Estratificação vertical de Lepidópteros em fragmento urbano de Mata Atlântica Tatiane T. Maciel1; Bruno C. Barbosa1; Fábio Prezoto1 (1) Laboratório de Ecologia Comportamental e Bioacústica (LABEC), Universidade Federal de Juiz de Fora, CEP 36036-900 Juiz de Fora, MG, Brasil. E-mail:
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Os lepidópteros apresentam grande importância ecológica, sobretudo, como polinizadores e indicadores biológicos, e é em regiões de Mata Atlântica que se concentra o maior número de espécies brasileiras. O objetivo do trabalho foi avaliar a abundância de lepidópteros em dois estratos vegetais de duas áreas de um fragmento urbano de Mata Atlântica. O estudo foi desenvolvido no Jardim Botânico da Universidade Federal de Juiz de Fora, localizado no município de Juiz de Fora, no sudeste do estado de Minas Gerais e contou com coletas mensais no período de setembro de 2011 a agosto de 2013 em duas áreas previamente escolhidas e denominadas “Área Antropizada”, que apresenta locais de edificações como casas, estábulos, viveiros de animais, viveiros de plantas e também fluxo de veículos e de pessoas regularmente, e “Área de Mata”, local de mata nativa e áreas de plantação de frutíferas. Trinta e duas armadilhas, elaboradas com garrafas do tipo “pet” contendo 150mL de substância atrativa e com três aberturas de aproximadamente 3 cm, foram instaladas em dois estratos florestais, a uma altura de 10m (dossel) e 1,5m (sub-bosque) pelas duas áreas de forma igualitária, sendo oito com suco de goiaba e oito com suco de maracujá para cada área/estrato. Foram coletados 1143 lepidópteros distribuídos em 16 morfoespécies. O dossel apresentou 360 indivíduos na “Área de Mata” e 335 para a “Área Antropizada”, já o sub-bosque registrou 225 para “Área Antropizada” e 223 para “Área de Mata”. Assim, comparando os dados registrados pode-se dizer que entre os dosséis não houve diferença significativa (U= 1101.0 p= 0.3543), assim como entre os sub-bosques (U=1071,5 p=0.2776). Quanto a diferença entre as alturas, o dossel mostrou uma diferença significativa (U=0.733 p=0.0011) comparado com o sub-bosque. Os resultados obtidos evidenciam que, apesar de pertencerem ao mesmo tipo de formação florestal, as áreas analisadas apresentam heterogeneidade na distribuição da abundância. Tal fato pode indicar influência de efeitos de complexidade, grau de regeneração ou impacto antrópico.
Palavras-chave: Armadilha atrativa, estrato florestal, Jardim Botânico. Apoio: CAPES
