Experimentos musicais interativos para web (2016)

May 25, 2017 | Autor: Ariane Souza Stolfi | Categoria: Design, Web Technologies, Audio Web Experiment
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Experimentos musicais interativos para web   Interactive music experiments on web 

  Stolfi, Ariane de Souza.  LabVisual/FAU – Universidade de São Paulo  [email protected]  2015   

Resumo    A  página  "Chrome  Experiments"  (chromeexperiments.com)  reúne  mais  de  1000  experimentos  interativos,  uma  reunião  de  estudos  de  caso  de  programação   criativa  em  HTML5  e  ​ JavaScript​ ,  que  são  tecnologias  abertas,  com  temas  que  vão  de  cartografia  à  jogos.  Neste  artigo,  buscaremos   categorizar  e  analisar  alguns  dos  experimentos  reunidos  nessa  página   sob  o  tema  "som  e  vídeo",  mais  especificamente  aqueles  que  podem  ser  considerados  como  instrumentos  musicais.  Para  tanto,  fizemos  um  mapeamento  geral  de tecnologias e sistema de geração sonora, a partir do qual  selecionamos  nove  experimentos  para  uma  análise  mais  detalhada   quanto aos  aspectos  de  design,  controle,   capacidade  de  variação  sonora  e  tecnologias  envolvidas.   Palavras Chave​ : web, audio, interface.   

Abstract     The  page  "Crome  Expeiments  (chromeexperiments.com)  is  been  gathering  more  than  1000  interactive  experiments,  a  showcase  of  creative  coding  in  HTML  5  and  JavaScript,  open  technologies  in   essence,  under  themes from  cartography  to  games.  In  this  article,  we  aim  to  categorize   and   analyze  some  of  these  experiments  on  "sound and video", more precisely those than  can  be  considered  musical  instruments.  For  that,  we   did  a  global  map  of  technologies  and  sound  generation  systems,  from  which  we   selected  nine  experiments  for  further  analysis  on  design  and  control  aspects,  sound  variation capacity and technologies involved.     Keywords​ : web, audio, interface.     

  Introdução    Desde  que  o  ​ World  Wide  Web  Consortium  (W3C)  lançou  os  primeiros  esboços  do  HTML5,  trazendo  novos  recursos  de  interatividade  como  suporte  a  áudio,  vídeo,  gráficos SVG e WebGL, as empresas fabricantes  de  navegadores  procuraram  formas  de  dar  suporte  às  suas  recomendações  e  estimular  os  designers  e  programadores  a  explorarem  essas  novas  potencialidades.   Em  2009,  a  Google, que desenvolve o navegador Chrome,  criou  o  ​ Chrome  Experiments​ ,  um  site  voltado  à  demonstração  das  potencialidades   de  uso  do HTML5, como forma de incentivar o trabalho de   designers criativos:     Em  2009,  nós  lançamos  o  ​ Chrome  Experiments  para  mostrar  o  trabalho  de  programadores  criativos  que  levaram  o  HTML5  com  JavaScript  as seus limites para construir  experiências belas e únicas.  De  início,  o  site  tinha  somente  19  experimentos,  mas  nós  esperávamos  que  eles  servissem  como  fonte  de  inspiração  para   programadores  que  fizessem  arte  com  tecnologias  abertas.  Desde  então,  nós  fomos  humilhados  pela  quantidade  e  qualidade de novas  submissões.1    A  questão  da  programação  criativa,  que  vem  sendo  tratada   por  autores  como  John  Maeda,  envolve  em   muitos  casos  formas  de  organização  interativa  de   informações,  que  como  aponta  Bonsiepe(2011),  "oferece  um  desafio  para  o  design   gráfico  tradicional".  Interação,  para  ele,  é  um "modo  de  apresentar  informação  não  linar",  "oferencendo  alternativas  para   a  navegação".  Como  ele mesmo nota, existe um amplo campo de pesquisa na  área  conhecida  como  design  da  informação,  assim  como  no  do  design  de  interfaces  e  de  interação,  disciplinas distintas mas com uma série de pontos  de contato.   1

 ​ In ​ 2009​ , we launched ​ Chrome Experiments​  to showcase the work of creative coders who  pushed HTML5 and JavaScript to the limits in order to build beautiful, unique web  experiences. At first, the site had only 19 experiments, but we hoped they would be a  source of inspiration for programmers who made art with open web technologies. Since  then, we’ve been humbled by the quantity and quality of new submissions. Today, we’ve  reached a major milestone: 1,000 experiments. 

   

  Bonsiepe  já  apontava as novas  possibilidades de atuação do designer aberta  pelo "desenvolvimento tecnológico dos meios digitais" no desenvolvimento  de  sistemas  interativos,  mas  até  então,  esses  novos  procedimentos  ainda  eram  predominantemente  baseados  em  texto.  A  programação  criativa,  que  vem  ganhando  espaço  conforme  aumenta  o  acesso  às  tecnologias  digitais,  tem  sido  precursora  no  emprego  de  meios  alternativo  de  informação  como  áudio e vídeo.     Neste  caso,  vamos  tratar  especificamente  de  algumas  ferramentas  de  organização  de  informação  acústica  de  forma  visual,  através  de  interfaces  para  web,  campo  que  vem  ganhando  espaç  o  nos  últimos  tempos,  justamente  em  função  do  desenvolvimento  dessas  novas  tecnologias.  O  interesse  de  pesquisadores  com  o  tema,  fez  o  IRCAM,  por  exemplo,  abrir  espaço neste ano para o primeiro congresso de WebAudio, o WAC 2015 :     WAC  é  a  primeira  conferência  internacional dedicada a tecnologias  e aplicativos de web audio.  A  conferência  dá  boas  vindas  a  desenvolvedores  de  pesquisa  e  invertigação  web,  cientistas  de  processamento  de  áudio,  designers  de aplicativos e pessoas envolvidas com padrões da web.2    O  congresso  trouxe  uma  série  de  palestras  demonstrando  aplicativos,  plugins,  ​ frameworks  e  questões  gerais  sobre  o  estado  do  desenvolvimento  das  tecnologias  de  audio  baseadas  na  web,  que  já  estão  em  um  estágio  considerável, como apontam Saiz, Matuszewski e Goldszmidt (2015):    De  onde estamos hoje, vários dos requisitos que  pareciam muito complexos  de  serem  atingidos  em   um  navegador  da  web  se  provaram  ser  cada  vez  mais  possíveis  graças  aos  esforços  das  empresas  de  navegadores  e  da   comunidade JavaScript. (...) 3   ​ "WAC is the first international conference dedicated to web audio technologies and  applications. (IRCAN 2015)  The conference welcomes web R&D developers, audio processing scientists, application  designers and people involved in web standards.  3  ​ From where we stand today, a lot of the requirements that  seemed rather complex to achieve in a web browser have  proven to be increasingly possible thanks to eforts of browser  vendors and the Javascript community. (...) We are in the position to state nonetheless that  the web platform today delivers a solid foundation to build complex and rich user  interfaces on top of the the W3C standards specification.   2

      Nós  podemos  dizer,  no  entanto  que  a  plataforma  web  hoje  carrega  uma  fundação  sólida  para  a  construção  de  interfaces  para  o  usuário  ricas  e  complexas sobre os padrões especificados pelo W3C.   

Metodologia    Atualmente,  a  página  conta  com  links  para  1087  experimentos4 ,  organizados  por  tecnologias   aplicadas  e  por  tema  (tabela  1).  Inicialmente,  fizemos  uma  filtragem  para  gerar  uma  tabela  quantitativa   de  temas  e  tecnologias  empregadas.  Em  seguida,  fizemos  um  cruzamento  entre  os  temas, para identificar interrelações.    Tabela 1 ­ Chrome Experiments –   Temas e tecnologias 

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 Entre os dias 1 e 9 de julho foram acrescentados nove novos links à página. Para o estudo  estamos considerando os experimentos incluídos até o dia 31 de junho de 2015. 

    Procuramos  em  seguida  fazer  um  mapeamento  dos  experimentos  categorizados  sob  o  tema  som  e  música,  e  categorizá­los  em  subtipos,  dependendo  da  finalidade  e  processos  envolvidos.  A  primeira  fase  da   análise  então,  foi  abrir todos experimentos e clássificálos segundo o tipo de  som  gerado.  Para  tanto,  utilizamos  um  computador  com  sistema  operacional  ​ Mac  OSX  10.10.2  e  um  navegador  ​ Chrome  na  versão  mais  5 atualizada . Para tanto, classificamos os experimentos de 4 formas:    ● Interfaces  musicais  –  38  experimentos: permitem ao usuário  controle  sobre  o  processo  sonoro,  São  sintetizadores,  samplers, processadores de áudio e sequenciadores;   ● Música  generativa.  –  17  experimentos:  experimentos  que  são  capazes  de  gerar  som  sem  ou  com  mínima  intervenção  do  usuário.  São  na  sua  maioria  experimentos  estéticos  ou  jogos sonoros;   5

 ​ O navegador Chrome foi atualizado no dia 15 de julho para versão ​ 44.0.2403.89 (64­bit).  





Música  pré­determinada  –  31  experimentos:  aqueles  experimentos  que  dependem  de  uma  faixa  de  música  pré­estabelecida,  como  videoclipes  interativos,  visualizadores de audio, mixers e tocadores de midi;  Sem  som  –  19  experimentos:  apesar  de  estarem  categorizados  como   "som  e  vídeo",  vários  sites  não  foram  capazes  de  gerar  som  nenhum. Alguns sites estão fora do ar,  outros  são  baseados  em  tecnologias   que  já  estão  obsoletas  no  navegador  Chrome,  outros  dependem  de  uma plataforma  específica, como celulares, por exemplo. 

  Optamos  por  investigar  um  pouco  mais  a  fundo  os  40  experimentos  classificados  como  instrumentos  musicais  e  fizemos  também  uma  tabela  cruzando  os  aplicativos  e  as  tecnologias  envolvidas,  afim  de  identificar  as  tecnologias  mais  utilizadas  e   de  selecionar  exemplos  significativos  com  cada  uma,  e  procuramos  organizá­los também segundo os tipos sistemas de  geração  sonora  possíveis  para  instrumentos  musicais  digitais  definidos  por  Iazzetta (1999):   ● por  transformação,  que partem de um som pre existente para  transformá­lo  em  outro,  com  aplficação  de  filtros  ou  processadores de efeito;  ● por síntese, que produzem o sinal sonoro artificialmente e;   ● por  amostragem  ou  sampling, que armazenam e reproduzem  amostras digitais de som.     Com  essas  primeiras  categorizações,  construímos  a  tabela  2,  que  relaciona  os  instrumentos musicais com tecnologias envolvidas e sistemas de geração  sonora.  Testamos  novamente  cada  um  deles  para  identificar  aspectos  divergentes  e  selecionamos  9  websites  para  desenvolver  uma  análise  mais  detalhada,  que  constam  na  tabela  abaixo  em  amarelo,  procurando  abarcar  todas  as  tecnologias  envolvidas  e  também  os  procedimentos  para  geração  de som:    ● 3d  Tunes,  por  ser  o  único  instrumento  musical  na  categoria  3D;  ● Hya.io,  por sua complexidade  e por permitir processamentos  sonoros;  ● Lalo.li, pelo processo de síntese de voz; 

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Multiplayer  piano,  por  ser  uma experiência multiplayer com  chat;   Patatap, uma espécie de bateria eletrônica audiovisual;  Plink,  outra  experiência  multiplayer,  mas  sem  contato  entre  usuários;  Spectogram  and  oscillator,  que  oference  uma  análise  espectrográfica do som e dá suporte para microfone;  Tonehack, pela possibilidade de variação de timbre;  Webcam  music,  por  receber  comandos  através  de  interpretação da imagem da webcam; 

                        tabela 2 – Instrumentos musicais, tecnologias e sistemas de geração de som 

 

Para  analisar  os  aplicativos  selecionados,  buscamos  avaliá­los  e  descrevê­los  sob  três  aspectos  principais:  design,  acústica  e  tecnologia.  Quanto  à  análise  do  design,  partiremos  de  duas  das  classes  de  critérios  definidos  por  Bonsiepe  no  texto  Cognição  e  Design  –  o  Papel  da  Visualização para a Socialização dos Conhecimentos:     ● Apectos  de  controle  ou  sequências  de  ações  e  modos  de  interação  do  usuário:  affordances,  feedback,  navegação,  ajuda oferecida.   ● Aspectos  de  aparência  ou  apresentação  das  sequências  de  ação,  aspectos   comunicativos  e  perceptivos:  divisão  e  organização  das  zonas  das  interfaces,  hieraquização,  tipografia,  layout,  paletas  cromáticas,  posição dos elementos,  tipos de ícones e forma geral de apresentação.    Deixaremos  de  lado  os  aspectos  que  se  referem  às  qualidades  de  agradabilidade,  por   entendermos  que  seriam  melhor  compreendidos  com  um  experimentos  que  envolvessem  grupos  de  usuários. Além disso, no que  diz  respeito  a  interfaces  consideradas  como  instrumentos  musicais,  a  usabilidade  não  é  tão  importante  quanto  a  capacidade  de  variação  e  controle dos processos de produção sonora, como aponta Iazzetta (1999):    Primeiramente,  o  instrumento  musical  não  precisa  ser  fácil  em  termos  de  utilização.  Como  diz  Tod  Machover,  compositor  e  designer  de  sistemas  musicais   interativos,  “se  o  músico  pode  aprender  um  instrumento  inteiro  em  20  minutos,  então   nós  não  produzimos  um  instrumento,  mas  um  brinquedo.  Assim,  um  instrumento  deve  ser  facilmente  compreendido  ​ conceitualmente​ ,  mas  interessante  e  compensador  para  ser  praticado  de   modo  que  o  músico  possa  se  aprimorar  com   o   passar  do  tempo”.  Um  instrumento  deve  antes   de  tudo  permitir  um  controle  significativo  dos processos de produção sonora.     Ou ainda como aponta Overholt (1999):    Designer  de  interfaces  musicais  devem  fazer  todo  esforço  para  encontrar  interfaces  e  métodos  de  geração  sonoros  que  pela  sua  natureza  tenham  tanta  riqueza  de  interação  que  o  seu  espaço  não 

possa  nunca  ser  completamente  dominado,  na  essência  levando  a  um jogo sem fim de prática musical.6    Assim,  procuraremos  levantar  quais  são  os  processos  de  geração  sonora  envolvido  e  também  qual  é o grau de controle e variação  que os aplicativos  permitem  sobre  os  elementos  básicos  do  som:  frequência,  timbre,  e  amplitude.    Por  fim,  para  reunir  subsídios  para  o  desenvolvimento  futuro  de  novos  experimentos,  procuraremos  fazer  uma  breve  análise  do  código  para  identificar  elementos  principais  da  estrutura  da  arquitetura  da  informação,  no  código  HTML  e  também   investigar  os  ​ frameworks7  utilizados  por  cada  experimento.    Análise dos Experimentos Selecionados   

3D tunes  http://playground.christianwannerstedt.com/projects/3d_tunes/ Autor:​  Christian Wannerstedt  

 

Figura1 – Interface do 3d Tunes  – Tela única (screenshot do dia  22/07/2015) 

 ​ Musical interface designers should make every effort to find interfaces and sound­  generating methods that by their nature have so much richness of interaction that the space  can never truly be fully mastered, in essence leading to a never­ending game of musical  practice. (Overholt, 1999)  7  No caso, consideramos como frameworks as bibliotecas de código externas ao projeto.   6





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    Simula  um  teclado  tradicional  de  31  teclas,  foi  selecionado  por ser o único  instrumento musical categorizado como 3D.     Aparência:  Em  primeiro  plano  existe  um  modelo  3D  de  piano, (figura 1)  sobre  um  fundo  escuro  com  ​ degradé  radial.  A  qualidade  do modelo não é  muito  realistística.  O  menu  superior  é  uma  barra  horizontal  preta  e  as   teclas são cor­de­rosa.  Modo  de  controle  da  interface:  Depois  de  esperar  a  página  carregar,  o  usuário  tem  opção  de  clicar  com  o  mouse  sobre  as  teclas  do  modelo  tridimensional.  Ao  clicar   e  arrastar,  o  piano  gira  no  plano  tridimensional.  Ao  clicar  nas  teclas,  são  disparadas  as notas correspondentes, enquanto os  botões  disparam  faixas  de  bateria  em  ​ loop​ .  É  possível  também  controlar  volume  e  posição  estéreo  (​ pan​ )  por  um  modelo  3D  de  ​ slider​ .  No  menu  superior,  existe  a  possibilidade  de  controlar  alguns  parâmetros  da  renderização  3d,  como  luz  ou  ​ wireframe​ ,  e  também  a  velocidade  das  faixas de bateria.   Sistema de geração de som:​  sampler;   Variação  de  frequência:  31  notas  controladas  por  teclado  ou  clique  do  mouse e 10 loops de bateria pré­determinados;  Variação de timbre:​  não varia   Variação  de  amplitude:  slider  vertical  que  controla  todas  as  notas  ao  mesmo tempo;  Elemento HTML principal:​  html canvas;   Frameworks utilizados:  ○ jquery.min.js  ○ jquery­1.6.4.min.js  ○ jquery­ui­1.8.16.custom.min.js   ○ webgl­utils.js   ○ three.min.js  ○ Tween.js  ○ Stats.js  ○ utils.js  ○ soundmanager2­nodebug­jsmin.js    HYA.IO   http://app.hya.io/  Autor:Hya.io  

  Figura 2 – HYA.IO, tela inicial  (screenshot do dia 22/07/2015)  Figura 3 – HYA.IO, tela com  módulos ligados. (screenshot do  dia 22/07/2015) 

           

A  mais  complexa  das  ferramentas  selecionadas,  emula  um  ambiente  de  composição  modular:  recebe  entradas  de  audio,  arquivos  ou  MIDI,  e   permite  que  sejam  aplicados  processamentos  clássicos  de  audio  lineramente antes da a saída do som.      ● Aparência:  O  site  possui  um  fundo  vermelho  que  simula  um   tecido  antigo,  (figura  2)  o menu superior é uma barra horizontal preta, bem como  o  fundo  dos  módulos  que  podem  ser  acoplados  (figura  3).  O  visual  tem 



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um  aspecto  realista,  com  imitação  de  botões  físicos,  tecladinhos  com  imitação de piano e de processos de síntese modular;   Modo  de  controle  da  interface:  Possui  um  menu  superior  com  3  submenus,  o  primeiro,  ​ Add  Plugin​ ,  fornece  as  alternativas  de  módulos  de  sintetizadores  ou  de  processamento  de  audio,  incluindo  vários  processos  clássicos  como:  filtros,  compressores,  controle  de  ganho  etc.  O  segundo  submenu  oferece  opções  de  salvar,  carregar  e  exportar  o  ​ patch  para  uso  e  desenvolvimento  posterior,  e  o  terceiro  permite  o  registro  e  ​ login​ .   é  possível  conectar  com  o  ​ Facebook​ .  O  usuário  pode  criar  caminhos  para o  som  da  entrada  até   a  saída,  unindo  os  módulos  por  linhas  flexíveis,  mas  cada  módulo  permite  somente  uma  ligação  com o próximo. Os botões dos  módulos  simulam  potenciometros  rotativos  típicos  de  interfaces  físicas de  áudio, que não são muito práticos de se controlar com o mouse;   Sistema de geração de som:​  sintese e transformação;   Variação  de  frequência:  variação  ampla  de  frequência  dos   osciladores,  controlados a partir de inputs de texto; .  Variação  de  timbre:  possibilidade  de  variação  através  da  aplicação  de  filtros e efeitos;  Variação  de  amplitude:  controle  através  de  simulação  de  potenciômetro  rotativo. Aplicável em cada fluxo de som   Elementos  HTML  principais:  tabelas  com  campos  dinâmicos  (​ angular.js​ );   Frameworks utilizados:  ○ lodash.js   ○ jquery.js   ○ WebMIDIAPI.js   ○ jquery­ui.min.js   ○ lib­typedarrays.js   ○ jquery.jsPlumb­1.3.16­all­min.js   ○ parse­1.2.16.min.js   ○ angular.min.js   ○ angular­animate.min.js   ○ bootstrap.min.js   ○ jspm.io/[email protected]   ○ offline.min.js   ○ ngProgress.js   ○ intro.min.js   ○ intro.js  ○ jQuery UI Touch Punch 

  Lalo.li    http://lalo.li/   Autor:Franz Enzenhofer    Figura 4 Interface do lalo.li, tela  única (screenshot do dia  22/07/2015) 

  Apesar  de  não   ser  propriamente musical, o Lalo.li é um aplicativo capaz  de  gerar  som  a  partir  de  uma  entrada  de  texto  dado  pelo  usuário.  Similar  aos  sintetizadores  de  voz  como  os  utilizados  pelo  google  translator,  mas  permite  o  controle  sobre  certos  parâmetros  de  audio  como  amplitude,  altura, velocidade e espaçamento entre as palavras.     ● Aparência:  O  layout  centralizado,  com  a  predominância  do  campo   de  texto  lembra  a   página  do  google.  Os  botões  de  controle  oferecem  um  feedback  colorido  dos  valores  registrados.  Abaixo,  links  para  ferramentas  de  compartilhamento   e  para  o  código­fonte  do  projeto  no  ​ github​ .  (figura  4);  ● Modo  de  controle  da  interface:  O  site  oferece  um  campo  de  texto, onde  o  usuário  pode  escrever  ou  colar um texto. Ao lado, um botão de ​ play​ , que  reproduz  o  texto  através  de  um sintetizador de voz. Embaixo do campo de  texto,  existem  controles  de   amplitude,  tom  (​ pitch​ ),  velocidade  e  espaçamento  entre  as  palavras,  or  meio  de  botões  radiais  ou  ​ inputs  de 

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número.  Além  disso  o  site oferece ferramentas para compartilhamento nas  redes sociais;    Sistema de geração de som:​  síntese;  Variação  de  frequência:  possibilidade  de  variação  de  frequencia  de  1  a  100 atráves de controle por botão giratório ou input de texto;   Variação de timbre:​  não varia ;  Variação  de  amplitude:  controle  por  simulação  de  potenciômetro  rotativo e input numérico;   Elementos HTML principais:​  ​ divs​  e ​ input​  de texto;   Framework utilizado:​  ​ jquery.min.js 

Multiplayer piano    http://www.multiplayerpiano.com/  Autor:​  Brandon Lockaby     Figura 5 Interface do  multiplayer piano, tela  principal. (screenshot do dia  22/07/2015) 

                          O  multiplayer piano é um piano ​ online coletivo,  onde se pode interagir com  outros  usuários  por  ​ chat  de  texto  ou  tocando.  Fornece suporte para entrada  midi.  Oferece  suporte  MIDI,  com  sensibilidade  de  velocidade;  Possui  11,000  compartilhamentos  no  ​ Facebook  e  é  o  único  que  carrega  anúncios   no  campo  principal.   Parece  ter  uma  comunidade  de  usuários  ativa  que  inclui pianistas virtuoses.    

● Aparência:  A  página  traz  em  primeiro  plano  um  desenho  de  teclas  de  piano.  (figura  5).  No topo, aparecem quadrados coloridos com o nome dos  usuários  online,  cada  um  com  uma  cor  diferente.  A  posição  do  mouse  de  cada  um  na  tela  aparece  acompanhada  do  nome,  e  quadrados  coloridos  com  a  cor  do  respectivo  usuário  aparecem  nas  teclas  quando  são  acionadas.  O  fundo  é  um   tom  esverdeado  bem  claro  por  onde  acontece  o  chat  o  texto  que  cada um  escreve aparece na cor pré­determinada. Quando  se  aciona  a  barra  de  ​ chat​ ,  o  piano  fica  em  segundo  plano  e  o  fundo  fica  escurecido.  A  aparência  em  geral  é de um site antigo. Um gatinho no topo  sinaliza  a  janela  de  contatos,  ​ links  e  apoio  ao  site.  Uma  barra  horizontal  inferior traz opções de sala e MIDI, assim como anúncios publicitários;   ● Modo de controle da interface: O ​ multiplayer piano é um serviço de chat  e  instrumento  musical  interativo  coletivo.  Quando  entra,  cada  usuário  online  ganha  uma  cor,  e  pode  escolher  seu  nome,  ou  permanecer  como  anônimous.  Ele  pode  tocar,  com  o  mouse,  com  o  teclado  ou  com  uma  interface  MIDI,  teclas  de  uma  simulação  de  piano,  interagir  com  os  demais usuários por chat ou simplesmente ouvir outras  pessoas tocando ou  conversando.  Existe  a  possibilidade  de  trocar  de  sala  ou  de criar a própria  sala,  que  pode  ser  compartilhada  por  link.  Clicando  sobre  o  nome  dos  usuários  é  possivel  deixá­lo  mudo  no  chat  ou  no  piano.  Também  é  possivel  curtir  a  página  do  aplicativo  e  entrar  em  contato  com  o  desenvolvedor, doar dinheiro e acessar fóruns de discussão.     ● Sistema de geração de som:​  síntese;  ● Variação  de  frequência:  88  notas  controladas  pelo  teclado,  pelo  clique  do mouse ou por controlador midi externo;   ● Variação de timbre:​  não varia;   ● Variação de amplitude:​  varia por MIDI e por controle tipo ​ slider​ ;  ● Elementos HTML principais:​  divs e canvas;   ● Frameworks​  utilizados:  ○ jquery.min.js  ○ midibridge­0.5.3.min.js   

Patatap

 

http://www.patatap.com/  Autor:​  Jono Brandel   

Figura  6  Interface  do  patatap,  tela  inicial.  (screenshot   do  dia  22/07/2015) 

 

     O  site  funciona  como  uma  espécie  de  bateria  eletrônica,  acionado  pelo  teclado.  Cada  tecla  dispara  um  sample  diferente,  e  a  barra  de espaço muda  o conjunto de samples. Conforme  as  teclas  são  acionadas,  um  filme  é  composto na tela.     ● Aparência:  minimalista;  o  menu  horizontal  inferior  só  aparece  com  o  movimento  do  mouse  para  baixo.  A  base  é  uma  tela  monocromática,  que  serve  de  fundo  para  animações  abstratas  com  formas  geométricas  sincronizadas  com  sons.  A  tela  inicial  é  cinza,  mas  a  barra  de  espaço  alterna entre diferentes esquemas cromáticos;    ● Modo  de  controle  da  interface:  Após um tempo de espera, uma uma tela  cinza  inicial  instrui  o  usuário  a  acionar  as  teclas  de  "A  a  Z"  e  também  oferece  links  para  o  usuário  baixar  versões  em  aplicativo  para  IOS  ou  Android.  Cada  tecla  aciona  uma  animação  vetorial  diferente,  cada  uma  com  seu  som  próprio,  e  a  tecla  de  espaço  alterna  entre  kits  de  ​ samples  audiovisuais.  Sempre  que  o  mouse  é  acionado  para baixo, surge um menu  horizontal na parte inferior, com link para contato por ​ e­mail​ , produtos dos  autores  à  venda,   link  para embeber o aplicativo e página com exemplos de  músicas feitas por terceiros; 

● Sistema de geração de som:​  sampler;   ● Variação  de  frequência:  156  (26x6)  possibilidades  diferentes  pré­determinadas,  a  maioria  de  sons  percussivos.  As  teclas  de  A­Z  acionam  samples  e  a  barra  de  espaço  alterna  entre  seis  conjuntos  de  samples;   ● Variação de timbre:​  não varia;   ● Variação de amplitude:​  não varia;   ● Elemento HTML principal:​  svg;   ● Frameworks​  utilizados:  ○ url.js  ○ jquery.js  ○ tween.js  ○ two.js   

Plink   http://dinahmoelabs.com/plink   Autor:​  DinahMoe (empresa)  Figura 8 – Plink, tela principal.  (screenshot do dia 22/07/2015) 

     

É  uma  plataforma  musical  multiusuário. Ao entrar, o usuário pode escolher  entre  uma  gama  de  instrumentos  e  pode  clicar  para  soltar  samples.  Os  demais usuários online aparecem como círculos coloridos na tela. (figura 7)    ● Aparência:  a  tela  inicial  é  uma  galáxica  com  o  logo  da  empresa,  que  desenvolveu  o  site,  em  seguida  aparece  uma  tela  com  o  nome  do 

aplicativo  e  pequenos  foguetes  coloridos,  com  um  botão  ​ Start​ ,  como  um  jogo.  Os  menus  são  cinza  e  o  fundo   é escuro. As cores utilizadas por cada  usuário  variam  de  acordo  com  os  jogos  de  timbre,  mas  são  na  maioria  cores  saturadas  (menu  à  direita).  A  posição  de  cada  usuário  vai  deixando  faixas na tela conforme o tempo passa;     ● Modo  de  controle  da  interface:  a  tela  principal  é  formada  por  linhas  paralelas  horizontais  em  um  fundo  escuro,  que  é  a  área  tocável  do  instrumento.  Cada  linha corresponde  a uma nota, sendo que as frequências  mais  graves  são  as  de  baixo  e  as  mais  agudas  as  de  cima,  conforme  a  conveção  musical  estabelecida,  não  existe  indicação  de  qual  nota  corresponde  à  cada  linha.  O  ambiente  é  ​ multiplayer​ ,  então  aparecem  outros  usuáros tocando simultaneamente. Um som pulsante de fundo serve  de  guia  para  o  ritmo,  e  todos  os  sons  disparados  se  encaixam  em  um grid  temporal  modular.  É  possivel  interagir  com  o  outro  usuário  somente  tocando.  Embaixo  tem  uma  barra  com  instruções  e  com links para outros  trabalhos  da  empresa,  e  em  cima  o  título  e  botões  para  compartilhamento  no  twitter,  facebook  e   Google+.  A  posição  do  mouse  de  cada  usuário  aparece  como  uma  bolinha,  que  vai  deixando  um  rastro.  Com  o  clique  o  círculo  fica  preenchido,  e  um  sample  é  disparado.  Na  lateral  direita,  o  usuário pode escolher seu timbre a partir de uma cartela de cores;     ● Sistema de geração de som:​  sampler;   ● Variação  de  frequência:  16  faixas  pré­estabelecidas  controle  a  partir  da  posição vertical do mouse sobre a área de ação;  ● Variação  de  timbre:  8  variações  pré  determinadas,  selecionáveis  a  partir  de um menu de cores;   ● Variação de amplitude:​  não varia;   ● Elemento HTML principal:​  hml canvas;   ● Framework​  utilizado: ​ platform.js.    Spectogram and oscillator   http://borismus.github.io/spectrogram/  Autor:​  Boris Smus  Figura 9 Interface do  Spectogram and oscillator.  (screenshot do dia 22/07/2015) 

 

 

      O  aplicativo  cria  um  spectrograma  –  gráfico  de  frequência  por  tempo  –  a  partir  do  ​ input  do  microfone  ou  do  clique  do  mouse,  que  também  aciona  um  oscilador,  com  frequência  variável  em  função  da  posição  do  mouse   na  tela.  É  interessante  por  utilizar  uma  implementação  de  processo  de   transformada de Fourrier em ​ web audio​ .    ● Aparência:  e  aparência  é  bastante  minimalista,  são  poucos  os  controles e   a  tela  é  tomada  pelo  espectrográfico  que  se  forma ao fundo. Existem duas  opções  de  visualização,  com  as  frequências  em  tons  de  cinza  sobre  fundo  branco  ou  em  vermelho   sobre  fundo  amarelo.  O  menu  possui  alguns  checkboxes,  radio   buttons  e  um  slider,  com  cantos  agudos,  fundo  translúcido e fonte monoespaçada.    ● Controle:  quando  o  usuário  entra  na  página,  o  site  requisita  permissão  para usar o microfone embutido. Se não houver microfone é possível ainda  utilizar  o  oscilador.  Existe  um  pequeno  menu  com  opções  de  controle  do  gráfico  como  tipo  de  escala  (logarítimica  ou  linear),  cor,  velocidade  e  a  opção  de  ligar  e  desligar a régua lateral. Conforme o tempo passa,  o  fundo  vai  se  movimentando  e  vão  se  formando  os  gráficos  de  espectro  de  frequência.   O  oscilador,  cuja  frequência  aparece  em  vermelho,  deixa  uma  faixa vermelha enquanto está ligado;  

● Sistema de geração de som:​  síntese;  ● Variação  de  frequência:  variação  ampla  de  frequência  do  oscilador,  controlados a partir da posição vertical do mouse na tela;    ● Variação de timbre:​  não varia;   ● Variação de amplitude:​  não varia;   ● Elemento HTML principal:​  ​ html canvas​ ;   ● Framework​  utilizado: ​ polymer.js.   

Webcam music

 

http://www.karenlabs.com/music/  Autora:​  Karen Peng  Figura 10 – Interface do  webcam music, tela única.  (screenshot do dia 22/07/2015) 

   

O  site  utiliza  a  ​ webcam  do  usuário  como  forma  de  input,  quatro  loops  de  audio  são  ligados  e  desligados  de  acordo  com  o  movimento  da  imagem da  câmera.     ● Aparência:  são  poucos  os  elementos  da  interface:  4  círculos  coloridos,  com  cores  alegres,  que  mudam  de  tamanho  e  pulsam  conforme  são  "acionados".  O  pequeno  menu  com  ferramentas  de   compartilhamento tem  bordas  arredondadas  e  fica  escondido,  e  só  aparece  quando  se  passa  o  mouse por cima.     ● Modo de controle da interface: quando se entra no endereço, o aplicativo  solicita  acesso  à  webcam  do  usuário.  O  site  reconhece  quando  acontece 

algum  tipo  de  movimento  em  quatro  áreas  determinadas  da  tela,  que  disparam  loops  diferentes  que   podem  se  sobrepor.  Além  dos  quatro  círculos  que  circundam  a  imagem  recebida  pela  câmera,  existe  somente  um pequeno menu com ferramentas para divulgação nas redes sociais;   Sistema de geração de som: ​ sampler​ ;  Variação de frequência:​  4 conjuntos diferentes de ​ loop​ ;   Variação de timbre:​  não varia;   Variação de amplitude:​  não varia;   Elemento HTML principal:​  html ​ canvas​ ;   Frameworks utilizados:  ○ jQuery­v1.8.3.min.js   ○ processing­1.4.1.min.js  

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Tonehack

 

http://tonehack.com/ Autor:​  Murat Ayfer

     

figura 11 – Tonehack, tela  principal. 

                        Outra  simulação  de  piano,  mas  baseado  em  por  síntese  a  partir do desenho  da  onda  (​ waveshaping​ ).  Permite  a  inclusão  de  harmônicos  e  o  desenho  do  envelope de amplitude e frequência dos mesmos.   ● Aparência:  O  fundo  é  escuro,  no  cabeçalho,  tem  um  menu  de  abas,  com  fonte  ​ courrier​ .  Abaixo,  um  desenho  de  teclas  de  piano,  com  as  letras  do  teclado  correspondentes.  Mais  abaixo,  pistas  com  desenhos  de  envelopes  de  onda  sobre  fundo  quadriculado.  O  site  é  em  geral  escuro,  com  poucos 

elementos  coloridos,  em  laranja  e  alguns  em  verde.  quando  as  teclas  são  acionadas,  elas  ficam  cor  de  laranja.  Abaixo  dos  campos  para  desenho do  timbre,  pequenas  linhas   com  instruções  e  no  rodapé,  informações  e  contato. Visual meio escuro, em geral.   ● Controle:  O  usuário  pode   navegar  entre  páginas  com  informações,  timpres  pré­gravados   e  informações  sobre  o  projeto.  Clicar  nas  teclas   de  piano,  dispara  a  nota  correspondente.  um  segundo  clique  desliga  a  nota.  Também  é  possível  tocar  com  o  teclado,  e  as  teclas  correspondentes  às  notas  estão  sinalizadas.  Os  campos   de  desenho  de  timbre  permitem  um  desenho  de  envelope  de volume e de ​ pitch ao longo do tempo, e é possível  desenhar  com  o  clicar  do  mouse.  A  página  também  permite  que  se  incluam  novos  harmônicos  à   frequência  de  base,  que  também  podem  ter  seus  próprios  envelopes  desenhados.  Também  é  possível  savar  os  resultados alcançados e utilizar timbres construídos por outros usuários;     ● Sistema de geração de som:​  síntese;  ● Variação  de  frequência:  60  notas,  acionado  por  clique  ou  por  teclas  do  teclado;  ● Variação  de  timbre:  possibilidade  de  desenho  de  timbre  e  inclusão  de  harmônicos. Possui uma grande variação de timbres pré­determinados;   ● Variação  de  amplitude:  permite  variar  o  valor  da  amplitude  cada  harmônico, mas não das notas individualmente;   ● Elementos HTML principais:​  ​ divs​  e ​ canvas​ ;   ● Framework utilizado:​  ​ jquery.min.js.       

Conclusões    A  partir  da  quantificação  inicial,  em  que  cruzamos  os  temas  e  tecnologias  dos  experimentos,  podemos  considerar  que  a  área  de  som  e  vídeo  para  a  web  é  de  bastante  interesse  dos  programadores  criativos  selecionados  pela  equipe  de  curadoria  do  CE.  A  área  está  em  4  lugar  em  número   de  colaborações,   com  108  experimentos,  atrás  somente  de  exemplos  3d  (324  experimentos), jogos (218) e mobile (154).    Quando  passamos  à  análise   dos  experimentos  na  área  reunidos  no  site,  pudemos  notar  que  a  maioria  pode  ser  considerada  instrumento  musical  (39),  mas  que  existe  também  bastante  interesse  na  construção  de 

visualizadores  para  sons   pré­determinados  e  experiências  com formas  mais  interativas  de  videoclipe  e  música,  partido  de  sons  pré­gravados  (30).  Notamos  também  uma  quantidade  significativa  de  sites  obsoletos,  quebrados  e  não  compatíveis  com  o  equipamento  e  sistema  utilizado  na  pesquisa,  o  que  pode  significar  tanto  a  fragilidade  da  compatibilidade  de  alguns  processos  utilizados,  quanto  para  a  possível inviabilidade comercial  de outros aplicativos.    Apesar  de  haver  uma  produção  extensa  de  sites  e  aplicativos com  temática  3D,  embasados  principalmente  nos  padrões  ​ WebGl​ ,  essa  tendência  ainda  não  está  sendo  aplicada  na  construção  de  instrumentos  musicais.  Dentro  dos  sites  categorizados  como  "som  e  vídeo",  a  maioria  dos  que  aplicam  as  tecnologias  3d  são  visualizadores  de  músicas,  que  criam  efeitos  especiais  visuais  para  músicas  pré­determinadas,  e  o  único  instrumento  a  utilizar  interface  3d,  faz  um  uso  somente  secundário,  onde  o  controle  do  espaço  não gera nenhum tipo de interação sonora.     Dentre  os  experimentos  classificados  como  instrumentos  musicais,  existe  um  equilíbribrio  entre  a  quantidade dos que usam síntese como processo de  geração  de  som   (18)  e  os  que funcionam a base de ​ samples (16). Ainda são  poucos  (4),  no  entanto,  os  que  trabalham  com  processos  de  transformação  de audio.    Quanto  aos  aplicativos  selecionados,  a  análise  da  aparência  mostrou  que  ainda  existe  uma   grande  tendência  ao  uso  da  metáfora  dos  instrumentos   tradicionais,  pelo  menos  quatro  deles  (3d  tunes,  multiplayer  piano,  tonehack  e  HYA.IO)  cuja  interface  simulam  pianos.  Os  ​ layouts da maioria  dos  aplicativos  selecionados  tem  os   elementos  principais  de  controle  sonoro  no  centro  da  página,  com  excessão  do  webcam  music,  cujos  acionadores  se  encontram  nos  cantos  e  do  patatap,  cuja  interação  acontece  somente pelo teclado.     A  forma  de  controle  predominate  é  pelo  do  clique  do  mouse,  e  muitos  (6)  oferecem  também a possibilidade de acionamento do som atráves das teclas  do  teclado,  que  são  os  inputs  presentes   na  maioria  dos  computadores  pessoais.  A  maior  parte  dos  aplicativos  funciona  com  o  disparamento  de  um  som  de  acordo  com  um  determinado  clique,  num  sistema  de  mapeamento  um­para­um.  Apenas  o  HYA.IO  e  o  ​ multiplayer  ​ piano  oferecem suporte para o acoplamento de interfaces MIDI.  

  Quanto  aos  aspectos  sonoros,  pudemos  notar  que  todos  oferem  algum  tipo  de  variação  de  frequência,  sendo  que  4  deles  se  amparam  no  sistema  tradicional  de   nota  (3D  ​ tunes​ ,  HYA.IO,  ​ multiplayer  piano​ ,  ​ tonehack​ ),  o  Lalo.li  e  o  ​ Spectrogram  and  Oscilator  oferem  possibilidade de variação de  frequência   fora  da  escala  musical  tradicional.  No  ​ plink​ ,  cada  posição  do  mouse  gera  uma  nota,  mas  as   notas  não  estão  especificadas  e  os  acordes  são  pré­determinados  e  no  ​ webcam  ​ music​ ,  o  controle  é  somente  desligar  e  ligar 4 ​ loops​  pré­determinados.     Os  timbres,  em  geral  são  pré­determinados,  somente  o  ​ Tonehack  que  possibilita  uma  variação   complexa  de  timbres,  através  do  desenho  do  envelope  das  ondas  enquanto  o  HYA.IO  permite  a  alteração  do  timbre  atráves  da  aplicação  de  efeitos  e  os  demais  funcionam  com  timbres  pré­determinados.  A   variação  de  amplitude,  certamente  um  importante  requisito  para  a geração de sons mais ricos, é alcaçada de  forma restrita nos  aplicativos.  Apenas  o  multiplayer  piano​ ,   possui  mecanismo  para  reconhecimento  de  variação  de  intensidade  de  acordo  com  a  repetição  de  uma  mesma  tecla,  ou  via  interface MIDI. Nos demais, só é possível alterar,  quando  muito  o  volume  geral  das  notas,   dificultando  a  geração  de  trilhas  com variações de volume.     Quanto  à  análise  da  estrutura  HTML  percebemos  que  a  maioria   dos  sites  emprega  o  elemento  ​ canvas​ ,  que  permite  a  renderização  de  código  JavaScript  direto  na  tela,  mas  também  houve  a  presença  de   animações  interativas  por  SVG  (Patatap)  e  a  utilização  de  sistemas  de  templates  dinâmicos (HYA.IO).     A  análise  dos  ​ frameworks  revelou  que  enquanto  programas  mais  complexos,  como  HYA.IO,  são  amplamente  amparados  por  uma  série  de  programas  e  aplicativos  open­source  desenvolvidos  por  terceiros,  alguns  são  criações  mais  autorais  e  estão  baseadas  em  códigos  específicos.  Em  geral  há  um  predomínio  do  emprego  do  ​ jQuery​ ,  que  simplifica  o  uso  de  alguns  processos  comuns  de  ​ JavaScript e é  empregado em oito dos sites. A  análise  também  revelou ferramentas interessantes em software livre, muitas  das  quais  hospedadas  no  github  que  podem  ser  aplicadas  em  futuros  aplicativos.    

O  HYA.IO,  por  exemplo  que  é  o  mais  complexo  dos  sites,  faz  uso  de  17  bilbiotecas  diferentes,  para  funções  desde  compatibilidade  MIDI,  através  do  ​ WebMIDIAPI​ ,  compatibilidade  e  processamento  de  audio  multi­plataforma  com  ​ SoundManager2​ ,  e  é  construído  baseado  em  templates  baseados  em  ​ Angular​ ,  uma  tecnologia  desenvolvida pela ​ Google  em  ​ JavaScript  que  permite a fácil integração com sistemas dinâmicos. Para  tratar  do  processamento  gráfico,  encontramos  também  uma  série  de  frameworks interessantes como:   ● Processing.js  (​ Webcam  ​ music​ ),  que  emula  aplicativos  desenvolvidos  em  ​ Processing  em  linguagem  ​ JavaScript​ ,  para  que sejam interpretados diretamente pelo ​ browser​ ;  ● Tween.js,  especialmente  desenvolvido  para  animações  de  transição de movimento;   ● Two.js, ferramenta para desenho bi­dimensional em HTML;  ● Three.js​ , biblioteca para desenhos 3D de baixa complexidade.     No  geral,  notamos  que  existe  uma  grande  potencialidade  de  utilização  das  tecnologias  para  geração  de  audio,  que  já  permite  um  grau  bastante  significativo  de  variação  e  procedimentos  clássicos  de  geração  de  áudio.  Várias  das  tecnologias  envolvidas  são  open­source,  o  que  possibilita  que  sejam  recombinadas  e  empregadas  em  novas  experiências.   Existe   bastante  espaço  para  o  desenvolvimento  de  instrumentos  com  maior  possibilidade  de controle e variação dos processos de produçao sonora.     Apesar  de  haver  uma  forte  mediação  com  sistemas  tradicionais  de   produção  musical,  no  emprego  de  interfaces  que  simulam  instrumentos  tradicionais,  alguns  experimentos  tem  um  grau  mais  avançado  de  desenvolvimento  criativo,  segundo   o   conceito  de  Guilford  (Alencar),  que  considera  "que  o  grau  de  criatividade  seria  diretamente  proporcional  ao  grau  de  originalidade",  e  ainda  existe  um  grande  potencial  de  desenvolvimento nesse sentido.     

Referências    AYFER, M. ​ Tonehack​ . Disponível em: http://tonehack.com/. Acesso dia  25 de julho de 2015.   BRANDEL,  Jono.  ​ Patatap​ .  Disponível  em:  http://www.patatap.com/.  Acesso dia 25 de julho de 2015. 

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