ESTUDO SOBRE A TIPOLOGIA CONSTRUTIVA DOS MIRANTES DO CENTRO HISTÓRICO DE
SÃO LUÍS
FRANZEN GHIGNATTI, Luísa1, MOTTA GARRIDO, Rosilan2
1: Universidade Estadual do Maranhão, Brasil
e-mail:
[email protected]
2: Universidade Estadual do Maranhão, Brasil
e-mai:
[email protected]
TEMA: Patrimônio Residencial
ABORDAGEM: Espaços, tempos, sociabilidades, identidades e Registros,
inventários, divulgação, museologia
RESUMO
O objetivo do trabalho é de apresentar um estudo sobre a tipologia
construtiva dos mirantes nas áreas de tombamento do Centro Histórico de São
Luís, bem como aspectos relativos à sua origem e à sua utilização, de modo
que a pesquisa sirva como contributo para a salvaguarda dos mesmos. A
metodologia utilizada foi: fundamentação teórica através da revisão da
literatura; coleta de dados documentais em órgãos como o IPHAN; pesquisa de
campo com a identificação e documentação fotográfica dos mirantes e seu
mapeamento. O desenvolvimento do trabalho baseia-se na análise, através de
fotos e ilustrações, de cada um dos elementos construtivos dos mirantes,
bem como suas variações: coberturas (quadrada, retangular, em 'T', com duas
ou quatro águas), beirais (beira simples, dupla bica, bica tripla e beiral
'encachorrado'), coroamento (cimalha, frontão, platibanda, beira-seveira),
paredes (pedra e cal, taipa de pilão, cruz de Santo André, tijolo, adobe e
taipa-de-mão), revestimento externo (caiação, tintas a base d'água, telha
colonial e azulejos), acessos (escadas de dois lances, de um lance e
helicoidal), pisos (junta seca, meio fio e macho-e-fêmea), forros (espinha-
de-peixe, tabuado e saia-e-camisa) e esquadrias (arco pleno, arco abatido,
arco ogival e verga reta). Por definição, mirante é um corpo elevado do
edifício, constituindo um pavimento superior reduzido, com cobertura
independente do telhado principal do prédio, e possui um ou mais
compartimentos. Em São Luís, os mirantes surgiram com os primeiros
casarões, nos séculos XVIII e XIX. Na área pesquisada, foram catalogados 56
mirantes. Comparando-se com quantidade total de imóveis remanescentes no
Centro, cerca de 2.500, percebemos que não é uma quantidade expressiva de
mirantes, devido ao fato de que possuir um, era sinal de prosperidade
econômica. Com o trabalho, percebe-se a importância que o mirante tem para
a história e para a cultura ludovicense, sendo mais um instrumento que
auxilie na preservação destes elementos.
PALAVRAS CHAVE: Mirante; Tipologia; Centro Histórico; Patrimônio;
Arquitetura pombalina.
