ETL/Integração para gestores - Visão Gerencial

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ETL/Integração para Gestores – Visão Gerencial Gerir um projeto, seja ele de Integração ou não é uma verdadeira arte. E para o apoiar essa "arte" hoje em dia podemos contar com técnicas, conceitos e uma gama de medidas já sistematizadas pelo Project Management Institute (PMI), que por sua vez define projeto como sendo: "(...) um conjunto de atividades temporárias, realizadas em grupo, destinadas

a

produzir

um

produto,

serviço

ou

resultado

únicos".

(Fonte: https://brasil.pmi.org/brazil/AboutUS/WhatIsProjectManagement.aspx) Mesmo que o conceito acima sirva para qualquer tipo de projeto em todas as áreas, uma vez estando dentro das qualificações acima definidas, é interessante conhecer o ambiente em que o seu projeto esteja calçado para dar um UP na gestão e fazer as atividades acontecerem com o desejado sucesso. Por isso, a minha dica de hoje vai para os gestores: 1. ETL/Integração são processos que envolvem sistemas e trazem consigo a natureza de SOLUÇÃO tecnológica. Portanto se trata de solução e não de ferramenta. A ferramenta é a próxima decisão a ser tomada após a solução ter sido escolhida. Sendo um processo, precisará de um pool de profissionais especializados e com visões diferentes de cada etapa. E por isso, sugiro: 

É interessante manter no time do projeto um profissional sênior, com visão analítica, habilidades funcionais (viés de negócio) e base técnica para fazer a análise sobre os sistemas de origem e os de destino da informação. As regras de negócios que permeiam os dados em toda a sua cadeia de integração. Esse perfil também vai coletar informações sobre registros "de ouro" (parte do conceito MDM e muito útil para decisões de fluxo), ciclo de vida do dado, janelas de processamento no legado, tempo de disponibilidade do dado processado na origem, tempo de expurgo, etc. É um profissional que deverá ter contato com as Áreas de Apoio Funcionais e gerar um desenho de solução funcional da Integração. Ele também deverá gerar insumos de testes integrados para a certificação de que os dados foram alterados ou transportados dentro do contexto real do negócio, testando a integridade desses dados em toda a cadeia da Integração;



Uma vez definido o desenho arquitetural funcional da integração e os modelos de dados rastreados e validados (pelo Administrador de Dados e os analistas envolvidos da Área de Negócios), é importante contar com o apoio de um Líder Técnico, capaz de consultar a Área de Arquitetura e buscar informações sobre a arquitetura física que deve permear o projeto (conexões, servidores e serviços disponíveis) além das boas

práticas e diretrizes de desenvolvimento, componentes a serem reutilizados e conselhos

para

o

desenvolvimento

performático

da

programação.

Com

essa informação já pode ser montado um desenho técnico arquitetural dessa integração, numa visão de camada física e estrutural para dar apoio ao desenvolvimento; 

E, por fim, para o desenvolvimento da Integração, é interessante ter um desenvolvedor especialista na ferramenta padrão da empresa, que compile toda a informação funcional e estrutural (técnica) no desenvolvimento de um mapa ou job e faça a integração acontecer em sua forma mais anatômica.

É interessante ressaltar que a escolha de manter um desenvolvedor no projeto depende muito do modelo de Governança adotado pelo projeto ou Empresa. Se for um esquema de fábrica, por exemplo, o Líder Técnico será o ponto de apoio entre o desenvolvimento e a gestão funcional do projeto, se encarregando de fazer a gestão técnica e também fazendo os testes iniciais do produto de software entregue pela fábrica. 2. A escolha de uma ferramenta é fundamental para o sucesso da Integração. Como já foi mencionado antes, ETL/Integração se faz com qualquer linguagem de programação e plataforma. Não há problema se (e somente se) a solução concebida foi de forma limpa e performática a ponto de não consumir processamento e memória de máquinas que foram cotadas ($) para servir as Operações da Empresa. Porém, para quê querer reinventar a roda e onerar o seu parque tecnológico com soluções impertinentes? Costumo fazer a seguinte analogia: se um gestor contratar o melhor marceneiro para fazer os móveis e se der a ele apenas uma marreta e um estilete como ferramentas de trabalho, como sairiam esses móveis ? Em qual tempo ? Com quais funcionalidades ? A boa notícia é que a era Mcgaiver já acabou e hoje temos mais ferramentas especializadas do que tínhamos nos anos 80. Isso se torna uma vantagem competitiva poderosa se for bem gerenciada. Portanto, escolha a ferramenta e, ao comprar, peça a expertise do fornecedor. Peça que seja entregue junto com a instalação, o treinamento e as licenças, um treinamento contendo as boas práticas de programação e governança da ferramenta. Traga um ou dois especialistas para a área de Arquitetura, perfil de arquitetos de integração (com expertise e experiência em Integração) e treine-os, se necessário. Se a opção pela ferramenta veio do topo da empresa e o seu projeto a utiliza por obrigatoriedade, contrate um Líder Técnico (Sênior) para servir exclusivamente o seu projeto e coloque-o engajado com a Área de Arquitetura. 3. Crie sinergia com as Áreas de Negócios envolvidas na Integração. A comunicação junto com as áreas de negócio é imprescindível. Por meio dessa comunicação o analista do projeto irá se certificar das fontes de dados utilizadas pelo negócio, terá maior segurança para definir as regras de transformação e as equivalências dos dados (DE-PARA) entre os

modelos (MER origem->destino). Na etapa de testes, será a Área de Negócios quem fará a certificação do conteúdo, por isso, o trabalho é conjunto do início ao fim. Uma observação valiosíssima que não vi ninguém fazendo é que uma boa definição MDM (Master Data Management) pode começar pela pareceria com as Áreas de Negócios envolvidas na Integração. Mas isso é assunto para outro post. 4. Apresente o projeto e feche acordos com as Áreas de Apoio, sendo elas: Governança de TI, Segurança da Informação, Arquitetura de Dados, Arquitetura de Soluções, Data Base e Infra. O Gestor ajuda o seu próprio projeto quando o apresenta para as Áreas de Apoio. Uma vez o plano apresentado, parcerias firmadas e o modus operandi combinado, o Líder Técnico não terá que ficar explicando os princípios do projeto repetidas vezes e seguirá os trâmites naturais do processo sem desgastes. Pode parecer básico, mas esse tipo de erro na comunicação acontece e atrasa o projeto, desgastando colaboradores e gerando atritos completamente desnecessários. O Gestor do projeto tem o mesmo nível de "crachá" do Gestor da área de apoio. É uma boa prática perder alguns minutos e trazer à luz o projeto para que seus pares possam dimensionar, apoiar e direcionar os esforços nas atividades. Creio que essa dica sirva para projetos de qualquer natureza. Mas estou colocando aqui porque vi acontecer e vale mencionar para projetos de integração também. Assim, uma vez estabelecido o acordo, comunique à equipe de forma bem assertiva para que seus colaboradores façam seus trabalhos com fluência. A ideia aqui é dar ao gestor a calma e a tranquilidade no entendimento do seu projeto de Integração que, por natureza, é um tipo de projeto middleware. Tem características distintas no sentido de fazer as mesmas funcionalidades de negócio serem vistas por sistemas diferentes e possivelmente complementares ao próprio negócio. Integrações também são capazes de alterar um dado na cadeia do negócio (o que pode ser perigoso) ou mesmo de carregar um novo modelo de negócios com coletas vindas dos sistemas (modelos) antigos. É capaz de medir valores, volumes e gerar informações gerenciais através dos recursos ETL. Entender o poder das integrações, buscar as ferramentas corretas e criar parcerias (incluindo especialistas do time) é uma boa chave para o sucesso, dentro do meu humilde ponto de vista. Para aqueles que lideram os projetos desde a compra das ferramentas, a dica é: Não aposte todas as suas fichas nas ferramentas. Procure conhecer o processo previamente e ver qual ferramenta é mais adequada à solução dos projetos. Ouça o ponto de vista de um especialista confiável (não vendedor) antes de ouvir o fornecedor. Existem fornecedores que vendem o céu e entregam o purgatório, uma vez que a funcionalidade do seu negócio tem que se adequar nas "forminhas" da ferramenta e isso pode ser um fator limitante para a solução de integração e até mesmo um risco para o prazo de entrega, uma vez que as funcionalidades do projeto deverão ser revistas para caber nessas "forminhas". Além disso, a ferramenta por si só pode ser um fator limitante para o crescimento do seu processo de negócio. Cuidado!

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