Experiências de Turismo Sustentável em contexto africano

June 14, 2017 | Autor: Brigida Brito | Categoria: Africa, Turismo, Desenvolvimento sustentavel, Sao tomé e principe
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Descrição do Produto

1. Turismo e Desenvolvimento Sustentável: relação entre conceitos

2. Requisitos e implicações

3. Do diagnóstico à avaliação

4. A importância da certificação

5. Exemplos de boas práticas

Foto: B ernard o Conde

1.1. D ESENVOLVIMENTO S USTENTÁVEL ECONOMIA

ECONOMIA ECOLOGIA

versus

AMBIENTE..?

E CODESENVOLVIMENTO

CONF. ESTOCOLMO 1972

Maurice Strong

“CRESCER SEM DESTRUIR”

Ignacy Sachs

D ESENVOLVIMENTO S USTENTÁVEL

D ESENVOLVIMENTO H UMANO S USTENTÁVEL

NÍVEIS: a) INDIVIDUAL b) COLETIVO

“HOMEM”

Relatório Brundtland 1987…

PNUD

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Resultado de diferentes dimensões

Conceito discutido por:

interdependentes:

1. Comunidade académica e científica 2. Representantes de Instituições 3. Sociedade civil 4. Organizações internacionais

S OCIEDADES S USTENTÁVEIS (Pedrini, 2006; Sato, 2001)

- Social e Cultural

- Económica - Política - Segurança - Ambiental

Processo que satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades Relatório Brundtland (1987)

C OMPROMISSO DE S OLIDARIEDADE I NTERGERACIONAL

I NTEGRAÇÃO EQUILIBRADA DAS DIMENSÕES S OCIAL , C ULTURAL , E CONÓMICA E A MBIENTAL

ECONÓMICA - Regularidade e diversificação do rendimento

- Aumento de oportunidades - Bem-estar

SOCIAL E CULTURAL - Valorização cultural - Interação - Integração

AMBIENTAL - Preservação e manutenção de espaços - Conservação de espécies (ameaçadas e endémicas)

1.2. T URISMO

« I NDÚSTRIA DA P AZ « A TIVIDADE ECONÓMICA DINÂMICA E EM CRESCIMENTO « F AVORECE E POTENCIA NOVAS OPORTUNIDADES

« F LEXIBILIDADE E DIVERSIFICAÇÃO DE SEGMENTOS « F ENÓMENO SOCIAL E CULTURAL ( INTERAÇÃO SOCIAL E CULTURAL ) « E NQUADRAMENTO AMBIENTAL E SÓCIO - CULTURAL

« P RODUZ IMPACTOS SOCIOECONÓMICOS , CULTURAIS , AMBIENTAIS : POSITIVOS E NEGATIVOS

« R EQUER PLANEAMENTO E ACOMPANHAMENTO

Lazer Prazer Novas experiências Conhecimento

TURISTA OUTSIDER GUEST

Quotidiano Novas oportunidades Educação e formação Trabalho e rendimentos Melhoria das condições de vida

COMUNIDADE LOCAL INSIDER HOST

1.3. R ELAÇÃO ENTRE OS DOIS C ÓDIGO M UNDIAL DE É TICA PARA O T URISMO (OMT, 1999)

NOVAS RELAÇÕES Respeito Responsabilização COMUNIDADES

PARTICIPAÇÃO

TURISMO Promover mudanças qualitativas na vida das populações locais

EMPOWERMENT

TURISTA

SUSTENTABILIDADE

RESPONSABILIDADE

TURISTA

TURISMO +

SUSTENTABILIDADE

AMBIENTE

COMUNIDADES

Incremento dos rendimentos familiares

Responsabilização Respeito Equidade

Agentes Locais/Nacionais

Promoção individual e comunitária

Divulgação de elementos culturais de referência

TURISMO SUSTENTÁVEL

CULTURA Práticas Representações Identidades

AMBIENTE / NATUREZA Áreas Protegidas Fauna Flora

Criação de uma melhor relação Homem-Ambiente

Viajante/Turista

TURISMO SUSTENTÁVEL

SOCIAL

V IVÊNCIA

AMBIENTAL

E QUIDADE

V IABILIDADE

ECONÓMICA

Foto: B ernard o Conde

2.1. R EQUISITOS

Requisitos

D EFINIÇÃO E

AVALIAÇÃO DAS

IDENTIFICAÇÃO DOS

CARACTERIZAÇÃO DO

POTENCIALIDADES E DAS

CONSTRANGIMENTOS E

CONTEXTO

OPORTUNIDADES

DOS RISCOS

2.1.1. D EFINIÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO CONTEXTO AMBIENTAL • Áreas protegidas • Fauna • Flora

SÓCIO-CULTURAL • População local • Práticas culturais (tradicionais e outras)

ECONÓMICO • Atividades diretas • Atividades indiretas

2.1.2. A VALIAÇÃO DAS POTENCIALIDADES E DAS OPORTUNIDADES

A MBIENTAIS

C ULTURAIS

H ISTÓRICAS

2.1.3. I DENTIFICAR CONSTRANGIMENTOS E RISCOS

E STRUTURAIS

C ONJUNTURAIS

2.2. I MPLICAÇÕES ALOJAMENTO OUTROS SERVIÇOS

Diretas TRANSPORTE

RESTAURAÇÃO

COMÉRCIO

I MPLICAÇÕES ANIMAÇÃO

CONSTRUÇÃO

ARTESANATO

PESCAS

Indiretas

AGROPECUÁRIA

DIMENSÃO

Enquadramento ambiental e sócio-cultural

TEMPO Segmentos e diversificação

Nº reduzido Turistas

ATITUDES Preocupação com a rentabilidade (retorno)

T URISMO S USTENTÁVEL VALORES

RESULTADOS Valorização sócio-cultural

Vocação ambiental e conservacionista

POTENCIAIS CONFLITOS: T URISMO Preservação conservação

ambiental com de flora e fauna necessidades sócioeconómicas das populações locais que dependem da natureza Interesses turísticos ações conservacionistas Bem-estar e hedonismo do turista necessidades do desenvolvimento comunitário

D ESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO

C ONSERVAÇÃO

Foto: B ernard o Conde

D IAGNÓSTICO

PLANEAMENTO ANÁLISE SWOT

ESTUDOS DE IMPACTO

M ONITORIZAÇÃO

ACOMPANHAMENTO AVALIAÇÕES INTERCALARES REAJUSTAMENTOS

A VALIAÇÃO

AVALIAÇÃO GLOBAL E SETORIAL POR ATIVIDADES REAJUSTAMENTOS

Foto: B ernard o Conde

Eco-Hotel - certificação ambiental pouco burocrática, visa facilitar a iniciação de uma política eficaz de proteção ambiental. Permite obter a certificação ISO 14000. Aplicase a hotéis, restaurantes, albergues, parques de campismo e outros alojamentos.

Green Tourism Business Scheme (GTBS) - sistema de certificação ambiental de “turismo verde”(custo-eficácia do negócio, gestão ambiental, resíduos, transportes, responsabilidade social e biodiversidade)

Green Globe 21 (GG21) - baseia-se na Agenda 21 e nos princípios acordados na Cimeira do Rio. Certifica empresas e comunidades tendo em conta um nível standard. Existem quatro Green Globe 21: para as empresas; para as comunidades; para a área do Ecoturismo Internacional; para avaliar o design e a construção

Biosphere Responsible Tourism Certification - Instituto de Turismo Responsável (ITR) partilha a visão da Organização Mundial de Turismo (WTO) na certificação para melhorar os serviços turísticos, promovendo benefícios ambientais e desenvolvimento sócio-económico CARTA DO TURISMO RESPONSÁVEL + Responsible Tourism System

http://www.biospheretourism.com/ REQUISITOS: - Preservação do património natural, cultural e paisagístico - Desenvolvimento económico e social das comunidades locais - Contributo da empresa para a promoção da qualidade de vida dos funcionários - Preservação ambiental incluindo conservação - Satisfação dos clientes

VANTAGENS DA CERTIFICAÇÃO: . Diminuição dos consumos específicos de energia, matérias primas e recursos naturais . Redução de riscos e de impacto ambiental . Melhoria da imagem perante a opinião público . Facilidade no acesso a mercados que requerem certificação . Melhoria da competitividade face a concorrentes não certificados . Pedagogia

DIFICULDADES: .

Cumprimento dos requisitos legais

.

Sensibilização/formação interna para a necessidade de adaptar hábitos e comportamentos

.

Formalização e celeridade dos licenciamentos

Foto: Bernardo Conde

Elementos de caracterização de São Tomé e Príncipe LOCALIZAÇÃO ÁREA

ILHAS CLIMA

PAISAGEM

FLORA

FAUNA MARINHA

FAUNA FLORESTAL

África Central Golfo da Guiné 1.001 km² 260 km de costa São Tomé Príncipe Ilhéu das Rolas Ilhéus desabitados Tropical húmido Relevo acidentado Costa abrupta; Praias Montanhas; Floresta Savana; Ecossistemas fluviais e de mangal Flores tropicais (rosa de porcelana, bico de papagaio, bordão macaco) Orquídeas endémicas Plantas medicinais Árvores centenárias Tartarugas marinhas (Caretta caretta; Chelonia mydas; Eretmochelys imbricata; Dermochelys coriácea; Lepidochelys olivacea) Baleia; Golfinhos Tubarão; Tunídeos; Crustáceos Macaco; Lagaia Aves endémicas Répteis (“cobra preta”) Insectos

T URISMO EM CONTEXTO INSULAR : BASE PARA O DESENVOLVIMENTO LOCAL 1. Manter um equilíbrio entre os sistemas ambientais, socioeconómicos e culturais 2. Contribuir para que a população local possa obter fonte regular de recursos complementares às actividades tradicionais 3. Promover a diversificação das actividades económicas 4. Facilitar o intercâmbio entre as culturas 5. Promover a participação comunitária

SEGMENTAÇÃO (Natureza, Cultural, Solidário)

Programas orientados para o TURISMO RESPONSÁVEL ENVOLVIMENTO dos diferentes stakeholders Atividades de LAZER em contacto com a NATUREZA Valorização da AUTO-APRENDIZAGEM Participação em ações de PRESERVAÇÃO (limpeza, catalogação…) Colaboração em PROGRAMAS CONSERVACIONISTAS (tartaruga marinha, papagaio cinzento africano, …)

SENSIBILIZAÇÃO comunitária e de agentes turísticos EDUCAÇÃO AMBIENTAL

PROGRAMA INTEGRADO DE PROTEÇÃO DA TARTARUGA MARINHA

AUTOR: MARAPA

Organização

Financiamento

Apoio

AUTOR: SEATURTLE.ORG

JALÉ ECOLODGE

Foto: B ernard o Conde

MANGROVE TOUR Rio Malanza, remador e canoa tradicional

Foto: B ernard o Conde

Ilha do Príncipe: RESERVA DA BIOSFERA, UNESCO (2012) 1. reconhecimento da ilha como um "local de excelência" 2. modelos de gestão das áreas protegidas, fundamentados na articulação com as diferentes atividades humanas, incluindo tradicionais 3. "espaço de aprendizagem" na promoção do Desenvolvimento Sustentável

Zonamento da Reserva

1º Hotel em África com certificação Biosphere Responsible Tourism (Instituto de Turismo Responsável) Grupo HBD (Here Be Dragons) investimento de Mark Shuttleworth

PROJETOS COMPLEMENTARES

a) Water & Recycle (redução do uso do plástico - 25.000 garrafas - nas comunidades com entrega de 400 garrafas térmicas e de uso múltiplo) b) Helping Children Survive and Thrive in São Tomé and Principe (melhoria nutricional das crianças da ilha)

c) Ensino de inglês nas comunidades d) Recuperação de atividades tradicionais / agrícolas nas roças (Sundy e Paciência)

I NSTRUMENTOS DE POLÍTICA DE TURISMO RESPONSÁVEL

C ONSERVAÇÃO DO PATRIMÓNIO CULTURAL

D ESENVOLVIMENTO ECONÓMICO E SOCIAL DA ILHA DO

P RINCIPE

C ONSERVAÇÃO AMBIENTAL

• Plano de ação • Parceria com Governo Regional e Associações locais

• Integração na cultural local • Reabilitação patrimonial

• Estímulo a atividades económicas tradicionais diversificadas • Ação responsável com os funcionários

• Gestão e controlo de energia, água e resíduos • Apoio à conservação de espécies • Limpeza de trilhos

S ATISFAÇÃO DOS CLIENTES E ENVOLVIMENTO NO TURISMO RESPONSÁVEL

• Comportamento responsável dos turistas in loco • Disponibilização de informação sobre o destino

… ?

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