Estudo sobre o interesse de alunos do ensino fundamental em aulas de Física com o uso de experimentos de baixo custo de eletrostática

May 22, 2017 | Autor: Oaní da Costa | Categoria: Teaching and Learning
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Estudo sobre o interesse de alunos do ensino fundamental em aulas de Física
com o uso de experimentos de baixo custo de eletrostática.

Oani da Silva da Costa, Eugenio Maria de França Ramos (Prof. Dr.
Orientador), UNESP Campus de Rio Claro, Licenciatura em Física,
[email protected], PIBID CAPES.

Palavras Chave: Experimento Didático. Ensino de Física. Interesse.



Introdução

Discutimos neste trabalho parte das atividades de Ensino de Física
desenvolvidas numa escola em Rio Claro, SP, em 2013, no âmbito do projeto
PIBID UNESP. Analisamos aulas para duas turmas, uma do 1º e outra do 5º ano
do Ensino Fundamental, nas quais foram enfocados experimentos de
eletrostática, construídos com materiais de baixo custo (FERREIRA e RAMOS,
2008²).

Objetivos

O foco principal deste trabalho foi o de analisar de maneira exploratória a
reação dos alunos ao uso de materiais experimentais para o Ensino de
Física.

Material e Métodos

Das aulas realizadas cincoforam Oficinas e duas que tiveram caráter teórico
e expositivo.
A intervenção foi organizada tendo como princípioum trabalho didático na
forma dialética (VASCONCELLOS, 1992)¹.
Nas OFICINAS procurou-se seguir a seguinte organização:
a) Iniciamos com uma demonstração do experimento e sua análise preliminar
qualitativa, sem tratar do conteúdo;
b) em seguida propunha-se a construção do mesmo pelos alunos. Os passos
para a construção eram dados conforme eles iam executando a construção;
c) ao final, os alunos eram convidados a interagir com seu próprio
protótipo experimental, sugerindo hipóteses de seu funcionamento ou fazendo
perguntas. As respostas nunca eram dadas nesta aula pelo professor.
Procurou-se em tais oportunidades coletar hipóteses dos alunos.
Nas AULAS TEÓRICAS voltamos a tratar de hipóteses sobre conteúdos de
eletrostática, questionando-os sobre elas e apenas ao final das aulas
procuramos responder suas questões ou apresentar alguns modelos do conteúdo
formal.
Ao longo do processo, os alunos eram freqüentemente questionados se a aula
estava monótona ou desinteressante.

Resultados e Discussão

Ao longo do trabalho os alunos se mostraram interessados pelo tema
discutido, pois em geral mantinham foco nas oficinas e nas discussões e
participavam ativamente dos debates propostos, sugerindo hipóteses e
trazendo suas dúvidas.
Durante o processo registramos no caderno de campo as reações dos alunos,
exposta de maneira resumida na Tabela 1, e assim caracterizadas:
Surpresa e animação: A turma ficou muito animada e muito surpresa com o
experimento;
Atenção da classe: A turma focava-se no experimento, dispersando-se pouco
e demonstrando interesse, mas não tão surpresa;
Interesse: A turma estava focada, participando ativamente do debate
proposto. As conversas giravam em torno dos conceitos e a dispersão era
muito pequena.
Desinteresse: A turma perdia o foco constantemente e não fazia perguntas
acerca do experimento

Tabela 1.Relação das aulas e conteúdos com a reação predominante dos
alunos.
" " "Grau de Reação "
"Aula"Experimento "1º. ano "5º. Ano "
"1 "Canudo "Surpresa "Surpresa "
" "Eletrizado "e "e "
" " "animação "animação "
"2 "Pêndulo "Atenção "Desintere"
" "Eletrostátic"da classe"sse "
" "o " " "
"3 "Pêndulo "Atenção "Desintere"
" "Eletrostátic"da classe"sse "
" "o Duplo " " "
"4 "Eletroscópio"Atenção "Não dado "
" " "da classe" "
"5 "Eletróforo "Surpresa "Não dado "
" "de Volta "e " "
" " "animação " "
"6 "Aula "Interesse"Desintere"
" "Expositiva " "sse "
"7 "Aula "Interesse"Desintere"
" "Expositiva " "sse "


Conclusões

Diferentes graus de interesse foram identificados segundo os materiais e a
metodologia de ensino, indicando que diferentes fatores interferem em tal
processo.
Os resultados positivos para a turma de 5° ano não se repetiram com a de
1º. Os alunos menores demonstraram dificuldade em construir os experimentos
e de interagir com alguns deles. Foi adotada uma estratégia diferente e
mais lúdica com o uso de desenhos e colorização, e menor aprofundamento dos
conteúdos.
____________________
¹ Vasconcellos, Celso dos S. Metodologia Dialética em Sala de Aula. In:
Revista de Educação. AEC: Brasília, (83), abril de 1992.
² Ferreira, N. C. e Ramos, E.M. de F. Cadernos de instrumentação para o
ensino de física: eletrostática, Rio Claro: UNESP/IB, 2008.
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