EXPRESSÕES NA ARTE SACRA - O MENINO DEUS

July 13, 2017 | Autor: S Borges | Categoria: Iconografia, Conservation and Restoration, Arte sacra, Menino Deus, Tempera Cola
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Conteúdo da aula:

A representação do Menino Deus. A natividade. O presépio. Menino Jesus de Praga. A iconografia do Menino Jesus do Monte do Recolhimento dos Humildes na Bahia e seu simbolismo. Atividade plástica: Pintura em tempera-cola com pigmentos sobre imagem de gesso do Menino Jesus já preparada com douração.

Oficina: Expressões na Arte Sacra

O Menino dos Meninos: a iconografia do Menino Deus

O Menino Deus 



A designação MENINO JESUS remete para a imagem de Cristo na sua infância, aos seus doze primeiros anos de vida, sobre os quais pouco se sabe. Esse ciclo que tem início no Natal e encerra com o episódio do Menino Jesus entre os Doutores é uma forma de transição para a sua “vida pública”, que se inicia apenas aos 30 anos, com o Batismo. No Novo Testamento, dos quatro evangelistas, apenas Lucas e Mateus incluem nos seus relatos passagens relativas à infância divina, numa perspectiva mais simbólica que histórica.(Alcoforado, 2007)

Natividade 



A infância de Jesus corresponde ao ciclo litúrgico do Natal. Os temas deste ciclo podem dividir-se nos quatro episódios narrados em passagens dos evangelhos: a Natividade, a Fuga para o Egito, a Apresentação do Menino no Templo, e o Menino Jesus entre os Doutores. O dia 25 de Dezembro não corresponde a qualquer informação histórica, tendo sido adotado em meados do séc. IV, coincidindo com a celebração do solstício de Inverno — Dies natalis solis invicti — e as festividades do Sol Invictus cuja última referência data de 387 d.C. A festividade do Natal não é apenas uma solenidade litúrgica, mas essencialmente uma festa popular e universal.

NATIVIDADE - SÉCULO IV As representações iconográficas de Jesus ainda criança surgem a partir das primeiras cenas da Natividade em relevos e pinturas murais destinados exclusivamente a espaços religiosos, sendo do século IV (325 d.C.) a mais antiga e conservada representação do nascimento do Senhor, localizada em um sarcófago na Basílica de Sant'Ambrogio em Milão (em detalhe na foto). É nesse período que a solenidade do Natal começa a ser celebrada na data da festa romana do deus-sol.

O PRESÉPIO

Presépio de cerca de 500 peças feitas no século XVIII, Quito - Equador

Em 1223, São Francisco de Assis protagoniza um importante acontecimento, que assinala uma grande mudança no conceito associado à representação da natividade. Os festejos da noite do nascimento do Menino Jesus devem-se a São Francisco que com o objetivo de tornar a liturgia do Natal mais acessível e portanto mais próxima dos fiéis, criou a encenação do presépio, transpondo a representação do espaço religioso para a natureza nos bosques montanhosos de Greccio; o costume espalhou-se por entre as principais Catedrais, Igrejas e Mosteiros da Europa durante a Idade Média, começando a ser montado também nas casas de Reis e Nobres já durante o Renascimento.

O PRESÉPIO

Considerado um dos maiores do mundo, o presépio napolitano, do Museu de Arte Sacra de São Paulo reúne 1.600 peças.

A verdadeira história do Presépio inicia-se, contudo, no séc. XVI, quando as figuras da Noite Santa ganham autonomia, libertandose gradualmente das paredes dos altares e retábulos. Em 1567, a Duquesa de Amalfi (Itália) mandou montar um presépio que tinha 116 figuras para representar o nascimento de Jesus. Foi já no Século XVIII que o costume de montar o presépio nas casas comuns se disseminou pela Europa e depois pelo mundo. Gradualmente evoluem para a forma que hoje reconhecemos como a principal característica dos presépios, e que os distingue de outras formas de representação do tema: o fato de ser modificável. A palavra presépio deriva do latim — proesepium, estábulo ou proesoepe, manjedoura; designando o local onde se recolhe o gado ou animais.

Jesus recém - nascido O elemento central do presépio é o Menino-infante que, por influência franciscana, é quase sempre representado como recémnascido, nú, irradiando luz, sobre palhas ou em cima do véu ou manto de Nossa Senhora. “A mais bela das crianças dos homens” (Salmo 45,3).

Menino Jesus / Presépio Terracota Séc. XVIII Museu Nacional de Machado de Castro. Coimbra, Portugal.

Jesus Menino

VEIGA VALLE. “Menino Deus” Madeira policromada. Dimensão: 33x13x13cm. Doado ao Museu de Arte Sacra da Igreja da Boa Morte

Na arte ocidental, as primeiras imagens isoladas do Menino Jesus surgem nos conventos femininos, durante o séc. XIV. A partir do séc. XV-XVI, destacam-se as figuras do Menino com cerca de 4 ou 5 anos, despido. A nudez de Jesus surge como marca da sua humanidade, assemelhando-o aos filhos dos homens, e assumindo a sua dupla natureza, ao mesmo tempo divina e humana, principal dogma da religião cristã. Na arte ocidental, Dorothy Shorr, identifica 35 tipologias do Menino Jesus, sendo sobretudo frequente a sua representação simbólica, abençoando.

Menino Jesus da Paixão

Menino Jesus da Paixão Portugal, século XVIII Madeira encarnada e policromada Museu de Arte Sacra e Etnologia - Fátima (Missionários da Consolata)

Na simbologia da infância de Jesus está presente nos dois tipos de representação: Menino BomPastor ou Salvador do Mundo, entre outros relativos ao início da vida, e com os instrumentos da paixão, relativos à premonição do seu sacrifício. O Menino, apresentando a Sua mão direita levantada, em gesto de pregar, comumente entendido como a abençoar, com o dedo médio e o indicador juntos, segura na esquerda ora os Evangelhos, ora uma ave ou pomba, ora ainda um cacho de uvas, ou, mais frequentemente, um globo ou esfera do mundo, símbolo da sua soberania no Universo. Esta última representação tornou-se muito popular no séc. XVII, por influência das irmãs carmelitas, que criaram a “Associação do Menino Jesus”.

VESTES PRECIOSAS

A estátua em cêra (trabalho espanhol do séc. XVI) do Menino Jesus de Praga, na igreja de Nossa Senhora da Vitória, Bairro de Lesser da Cidade de Praga – República Tcheca.

Característico é igualmente o hábito, que se difundiu a partir dos conventos de freiras, de costurar vestes preciosas e fazer jóias e objetos de mobiliário para as figuras do Menino Jesus. Esta tradição, que surge no final do séc. XIX e se prolonga pelo séc. XX, testemunha o desejo de manter uma relação de intimidade com o Salvador. Nenhuma mensagem se mantém hoje tão universalmente presente, para crentes e não crentes, como a imagem simples de um Deus feito criança, símbolo da infância dos homens e sinônimo de fé no futuro da humanidade. Um Menino que é, na força do pensamento de Marguerite Yourcenar, “como todos deveriam ser… uma criança esperada com amor e respeito, trazendo em si a esperança do mundo”. (Alcoforado,2007)

Menino Jesus de Praga A origem do Menino Jesus de Praga ainda é indeterminada, sabe-se que tem sua origem na Espanha no séc. XVI. Acima a estátua de cera, e ao lado direito com túnica branca. Abaixo o Menino vestido em violeta escuro com espigas – símbolo da Eucaristia. A cor violeta é usada pelo Menino Jesus durante o Advento da Quaresma. O tecido provém do Brasil, e o vestido foi feito em Praga na segunda metade do século XX. A estatueta sempre foi provida de roupa, resultando um conjunto de riquíssimas vestimentas com mais de 60 trajes.

Culto ao Menino-Deus

“Menino-Deus" - madeira entalhada dourada e policromada - séc XVIII/XIX origem desconhecida - 34 cm - Acervo Museu Mineiro/SUM

No século XVI a devoção ao Menino Jesus se desenvolve com maior força no interior das Ordens Religiosas, sobretudo nos conventos femininos. Os espanhóis Santa Teresa D’Ávila e São João da Cruz, da Ordem dos Carmelitas Descalços, tinham profunda afeição ao Jesus Infante e colaboraram em expandir a devoção por toda a Europa. Sabe-se que neste mesmo século, em Portugal, já havia imagens do Menino Jesus destinadas ao culto e que posteriormente a devoção foi estendida às suas colônias. (TÀVORA apud Edjane, Revista Ohun, ano3, n.3, p163, 2007).

Frei Agostinho da Piedade

Menino Jesus de Olinda. Frei Agostinho da Piedade. 40cm, sec.XVII (cerca de 1640), a mais antiga iconografia do Sagrado Coração na América Latina.

A larga produção indoportuguesa de Meninos Jesus em marfim, dos séculos XVII e XVIII, demonstram a expansão do catolicismo português. Aparecem geralmente como o Bom Pastor, com poucas variações. O menino apresenta-se semi-adormecido, com uma ovelha ao colo, vestido com um pelego, de pernas cruzadas no alto de uma peanha. Sua difusão no Brasil foi ampla a partir do século XVII até o XIX. Na Bahia, o ceramista português Frei Agostinho da Piedade, produziu belíssimos exemplares dessa representação em barro cozido. Alguns autores apontam a semelhança entre a figura do Menino e do Buda, marcando assim a adaptação desse tipo iconográfico à cultura oriental.

Há um menino... Na iconografia dos santos há a representação de uma criança em que claramente se trata do menino Jesus quando: - está nos braços de Santa Maria e de, - São José, e de - Santo Antônio de Pádua, - ajuda a São José em seu trabalho, - brinca com São João Batista, - atravessa um rio nos ombros de São Cristóvão, e - aparece na representação da Sagrada Família além do Presépio.

Santa Maria Nossa Senhora dos Remédios, imagem do Santuário localizado em Lamego, Portugal. A devoção popular no local remonta a uma capela, sob a invocação de Santo Estevão, erguida em 1361. No século XVI, ameaçando ruína, ela foi demolida (1568), iniciando-se a construção de um novo templo, por iniciativa do bispo de Lamego, onde foi depositada uma imagem da Virgem com o Menino. Com o passar do tempo, a devoção a Santo Estevão diminuiu, substituída pela devoção à Virgem por aqueles que a Ela recorriam em busca de alívio para as doenças, o que deu origem à devoção a Nossa Senhora dos Remédios. O atual santuário foi iniciado em 1750, e concluído apenas em 1905.

São José A figura de São José sempre esteve associada a imagem de um ancião, a partir do séc. XVII com a valorização do tema da Sagrada Família, começa a aparecer individualmente, é considerado modelo de castidade. O menino Jesus aparece como seu atributo, no seu colo ou segurando a sua mão. (SILVA, 2007.)

Imagem de São José no altar da Igreja de São José no Centro da Cidade do Rio de Janeiro.

Santo Antônio As imagens mais antigas representam-no como o Livro, símbolo do Saber, do conhecimento das Escrituras e da observância da Regra. No séc. XVI, aparece-nos com o Menino Jesus imagem retirada da lenda da aparição do Menino a Santo Antônio. É esta a figuração mais conhecida no mundo no tocante à figura escultórica, enquanto na pintura esta cena é acrescentada com a presença da Virgem Maria. A clássica representação iconográfica é a do Santo franciscano com o Livro no braço esquerdo e sobre este o Menino Jesus.

Santo Antônio, Menino do Coro, Sé de Lisboa.

São José Operário Os evangelhos reivindicam que Jesus, antes de iniciar sua vida pública, desempenhou a profissão do pai. O primeiro evangelista que atribui-lhe o título é São Marcos, que referese a Jesus como "o Carpinteiro", no capítulo VI, versículo 3 da sua narrativa sinótica que relata uma sua visita a Nazaré na qual seus compatriotas chamavam-no ironicamente pela profissão para desqualificá-lo como pregador. A Igreja de São José Operário, construída em 1998, localiza-se na Freguesia de Nossa Senhora de Fátima, no Bairro de Iao Hon, no norte da Península de Macau. São José, o Carpinteiro, pintura de Georges de La Tour, 1640.

São João Batista

Menino Jesus brincando de saltar sobre o menino São João Batista - imagem que ornamenta uma livraria em Sevilha – Espanha.

João Batista (Judeia, 2 a.C. — 27 d.C.) foi um pregador judeu do início do século I, citado pelo historiador Flávio Josefo e os autores dos quatro Evangelhos da Bíblia. Segundo a narração do Evangelho de São Lucas, João Batista era filho do sacerdote Zacarias e Isabel, prima de Maria, mãe de Jesus. Foi profeta e é considerado, principalmente pelos cristãos ortodoxos, como o "precursor“ do prometido Messias, Jesus Cristo. A importância do seu nome João advém do seu significado que é "Deus é propício" e apelidaram-no "Batista" pelo facto de pregar um batismo de penitência (Lucas 3,3)2 . Batizou muitos judeus, incluindo Jesus, no rio Jordão.

São Cristovão

Painel de Azulejo na Igreja de Rio Tinto - Gondomar - Portugal

A lenda de São Cristóvão, de origem grega, provavelmente teve início no século VI. A idéia vinculada a seu nome, "aquele que carrega Cristo no coração", foi tomando um sentido mais literal por volta dos séculos XII e XIII. Na lenda diz que seu nome era Reprobus, um homem forte e de grande estatura que após servir um rei cruel, encontra um eremita que lhe educou na fé cristã, batizando-o. Reprobus se recusou a jejuar e a rezar para Cristo , mas aceitou a tarefa de ajudar as pessoas a atravessar um rio perigoso, no qual muitos haviam morrido ao tentar fazer a travessia, foi quando apareceu uma criança que na travessia ficava cada vez mais pesada, de tal maneira que ele sentia como se o mundo inteiro estivesse sobre os seus ombros. Após a travessia, a criança revelou ser o Criador e o Redentor do mundo. Em seguida, a criança ordenou a Reprobus que fixasse seu bastão na terra. Na manhã seguinte, apareceu no mesmo local uma exuberante palmeira.

Sagrada Família

Escultura da Sagrada Familia incrustada na Fachada do Nascimento na Igreja da Sagrada Família, projetada pelo arquiteto Antonio Gaudi. Barcelona/Espanha.

A Sagrada Família passou a ser cultuada a partir do séc. XVII na Europa, em algumas composições os personagens caminham juntos de mãos dadas ao Menino Jesus. Em outra representação pouco comum aparecem Santa Ana e São Joaquim, formando a “Santa Parentela”, com a representação ainda de Deus Pai acima do conjunto. Outro modelo iconográfico é o das “Santas Mães” com a representação do Menino Jesus entre Santa Maria e Santa Ana. (SILVA, 2007)

Santas Mães Época: Século XVIII Origem: Pernambuco Autoria: Ignorada Dimensões (cm): 25,0 x 18,0 x 8,0 Peso: 650 g Material/Técnica: Madeira esculpida, policromia e douramento. Presença de olhos de vidro Análise Estilística: Obra com características do período barroco, configuradas na composição bojuda, na intensa movimentação das roupagens e no cuidadoso tratamento imprimido à policromia, em que se destacam os esgrafiados. Também a resolução da cabeleira de Nossa Senhora, em delicadas mechas, encaixa-se dentro dos padrões estilísticos do século XVIII. Fonte: MUSEU DE SANT’ANA Tirandentes – Minas Gerais

SANTA PARENTELA

SANTA PARENTELA

Esculturas indo-portuguesas. Séculos XVII a XVIII. Altura: 169 a 255mm Conjunto representando a família de Jesus. À direita, São Joaquim e Santa Ana; à esquerda, São José e Nossa Senhora. Encimando a árvore ao centro, um anjo sublinha o mistério da filiação divina do Salvador. Observando-se as mãos pendentes de Maria e de José, com as palmas voltadas para a frente. Pode tratar-se de limitações do fazer artístico ou de registro do gesto búdico relativo à caridade. (Texto: Lucila Morais Santos. Foto: Paulo Scheuenstuhl). Acervo: Museu Histórico Nacional – Rio de Janeiro

Para comparativo iconográfico estão a seguir reunidas imagens dos catálogos de duas exposições: “O Menino dos Meninos” Museu Nacional de Machado de Castro Coordenação - Ana Alcoforado e Celeste Amaro Fotografia – José Pessoa Coimbra – Portugal - 2007 “Meninos Deus” - Museu Afrobrasil Lúcia Marques e Emanoel Araújo Fotografia Sérgio Benutti e Claudionor Gonçalves São Paulo – Brasil - 2006

Museu Machado de Castro

O Menino dos Meninos Ele é o divino que sorri e que brinca Ele é a Eterna criança, o deus que faltava. Ele é o humano que é natural, Ele é o divino que sorri e que brinca. E por isso é que eu sei com toda a certeza Que ele é o Menino Jesus verdadeiro. E a criança tão humana que é divina. (...) Alberto Caeiro

O Menino dos Meninos Menino Jesus Bom-Pastor Marfim Séc. XVII Proveniência desconhecida

O Menino dos Meninos Menino Jesus Salvador do Mundo Madeira Séc. XVIII Proveniência desconhecida

O Menino dos Meninos Menino Jesus Bom-Pastor Marfim Séc. XVII Adquirido pelo Museu Nacional de Machado de Castro – Coimbra (Portugal)

O Menino dos Meninos Menino Jesus Madeira Séc. XVIII Atribuído a Manuel da Rocha Proveniência desconhecida

O Menino dos Meninos Menino Jesus Salvador do Mundo Madeira Séc. XVIII Convento de Santa Clara

O Menino dos Meninos Menino Jesus Bom-Pastor Marfim Séc. XVII Convento de Santa Clara

O Menino dos Meninos Menino Jesus com os Instrumentos da Paixão Marfim Séc. XVII Proveniência desconhecida Meninos Jesus munidos de símbolos do Seu Martírio: coluna, martelo, pregos, cruz, coroa de espinhos, entre outros, aludindo à Sua Paixão e Morte começam a surgir muito ao gosto da estética barroca, privilegiando valores antagónicos como a ideia de infância e morte.

O Menino dos Meninos Menino Jesus Madeira Séc. XVIII Convento de Santa Clara

Meninos Deus  Por

nós ele aceita O humano destino: Louvemos a glória De Jesus Menino (Manuel Bandeira)

Da grande devoção ao Menino Jesus na cidade de Santo Amaro da Purificação nasce a representação iconográfica denominada Menino Jesus do Monte. Na sequência as imagens dos Meninos do Recolhimento dos Humildes, séculos XVIII e XIX. Madeira policromada e dourada, porcelana, ouro, prata, brocado, pedras preciosas e semipreciosas, cristal e tecidos.

O Bom Pastor

Uma das imagens mais conhecidas na arte cristã desde o período paleocristão é de Jesus como o Bom Pastor, vestindo uma túnica, acompanhado de um cordeiro. No evangelho de João, Jesus declara ser quem dá a vida pelas suas ovelhas, e tendo o dever de conduzi-las.

Pastor

O pastor é uma figura paternal, vigilante e protetora. Javé é o pastor do povo de Israel e o Cristo é o Bom Pastor. A figura do Cristo no início do cristianismo remonta às representações difundidas na Mesopotâmia, Grécia e Roma, onde o pastor carrega nos ombros um cordeiro ou bezerro. (PASTRO, 2010)

O Cordeiro

O cordeiro é uma figura constante, do Gênesis ao Apocalipse, símbolo máximo da Páscoa judaica e cristã, portanto, do próprio Cristo Imolado e Ressuscitado. É o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Grupos de cordeiros ou ovelhas representam os fiéis ou a Igreja dos mártires. (PASTRO, 2010)

A Cruz

A Cruz no Cristianismo é símbolo da Redenção Universal, Reconciliação e da paz, é a vitória da vida. Um homem deus esteve ali de braços abertos, num gesto de reconciliação e confraternização. (PASTRO,2010)

Cajado

O Cajado, também designado Bastão, Báculo ou Vara é símbolo do poder e do saber em estreita ligação com hierofanias, como a serpente (Moisés) e o galho verdejante (Aarão, José). É também comparado ao “eixo do mundo”, e quebrar o bastão significa quebra de legalidade. (PASTRO, 2010)

IHS IHS = Iesus Hominum Salvator ("Jesus salvador da humanidade")é a abreviação do nome de Jesus em grego ou da escrita latina do nome como se usava na Idade Média: Ihesus. Trata-se de um trigrama cristológico, ou cristograma, propagado no século XIV pelo pregador São Bernardino de Sena. No século XVI, foi retomado com a significação de “Jesum habemus socium”, que quer dizer, em português, “Temos Jesus como companheiro”.

Vestes Eram as calcinhas compridas chamadas ceroulas e as camisas de cambraia, de punhos e golas bordadas, tecidas, arrematadas, outras com finas rendas; as túnicas e mantos feitos dos mais ricos tecidos, como veludos, brocados, rendas, sedas diversas e até crochet bordados a fio de ouro ou prata, canutilhos, miçangas e o mais variado material usado na época, arrematado com rendas tecidas com fios preciosos. (ARAUJO, 2006)

Mantos Muitos deles têm mantos de veludo carmesim agaloado de rendas douradas. Mas a maior característica desses Deus Meninos são essas árvores de folhas e flores douradas, incrustadas com pedras semipreciosas de muitas cores, e de pequeninos pássaros de vidros coloridos(ARAUJO, 2006)

Berloques As vestes eram atadas na cintura por cordões ou troçais de fios preciosos, com bordas ou mesmo correntes de ouro. No pescoço e pulsos, jóias, as mais ricas com pedras preciosas e coral. No cajado encontramos pencas de berloques, as tetéias que segundo a tradição eram oferecidos ao Deus Menino pelas moças solteiras. (ARAUJO, 2006)

Jóias É sabido que no Convento dos Humildes se hospedavam moças sem nenhuma vocação religiosa, que para cumprir sua educação eram internadas com suas escravas e baús cheios de roupas e jóias. Na sua devoção ao Deus Menino, adornavam sua imagem com jóias que elas não poderiam usar, as chamadas tetéias. (ARAUJO, 2006)

Amuletos Trazidos para o Brasil por escravos africanos, o uso de balangandãs servia para proteger contra os maus olhados. A figa latina era usada para combater a esterilidade e mau-olhado e no século XIX, esses objetos foram muito utilizados, a partir do momento em que a “...Igreja Católica já havia providenciado a conversão desses amuletos em artigos religiosos. Bastava benzê-los, tornando-os assim dignos de serem usados pela população em geral.”(OZANAN apud SILVA, 2007)

Sandálias Deus menino geralmente apresenta-se descalço, mas é comum encontrá-lo calçado com sandálias de metal precioso com ou sem pedraria.

Trono Trono simboliza a soma da sabedoria divina e da autoridade. No judaísmo o trono do rei e da cidade de Jerusalém simbolizavam a autoridade de Javé sobre seu povo. É símbolo de poder jurídico. Para o Cristianismo corresponde à Cátedra dos romanos, símbolo da autoridade do magistério da Igreja. A Autoridade está sempre sentada, e diante dela, os fiéis estão em pé. (PASTRO,2010).

Anjos Anjos correspondem ao próprio Deus enquanto mensageiros Dele, são seres alados, pois chegam do Alto, e na hierarquia se apresentam como Arcanjos, Serafins e Querubins. Os Arcanjos são os anjos das principais mensagens da fé (Gabriel, Miguel, Rafael). Os Serafins estão junto ao trono de Deus e correspondem à luz, fogo e poder espiritual. Os Querubins simbolizam a onipresença e onisciência. (PASTRO, 2010)

Nuvem A nuvem por envolver tudo em mistério e fazer parte do céu, é interpretada como a morada de Deus, quase sempre encobrindo o alto cume de uma montanha. As aparições de Deus na Bíblia são muitas vezes acompanhadas de nuvens. Pelo seu papel de produtora de chuva, também simboliza a fecundidade. (PASTRO, 2010)

Ouro No sentido cristão, por ser o mais nobre dos metais, é símbolo de imutabilidade, eternidade e perfeição. Pela sua cor, é identificado com o Sol e o fogo. É símbolo do amor, a mais elevada das virtudes, e da luz celestial, do Sagrado na terra. No sentido negativo, tem um valor moral como o suprassumo de todos os bens terrenos e, assim, é símbolo do aprisionamento ao mundo e da avareza. (PASTRO, 2010)

Lapinha Deus menino em presépio, também chamado de lapinha, Jesus Menino está de pé, de frente, em pequeno afastamento, os braços levemente flexionados na diagonal, uma das mãos segurando a vara crucífera, ou mais comumente, o cajado e a outra mão abençoando. Fisionomia suave e até mesmo sorridente, cabelos curtos cacheados. A peanha em forma de monte escarpado, ou lapinha, base redonda larga, estreitando para o alto tendo uma gruta na base, a frente, geralmente espelhada para dar a idéia de água, lembrando as águas do Jordão onde Jesus foi batizado. (SILVA, 2007)

Monte A montanha é o lugar símbolo do encontro de céu e terra e de ascensão espiritual. As grandes hierofanias (do grego hieros (ἱερός) = sagrado e faneia (φαίνειν) = manifesto, pode ser definido como o ato de manifestação do sagrado) se dão nas montanhas. Como a colina, é sinal de útero. (PASTRO, 2010)

Gruta

A gruta aparece em representações da Igreja Oriental do nascimento de Cristo que, como era normal na Palestina, servia de estábulo. A representação da gruta como fissura da terra faz lembrar de propósito um seio materno para concretizar em sua antiqüíssima simbologia, a fertilização da terra aí realizada.(HEINZMOHR apud SILVA, 2007)

Pedra A pedra, como a rocha, é símbolo de firmeza e imutabilidade, inúmeros são os exemplos bíblicos da pedra como força e fidelidade do Deus todo-poderoso. O rochedo é considerado uma prefiguração simbólica de Cristo como doador da água da vida, pois jorra água no deserto. Pedro como a pedra fundamental da igreja. (PASTRO, 2010).

Flor

De acordo com a Bíblia, símbolo da beleza e graça terrenas, as flores em geral, são sinais do princípio passivo, da atitude de receber, correspondentes às formas de cálice, voltadas ao dom e a atividade do céu. Faz lembrar também, o estado de infância, e assim, de certa forma, o paraíso.(HEINZ-MOHR apud SILVA, 2007)

Conchas As conchas eram muito utilizadas em túmulos como representação de que um dia o homem ressuscitará. Na arte cristã, surgem raramente. A imaginação de história natural que fazia a Idade Média, pensando que os caracóis eram fertilizados pela queda do orvalho, fez das conchas, símbolos da virgindade de Maria. Boticelli e Tiziano, seguindo este motivo, usaram posteriormente o símbolo da concha na representação do Nascimento de Vênus, pois partilha do significado simbólico da água que representa a fertilidade. (HEINZ-MOHR apud SILVA ,2007)

Pomba Após o dilúvio, com um ramo de oliveira, tornou-se signo da conciliação com Deus e símbolo da paz. Com o batismo do Cristo, tornou-se símbolo do Espírito Santo. Com o louro ou coroa do martírio no bico, simboliza a vitória dos mártires. A paz celestial das almas é simbolizada pela pomba sobre a Árvore da Vida, ou sobre uma taça de onde jorra a Água da Vida. (PASTRO,2010)

Água Água é um símbolo complexo ligado à infinidade de possibilidades ou matérias-primas. A água simboliza também a força regeneradora, a purificação física, psíquica e espiritual (banho, ablução, batismo). Está ligada à fonte, à profundeza escura e à lua como princípio feminino. (PASTRO,2010)

Árvore A árvore é um dos símbolos mais significativos e mais difundidos. Em todas as culturas, esta ligada a substâncias divinas ou morada de poderes sobrenaturais. A árvore da vida simboliza abundância paradisíaca perdida por Adão e Eva em troca da árvore da sabedoria. Na iconografia e literatura cristã, há uma estreita relação simbólica entre as árvores do Paraíso e a cruz de Cristo que nos devolveu o Paraíso que é a “verdadeira Árvore da Vida”. (PASTRO, 2010)

Divina Pastora Nossa Senhora Divina Pastora do acervo do Museu do Convento dos Humildes, difere das outras lapinhas pela magnifica composição da Divina Pastora, a qual como mãe extremosa, segura o Deus Menino entra as ovelhas de seu rebanho. O menino Jesus também aparece na iconografia cristã como atributo de Nossa Senhora e dos santos. (SILVA, 2007)

Menino Jesus do Monte Esses Deus Meninos são de uma extraordinária feitura e beleza, pelos muitos meios de sua construção que envolviam santeiros, pintores, ourives, costureiras, bordadeiras, um mundo de mãos tecendo brocados, pedras preciosas, ouro e prata, figurinhas de porcelana, folhas e pássaros de vidro irisados, tudo a serviço desses meninos, sobre o monte ou sobre as nuvens, ricamente vestidos de túnicas, de brocados, de rendas, de fios de ouro. (ARAUJO, 2006)

O Recolhimento dos Humildes

As calcinhas compridas, camisolas e ceroulas por baixo, de pura cambraia enfeitada com renda francesa, sandálias de prata ou de ouro, coroas e resplendores adornados com crisólitas, diamantes e brilhantes, nas mãos cajados com berloques de ouro, correntes com balagandãs, com figas e contas coloridas, de rubis e corais, todas essas tetéias são de puro sincretismo baiano. (ARAUJO, 2006)

Osmundo Teixeira

Artista do Sul da Bahia que reproduz a tradição de Santo Amaro, apropriando-se do tema para construir na argila seus Santos Meninos.

Osmundo Teixeira

Representação do Menino Jesus Majestoso, ostentando com a mão esquerda o globo do mundo e com a direita fazendo o gesto de abençoar.

Iconografia do Menino Jesus do Monte A representação denominada “Menino Jesus no Monte” apresenta sempre a figura do Menino sobre um monte escarpado ou lapinha, que geralmente encontra-se extremamente decorado com objetos em miniatura apresentando elementos da fauna e flora, especialmente carneirinhos, tendo em sua base a representação de uma gruta espelhada que dá a idéia de água. Jesus aparece como criança, de pé, braços levemente flexionados à frente, com uma das mãos faz o gesto de abençoar e com a outra, segura vara crucífera, buquê de flores ou cajado. Este geralmente vem acompanhado de penca de amuletos também chamados de tetéias. Suas vestes, na maioria das vezes são ornadas com delicados fios de ouro e aparece às vezes com sandálias de metal precioso. (SILVA, p.169,2007)

Simbologia A iconografia do Menino Jesus nos conduz ao tema Natividade. As representações da cena do nascimento do Senhor foram pesquisadas e constatamos que muitos elementos utilizados na produção dessas imagens correspondem à mensagem cristã encontrada nos Evangelhos. Entretanto, muitos outros elementos foram acrescentados digamos, “a gosto popular”, ou seja, foram sendo incorporados com o passar do tempo de acordo com as características da região, como crenças, materiais disponíveis, dando a elas uma característica muito particular. (SILVA, p.174,2007)

Considerações Finais A devoção ao Menino Jesus foi entrando em declínio no início do século XX, sobretudo, pelas circunstâncias da vida moderna, quando o papel da mulher “prendada” e dedicada apenas à criação dos filhos começa a mudar. Outro fator significativo foram as mudanças simbólicas representativas do Natal. Segundo o professor Cândido da Costa e Silva, especialista em religiosidade, “há uma relação direta entre o desaparecimento do Menino Jesus e o declínio do presépio”. Com o tempo, a tradição de montagem do presépio, que destaca a Natividade como tema principal, foi sendo cada vez mais esquecida, especialmente com a chegada de representações simbólicas natalinas de outros países. Além disso, a sociedade cada vez mais consumista vem esquecendo a verdadeira mensagem presente na festa de Natal, sobrepondo o material ao divino. (SILVA, p.179,2007)

Após a imersão sobre a iconografia e simbologia na representação do Menino Jesus cada participante realizará a sua expressão na atividade prática. Lembrando que as metodologias descritas seguem um roteiro didático e não são uma fórmula rígida de planejamento de uma imagem sacra, a evolução das técnicas e materiais possibilitam atualmente uma infinidade de resultados e aplicações na arte. O objetivo principal é a compreensão do sentido da atividade, quando o fazer artístico carrega um SIGNIFICADO.

ATIVIDADE PRÁTICA

Passo a Passo Pintura em têmpera com douração - Selamento com goma-laca da imagem - Fundo preparador para douração - Douração com mordente acrílico - Selamento da douração com goma-laca purificada ou sandaraca - Olhos - Pintura da carnação - Planejamento das vestes

Peça de gesso

A peça de gesso é preparada com uma camada de selamento de goma-laca, se houver alguma imperfeição pode-se lixar.

Fundo acrílico

Para um brilho mais vivo e melhor acabamento da douração, passa-se uma tinta acrílica de base antes da aplicação da folha de ouro. A cor é semelhante ao bolo de armênia utilizado na douração com ouro 23k.

Olhos

Os olhos foram copiados de uma imagem, mas também podem ser desenhados. O modelo foi reduzido para a escala da imagem de gesso (que tem cada olho com 0,5cm de largura), e realizada a impressão fotográfica à prova de água.

Olhos

O papel foi recortado e cada olho foi colado com um medium acrilico denso opaco. O brilho superficial é resultado da aplicação de medium acrílico brilhante após a colagem.

MORDENTE Na região onde se executará a douração se aplica o mordente acrílico, portanto, à base de água, reparem o aspecto do liquido leitoso, a pintura castanha também ajuda a visualizar as áreas onde o mordente é aplicado.

PONTO DE PEGA

Deve-se esperar alguns minutos, para o mordente ficar no ponto “de pega”, ele perde o aspecto branco e deixa de estar “molhado”, para formar um filme grudento sobre a peça.

DOURAÇÃO

A douração é feita com folha de ouro prima-prima italiana (ouro imitação), a folha é cortada sobre o coxim, em tamanho proporcional ao que se vai dourar, cada pedaço é transportado com o pincel bem macio (ou pelenesa) para a região com o mordente no ponto “de pega”, onde se faz uma leve pressão com o pincel para o ouro aderir.

Selamento

Depois da folha aplicada, com um pincel macio se retiram os excessos de folha de ouro e se aplica um verniz selante (goma-laca ou sandaraca), para impedir a oxidação.

Tempera cola A receita de tempera cola é adicionada aos pigmentos para execução da pintura, o pó deve estar bem misturado sem grumos e a tinta resultar fluída. Pode ser necessária a adição de um pouco de água ou aquecimento da cola para a pintura se estiver muito grossa. O gesso crê é adicionado para a base de carnação que é tingida com uma mistura de guache ou aquarela (amarelo ocre, vermilion e um mínimo de azul). A tempera pode ser polida.

Fórmula de Angélica Schianta:

- 1 copo (200ml) de cola de coelho

(equivale a 100gr) - hidratar a cola com 1 copo e meio de água por 12 horas (300ml de água) - levar ao fogareiro elétrico para derreter - tirar do calor acrescentar 1 copo (200ml) de água e mais um copo (200ml) de álcool absoluto (ele empelota um pouco a cola mas depois ela dissolve de novo) - 3 gotas de essência de cravo (Eugenol). - No preparo da tempera a cola adicionase essa mistura aos pigmentos. Sempre esterilize o recipiente. Essa mistura pode ser conservada fora da geladeira!

TINTA = pigmento + aglutinante  Aglutinante

- exerce a função de misturar os pigmentos entre si e ligá-los ao suporte (óleos secativos, colas, ceras e resinas).  Pigmento - pó fino insolúvel nos aglutinantes de características foscas ou brilhantes, opacas ou transparentes.

Preparo das cores  Preparar

os pigmentos de cada cor separadamente  Hidratar o pigmento seco antes de adicionar o aglutinante (no nosso caso utilizaremos a própria água)  A mistura tem maior fluidez se aquecida (a água também evapora, portanto às vezes há necessidade de repor o liquido da cola)

preparo das cores

Pigmentos em pó As cores devem ser preparadas SEPARADAMENTE, não se misturam os pigmentos em pó para fazer cores, as misturas podem ser feitas após adição do aglutinante. Alguns pigmentos apresentam uma tensão superficial, pode-se acrescentar antes algumas gotas de álcool.

Carnação

A “carnação” é realizada com uma mistura de gesso cré (faz o papel de nivelamento) + a cola de coelho (aglutinante) + pigmento diluído (cor). Depois de seca pode ser lixada se necesário e para um acabamento porcelanizado é polida com a pedra de ágata ou com uma lixa microfine também usada para polimento.

Abrir sentidos

Para “abrir os sentidos” depois dos detalhes dos olhos e boca que podem ser feitos até em aquarela ou guache, se aplica uma mistura sêca de gesso cré e pigmento dando o aspecto “corado” das faces

Estofamento

Estofamento é a pintura dos tecidos da roupa, pode-se pintar sobre a folha de ouro deixando espaços da douração formando padrões, ou fazer a pintura e retirar a tinta ainda úmida elaborando grafismos com um pincel de ponta de silicone ou ainda, fazer o tradicional esgrafiado sobre a tinta quase sêca, retirando com a ponta (não afiada) de um palito de bambu.

tipos comuns de decoração

Materiais: - Folha de ouro prima-prima e mordente italianos. Contato: Karen http://www.folhadeouro.com/inicio - Pigmentos Corin: www.corincorantes.com.br 20.017 - azul ultramar 20.078 – vermelho - Tinta acrilica Lukas Matt - Medium Acrílico Maimeri (matt e brilhante) - Verniz de Goma-laca - A pintura sobre folha de ouro também pode ser realizada com acrílico ou óleo.

Agradecimentos... A todos vocês pela participação e disponibilidade em compartilhar o seu processo criativo neste encontro Ao Museu de Arte Sacra de São Paulo sua diretoria e coordenação de cursos por acreditarem no projeto de oficinas Agradecimento especial à querida Fátima Paulino pela confiança e incentivo ao meu trabalho. UM FELIZ NATAL A TODOS E UM ÓTIMO 2015!

Bibliografia  

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ALCOFORADO, Ana - “O Menino dos Meninos” - Museu Nacional de Machado de Castro. Coimbra,2007. ARAUJO, Emanoel e MARQUES, Lucia. “Meninos Deus”– Museu Afrobrasil. São Paulo, 2006. GRAVIERS, B. des & JACOMET, T. Os santos e seus símbolos. Editora Fólio, Espanha, 2008. ROYT, Jan & SLEICH, Peter. Menino Jesus de Praga. Aventinum, Praga, 2008. SHORR, Dorothy C. The Christ Child In Devotional Images In Italy During the XIV Century. New York: G. Wittenborn, 1954. MAYER, Ralph. Manual do Artista. Ed.Martins Fontes, SP, 2006 PASTRO, Cláudio. A Arte no Cristianismo. Fundamentos, Linguagem, Espaço. Paulus, SP, 2010. SILVA, Edjane Cristina Rodrigues da - Representação do Menino Jesus no Monte e Produção Artística no Recolhimento de Nossa Senhora dos Humildes/Ba - Revista Ohun, ano 3, n. 3, p. 162-180, set. 2007

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