Exegese - Atos 23.11

May 23, 2017 | Autor: Saulo Vilela | Categoria: Theology, Biblical Theology, Bible, Acts of the Apostles
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IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL SEMIINÁRIO PRESBITERIANO DO NORTE CURSO DE BACHAREL EM TEOLOGIA

EXEGESE: ATOS 23.11

SAULO VILELA FÁBIO BARBOSA

RECIFE – PE 2016

SAULO VILELA FÁBIO BARBOSA

EXEGESE: ATOS 23.11

Exegese escrita pelos alunos Saulo Vilela e Fábio Barbosa como requisito para aprovação na disciplina de Exegese do Novo Testamento II, ministrada no segundo semestre de 2016 Professor: Stéfano Alves

RECIFE – PE 2016

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SUMÁRIO CONTEXTO HISTÓRICO ..................................................................................................................... 2 ESBOÇO DO LIVRO ............................................................................................................................. 3 ANÁLISE LITERÁRIA .......................................................................................................................... 4

TRADUÇÃO LITERAL ......................................................................................................................... 4 ANÁLISE GRAMATICAL .................................................................................................................... 4

ANÁLISE LÉXICA ................................................................................................................................ 7 ANÁLISE DE VERSÕES ..................................................................................................................... 14 PARÁFRASE DO TEXTO ................................................................................................................... 14

TRADUÇÃO FINAL ............................................................................................................................ 15 ANÁLISE TEOLÓGICA ...................................................................................................................... 15

ESBOÇO HOMILÉTICO ..................................................................................................................... 16 BIBLIOGRAFIA................................................................................................................................... 18

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CONTEXTO HISTÓRICO AUTOR Lucas, o médico, é geralmente considerado como escritor do livro de Atos. Ele foi o companheiro de Paulo parcialmente durante a segunda e terceira viagem missionárias deste e, também, a sua viagem a Roma.1 Sendo o Evangelho Segundo Lucas e Atos um relato contínuo, as palavras de introdução do Evangelho se aplicam também a Atos. Lucas escreve que sua informação lhe foi passada por “testemunhas oculares e ministros da palavra” (Lc 1.2). A igreja primitiva também testemunhou que Lucas foi o autor de Atos. Irineu (130-202 d.C.), Clemente de Alexandria (153-217 d.C.), Eusébio (325 d.C.) e outros pais da igreja também testemunharam a autoria de Lucas neste livro.2 DATA Ainda que não seja possível saber precisamente em que data o livro foi escrito, a mais antiga data possível se encontra em 62 d.C., que coincide com o ano da libertação de Paulo da prisão romana. A data mais tardia possível para a composição deste livro seria de 96 d.C., pois Clemente de Roma tinha conhecimento de Atos. Assim, a data da composição se encontra neste intervalo de 34 anos.3 Mas, ainda que haja a especulação quanto a essa data é mais correto afirmar que este livro foi escrito entre 62 d.C. e 63 d.C. pois Lucas, como historiador, não deixaria de registrar eventos importantíssimos na vida da igreja como a queda de Jerusalém ou as injustiças sofridas pelos cristãos por parte do Imperador Nero. LOCAL Não temos indicação do local em que Lucas estava quando escreveu o livro de Atos. Alguns estudiosos apontam a Acaia como possível lugar de composição deste livro. Já outros apontam Roma4, mas o que temos como certo é que não temos como definir exatamente este lugar. DESTINATÁRIO

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Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri: Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 2ª ed. 2009. p. 1417. 2 Ibid. 3 J. C. O’Neill coloca a data da composição bem adiantada dentro do século 2º, mas seu ponto de vista não tem apoio. The Theology of Acts in ts Historical Setting (Londres: SPCK, 1970), pp. 21,26. 4 KISTEMAKER, Simon. Comentário do Novo Testamento: Exposição de Atos dos Apóstolos. Vol. 1. São Paulo/SP: Cultura Cristã, 2003. p. 44.

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Segundo com Lc. 1.3 e At.1.1, Teófilo era o principal destinatário de ambos os livros. Não sabemos quem era este homem, mas sabemos que ele pode ter sido patrono de Lucas e sabemos que ele foi um gentio que recebeu ensinamentos cristãos (Lc 1.4). Em sendo patrono, Teófilo teria sustentado Lucas enquanto este pesquisava e escrevia seus dois livros. MENSAGEM A promessa do Pentecoste e a ordem de testemunhar de Jesus nas seguintes áreas geográficas: Jerusalém, Judéia, Samaria e o mundo.5

ESBOÇO DO LIVRO 1. O testemunho Apostólico e o Poder do Espírito (1.1-2.47) a. Aguardando a vinda do Espírito (1.1-26) b. O derramamento do Espírito no Pentecostes (2.1-41) c. O surgimento da Igreja (2.42-47) 2. O testemunho Apostólico em Jerusalém (3.1-7-60) a. O milagre e o sermão de Pedro (3.1-26) b. A perseguição pelo Sinédrio (4.1-31) c. A vida em comunidade entre os cristãos (4.32-5.11) d. Nova perseguição pelo Sinédrio (5.12-42) e. Continuação da vida em comunidade entre os cristãos (6.1-7) f. A perseguição, o sermão e o martírio de Estêvão (6.8-7.60) 3. O testemunho apostólico na Judeia e em Samaria (8.1-12.25) a. O testemunho se propaga (8.1-40) b. A conversão de Paulo e o crescimento da Igreja (9.1-31) c. O testemunho continua a se propagar (9.32-43) d. O testemunho alcança os gentios de Samaria (10.1-11.18) e. A igreja de Antioquia da Síria (11.19-30) f. Perseguição e Julgamento em Jerusalém (12.1-25) 4. Testemunho Apostólico aos confins da Terra (13.1-28.31) a. A primeira viagem missionária de Paulo (13.1-14.28) b. O concílio de Jerusalém (15.1-35)

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Ibid. p.80

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c. A segunda viagem missionária de Paulo (15.36-18.22) d. A terceira viagem missionária de Paulo (18.23-21.14) e. A detenção, o julgamento e a prisão de Paulo em Jerusalém (21.15-26.32) f. A viagem de Paulo a Roma (27.1-28.16) g. Os dois anos do ministério de Paulo na sua prisão domiciliar em Roma (28.17-31) ANÁLISE LITERÁRIA CONTEXTO IMEDIATO O relato da aparição de Jesus a Paulo está localizado na última seção do livro de Atos, que vai do capítulo 13 até o final do livro, seção que narra o testemunho Apostólico aos confins da Terra. Se focarmos um pouco mais, vemos que neste tempo Paulo havia sido preso e seria julgado. Ainda mais especificamente, este é o momento em que Paulo está preso e tem sua fala perante o Sinédrio. DELIMITAÇÃO DA PERÍCOPE Depois da expressão th/| (artigo definido feminino dativo singular), percebemos que esta seção é composta pela conjunção coordenada transicional pospositiva de. que marca a mudança para um novo tópico de discussão. Tal posição é apoiada pelo famoso teólogo John Stott em seu livro “A mensagem de Atos”.

TRADUÇÃO LITERAL Acts 23:11 Th/| de. evpiou,sh| nukti. evpista.j auvtw/| o` ku,rioj ei-pen\ qa,rsei\ w`j

ga.r diemartu,rw ta. peri. evmou/ eivj VIerousalh,m( ou[tw se dei/ kai. eivj ~Rw,mhn marturh/sai E então na seguinte noite aparecendo a ele o Senhor disse: tende bom ânimo. Como pois testificaste sobre mim em Jerusalém, assim tu precisas também em Roma testificar.

ANÁLISE GRAMATICAL ANÁLISE MORFOLÓGICA

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Acts 23:11 Th/| de. evpiou,sh| nukti. evpista.j auvtw/| o` ku,rioj ei-pen\ qa,rsei\ w`j

ga.r diemartu,rw ta. peri. evmou/ eivj VIerousalh,m( ou[tw se dei/ kai. eivj ~Rw,mhn marturh/sai th/| - Artigo definido feminino dativo singular, de ὁ - A de. - Conjunção coordenada transicional, pospositiva, de de. – E, Então evpiou,sh| - Verbo particípio presente ativo dativo feminino singular, de e;peimi – Vindo depois/seguindo

nukti, - Substantivo dativo feminino singular comum, de nu,x – Noite evpista,j - Verbo particípio aoristo ativo nominativo masculino singular, de evfi,sthmi – Surgiu/Veio

auvtw/| - Pronome pessoal dativo masculino singular, de auvto,j – Ele mesmo

ὁ - Artigo definido masculino nominativo singular, de ὁ – O ku,rioj - Substantivo nominativo masculino singular comum, de ku,rioj – Senhor ei-pen - verbo indicativo aoristo ativo 3ª pessoa singular, de le,gw - disse qa,rsei - verbo imperativo presente ativo 2ª pessoa singular, de qarse,w para ter bom ânimo

w`j - conjunção subordinada, de w`j - como γὰρ - conjunção coordenada explicativa, de γάρ - pois diemartu,rw - verbo indicativo aoristo médio 2nd pessoa singular, de diamartu,romai deste testemunho

ta, - artigo definido acusativo plural, de o`

- as

peri, - preposição genitivo, de peri, - no que diz respeito/ acerca de evmou/ - pronome pessoal genitivo singular, de evgw, - eu eivj - preposição acusativo , de eivj - mais iverousalh,m - substantivo acusativo feminino singular próprio, de VIerousalh,m Jerusalém

ou[tw - advérbio, de ou[tw - assim se - pronome pessoal acusativo singular, de su, - você dei/ - verbo indicativo presente ativo 3rd pessoa singular, de dei/ - é necessário kai, - advérbio, de kai, - e

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eivj - preposição acusativo , de eivj - mais rw` ,mhn – substantivo acusativo feminino singular proper, de ~Rw,mh - Roma marturh/sai – verbo infinitivo aoristo ativo, de marture,w - para testemunhar/ testemunhar

ANÁLISE SINTÁTICA 1ª Oração*: Τῇ δὲ ἐπιούσῃ νυκτὶ ἐπιστὰς αὐτῷ ὁ κύριος εἶπεν

δὲ – Conjunção Posicional Pospositiva Τῇ ἐπιούσῃ νυκτὶ – Adjunto Adverbial de Tempo ἐπιστὰς – Verbo Transitivo Direto/Indireto αὐτῷ – Objeto Indireto ὁ κύριος – Sujeito εἶπεν – Verbo Transitivo Direto *A Oração reduzida ἐπιστὰς αὐτῷ (Aparecendo a ele) se encontra dentro da primeira oração e conta com o mesmo sujeito da primeira oração ὁ κύριος 3ª Oração: θάρσει

θάρσει – Verbo Intransitivo A terceira oração é composta apenas por esse verbo que se encontra no imperativo, que, por si só significa: Tende bom ânimo 4ª Oração: ὡς γὰρ διεμαρτύρω τὰ περὶ ἐμοῦ εἰς Ἰερουσαλήμ

ὡς – Conjunção Subordinada γὰρ – Conjunção Coordenada διεμαρτύρω – Verbo Transitivo Direto/Indireto

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τὰ περὶ ἐμοῦ – Objeto Indireto εἰς Ἰερουσαλήμ – Objeto Direto 5ª Oração: οὕτως σε δεῖ

οὕτως – Adjunto Adverbial σε – Sujeito δεῖ – Verbo Transitivo Direto O Complemento pedido pelo verbo δεῖ (é necessário) se encontra na forma da próxima oração, sendo, portanto, a 6ª Oração uma oração subordinada objetiva direta 6ª Oração: καὶ εἰς Ῥώμην μαρτυρῆσαι

καὶ – Conjunção Subordinada εἰς Ῥώμην – Objeto Indireto μαρτυρῆσαι – Verbo Transitivo Indireto

ANÁLISE LÉXICA qarrevw, qarse,w “ser de bom ânimo”, “animar-se”6 Grego Clássico qarse,w em Homero, e como a forma ática qarrevw (a partir do V- IV século a.C.), significa “ter coragem”, “animar-se”, “ter confiança”. No grego posterior, ambas as formas se acham lado a lado. A forma imperativa qarsei, qarseite, “animar-se”, é comum no grego clássico. Um exemplo famoso é a exortação de um rito místico pagão, registrado por Firmico Materno (século IV d.C.), qarseite mustai, “Sede de bom ânimo, iniciados!” Platão

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COENEN, Lothar; BROWN, Colin. Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento. 2 ed. São Paulo, SP: Sociedade Religiosa Vida Nova, 2000. p. 388-389.

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sugere coragem em face da morte é possível somente quando se tem consciência da imortalidade da alma.7

Antigo Testamento A forma dominante na LXX é qarrevw, qarse,w (e.g. Pv 1:21; Dn 6:16[17] é menos frequente. É somente em Pv 31:11 que se emprega para traduzir o heb. x j;B' , confiar” (não no sentido religioso, mas no sentido de confiar na esposa). De resto, emprega-se de maneira consistente para yare na proibição “não temas”. Seja em se tratando da exortação de Moisés dirigida ao povo dominado pelo medo (Êx 14:13; 20:20), das palavras de consolo que Elias dirigiu à viúva de Sarepta que enfrentava a ameaça de morrer de fome (1 Rs 17:13), ou do encorajamento profético dirigido à nação ou a Jerusalém (Sf 3:16; Ag 2:5; Zc 8:13, 15), o conforto e o encorajamento têm sua origem na vitória sobre o medo, e se baseiam na esperança confiante na ajuda e nas promessas divinas.

Novo Testamento No NT, a forma qarse,w aparece 3 vezes (possivelmente 2) em Mateus e Marcos, e uma vez cada em João e Atos. qarrevw ocorre 5 vezes em 2 Co e Hb 13:6. 1. Em Mc 10:49, os companheiros do cego Bartimeu falam-lhe, empregando a expressão qarsei, “tem bom ânimo”. Pode ter ânimo, porque o próprio Jesus o chama, para lhe oferecer socorro. Nas demais ocorrências, o imperativo é empregado apenas por Jesus. O paralítico cujos pecados Jesus perdoou foi exortado a ficar de bom ânimo (Mt 9:2), como a mulher com um fluxo de sangue (Mt 9:22, cf. Lc 8:48 v.L). Quando os discípulos ficam atemorizados pelo Seu aparecimento no lago, a palavra de conforto é reforçado pelo acréscimo de me phobeisthe, “Não temais” (Mt 14:27). Nos discursos de despedida no Quarto Evangelho, Jesus ordena os discípulos, aos quais deixa para trás num mundo cheio de tribulação: “Tende bom ânimo, eu venci o mundo” (Jo 16:33). Em At 23:11, o Senhor ressurreto dá uma palavra de conforto semelhante ao apóstolo na prisão. 2. Em 2 Co 7:16, Paulo emprega a palavra tharro para expressar a confiança que ele tem na igreja de Corinto. Em 10:1, 2, porém, a mesma palavra se refere ao destemor da sua resolução de enfrentar aqueles que se opõem a ele em Corinto (Fraqueza), Em 2 Co 5:6, 8, emprega tharrountes e tharroumen para falar da confiança que transborda do seu coração. Na sua vida

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KITTEL, Gerhard; FRIEDRICH, Gerhard. Dicionário Teológico do Novo Testamento. Vol. II. São Paulo: Cultura Cristã, 2013. p. 349

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de sofrimento, é apoiado pela certeza de que tem um lar eterno com o Senhor fé, art. peithormi). A Epístola aos Hebreus exorta seus leitores a terem uma confiança semelhante, enquanto enfrentam a necessidade de resistirem num ambiente pagão que é hostil para com eles (Hb 13:6). marture,w e diamartu,romai8 ma,rtuj “testemunha”, marture,w “dar testemunho”, marturi,a “testemunho, depoimento”, martu,rion “testemunho, prova”, evpimarture,w “atestar”, summarture,w “dar testemunho com”, sunepimarture,w “confirmar”, katamarture,w “dar testemunho contra”, martu,romai “afirmar”, diamartu,romai “encarregar”, promartu,romai “dar testemunho de antemão”, yeudoma,rtuj “falsa testemunha”, yeudoma,rture,w “dar falso testemunho”, yeudomarturi,a “falso testemunho”.

Grego Clássico O mártys é alguém que se recorda e pode contar a respeito de alguma coisa, ou seja, uma testemunha. O verbo martyreín significa “ser uma testemunha”, martyría significa “dar testemunho” ou “o testemunho dado” e martyrion significa “testemunho” como prova. Seu uso refere-se ao: 1) Testemunho legal de fatos. É o uso em julgamentos ou transações legais. Seu significado é o testemunho pessoal acerca de eventos, relações, pessoas etc. Aqui apelo é feito aos deuses como testemunhas de juramentos, tratados etc. Também há casos de menção de testemunhos impessoais. A pobreza de Sócrates é um testemunho de que ele não é um filósofo com o objetivo de obter ganho. 2) Testemunho de fatos, verdades e visões. Também se refere a verdades ou visões que são proclamadas com convicção, mas que não podem ser verificadas empiricamente. Aristóteles faz essa distinção entre testemunho como declaração objetiva e testemunho como convicção pessoal. Ele também se refere ao testemunho de eventos futuros que, por sua própria natureza, é baseado em fé antes que em fato. Platão oferece muitas ocorrências desse tipo de testemunho com relação a questões tais como felicidade, homossexualidade etc. A vida de Sócrates, em particular, é um testemunho da verdade de seu ensino. Em Epiteto, o filósofo é a testemunha divina da sabedoria prática, não

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KITTEL, Gerhard; FRIEDRICH, Gerhard. Dicionário Teológico do Novo Testamento. Vol. II. São Paulo: Cultura Cristã, 2013. p. 626-633.

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apenas por seu ensino, mas acima de tudo por sua equanimidade no infortúnio e na aflição. No entanto, o uso não é técnico, pois a saúde dá testemunho da verdade do estilo de vida estoico e, embora a morte possa ser testemunha da verdade, ela não precisa ocorrer, pois Epiteto não chama Sócrates de mártys.

Uso no Antigo Testamento O termo mártys ocorre cerca de 60 vezes, quase sempre para a palavra hebraica ‘eḏ. Já o termo martyrion é mais comum ocorrendo cerca de 250 vezes, também é mais complexo, por ser usado para vários termos hebraicos e ser, às vezes, uma tradução muito mecânica. O uso principal de mártys na LXX é de natureza legal. Refere-se à testemunha (para a execução) (Nm 5.13, etc.). A falsa testemunha é severamente punida (Dt 19.16ss.). O termo martyreín significa testemunha judicial em Nm 35.30 e testemunha de um acordo em Rt 4.9-10. Deus é uma testemunha do pacto entre Davi e Jônatas (l Sm 20.23, 42). Ele é também uma testemunha da integridade de Samuel em l Sm 12.5-6 e da inocência de Jó em Jó 16.19. O povo é testemunha contra si mesmo em Js 24.22, e o cântico de Moisés dá testemunho contra Israel em Dt 31.19,21. No uso religioso mártys é destacado de forma particular em Is 43.9ss. e 44.7ss. O testemunho nessas passagens tem por conteúdo a obra redentora de Deus, sendo assim demonstrável à incredulidade (Is 43.8), mas é uma incontestável certeza para a fé. Esse é um testemunho, primariamente, dado por palavra, um testemunho da automanifestação do Deus vivo, não de um código filosófico. Ao mesmo tempo, não há uma teologia do testemunho desenvolvida em Isaías. O objetivo da evangelização das nações resplandece perante o profeta (42.4; 49.6), mas a ideia de testemunho aqui é uma ideia figurada e não uma ideia técnica. Em particular, não se pode conectá-la tão estreitamente ao quadro do Servo Sofredor em Is 53. O termo martyrion, como testemunho objetivo, o ato em Rt 4.7, confirma a transação. As sete cordeiras em Gn 21.30, o montão de pedra em Gn 31.44, o altar de Js 22, Davi em Is 55.4, mesmo o próprio Deus em Mq 1.2, é um martyrion. Ainda a tenda do encontro é uma tenda de testemunho porquanto nela a lei é guardada (cf. Êx 25.15-16, 22). O judaísmo é uma religião de martírio, nascida dos sofrimentos da era dos Macabeus, ou seja, a experiência de sofrimento e difamação dos profetas, mesmo famíliar, atinge seu clímax no período dos Macabeus. Assim 4Macabeus lê todo o AT como uma série de exemplos do espírito de mártir.

Uso no Novo Testamento

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Mártys ocorre 34 vezes no NT, 13 delas se encontram em Atos e 9 em Paulo (nenhuma em João). Martyreín tem 76 ocorrências, sendo 33 em João, onze em Atos, 8 em Paulo e Hebreus, e 10 em 1ª e 3ª João. Martyria é encontrada 37 vezes, 14 delas em João, 7 em 1ª e 3ª João, e 9 em Apocalipse. Martyrion ocorre 20 vezes, sendo 9 nos Sinóticos e 6 em Paulo. Deve ser observado que martyreín ocorre 47 vezes nos escritos joaninos; e martyria 30, porém mátys e martyrion não aparecem no Evangelho. Mártys ocorre no uso geral para testemunho dos fatos, que é visto em diversas passagens como: Mc 14.63; At 6.13; 7.58, e cf. Hb 10.28; Mt 18.16, entre outras. Lucas utiliza mártys de forma especial para o testemunho de fatos concernentes a Jesus que são diretamente conhecidos. Porém esse testemunho só pode ser dado se o sentido dos fatos for apreciado, de modo que o testemunho assume a forma de confissão de fé, uma confissão evangelística. Refere-se ao testemunho dos fatos verdadeiros, que foram vividos por aqueles que dão testemunho desses fatos (Lc 24.47; At. 18). Porém Lucas fala de Paulo (At 22.15) e Estêvão (22.20) de testemunha não no sentido exato de At 1.8. Paulo é testemunha de forma superior, pois ele é uma testemunha do significado dos fatos, ou seja, uma testemunha para Jesus antes que dele (22.15). Estêvão é, predominantemente, uma testemunha confessional, e ele o é de uma maneira distintiva, porque prova a seriedade de sua confissão por sua morte. Pedro usa mártys de forma distintiva e ambivalente em 1 Pe 5.1. O primeiro é de testemunha ocular, mas a continuação sugere também participação. O autor conhece por experiência própria aquilo que os sofrimentos de Cristo envolvem (cf. 4.13). João usa mártys somente Apocalipse mostrando que o próprio Jesus é o mártys em 1.5 e 3.14, os dois profetas são testemunhas em 11.3, Antipas é uma testemunha em 2.13, e há referência ao sangue dos “mártires” em 17.6. Em todas essas ocorrências, a morte está incluída, porém “martírio” aqui claramente envolve dar testemunho da verdade bem como morrer (cf. At 22.20). Jesus é a testemunha fiel e verdadeira, não simplesmente como aquele que é crucificado, mas como aquele que transmite seu martyría ou testemunho (Ap 1.2) e que deu testemunho da verdade (Jo 18.37). Martyréõ é a declaração humana de fatos, já martyreín não é usado no NT para testemunho legal, mas frequentemente conota a declaração ou confirmação de fatos ou eventos (cf. Mt 23.31; Rm 10.2; G1 4.15; ICo 15.15; At 22.5; Jo 2.25; 2Co 8.3, etc.). No absoluto, martyreín significa “dar (ou receber) uma boa reputação” (Lc 4.22; At 6.3; 1 Tm 5.10). A ideia é sempre que a(s) pessoa(s) pode(m) receber bom testemunho com base na observação direta.

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At 23.11 é um bom exemplo do uso especial desenvolvido quando os fatos dos quais se dá testemunho, são fatos divinamente estabelecidos sendo, consequentemente, o testemunho da verdade revelada. Martyréõ tem uso especial por João para, primeiramente, o testemunho que é dado, não especificamente dos fatos da história de Jesus, mas da pessoa de Jesus (Jo 1.15; 5.31ss.; 8.13ss.) como o eterno Filho de Deus (1.15, 34). E também um testemunho da glória de Cristo (Jo 1.14; ljo 5.9-10). Martyría tem sentido de testemunha de julgamento em Mc 14.55, uma boa reputação em 1 Tm 3.7 e o testemunho do poeta pagão em Tt 1.13. Já em At 22.18, o martyría de Paulo é testemunho evangelístico. O testemunho humano está em questão em Jo 8.17, uma boa reputação em 3 Jo 12, e o testemunho de homens em 1 Jo 5.9, porém em outros lugares a referência é ao testemunho evangelístico da natureza e significado de Cristo. Esse é o testemunho ativo em Jo 1.7 e Ap 11.7, mas em todas as outras ocorrências ele é o testemunho que é dado. Martyrion é menos comum do que as outras três (20 vezes), ocorrendo no material joanino apenas em Ap 15.5 (“a tenda do testemunho”) sendo encontrada mais frequentemente em passagens paralelas nos Sinóticos. No NT, como no uso grego comum, martyrion significa prova objetiva. Pode denotar testemunho de alguma coisa com um genitivo de sujeito (2Co 1.12) ou de objeto (At 4.33). E também tem o sentido ativo de atestação em Hb 3.5, onde se diz que Moisés foi um servo fiel no testemunho daquilo que ele recebeu de Deus e então teve que transmitir ao povo. Nem aqui nem em outro lugar martyrion se aproxima de um sentido martirológico.

Uso martirológico específico na igreja primitiva Por causa da perseguição no 2º século, foram desenvolvidas certas tendências no uso do NT. O uso ordinário continua, como também o uso do NT, para testemunho evangelístico. Porém, o pleno testemunho é agora testemunho sob ameaça. Testemunho, então, se toma um termo especial que é reservado para aquele que sela a seriedade do testemunho com a morte. Não há exatidão quanto ao uso de martyreín, pois se refere a todos os que sofrem, sejam mortos ou não. Gradualmente, entretanto, a distinção ganha terreno. Assim, Clemente de Alexandria afirma que mártyres são perfeitos na confissão (Stromata 4.21.133.1), e Tertuliano chama aqueles que ainda não foram condenados de mártyres designati (Aos mártires 1). É nesse sentido especializado que o latim adota o termo grego em vez de usar sua própria palavra para a testemunha (testis).

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O sentido martirológico é de feto uma consequência do sofrimento que a igreja verdadeiramente experimenta ao dar o seu testemunho.

Uso dos compostos Os compostos epi-, sym-, synepi-, katamartyréõ estão intimamente relacionados ao sentido popular de martyréo. 1) Epimartyreín ocorre no NT apenas em 1 Pe 5.12, onde significa “atestar (uma afirmação precedente)”; 2) Symmartyreín é um termo comum para “dar testemunho com” outros e então, mais geralmente, “confirmar” ou, com o dativo, “concordar”; 3) Synepimartyreín ocorre no NT só em Hb 2.4, e diz que a salvação declarada pelo Senhor e atestada por seus ouvintes é confirmada por Deus por meio de sinais, etc. 4) Katamartyreín traz o sentido de dar testemunho adverso. Ele ocorre no NT em Mc 14.60 e Mt 27.13, onde primeiro o sumo sacerdote e depois Pilatos interrogam) Jesus acerca das coisas que são testemunhadas contra ele.

martyromai, dia-, promartyromai. 1) Martyresthai significa primeiramente “invocar como uma testemunha”, em seguida “afirmar”, “atestar”. O termo ocorre duas vezes em Atos e três vezes em Paulo. 2) Diamartyresthai tem em grande parte o mesmo significado. Dez de 15 ocorrências no NT se encontram nas obras de Lucas (nove em Lucas). “Declarar enfaticamente” (em admoestação) é o tema em Lc 16.28; 1 Tm 5.21; 2Tm 4.1; “exortar” revela o sentido. Em outros lugares, o significado é “atestação” (cf. At 20.23; Hb 2.6; 1 Ts 4.6). 3) Promartyresthai ocorre no NT somente em 1 Pe 1.11 no sentido de “atestar alguma coisa antecipadamente como um fato”.

Pseudómartys, pseudomartyréõ, pseudomartyría. 1) Pseudómartys é uma “falsa testemunha”, ou seja, uma testemunha que declara alguma coisa que é incorreta. 2) Pseudomartyreín ocorre em Mt 19.18 e paralelos (citação do nono mandamento de Êx 20.16 e Dt 5.20 LXX). Alguns MSS incluem o mandamento também em Rm 13.9. A única outra ocorrência é em conexão com o julgamento de Jesus em Mc 14.56-57.

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3) Pseudomartyría, que não é encontrado na LXX, ocorre na primeira lista de vícios em Mt 15.19, e em seguida novamente no julgamento de Jesus em Mt 26.59. O significado é “falso testemunho” (que é usualmente pseudomartyrion num contexto legal).

ANÁLISE DE VERSÕES English Standard Version: The following night the Lord stood by him and said, "Take courage, for as you have testified to the facts about me in Jerusalem, so you must testify also in Rome." King James Version: And the night following the Lord stood by him, and said, Be of good cheer, Paul: for as thou hast testified of me in Jerusalem, so must thou bear witness also at Rome. New International Version: The following night the Lord stood near Paul and said, "Take courage! As you have testified about me in Jerusalem, so you must also testify in Rome." Almeida Corrigida e Fiel: E na noite seguinte, apresentando-se-lhe o Senhor, disse: Paulo, tem ânimo; porque, como de mim testificaste em Jerusalém, assim importa que testifiques também em Roma. Almeida Revista e Atualizada: Na noite seguinte, o Senhor, pondo-se ao lado dele, disse: Coragem! Pois do modo por que deste testemunho a meu respeito em Jerusalém, assim importa que também o faças em Roma. Almeida Revista e Corrigida: E, na noite seguinte, apresentando-se-lhe o Senhor, disse: Paulo, tem ânimo! Porque, como de mim testificaste em Jerusalém, assim importa que testifiques também em Roma. Há apenas uma diferença sutíl entre as versões apresentadas que se enconra na expressão

evpistaj. Nas versões KJV, ESV, NIV ARA trazem esta expressão como “pondo-se ao lado”, enquanto a ARC e a ACF colocam como “Apresentando-se-lhe”. De todo modo a ideia que o Senhor não estava lá e simplesmente apareceu à Paulo fica clara em ambas as situações.

PARÁFRASE DO TEXTO Na noite seguinte o Senhor apareceu ao seu lado e disse: “Tenha coragem, Paulo; do mesmo jeito que você testemunhou sobre mim em Jerusalém, você deve testemunhar em Roma também.

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TRADUÇÃO FINAL E na noite seguinte, aparecendo a ele, o Senhor disse: Coragem! Pois como testemunhaste de mim em Jerusalém, assim também é necessário que testemunheis em Roma.

ANÁLISE TEOLÓGICA Em meio ao contexto que aqui podemos observar, três palavras se destacam: 1. “NA NOITE SEGUINTE” Ao ler o relato dos dias que Paulo passou em Jerusalém, temos a impressão de que tudo o que ele fez ali foi um fracasso absoluto. Sua tentativa de receber o apoio dos judeus legalistas só serviu para provocar um tumulto no templo. Ele não tinha ideia do que iria acontecer no dia seguinte. Duas vezes em dois dias o comandante romano Cláudio Lísias o socorrera primeiro nas dependências do templo, e depois na assembleia do Sinédrio.9 Como se não bastassem os momentos de angustia e sofrimento a solidão e o desamparo era visível, pois não sabemos se qualquer um dos apóstolos ou presbíteros em Jerusalém veio ate ele; talvez não tenham tido coragem, talvez não tenham tido permissão.10 “A sensação de fracasso e medo eram infinitamente maior que suas forças. Pois, depois de um dia de intensos debates e acusações, Paulo estava esgotado: física, psíquica e espiritualmente”11. Como bem falou Justo L. Gonzáles: “Paulo estava encurralado pelos poderes: políticos, religiosos e as potestades espirituais.”12 2. ”CORAGEM” Alguns anos depois da conversão de Paulo, quando a vida do apóstolo estava em perigo em Jerusalém, Jesus lhe apareceu no templo e lhe disse o que fazer (At 22:17-21). Quando Paulo estava desanimado em Corinto e considerando a possibilidade de ir para outro lugar, Jesus lhe apareceu e lhe deu coragem para permanecer em Corinto (At 18:9, 10). Mais tarde, Paulo receberia o estímulo necessário durante uma tempestade (At 27:22-25) e em seu julgamento em Roma (2 Tm 4:16, 17). "E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século" (Mt 28:20). A mensagem do Senhor a Paulo foi de encorajamento. A injunção "Coragem!" é semelhante a "Tem bom ânimo!" Jesus proferiu essas palavras com frequência durante seu ministério aqui na Terra. Disse-as ao paralítico (Mt 9:2) e à mulher que sofria de hemorragia (Mt 9:22). Bradou-as aos discípulos durante a tempestade (Mt 14:27)

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KISTEMAKER, J. Simon. Comentario do NOVO Testamento: Exposição de Atos dos Apostolos. 1º Ed. Cultura Cristã. São Paulo/SP. 2003. pg 426 10 MATTHEW, Henry. Comentário Bíblico Novo Testamento: Atos a Apocalipse, Edição Completa. 1ª Ed.CPAD. Rio de Janeiro.2008. pg 261 11 BRUCE, F.F. Comentario Bíblico NVI: Antigo e Novo Testamento. 1ª Ed. Vida Nova. São Paulo/SP. 2008. Pg 1822 12 GONZÁLES, L. Justos. Atos, o evangelho do Espírito Santo. 1ª Ed. Hagnos. São Paulo/ Sp. 2011. Pg 309

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e repetiu-as no cenáculo (Atos 16:33). Como povo de Deus, podemos sempre ter bom ânimo em tempos de dificuldade, pois o Senhor está conosco e nos levará até o fim.13 Por isso, “podemos descansar na providencia do Senhor e sermos consolados mesmo em meio as aflições e desilusões”. 14 3. ”TESTEMUNHO” Eis aí um argumento estranho o que Jesus usa para encoraja-lo: Porque, como de mim testificaste em Jerusalém, assim importa que testifiques também em Roma. Pode-se pensar que isso era apenas um consolo frio: “Como você passou por muitas dificuldades por minha causa assim você deve sofrer ainda mais”; e, todavia, isso devia encoraja-lo; pois por esse meio lhe é dado a entender: que ele tinha estado servindo a Cristo como uma testemunha para Ele no que havia até aqui suportado. Não foi por nenhuma falta sua que ele foi esbofeteado, e não era por ser ex-perseguidor da igreja que ele agora era perseguido, por mais que ele pudesse lembrar disso como algo muito negativo, mas ele devia continuar com sua obra. Ou que ele não tinha ainda terminado seu testemunho, nem havia sido, por sua prisão, deixado de lado como inútil, mas estava apenas reservado para outro serviço. Nada desanimava tanto a Paulo quanto o pensamento de ser impedido de realizar a obra de Cristo e de fazer o bem para as almas: Não temas, diz o Cristo, Eu não terminei contigo. O ânimo que o senhor havia dado a Paulo nesse texto é uma confirmação. Paulo deveria ir a Roma! Esse havia sido o desejo do apóstolo há meses (At 19:2; Rm 15:22-29), mas os acontecimentos em Jerusalém deram a impressão de que tal desejo não se realizaria. Que grande encorajamento essa promessa representou para Paulo nas semanas seguintes, semanas difíceis durante as quais os líderes mentiram a seu respeito, fanáticos tentaram matá-lo e os magistrados o ignoraram. Em tudo isso, Deus estava com ele, cumprindo seu plano perfeito de levar seu servo fiel a Roma.15 Bob Utley, comentando essa ordem dada a Paulo afirma: “Era a vontade de Deus que Paulo fosse aprisionado para que pudesse ser levado diante de Cesar. O evangelho será pregado em Roma” (cf. 19:21; 22:21)!16 Ou como bem afirmou Earl D. “As prisões de Paulo o levariam a glorificar a Deus de uma maneira impossível de se fazer sem elas”.17

ESBOÇO HOMILÉTICO 1. NA NOITE SEGUINTE (passado) Acontecimentos do passado pode nos fazer desistir dos projetos de Deus em nossas vias.

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WIERSBE, W. Warren. Comentário Bíblico expositivo: Novo Testamento 1. 1ª Ed. Vol.5. Ed. Central Gospel.2006. 639 14 SOUZA, I. Neves. Atos, uma história singular: esboços expositivos. 1ª Ed. Descoberta. 1999. Pg. 207 15 WIERSBE, W. Warren. Comentário Bíblico expositivo: Novo Testamento 1. 1ª Ed. Vol.5. Ed. Central Gospel.2006. 640 16 UTLEY, Bob. Você pode entender a bíblia: Lucas o historiador de Atos. Serie de estudos e comentários. 1ª Ed. Lições bíblicas Internacionais. 2010. Pg 264 17 EARL, D. Radmacher. O Novo Comentário Bíblico: Novo Testamento. 1ª Ed. Central Gospel.2010. Pg 366

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2. CORAGEM (presente) O Senhor jamais nos desampara, mesmo em meio as adversidades da vida.

3. TESTEMUNHO (futuro) Os planos de Deus em nossas vidas não poderão ser frustrados.

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BIBLIOGRAFIA 1. _______ Bíblia de Estudo de Genebra. São Paulo e Barueri: Cultura Cristã e Sociedade Bíblica do Brasil, 2ª ed. 2009 2. KISTEMAKER, Simon. Comentário do Novo Testamento: Exposição de Atos dos Apóstolos. Vol. 1. São Paulo/SP: Cultura Cristã, 2003. 3. SCHALKWIJK, Francisco Leonardo. Coinê: Pequena Gramática do Grego Neotestamentário. 5 ed. Patrocínio, MG: CEIBEL, 1989 4. STOTT, John R. W. A Mensagem de Atos: Até aos confins da terra. São Paulo/SP: ABU Editora, 1994. 5. COENEN, Lothar; BROWN, Colin. Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento. 2 ed. São Paulo, SP: Sociedade Religiosa Vida Nova, 2000. 6. MATTHEW, Henry. Comentário Bíblico Novo Testamento: Atos a Apocalipse, Edição Completa. 1ª Ed. CPAD. Rio de Janeiro.2008. 7. BRUCE, F.F. Comentario Bíblico NVI: Antigo e Novo Testamento. 1ª Ed. Vida Nova. São Paulo/SP. 2008. 8. GONZÁLES, L. Justos. Atos, o evangelho do Espírito Santo. 1ª Ed. Hagnos. São Paulo/ Sp. 2011. 9. WIERSBE, W. Warren. Comentário Bíblico expositivo: Novo Testamento 1. 1ª Ed. Vol.5. Ed. Central Gospel.2006. 10. SOUZA, I. Neves. Atos, uma história singular: esboços expositivos. 1ª Ed. Descoberta. 1999 11. UTLEY, Bob. Você pode entender a bíblia: Lucas o historiador de Atos. Serie de estudos e comentários. 1ª Ed. Lições bíblicas Internacionais. 2010. 12. EARL, D. Radmacher. O Novo Comentário Bíblico: Novo Testamento. 1ª Ed. Central Gospel.2010.

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