ESTRUTURA, DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E VOLUMETRIA DE CARAPA GUIANENSIS AUBL. NA FLORESTA NACIONAL DO TAPAJÓS

June 15, 2017 | Autor: Lucas Ximenes | Categoria: Forestry, Forest structure and regeneration
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 ESTRUTURA, DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E

VOLUMETRIA DE CARAPA GUIANENSIS AUBL. NA FLORESTA NACIONAL DO TAPAJÓS RESUMO O estudo teve como objetivo analisar a estrutura populacional, distribuição espacial e volumetria de Carapa guianensis Aubl., na Floresta Nacional do Tapajós. Utilizouse o inventário 100% para mensurar todos os indivíduos com DAP = 35 cm (estoque de utilização) e amostragem em conglomerado, constituída por quatro unidades amostrais, com área fixa de 5 m x 50 m cada, considerando-se mudas com Ht = 5 cm até DAP ? 35 cm (estoque de regeneração natural e crescimento). A espécie apresentou densidade absoluta de 167,3 árv.ha-1, correspondente a 1,23 m².ha-1 de área basal e distribuição diâmetrica assimétrica positiva. O volume total dos indivíduos de Carapa guianensis Aubl. é de 10.3 m³.ha-1 e a distribuição volumétrica mostrou que não há um crescimento gradativo do volume conforme as classes de diâmetrica aumentam O padrão de distribuição espacial foi agrupado para regeneração natural e as árvores apresentaram padrão aleatório. PALAVRAS-CHAVE: Distribuição Diamétrica; Manejo Florestal; Amazônia.

Nature and Conservation,  Aquidabã, v.6, n.2, Mai, Jun, Jul,  Ago, Set, Out 2013.    ISSN 2318‐2881    SECTION: Articles  TOPIC: Ecologia 

   

DOI: 10.6008/ESS2318‐2881.2013.002.0003 

    Diego dos Santos Vieira  Universidade Federal do Oeste do Pará, Brasil  http://lattes.cnpq.br/6024757874943323   [email protected] 

 

João Ricardo Vasconcellos Gama  Universidade Federal do Oeste do Pará, Brasil  [email protected] 

 

STRUCTURE, SPATIAL DISTRIBUTION AND VOLUMETRY OF CARAPA GUIANENSIS AUBL. IN THE TAPAJÓS NATIONAL FOREST ABSTRACT The study aimed to analyze the population structure, spatial distribution and volumetry of Carapa guianensis Aubl., in the Tapajós National Forest. The 100% inventory was used to measure all individuals with DBH = 35 cm (use stock) and sampling conglomerate was also used, consisting of four sample units, with fixed area of 5 m x 50 m each, considering seedlings with total height = 5 cm to DBH ? 35 cm (stock of natural regeneration and growth). The species had absolute density of 167.3 trees.ha-1, corresponding to 1.23 m².ha-1 of basal area and diameter distribution asymmetric positive. The total volume of individuals Carapa guianensis Aubl. is 10.3 m³.ha-1 and volumetric distribution showed that there is no gradual increase in volume according to diameter classes. The spatial distribution pattern was formed to natural regeneration and trees showed random pattern. KEYWORDS: Diametric Distribution; Forest Management; Amazon.

Renato Bezerra da Silva Ribeiro  Universidade Federal do Oeste do Pará, Brasil  http://lattes.cnpq.br/7885186126846547   [email protected]   

Lucas Cunha Ximenes  Universidade Federal do Oeste do Pará, Brasil  http://lattes.cnpq.br/0879648522574450   [email protected] 

            Received: 09/06/2013  Approved: 01/10/2013  Reviewed anonymously in the process of blind peer. 

                Referencing this:   

VIEIRA, D. S.; GAMA, J. R. V.; RIBEIRO, R. B. S.; XIMENES,  L. C.. Estrutura, distribuição espacial e volumetria de  Carapa guianensis Aubl. na Floresta Nacional do  Tapajós. Nature and Conservation, Aquidabã, v.6, n.2,  p.18‐25, 2013. DOI: http://dx.doi.org/10.6008/ESS2318‐ 2881.2013.002.0003  

Nature and Conservation (ISSN 2318‐2881)   © 2013 Escola Superior de Sustentabilidade. All rights reserved.  Rua Dr. José Rollemberg Leite, 120, Bairro Bugio, CEP 49050‐050, Aquidabã, Sergipe, Brasil  WEB: www.arvore.org.br/seer – Contact: [email protected] – Phone: +055 (79) 9979‐8991 

Estrutura, distribuição espacial e volumetria de Carapa guianensis Aubl. na Floresta Nacional do Tapajós 

INTRODUÇÃO A floresta Amazônica é considerada o maior reservatório natural de diversidade vegetal do planeta, onde cada uma de suas tipologias florestais apresenta uma composição florística rica e variada, possuindo alto grau de endemismo (DINIZ e SCUDELLER, 2005). Apesar das interações entre seus componentes bióticos e abióticos serem altamente complexos, o equilíbrio ecológico resultante deste processo é extremamente frágil (OLIVEIRA e AMARAL, 2004). As espécies florestais predominantes na Amazônia representam uma fonte importante de recursos naturais para as populações tradicionais e desenvolvimento da região (BOUFLEUER, 2004) seja através de produtos madeireiros ou produtos florestais não madeireiros (PFNM). A andiroba é uma das espécies com grande potencial de exploração madeireira e não madeireira na Amazônia, sendo nome vulgar frequentemente atribuído a duas espécies Carapa guianensis Aubl. e Carapa procera D.C, da família Meliaceae (FERRAZ et al., 2003). Trata-se de uma árvore de pequeno a grande porte podendo atingir 30 m no caso de C.procera e até 55 m de altura para C.guianensis. Ambas possuem fuste cilíndrico e reto podendo apresentar sapopemas, com casca grossa e de sabor amargo que se desprende facilmente em grandes placas (FERRAZ et al., 2003, LORENZI, 2002). Segundo Leite (1997), o uso da espécie remonta às civilizações indígenas e a época do Brasil colônia onde já era conhecida na Europa por apresentar madeira resistente e fornecer óleo medicinal e combustível fazendo com que haja uma maior valoração ecológica e econômica. Ao mesmo tempo em que torna-se urgente buscar a diversificação e comercialização de novos produtos oriundos da Amazônia, para promover a valorização da floresta em pé, é importante salientar que o reduzido conhecimento sobre a autoecologia das espécies dificulta o manejo sustentável da floresta. Outra dificuldade para implementar práticas de manejo não madeireiro é a carência de dados sobre a produção das espécies e sobre os estoques disponíveis (GOMES, 2010). A busca de informações sobre a estrutura e a dinâmica de uma população é considerada essencial para o entendimento dos processos que regulam uma comunidade, bem como para o manejo e a conservação de espécies (PETERS, 1996). Estas informações são valiosas quanto às forças seletivas que atuam sobre os indivíduos de uma população, pois, tal concepção permite compreender os padrões de regeneração e equilíbrio populacional (KAGEYAMA, 1987). Com base neste contexto, este estudo teve o objetivo de analisar a estrutura populacional e a distribuição espacial da espécie Carapa guianensis Aubl., na Floresta Nacional do Tapajós.

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MATERIAL E MÉTODOS Área de Estudo O estudo foi realizado na Floresta Nacional do Tapajós (2º 45’ e 4º 10’ S; 54º 45’ e 55º 30’ W), nas Unidades de Trabalho (UT) sete e dez da quinta Unidade de Produção Anual (UPA 5), na área de manejo florestal (AMF) pertencente ao Projeto Ambé, localizada no km 83 da BR 163, município de Belterra (PA). O clima da região - pela classificação de Koppen - é do tipo Ami, com temperatura média anual de 25,5 °C. A concentração de chuvas ocorre entre janeiro e maio, resultando em uma precipitação média anual de 1.820 mm (IBAMA, 2004). O relevo é pouco acidentado e apresenta topografia suavemente ondulada a ondulada, predominando o solo do tipo Latossolo Amarelo Distrófico (IBAMA, 2004). A vegetação é classificada como Floresta Ombrófila Densa, caracterizando-se pela dominância de indivíduos arbóreos de grande porte e pela abundância de lianas lenhosas, palmeiras e epífitas (VELOSO, 1991). Amostragem e Coleta de Dados No inventário florestal foram empregadas duas metodologias: 1) inventário 100%, medindo o diâmetro (DAP) a 1,30 m do solo e altura comercial de todos os indivíduos com DAP ≥ 35 cm; 2) amostragem em conglomerados com quatro parcelas de 5 m x 50 m cada (dispostos nos sentidos norte, sul, leste e oeste), onde foi aplicado inventário multinível. O inventário 100% foi realizado em 200 ha e, na mesma área, foram alocados, aleatoriamente, 37 conglomerados com área amostral de 3,7 ha. Em cada parcela de conglomerado considerou-se as seguintes classes de tamanho (CT) e subparcelas: CT1 - 5 cm ≤ Ht< 30 cm em subparcela de 5 m x 2,5 m; CT 2 - 30 cm ≤ Ht< 150 cm em subparcela de 5 m x 5 m; CT 3 - Ht ≥ 150 cm até DAP < 5 cm em subparcela de 5 m x 10 m; CT 4 - 5 cm ≤ DAP < 10 cm em subparcela de 5 m x 25 m e CT 5 - 10 cm ≤ DAP < 35 cm na parcela de 5 m x 50 m. Nas classes de tamanho 1, 2 e 3 foram executados somente a contagem dos indivíduos em cada parcela e nas classes 4 e 5 foram mensurados DAP e altura total. Análise de Dados Os parâmetros fitossociológicos de abundância, frequência e dominância foram estimados conforme Mueller-Dombois e Ellenberg (1974). Para análise do padrão de distribuição espacial utilizou-se o Índice de Payandeh (BROWER e ZAR, 1984). Os indivíduos, com DAP ≥ 5 cm, foram distribuídos em classes diamétricas, com intervalo de 10 cm. Na análise do grau de agregação a população foi divida em dois estratos verticais: 1)

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estrato inferior abrangendo indivíduos com DAP < 10 cm e 2) estrato superior abrangendo indivíduos com DAP ≥ 10 cm. A análise de distribuição volumétrica foi realizada com o volume dos indivíduos por centro de classes de diâmetro, sendo o volume calculado pelo seguinte expressão:

Vc i 

 40 .000

DAP 2  Hc  0,7

em que: Hc = altura comercial, em m; DAP = diâmetro à altura de 1,30m do j-ésimo indivíduos da i-ésima espécie, em cm; 0,7 = fator de forma;

 = 3, 1415927. Todas as análises foram realizadas com auxílio do Microsoft Excel 2010. RESULTADOS E DISCUSSÃO Estrutura da População Foram identificados 518 indivíduos de Carapa guianensis, o que representou uma densidade de 167,3 árv.ha-1. No leste do Pará, Plowden (2004) encontrou 5,6 árv.ha-1. Em Paragominas (PA), Francez et al. (2004) relataram 106,6 árv.ha-1. Comparando-se estes resultados, considera-se que a densidade de Carapa guianensis pode variar amplamente dentro de uma mesma região e entre tipos de vegetação, dependendo do tipo de habitat (FERRAZ et al., 2003; KLIMAS, 2006). A distribuição de densidade por classe de tamanho (CT) apresentou uma tendência irregular com 93,7% dos indivíduos na CT 2, não seguindo o padrão característico de floresta nativas (Figura 1). Deve-se ressaltar que as comparações entre densidades em diferentes estudos são prejudicadas pela inexistência de padronização nos inventários, como o emprego de unidades amostrais de diferentes tamanhos e formas, diferenças no diâmetro mínimo de amostragem e a seleção do local de instalação das unidades amostrais, classe de solo e situação antrópica (ZUIDEMA, 2003). A estrutura da população apresentou um declínio no número de indivíduos nas maiores classes diamétricas, o que caracteriza forma assimétrica positiva. As maiores densidades ocorreram nas classes intermediárias, com ausência de indivíduos na classe 20 cm ≤ DAP < 30 cm. Esse tipo de estrutura populacional também foi observada por Cunha et al. (2002), em floresta de terra firme na Floresta Nacional do Tapajós, ao fazer análise da distribuição diamétrica dessa espécie. Segundo Schwartz et al. (2008), o padrão decrescente e contínuo parece ser típico para Carapa guianensis que apresenta altas densidades nos estágios de plântulas e indivíduos jovens.

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Figura 1: A) Distribuição das classes de tamanho e B) distribuição diamétrica, de Carapa guianensis, nas UTs 7 e 10 da UPA 5, na área de manejo florestal do Projeto Ambé, FLONA Tapajós.

Devido à distribuição irregular, observa-se que a população não está em equilíbrio entre as diferentes classes diâmetricas, bem como na regeneração natural.

Mantendo esta estrutura

populacional, torna-se inviável sugerir Carapa guianensis como espécie promissora para a colheita de madeira. Por outro lado, as sementes dessa espécie podem ser utilizadas para produzir óleo, que consiste em um produto florestal não madeireiro. Segundo Gebrekirstos et al., (2006) e Reinhardt et al., (2007) aspectos relacionados à fisiologia das árvores tropicais podem explicar a distribuição irregular, uma vez que modificações no cenário florestal refletem diretamente no funcionamento das plantas e contribuem para criar incertezas no planejamento de programas de manejo florestal sustentável ou de produção florestal. A disponibilidade hídrica, na floresta Amazônica o regime pluvial é marcado pela ocorrência de altas precipitações, que variam de 2.300 a 3.500 mm por ano, no entanto, a parte central da região Amazônica está sob domínio da Célula de Hadley, que impõe um período bem característico da seca (GONÇALVES, 2009). A disponibilidade hídrica é um fator determinante para a abundância e distribuição das plantas nos diversos ecossistemas (FARQUHAR e SHARKEY, 1982), e tem sido considerada um fator seletivo em ambientes onde é baixa (CHAVES et al., 2002). A dominância da espécie, em área basal, foi de 1,23 m².ha-1 (DAP ≥ 10 cm) e 1,22 m².ha-1 (DAP ≥ 25 cm). Estes resultados diferem dos valores encontrados em outros estudos realizados na Amazônia, como o valor estimado por Tonini et al. (2009), em 9 ha de floresta natural, no município de São João da Baliza-RO, que foi de 2,34 m².ha-1 considerando árvores com DAP ≥ 10 cm. Já Schwart et al. (2008), estimaram em 0,40 m².ha-1 (DAP ≥ 25 cm) a área basal, em Nova Ipixuna-PA. A volume de Carapa guianensis na área estudada foi de 10,3 m³.ha-1. O volume de madeira observados neste estudo encontra-se no intervalo de volumes obtidos por Leite (1997), ao revisar os levantamentos feitos pelo Projeto RADAMBRASIL entre os anos de 1974 e 1980 na região de ocorrência de andiroba na Amazônia Brasileira. Nesse levantamento os volumes variaram de 0,026 a 15,70 m³.ha-1. A primeira classe apresentou o menor volume, 0,116 m³.ha-1, por apresentar indivíduos com diâmetros e alturas inferiores e a sétima classe apresentou o maior volume (2,366 m³.ha-1) o que corresponde a 23,1% do volume total (Figura 2). Nature and Conservation    v.6 ‐ n.2     Mai, Jun, Jul, Ago, Set, Out 2013 

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Figura 2: Distribuição volumétrica por classe de diâmetro de Carapa guianensis, nas UTs 7 e 10 da UPA 5, na área de manejo florestal do Projeto Ambé, FLONA Tapajós.

A

distribuição

volumétrica

não

apresentou

comportamento

padrão

de

florestas

ineqüiâneas, contradizendo distribuições apresentadas em outros levantamentos realizados na Amazônia. Observa-se que a partir do centro de classe 80 as classes diâmetrica apresentaram decréscimo de volume, isso se deve provavelmente colheita florestal realizada na área. Hendrison (1989) cita que 19% das árvores com DAP ≥ 10 cm sofrem algum tipo de dano num sistema controlado (manejado). No entanto, os centros de classe 20 e 30 apresentaram total ausência de volume, indicando que provavelmente houve uma alta taxa de crescimento interno, com indivíduos passando de uma classe de diâmetro para outra maior (SCHETTINO e SOUZA, 1999). Distribuição Espacial Ao analisar a população do estrato inferior (DAP < 10 cm), o padrão de distribuição espacial foi agrupado. O padrão agregado pode ser resultante da heterogeneidade ambiental, onde existem microambientes favoráveis ao estabelecimento das espécies, ao padrão de dispersão das sementes e da probabilidade de sobrevivência das plântulas. Fatores abióticos como disponibilidade de água, intensidade de luz e bióticos como ação de predadores ou patógenos e a dispersão de sementes apresentam grande influencia na distribuição dos indivíduos (OLIVEIRA et al., 2000). Leite (1997) e Klimas (2006) observaram distribuição agrupada, independente do tipo de habitat, no Pará e no Acre, respectivamente. No estrato superior (DAP ≥ 10 m) o padrão predominante foi o aleatório. O padrão aleatório também foi observado em estudos no Maranhão e Acre (HENRIQUES e SOUSA, 1989; BOUFLEUER, 2004). Nas florestas tropicais, a alta ocorrência de indivíduos jovens próximo dos adultos é comum, porém,varia em intensidade entre espécies (FORGET et al., 1999). Em estudos com a distribuição espacial de Carapa sp., os resultados têm sido controversos, o que pode indicar comportamento distinto entre diferentes regiões na Amazônia, ou simplesmente refletir o emprego de diferentes metodologias de coleta de dados e análise da distribuição espacial (TONINI et al., 2009).

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VIEIRA, D. S.; GAMA, J. R. V.; RIBEIRO, R. B. S.; XIMENES, L. C. 

CONCLUSÔES Considerando que a população de Carapa guianensis apresentou baixa densidade no estoque de colheita (DAP ≥ 50 cm) e de regeneração natural, como também distribuição diamétrica irregular, não se indica o uso da espécie para o manejo madeireiro. Porém, como as suas sementes podem ser aproveitadas para produzir óleo, indica-se o uso da espécie na extração de produto florestal não madeireiro. REFERÊNCIAS BOUFLEUER, N. T.. Aspectos ecológicos da andiroba (Carapa guianensis Aublet. Meliaceae) subsidios para o manejo. Dissertação (Mestrado em Ecologia e Manejo de Recursos Naturais) – Universidade Federal do Acre, Rio Branco, 2004. BROWER, J. E., ZAR, J. H.. Field and laboratory methods for general ecology. 2.ed. Dubuque: Wm. C. Brown Publishers, 1984. CHAVES, M. M.; PEREIRA, J. S.; MAROCO, J.; RODRIGUES, M. L.; RICARDO, P. P.; OSÓRIO, M. L.; CARVALHO, I.; FARIA, T.; PINHEIRO, C.. How plants cope with water stress in the fi eld. Photosynthesis and growth. Annals of Botany, London, v.89, p.907-916, 2002. CUNHA, U. S.; MACHADO, S. A.; FIGUEIREDO-FILHO, A. F.; SANQUETTA, C. R.. Predição da estrutura diamétrica de espécies comerciais de terra firme da amazônia por meio de matriz de transição. Ciência Florestal, Santa Maria, v.12, n.1, p.109-122, 2002. DINIZ, K. S; SCUDELLER, V. V.. Estrutura fitossociológica de uma floresta de terra firme na Amazônia Central. Manaus: INPA, 2005. FARQUHAR, G. D.; SHARKEY, T. D.. Stomatal conductance and photosynthesis. Annual Review of Plant Physiology, Palo Alto, v.33, p.317- 345, 1982. FERRAZ, I. D. K.; CAMARGO, J. L. C.; SAMPAIO, P. T. B.. Manual de sementes da Amazônia: Andiroba (Carapa guianensis Aubl.; Carapa procera, D.C) Meliaceae. Manaus: INPA, 2003. FORGET, P. M.; MERCIER, F.; COLLINET, F.. Spatial patterns of two rodent-dispersed rain forest trees Carapa procera (Meliaceae) and Vouacapoua americana (Caesalpiniaceae) at Paracou, French Guiana. Journal of Tropical Ecology, Cambridge, v.15, p.301-313, 1999. FRANCEZ, L. M. B.; CARVALHO, J. O. P.; QUANZ, B.; PINHEIRO, K. A. O.; HIRAI, E. H.. Ecologia e usos de Carapa guianensis Aublet. Belém: Museu Emílio Goeldi, 2004. GEBREKIRSTOS, A.; TEKETAY, D.; FETENE, M.; MITLOHNER, R.. Adaptation of fi ve co-occurring tree and shrub species to water stress and its implication in restoration of degraded lands. Forest Ecology and Management, Amsterdam, v.229, p.259-267, 2006. GOMES, H. S. R.. Estrutura populacional e produção de andiroba em Terra Firme e Várzea no Sul do Amapá. Dissertação (Mestrado em Biodiversidade Tropical) - Universidade Federal do Amapá, Amapá, 2010. GONÇALVES, J. F. C.; SILVA, C. E. M.; GUIMARÃES, D. G.. Fotossíntese e potencial foliar de plantas jovens de andiroba submetidas à deficiência hídrica e à reidratação. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.44, n.1, p.8-14, 2009. HENDRISON, J.. Damage: controlled logging in managed tropical rain forest in Suriname. Wargeningen, Agricultural University. 2004.

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