Experimento: ​ Medição de coeficientes de atrito estático

June 1, 2017 | Autor: Nathália Reis | Categoria: Física, Laboratório de Física
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Universidade Federal de Goiás  Instituto de Física         Laboratório de Física         

Experimento: ​ Medição de coeficientes de atrito  estático.        Alunos : Luís Fernando Reis Marra

201306738 

Nathália Reis Silva

201405653 

  Professora: Luciana Cardoso Matsushima.          Goiânia, 22/06/16 

INTRODUÇÃO    A  força  de  atrito  é   a  soma vetorial  de muitas  forças que  agem  entre os átomos  da  superfície  de  um  corpo  e  os  átomos  da  superfície  do  outro corpo.  Existe  somente  quando  acontece  uma  interação  mecânica  entre  as  superfícies  de  dois  corpos  ou  a  tendência de movimento entre elas causada por outras forças externas.   Para  o  cálculo   da  força  de  atrito  existem,  além  da  força  normal,  dois  tipos  de  coeficiente  de atrito: coeficiente de atrito estático e coeficiente de atrito cinético. O atrito  estático  ​ é  aquele  que  atua  quando  não  há  deslizamento  dos corpos,  a  força de atrito  estático  máxima  é  igual  a  força  mínima  necessária  para  iniciar  o  movimento  de  um  corpo.  Quando um corpo não está em movimento a força da atrito deve ser maior que a  força aplicada. ​ O  atrito cinético é aquele que atua quando há deslizamento dos corpos,  quando  a  força  de  atrito  estático  for  ultrapassada  pela  força  aplicada  ao  corpo,  este  entrará em movimento.  Neste  experimento  foi  estudado  os  coeficientes  de  atrito  estático  para   duas  superfícies  inclinadas,  uma  com  lixa  e  outra  sem  e  utilizado  dois  corpos  de  massa  diferentes. Foi calculado suas respectivas incertezas.     OBJETIVO  O  objetivo deste experimento é analisar os coeficientes de atrito estático de dois  corpos  de massas  diferentes, postos sobre duas  superfícies inclinadas (uma com lixa e  outra sem lixa).         

TEORIA  As forças  de  atrito fazem  parte do  cotidiano,  permitindo com que objetos que as  vençam  possam  se  movimentar  assim  como  freá­los.  Quando  um  corpo  encontra­se  em  repouso  temos  que  a  soma  das  forças  atuantes  nele  é  zero,  assim  temos  que  o  modulo da força normal é igual ao módulo da força peso que age sobre o corpo.  Quando  exercemos  uma  força nesse mesmo  bloco  temos que surge uma força  paralela  a  superfície  e  com  sentido  oposto  a  força  que  exercemos,  o  atrito  por  essa  característica  tem  que   a  força  de  atrito  será  sempre  contraria  ao  movimento  ou  a  tendência de movimento.  Ao  aplicarmos  uma  força  a  um  corpo e ele  não apresentar  nenhum  movimento  temos que  a  força aplicada ainda esta sendo equilibrada pela força de atrito, essa força  de atrito  é  denominada  como  atrito  estático. Agora, quando  o  bloco começar a exercer  um  movimento  temos  que  a  força  que aplicamos  se torna  maior  que  a força  de  atrito,  fazendo  dessa  força  com  que  seja  possível  o  movimento,  já  nesse  caso  o  atrito  é  chamado de cinético.  Ao  aplicarmos  uma  força  a  um  corpo  em  repouso  observamos  que  a  força  de  atrito estático também  aumenta, porém até atingir um valor máximo, a partir daí o corpo  se desprende da superfície movimentando­se na mesma direção da força aplicada.   

           Figura 1: esquema atrito estático.  

  Figura 2: esquema atrito cinético 

Para o cálculo do coeficiente de atrito estático, temos a seguinte equação: 

  Figura 3: Equação 1 (atrito estático).    Dado L1 e L2: 

  Figura 4: esquema atrito estático.    Para  o  cálculo   das  incertezas  dos  coeficientes   de  atrito  estático,  temos  a  seguinte equação: 

  Figura 5: Equação 2 (incertezas).     

METODOLOGIA EXPERIMENTAL    O  Material  utilizado  neste  experimento  foi  um  plano  inclinado composto de duas  tábuas,  lixa,  régua e dois  corpos  de  massa  M1= 10g  e  M2= 50g.  Foi  escolhido L1= 25  cm.  Na  primeira  parte  do   experimento  utilizamos  o  plano  inclinado  sem  atrito,  portanto  sem  fixar  a  lixa  na  tábua.  Foi  colocado primeiramente o corpo de massa M1  sobre  o plano  inclinado, e a  partir disso foi elevado a tábua até o exato momento que o  corpo  de massa  M1  começou  a deslizar. Este procedimento foi repetido por 30 vezes e  a  altura  obtida   no  momento  que  corpo  se  movimenta  foi  anotada.  O   mesmo  procedimento foi feito para o corpo de massa M2.  Na  segunda parte  do  experimento  realizamos  o mesmo procedimento, porém foi   adicionado ao plano inclinado uma lixa.         

RESULTADO E ANÁLISE DE DADOS    Tabela 1: Altura obtida até o corpo começar deslizar, sem atrito.  Medições 

Altura corpo M1 (cm) 

Altura corpo M2 (cm) 



9,9 

11,5 



13,1 

9,7 



11,7 

9,9 



9,9 

10,2 



10,4 

9,8 



11,9 

9,6 



12,8 

11,1 



15,4 

10,2 



12,4 

10,1 

10 

10,3 

10 

11 

10,7 

11,2 

12 

10,8 

11,1 

13 

10,6 

11,5 

14 

11,3 

10,2 

15 

14,9 

10,8 

16 

11,2 

11,2 

17 

10,5 

9,8 

18 

11,3 

11,9 

19 

10,6 

11,7 

20 

10,2 

11,8 

21 

11,8 

10,9 

22 

14,9 

9,7 

23 

11,1 

10,7 

24 

10,3 

10,3 

25 

9,8 

10,8 

26 

9,9 

10 

27 

10,4 

11,5 

28 

10,9 

11,1 

29 

10,3 

12,6 

30 

10,6 

10,11 

    Tabela 2­ Cálculos do experimento sem atrito. 

       

 

M1 

M2 

Média 

21,96 

10,7 

Desvio Padrão  Populacional 

3,07 

0,78 

Desvio Padrão  Amostral 

3,12 

0,79 

Coeficiente de  atrito estático 

0,45 

0,43 

Incerteza do  coeficiente de  atrito estático 

0,07 

0,04 

Tabela 3: Altura obtida até o corpo começar deslizar, com atrito.  Medições 

Altura corpo M1  (cm) 

Altura corpo M2 (cm) 



14,7 

18,1 



24,8 

19,5 



20,3 

19,7 



23,9 

20,6 



22,5 

23,1 



24,7 

20,9 



21,3 

23,4 



20,5 

19,8 



21,7 

22,5 

10 

25,1 

19,9 

11 

18,5 

26,4 

12 

20,6 

19,2 

13 

19,4 

18,5 

14 

21,7 

20,2 

15 

23,8 

10,8 

16 

22,4 

10,5 

17 

21,3 

10,7 

18 

26,5 

22,4 

19 

21,1 

19,1 

20 

27,3 

20,5 

21 

20,1 

21,3 

22 

20,3 

20,7 

23 

26,9 

18,7 

24 

21,9 

21,4 

25 

20,6 

18,9 

26 

18,1 

24,3 

27 

20,9 

23,8 

28 

18,9 

22,1 

29 

19,6 

20,8 

30 

29,5 

19,7 

    Tabela 4­ Cálculos do experimento com atrito.   

M1 

M2 

Média 

21,96 

20,91 

Desvio Padrão  Populacional 

3,07 

1,87 

Desvio Padrão  Amostral 

3,12 

1,89 

Coeficiente de  atrito estático 

0,88 

0,84 

Incerteza do  coeficiente de  atrito estático 

0,14 

0,09 

  O coeficiente de atrito estático foi cálculo a partir da equação 1 e a incerteza do  mesmo, a partir da equação 2.    

DISCUSSÃO E CONCLUSÃO    Observando  as  Tabelas  2  e  4  percebe­se  que  o  coeficiente de atrito  estático  é  maior  no  experimento  que  foi  colocado  a  lixa  sobre  o  plano  inclinado,  ou seja, possui  atrito.  Nota­se  também  que  a  incerteza  no  experimento  com  atrito  também  é  maior,  podemos justificar  tais  discrepâncias  por erro manual no momento do experimento, tais  como:  não  colocar  adequadamente  a  lixa  sobre  o  plano  inclinado,  efetuar o subida  da  tábua de forma brusca, erro na medição e na leitura da régua, entre outros.   Conclui­se que  a força de atrito é menor em superfícies lisas, e que o coeficiente  de atrito  estático  é  maior  na  superfície com a lixa.  E que a  massa também interfere no  coeficiente  de  atrito estático,  quanto  menor a massa maior será o coeficiente  de atrito,  podemos visualizar tais dados nas tabelas 2 e 4.            

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS    HALLIDAY​ , RESNICK, WALKER; Fundamentos da Física, ​ Vol​ . ​ 1​ , 8ª Edição, LTC,  2009.   Só física, Força de atrito​ . Disponível em:  . Acesso em:  22/06/2016.   

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