implementados a nível mundial) e nos media. Sem plano efectivo de incentivo e apoio ao uso da bicicleta na cidade por parte do poder local, deu-se fig 3 – mapeamento de percursos dos ciclistas urbanos do Grande Porto. verá ter legenda

início a um projecto de criação de um sistema de mobilidade urbana sustentável para a cidade. Numa fase inicial, um conjunto de 6 ciclistas urbanos (incluíndo o investigador) decidiram que o desenvolvimento da proposta teria de ser colaborativa, com o envolvimento da comunidade de ciclistas urbanos do Porto, numa abordagem bottom-up que teve os seguintes pontos de relevo: outobro de 2010, via blog pessoal de Miguel Barbot (1penoporto.blogspot.com) - recolha de testemunhos (relato de experiências e mapeamento do percurso) e potenciais colaboradores; Novembro de 2011, simplificação do mapa em bruto (com base em 48 testemunhos) - Divisão da cidade em 6 áreas, selecção de percursos principais e definição de percursos de ligação entre grandes áreas evitando percursos com pendentes consideráveis para diminuir o esforço do utilizador; Actualmente está a ser criado um documento final que será aberto a discussão pública dos percursos propostos. Sendo o mapa um suporte e não um catalisador de mudança, o investigador propôs ao grupo criar uma segunda fase de projecto através de sessões colaborativas. Inicialmente com ciclistas urbanos, a equipa de trabalho foi posteriormente alargada 7

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envolvendo outros stakeholders, o poder local e vários especialistas.

as sessões de trabalho Apesar de já terem ocorrido vários contactos com o Município do Porto a primeira sessão de trabalho foi direccionada somente a ciclistas urbanos. Com base na informação aferida anteriormente, a organização de sessões de trabalho teve como objectivo: criar um contacto directo entre uma comunidade que por vezes só tinha a internet como meio de contacto. Considera-se que a análise desenvolvida entre pares, possibilita maior consenso e definição de prioridades de forma a ser mais produtivo em sessões mais alargadas. A primeira sessão foi publicitada nas plataformas como grupos específicos do facebook, mailling lists (ciclistas urbanos de Portugal, massa crítica do Porto, M.U.B.I, entre outras) e blogs pessoais com relevo. Com uma duração prevista entre 240 a 270 minutos, com o máximo de 10 participantes e vários tipos de formação, orientados por um designer e um observador (investigador). Tendo em conta o tempo definido e o dinamismo pretendido na primeira sessão de trabalho optou-se por dar ênfase a fases híbridas para promover a discussão e avançar com possíveis cenários, como pode ser visto na figura 4, não sendo o objectivo primordial da sessão apresentar uma resposta final. Contudo, este plano inicial foi considerado bastante ambicioso. Actualmente, estão a ser desenvolvidas sessões de trabalho com períodos entre os 90 a 120 minutos, focados em temáticas específicas, permitindo a exploração de consensos e a clarificação do programa a delinear. Estas sessões respeitam os momentos da estrutura inicialmente definida. Visam a exploração de vários exercícios como a hierarquização de prioridades e temáticas, brainwriting, empathy map são introduzidos consoante o avanço do projecto. 8

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fig 4 – plano de sessão. Identificação dos momentos, estratégias e resultados desejados.

Como foi observada alguma dificuldade na materialização e comunicação através de informação visual, foi criado um kit com imagens (personagens a utilizarem bicicletas) e icones, que visam facilitar o processo de comunicação visual das propostas avançadas. 9

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Este suporte demonstrou-se importante no processo de co-criação, comunicação e materialização e será alvo de sublimação. Este kit actua como catalisador de interacção e estimula o processo criativo contudo, deverá ser aprofundado tendo em conta os quatro 13

níveis de criatividade . Sendo este projecto entendido como um laboratório de experimentação e estudo, a exploração e adequação de estratégias, suportes e meios utilizados nas sessões concentram a parte essencial desta investigação. O potencial de concretização e replicação na utilização de recursos ou orientações de trabalho são tidas como um desafio relevante inerente ao resultado final da pesquisa. Neste processo de investigação o papel do designer pode ser adequado às necessidades do projecto podendo 14

estar a trabalhar na rede ou para a rede . Na primeira situação o designer actua entre pares no apoio a geração de ideias eficientes e exequíveis de ideas e deve agir como actor social com conhecimentos e capacidades específicas à sua formação. Esta acção posiciona o designer como facilitador na convergência entre do diferentes actores, partilha de ideias e potenciar soluções. Quando trabalha para a rede, o designer colabora com os restantes actores no desenvolvimento da proposta. A crescente facilidade de interacção entre os vários elementos da equipa tem sido notória de sessão para sessão, factor que ajuda ao processo de co-criação. Após a definição hierárquica dos factores ou cenários mais importantes para a mobilidade urbana através do uso da bicicleta, foram definidas grandes áreas de trabalho: soluções de simples implementação (por iniciativas voluntárias e parcerias com o poder local); consciencialização de públicos; reforço como opções que actuam sobre a utilização da bicicleta próximas da consciencialização de públicos mas com fig 5 – ferramentas de apoio à construção de cenários e comunicação visual (no topo) , exemplo de materiais de análise, alvo de hireraquias (em baixo).

vertentes comerciais mais evidente; por fim orientações baseadas em parcerias com o poder local. Futuramente vai ser feito um levantamento mais alargado dos pontos relevantes para a comunidade de ciclistas urbanos da cidade do Porto. Seguidamente, vai 10

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ser definido um filão de trabalho para a materialização de uma proposta final que será apresentada à Câmara Municipal do Porto.

conclusões Neste estudo, examinamos as ferramentas e métodos para potenciar os resultados das sessões de design colaborativo e organizados em momentos, passíveis de serem subdivididos consoante os objectivos. Como laboratório de estudo, integrou-se um projecto orientado para a mobilidade urbana sustentável para a cidade do Porto. O objectivo deste estudo foi compreender as reacções da equipa de trabalho aos exercícios e aos momentos definidos de forma a organizar e estabelecer paralelismos entre o design colaborativo, ferramentas e métodos de abordagens ao projecto de design. O processo informal de construção da comunidade e da equipa fez-nos perceber a importância de envolver pessoas verdadeiramente motivadas e da definição de cronogramas mais alargados. A relevância de abordagens e iniciativas semelhantes à relatada, apesar de ser um work in progress, será de supor o forte potencial em termos de valor social. Neste caso específico o envolvimento dos cidadãos advém da satisfação pessoal na colaboração sobre uma temática relevante. A facilitação da adopção de modelos de cidadania activa e procurar soluções entre pessoas ou através de grupos informais pode apoiar o desenvolvimento de proposta. No entanto, presume-se que a extinção da profissão de design, através da inclusão de pessoas no processo projectual não é uma realidade. A acção clara de designers como facilitadores e possíveis co-actores no processo criativo apenas amplia seu espectro de acção. A criação de uma base de dados para apoiar a expressão e comunicação de uma ideia, como o kit de ferramentas usado, pode melhorar o processo de comunicação dos 11

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colaboradores. Isto traz para o projeto um capital intelectual que por vezes não é tido em conta ou é mal interpretados por intermediários. Serão continuadas as sessões de trabalho numa vertente mais aprofundada. Numa fase futura e com uma proposta mais concreta e consolidado o grupo pretende apresentar o projecto ao poder local, aumentando assim o seu envolvimento. A necessidade de ajustar ou melhorar a catalogação efectuada tornou-se evidente, considerando o desenvolvimento do projecto. No que diz respeito à sua evolução, os padrões de colaboração serão evidentemente ajustados, tal como o número de pessoas envolvidas. A síntese de um suporte de apoio de sessões de design colaborativo é encarado como essencial. Este deverá apresentar ferramentas e estratégias tendo em conta as iniciativas altruístas assim como de natureza privada e com fins comercial. referências [1] CROSS, N. (1972). Here Comes Everyman. Design Participation – Proceedings of the design [2] BAUMAN, Z. (2000). Liquid Modernity. Cambridge: Polity. [3] SANDERS, E. (2006). Creating Contexts for Clarity and Meaning: In Design for Effective Communications. New York: Jorge Frascara (Ed.) Allworth Press. [4] CSIKZENTMIHALYI, M. (1996). Creativity: Flow and the psychology odf discover and invention, USA: Harper Perennial [5] WOOD, J. (2008). Co-designing whitin Metadesign: Synergies of Collaboration that 12

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