Estudo biográfico eClea bosi

CAMPUS SOBRAL
CURSO DE PSICOLOGIA
Metodologia do Trabalho Acadêmico
PROF. Ms.: Jon Anderson Machado Cavalcante
Estudo Biográfico
Deysilane dos Santos Gonçalves
Geová Ferreira da Silva
Thalyta Victória Bevilaqua Melo


CAPA
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO (Thalyta)
METODOLOGIA (Deyse)
DESENVOLVIMENTO (Deyse)
REFLEXÕES (Geová)
REFERÊNCIAS


5 – DESENVOLVIMENTO
Ecléa Bosi nasceu em São Paulo, a infância vivida em Pinheiros. Tem 78 anos. Quando criança tinha uma vida simples. Tinha pouco contato com a mídia (televisão). As distrações eram brincadeiras de ruas e escutar as histórias dos pais e avós, que depois ela passou a contar aos seus amigos, quando caminhavam à escola.
Seu pai era funcionário público, sua mãe, dona de casa e, ambos escreviam poesias.
Com 13 ou 14 anos, já lia Dostoiesvski, Tolstoi, Tchecov, e também Romain Rolland, Emily Bronte. Depois li Hemingway, Sinclair Lewis, muita poesia. Traduziu mais tarde Ungaretti, Leopardi, Montale, Rosalía de Castro (para jornais e livros).
Sempre foi uma leitora voraz, economizava 12 passagens do ônibus que fazia o trajeto à escola, o que equivalia a um livro. Na caminhada entre a casa e a escola eu fui me instruindo sobre as desigualdades sociais. Via mansões, casa humildes e meditava, sem que ninguém me dissesse nada, sobre a desigualdade social. Aprendeu a conviver intimamente com a cidade. Quando mudou de escola e foi estudar na Maria Antônia, Ecléa vivia nas bibliotecas, livrarias e nos bares.
A escolha do curso de psicologia se deu pelas leituras que fazia desde sua infância. Eram leituras que a levaram a olhar o ser humano internamente. Associado a essas leituras, ela adquiriu experiências, observando aspectos sociais, a partir do percurso que fazia de casa a escola.
Sua formação inicial foi na Universidade de São Paulo (USP). Foi numa época áurea, como ela mesmo afirma. Dentre outros, seus professores foram: Mario Schönberg, Florestan Fernandes, Antonio Candido.
Sua escolha pela psicologia social, foi influenciada pelo contexto histórico da ditadura militar. Foi através da proximidade com a luta política, tão próxima que chegou a perder duas colegas de graduação, pela perseguição política desse período (Iara e Aurora). Tudo isso resultou em seu interesse pela defesa de grupos marginalizados da sociedade: as operárias e os velhos.
Professora emérita de psicologia social da USP, desenvolveu um projeto conhecido como Universidade da Terceira Idade da USP, onde a academia abre espaço para os idosos, e a relação com novas gerações.
Seu livro Memória e Sociedade – lembrança de velhos, está listado, pelo Ministério da Educação, entre as 100 obras que seguem para milhares de bibliotecas escolares do país.
Ela participou da implantação do Parque Ecológico Chico Mendes, em 1974.
Na gestão de Luiza Erundina (1989-1993), uma de suas obras teve repercussão política pública, resultando em seu ativismo junto a Secretaria de Obras (Lucio Gregori) e na Secretaria de Cultura (Marilena Chaui) na criação de bibliotecas populares (comunidade de leitores). Foi convidada para trabalhar na Secretaria de Educação, por Paulo Freire. Outra repercussão da Leitura de Operárias foi sua ida à Organização Internacional do Trabalho (OIT), para denunciar o trabalho operário feminino.
Até 2014 ela orientava trabalho sobre memória. Coordenando o Laboratório Simone Weil. Além de coordenar a Universidade da Terceira Idade e dar aulas na graduação e na pós da USP. Também plantou quatro pomares.
REFERÊNCIAS
BOSI, Ecléa. Ecléa Bosi: Narrativas sensíveis sobre grupos fragilizados. Abril, São Paulo, 2014. Disponível em: < http://revistapesquisa.fapespe.br/2014/04/24/eclea-bosi-narrativas-sensiveis-sobre-grupos-fragilizados/>. Acesso em: 23 abril, 2015.
BOSI, Ecléa. Entrevista: Ecléa Bosi "Uma experiência humanizadora". Revista na Ponta do Lápis Ano I nº 2, São Paulo, ago/set 2005. Disponível em: http://www.escrevendoofuturo.org.br/conteudo/biblioteca/entrevistas/artigos/445/entrevista-eclea-bosi. Acesso em: 23 abril, 2015.