Faculdade Pitágoras12

June 19, 2017 | Autor: Chandler Matheus | Categoria: Master of Business Administration
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Ana Carolina Melo, Angélica Gomes Teixeira, Caroline Magdiele, Jeferson Reis, Patrícia Nátaly

Faculdade Pitágoras






Movimento Artístico: FUTURISMO
Trabalho apresentado como recurso
avaliativo da matéria de Ética e História,
Ministrada pelo professor Jaider
Fernandes







Ipatinga 2015

Trabalho Realizado sobre o movimento artístico e literário: Futurismo




RESUMO: O Futurismo é um movimento artístico literário, que surgiu oficialmente em 20 de fevereiro de 1909 com a publicação do manifesto futurista (Filippo Marinetti), no jornal francês LE FIGARO. Os adeptos do movimento rejeitaram o Moralismo e o passado em que se prendiam, e suas obras eram baseadas fortemente na velocidade e nos desenvolvimentos tecnológicos em que estavam vivendo no final do século XIX. Nesse trabalho iremos exaltar a formação e diretriz dessa era artística e também como ela se manifestou no Brasil, nas pinturas, esculturas e poesia. Um novo modo artístico de se pensar.

INTRODUÇÃO: Os primeiros futuristas europeus exaltavam a guerra e a violência. O futurismo se desenvolveu em todas as artes e influenciou inúmeros artistas que se renderam ao movimento
O primeiro manifesto que se chamava 'LES MOST EM LIBERTÉ' (Liberdade para as palavras)e levava em consideração o design tipográfico da época, especialmente em propagandas e jornais, eles tiraram a distinção entre arte e design, e abraçaram a propaganda como forma de comunicação.. Foi uma explosão do lúdico, da linguagem vernácula, da quebra de hierarquia na tipografia tradicional, com uma leve predileção para o uso de onomatopeias. Essa exploração teve grande repercussão no dadaísmo e no concretismo, na topografia moderna e no design pós moderno.
Pintura Futurista:
Explicitada pelo cubismo e pela abstração, com uso de cores vivas, contraste e sobreposição das imagens pretendia dar ideia de dinâmica, deformação e não materialização por quem passa os objetos e o espação quando ocorrem a ação. Para os artistas os objetos não se concluíam no contorno e seus aspectos interpenetravam continuamente num só tempo. Nesse estilo procura-se expressar o movimento atual, registrando velocidade descrita pelas figuras no movimento no espaço. O artista futurista não está interessado em pintar um automóvel, mas captar a forma plástica a forma descrita por ele no espaço.
Suas principais características são:
Desvalorização da tradição e do moralismo;
Valorização do desenvolvimento industrial e tecnológico;
Propaganda como principal forma de comunicação;
Uso de onomatopeias (palavras com sonoridade que imitam ruídos, vozes, sons de objetos) nas poesias;
Poesias com uso de frases fragmentadas para passar a ideia de velocidade;

No Brasil o futurismo teve grande aprofundação e influencia artísticas de artistas ligados ao movimento modernista, como Anita Malfatti, Oswaldo de Andrade entraram em contato no futurismo pelas mãos de Marinetti, ideias e conceitos futuristas foram incorporados as obras Brasileiras após a semana de arte moderna de 1922, onde o grande salto do modernismo e futurismo se tornou possível.
DESENVOLVIMENTO: O Futurismo é um movimento artístico literário, que surgiu oficialmente em 20 de fevereiro de 1909 com a publicação do manifesto futurista (Filippo Marinetti), ativista, cidadão italiano nascido em Alexandria em 1876 e falecido em Bellagio, Itália, em 1944. Originário de uma rica família, pôde estudar em Paris e Pádua, terminando por diplomar-se em direito na Universidade de Gênova. O manifesto chamado de LE'S MOST EM LIBERTE', (Liberdade para as palavras) foi publicado no jornal francês LE FIGARO e levava em consideração o design tipográfico da época, especialmente em propagandas e jornais, eles tiraram a distinção entre arte e design, e abraçaram a propaganda como forma de comunicação. Foi uma explosão do lúdico, da linguagem vernácula, da quebra de hierarquia na tipografia tradicional, com uma leve predileção para o uso de onomatopeias. Essa exploração teve grande repercussão no dadaísmo e no concretismo, na topografia moderna e no design pós moderno.
Os adeptos do movimento rejeitaram o Moralismo e o passado em que se prendiam, e suas obras eram baseadas fortemente na velocidade e nos desenvolvimentos tecnológicos em que estavam vivendo no final do século XIX os primeiros futuristas europeus também exaltavam a guerra e a violência. O futurismo se desenvolveu em todas as artes e influenciou inúmeros artistas que se renderam ao movimento. Explicitada pelo cubismo e pela abstração, com uso de cores vivas, contraste e sobreposição das imagens pretendia dar ideia de dinâmica, deformação e não materialização por quem passa os objetos e o espação quando ocorrem a ação. Para os artistas os objetos não se concluíam no contorno e seus aspectos interpenetravam continuamente num só tempo. Nesse estilo procura-se expressar o movimento atual, registrando velocidade descrita pelas figuras no movimento no espaço. O artista futurista não está interessado em pintar um automóvel, mas captar a forma plástica a forma descrita por ele no espaço. 
(Automóvel+velocidade+ luz Giacomo Balla)
Principais características do futurismo são a desvalorização da tradição e moralismo, desprendendo assim das interfaces e estereótipos fundados pela arte, eles fugiam do obvio, traziam nas telas não a forma daquilo que se pintava, mais o movimento em si que o próprio produzia. Também Valorizavam o desenvolvimento industrial e tecnológico, como era um momento de grandes avanços na indústria televisiva, artística e jornalística eles se prendiam a repassar essa ideia de avanço, de moderno, da saída do arcaico pro algo novo. A propaganda era a principal forma de comunicação, priorizavam o uso de onomatopeias (palavras com sonoridade que imitam ruídos, vozes, sons de objetos) e essas mesmas com uso de frases fragmentadas para passar a ideia de velocidade. Pinturas com uso de cores vivas e contrastes. Sobreposição de imagens, traços e pequenas deformações para passar a ideia de movimento e dinamismo. Eles desprezavam explicitamente todo padrão moral, bem como os valores que permaneceram no passado. Ela primava por um novo paradigma estético, o qual deveria seguir parâmetros fundados na celeridade temporal, no engrandecimento dos combates e, consequentemente, na recorrência à força. Seus seguidores se fiavam excessivamente no progresso tecnológico vigente em fins do século XIX. Eles cultivavam especialmente a publicidade como principal meio de comunicação, exaltando a tipografia à qual se recorria neste período. O lema do primeiro manifesto era "Liberdade para as palavras". Qualquer fronteira ainda existente entre a arte e o design é então eliminada. O Futurismo se insinua no âmbito de todas as expressões artísticas e inspira muitos artífices a instituir suas próprias escolas modernistas. Ele cultua de tal forma a novidade, que até mesmo se vê tentado a demolir instituições museológicas e cidades ancestrais. Para os futuristas as conflagrações bélicas visavam sanar o Planeta. Além das características em si, o futurismo ainda era repleto de propostas vigentes de politica e ideológica, iremos separar algumas aqui por tópicos pra melhor compreensão.
Assumir as mudanças necessárias com voluntarismo, coragem e destemor "Nós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito da energia e da temeridade / A coragem, a audácia, a rebelião serão elementos essenciais de nossa poesia / Em verdade eu lhes declaro que a frequência diária aos museus, às bibliotecas e às academias (cemitérios de esforços vãos, calvários de sonhos crucificados, registro de arremessos truncados!) é para os artistas tão prejudicial, quanto a tutela prolongada dos pais para certos jovens ébrios de engenho e de vontade ambiciosa. Para os moribundos, para os enfermos, para os prisioneiros, vá lá:- o admirável passado é, quiçá, um bálsamo para seus males, visto que para eles o porvir está trancado... Mas nós não queremos nada com o passado, nós, jovens e fortes futuristas! / E venham, pois, os alegres incendiários de dedos carbonizados! Ei-los! Ei-los! ... Vamos! Ateiem fogo às estantes das bibliotecas! ... Desviem o curso dos canais, para inundar os museus! ... Oh! a alegria de ver boiar à deriva, laceradas e desbotadas sobre aquelas águas, as velhas telas gloriosas! ... Empunhem as picaretas, os machados, os martelos e destruam sem piedade as cidades veneradas!" 
Demolir o passado "A coragem, a audácia, a rebelião serão elementos essenciais de nossa poesia / Nós estamos no promontório extremo dos séculos! ... Por que haveríamos de olhar para trás, se queremos arrombar as misteriosas portas do Impossível? O Tempo e o Espaço morreram ontem. Nós já estamos vivendo no absoluto, pois já criamos a eterna velocidade onipresente / Nós queremos destruir os museus, as bibliotecas, as academia de toda natureza, e combater o moralismo, o feminismo e toda vileza oportunista e utilitária / É da Itália, que nós lançamos pelo mundo este nosso manifesto de violência arrebatadora e incendiária, com o qual fundamos hoje o "Futurismo", porque queremos libertar este país de sua fétida gangrena de professores, de arqueólogos, de cicerones e de antiquários / Já é tempo de a Itália deixar de ser um mercado de belchiores. Nós queremos libertá-la dos inúmeros museus que a cobrem toda de inúmeros cemitérios / Museus: cemitérios! ... Idênticos, na verdade, pela sinistra promiscuidade de tantos corpos que não se conhecem. Museus: dormitórios públicos em que se descansa para sempre junto a seres odiados ou desconhecidos! Museus: absurdos matadouros de pintores e escultores, que se vão trucidando ferozmente a golpes de cores e linhas, ao longo das paredes disputadas! / Que se vá lá em peregrinação, uma vez por ano, como se vai ao Cemitério no dia de finados... Passe. Que uma vez por ano se deponha uma homenagem de flores diante da Gioconda, concedo.../ Mas não admito que se levem passear, diariamente pelos museus, nossas tristezas, nossa frágil coragem, nossa inquietude doentia, mórbida. Para que se envenenar? Para que apodrecer? / Vocês querem, pois, desperdiçar todas as suas melhores forças nesta eterna e inútil admiração do passado, da qual vocês só podem sair fatalmente exaustos, diminuídos e pisados?" 

Mudar os rumos das artes 
"É preciso que o poeta prodigalize com ardor, fausto e munificência, para aumentar o entusiástico fervor dos elementos primordiais / Não há mais beleza, a não ser na luta. Nenhuma obra que não tenha um caráter agressivo pode ser uma obra-prima. A poesia deve ser concebida como um violento assalto contra as forças desconhecidas, para obrigá-las a prostrar-se diante do homem / E o que mais se pode ver, num velho quadro, senão a fatigante contorção do artista que se esforçou para infringir as insuperáveis barreiras opostas ao desejo de exprimir inteiramente seu sonho? ... Admirar um quadro antigo equivale a despejar nossa sensibilidade numa urna funerária, no lugar de projetá-la longe, em violentos jatos de criação e de ação." 

 Glorificar a violência e a guerra
"Nós queremos glorificar a guerra - única higiene do mundo - o militarismo, o patriotismo, o gesto destruidor dos libertários, as belas ideias pelas quais se morre e o desprezo pela mulher " (Parece, no mínimo estranha, a proposta de glorificar o desprezo pela mulher! E, em outro artigo, para não deixar margens a dúvidas, Marinetti propõe a destruição do feminismo). 

Saudar os novos tempos das realizações científicas e industriais 
"Nós afirmamos que a magnificência do mundo enriqueceu-se de uma beleza nova: a beleza da velocidade. Um automóvel de corrida com seu cofre enfeitado com tubos grossos, semelhantes a serpentes de hálito explosivo... um automóvel rugidor, que corre sobre a metralha, é mais bonito que a Vitória de Samotrácia / Nós queremos entoar hinos ao homem que segura o volante, cuja haste ideal atravessa a Terra, lançada também numa corrida sobre o circuito da sua órbita / Nós cantaremos as grandes multidões agitadas pelo trabalho, pelo prazer ou pela sublevação; cantaremos as marés multicores e polifônicas das revoluções nas capitais modernas; cantaremos o vibrante fervor noturno dos arsenais e dos estaleiros incendiados por violentas luas elétricas; as estações esganadas, devoradoras de serpentes que fumam; as oficinas penduradas às nuvens pelos fios contorcidos de suas fumaças; as pontes, semelhantes a ginastas gigantes que cavalgam os rios, faiscantes ao sol com um luzir de facas; os piróscafos aventurosos que farejam o horizonte, as locomotivas de largo peito, que pateiam sobre os trilhos, como enormes cavalos de aço enleados de carros; e o voo rasante dos aviões, cuja hélice freme ao vento, como uma bandeira, e parece aplaudir como uma multidão entusiasta."
Os tópicos acima são palavras do pai do futurismo Marinetti deixado abertamente aos que quisessem seguir o movimento infundado pela sua dissertativa e ideologia. Os futuristas navegavam pelas vertentes dos jogos, do idioma puro, do rompimento das regras tipográficas convencionais, optando pelo recurso às onomatopeias, figuras de linguagem com as quais é possível simular sonoridades através de um fonema ou de uma palavra. Esses meios explorados pelo futurismo reverberaram, posteriormente, em movimentos como o dadaísta, concretista, bem como na tipografia dos tempos modernos e no design gráfico típico da pós-modernidade. A França e a Itália foram os núcleos por excelência do Futurismo. Infelizmente, muitos dos artistas que se alistaram em suas fileiras se aliaram também ao ideal fascista. No pós-guerra, porém, esta escola perdeu seu vigor inicial, embora sua alma desassossegada tenha continuado a pairar sobre futuras manifestações artístico-culturais. Nas artes plásticas o futurismo foi inspirado pelo cubismo e pelo abstracionismo. Na literatura, a principal repercussão se dá na poética italiana, veículo de defesa das ideologias políticas. Na Italia grandes nomes como Luigi Russolo, Umberto Boccioni e Carlo Carrá se destacam



(Auto Retrato de Umberto Boccioni)




O Futurismo, com suas sugestões dúbias, até insólitas, mas sem dúvida estimulantes, espalhou-se por vários países europeus e americanos, sobretudo na Itália. Como movimento autônomo, praticamente desapareceu após aquela Guerra, todavia seus efeitos perduraram em diversas manifestações intelectuais e artísticas que o sucederam, como foi o caso do Dadaísmo. Após a I Guerra, Fortunato Depero (1892 - 1960) tentou ressuscitar um novo momento futurista, mas sem a força original, e o movimento praticamente desapareceu. O caudal teórico provocado pelo futurismo originou, entre 1909 e 1916, em diversas nações, mais uns 30 manifestos, embora sua produção artística não fosse assim tão copiosa.

O Futurismo no Brasil
No Brasil, o termo futurista, em circulação desde 1912, tomou a conotação de algo caótico ou absurdo e teve sentido pejorativo. O futurismo influenciou diversos artistas que depois fundaram outros movimentos modernistas, como Oswald de Andrade e Anita Malfatti, que tiveram contato com o Manifesto Futurista e com Marinetti em viagens à Europa já em 1912 e que marcaram pra sempre sua trajetória, Oswaldo no campo da literatura e Anita Malfatti na pintura e arte. Muitas ideias e conceitos futuristas foram incorporados às obras destes modernistas brasileiros. Pode-se observar estas influências na Semana de Arte Moderna de 1922. Conforme relato de Orlando Barros (As viagens de Marinetti ao Brasil em 1926 e 1936) Marinetti esteve no país em 1926 e 1936. A iniciativa da visita à América do Sul foi do empresário Niccolino Viggiani, que não tinha o perfil de um mecenas. Na primeira data, o poeta teve ocasião de pronunciar uma palestra no Teatro Lírico do Rio de Janeiro, onde foi apresentado pelo escritor Graça Aranha, tendo razoável acolhimento. Nessa mesma viagem esteve em São Paulo, onde já enfrentou a oposição dos estudantes antifascistas e dos exilados italianos, que se encontravam no Brasil fugindo das perseguições políticas em seu país. Segundo Marinetti afirmou então, ele vinha para falar de arte e não para fazer propaganda, o que não chegou a convencer todos os circunstantes.
Na segunda visita, em 1936, o ambiente político nacional estava exacerbado pela corrente integralista, francamente admiradora de Mussolini e do fascismo. Marinetti chegava de um congresso em Buenos Aires e apresentou-se na condição de poeta-soldado ao serviço de uma ideologia, sendo acolhido pelos integralistas em clima de festa.
Na década de 1920-1930 houve alguma repercussão da estética futurista no Brasil, enquanto aqui acontecia o movimento modernista. As perplexidades e as confusões levaram mesmo a serem classificados como futuristas alguns artistas modernistas, como os participantes da Semana de Arte Moderna em 1922, título que depois foi veemente rejeitado pelos próprios artistas. Os modernistas reunidos na Semana de Arte Moderna de 1922, em São Paulo, recebem imediatamente a alcunha de "futuristas" (configuram o chamado futurismo paulista), em virtude das propostas estéticas renovadoras e das intervenções estéticas de vanguarda. A consideração cuidadosa das obras de modernismo, entretanto, permite aferir a distância entre a vanguarda modernista brasileira e a italiana
A Influência do Futurismo
O futurismo e sua ideologia agregou vários segmentos da arte, desde a literatura a arquitetura, nesse ponto falaremos um pouco dessa influência do mesmo nesses polos das artes
Artes plásticas – Tem o objetivo de criar obras com o mesmo ritmo e espírito da sociedade industrial. Para refletir a velocidade na pintura, os artistas recorrem à repetição dos traços das figuras. Se querem mostrar vários acontecimentos ao mesmo tempo adaptam técnicas do cubismo. Na escultura, os futuristas fazem trabalhos experimentais com vidro e papel. O grande expoente é o pintor e escultor italiano Umberto Boccioni (1882-1916). Sua escultura Formas Únicas na Continuidade do Espaço (1913) - interseção de vários volumes distorcidos - é uma das obras emblemáticas do futurismo. Nela se percebe a idéia de movimento e força.
Preocupados com a interação entre as artes, alguns pintores e escultores se aproximam da música e do teatro. O pintor italiano Luigi Russolo (1885-1947), por exemplo, cria instrumentos musicais e os utiliza em apresentações públicas.
Na Rússia, o futurismo tem papel importante na preparação da Revolução Russa (1917) e caracteriza as pinturas de Lariónov (1881-1964) e Gontcharova (1881-1962).
Literatura – As principais manifestações ocorrem na poesia italiana. Sempre a serviço de causas políticas, a primeira antologia sai em 1912. O texto é marcado pela destruição da sintaxe, dos conectivos e da pontuação, substituída por símbolos matemáticos e musicais. A linguagem é espontânea e as frases são fragmentadas para expressar velocidade. Os autores abolem os temas líricos e incorporam à poesia palavras ligadas à tecnologia. As idéias de Marinetti, mais atuante como teórico do que como poeta, influenciam o poeta cubista francês Guillaume Apollinaire (1880-1918).
Na Rússia, o futurismo expressa-se principalmente na literatura. Mas, enquanto os autores italianos se identificam com o fascismo, os russos aliam-se à esquerda. Vladímir Maiakóvski (1893-1930), o poeta da Revolução Russa, aproxima a poesia do povo. Outro poeta de destaque é Viktor Khlébnikov (1885-1922).
Teatro – Introduz a tecnologia nos espetáculos e tenta interagir com o público. O manifesto de Marinetti sobre teatro, de 1915, defende representações de apenas 2 ou 3 minutos, com pequeno ou nenhum texto, poucos atores e vários objetos em cena.
Os principais artistas futuristas
Giacomo Balla (1871-1958), Umberto Boccioni (1882-1916) e Carlos Carrà (1881-1957) assinaram o "manifesto dos pintores futuristas" em 1910. Já se inclinavam a interessar-se pala exaltada fantasia do fim do século XIX misturada ao culto modernista à máquina e à retórica política extremista do manifesto de Marinetti. Tinham desenvolvido práticas em reação às complexas opções que lhes eram apresentadas no fim do século – sendo o realismo social, o simbolismo, o impressionismo, e o neo-impressionismo somente alguns dos estilos internacionais em que se havia formado sua arte.
GIACOMO BALLA
Giacomo Balla nasceu em Turim, na Itália, em 1871. Em 1910 declarou publicamente sua filiação ao movimento futurista do qual se afastou em 1931. Morre no ano de 1958, em Itália.
O pintor italiano durante a sua obra tentou endeusar os novos avanços científicos e técnicos por meio de representações totalmente desnaturalizadas, sem chegar a uma total abstracção. Mesmo assim, mostrou grande preocupação com o dinamismo das formas, com a situação da luz e a integração do espectro cromático.

( Voo da andorinha- 1913)

UMBERTO BOCCIONI
Escultor e pintor italiano (19/10/1882-16/8/1916). Propondo renovações nas artes plásticas, é um dos teóricos do futurismo. Nascido em Reggio di Calabria, trabalha entre 1898 e 1902 no estúdio de Giacomo Balla, onde aprende a pintar como os pontilhistas. Em 1907 muda-se para Milão.
Recebe influência de Filippo Marinetti, que lança o futurismo como movimento literário, glorificando o dinamismo proporcionado pela tecnologia. Em 1910, ele e outros pintores publicam o Manifesto Técnico dos Pintores Futuristas, no qual promovem a representação dos símbolos da moderna tecnologia: violência, poder e velocidade.

(The Farewells - Umberto Boccioni)
CARLOS CARRÁ
Nascido em uma família de artesãos, Carlo Carrà dedica-se em seus primeiros anos ao ofício de decorador mural. De 1906-1908 estuda com Cesare Tallone na Academia de Belas Artes de Brera. É nesse período que ele conhece um outro aluno da Academia que teria grande importância em sua vida: UmbertoBoccioni. Juntos, animados pelas idéias de Marinetti, elaboram em conjunto com Russolo, Balla e Severini o que seria considerado o marco de uma nova forma de expressão nas artes plásticas: "Pintura futurista: manifesto técnico
(Interventionist Demonstration, 1914 )
Anita Malfatti: È considerada a primeira representante do modernismo no Brasil. Ela nasceu em São Paulo em 2 de dezembro de 1889 e faleceu aos 74 anos, em 6 de novembro de 1964. Aos 19 anos Anita formou-se professora pela Escola Normal e em 1910 mudou-se para Berlim onde, no ano seguinte, matriculou-se na Academia Real de Belas Artes. Em visita a uma exposição ela conheceria uma arte "rebelde" cujas regras não eram ditadas pelo academicismo da época. Foi com esta arte que ela se identificou. A maneira como ela percebia a arte veio "desarrumar" o que era aceito. Para ela, porém, não era somente o que era belo que existia. O feio fazia parte da realidade e era por ela retratado em sua arte. Era a expressão que se fazia presente porque era assim que Anita percebia a arte. Suas pinturas – modernas – tinham, portanto, motivos para causar desaprovação.
A exposição - considerada um escândalo por representantes da sociedade de então - traria consequências desastrosas para o futuro artístico de Anita Malfatti. Bombardeada pelas críticas vindas não dos inimigos, mas, justamente dos que acreditava serem aliados, Anita, tímida, caiu em depressão e recuou em sua produção artística. Sua obra foi duramente criticada principalmente pelo escritor Monteiro Lobato, então, crítico de arte. Por mais que ele enfatizasse o modernismo em suas críticas e fizesse elogios a Anita, foi a ela própria e não ao modernismo que ele atingiu uma vez que ela não poderia desvincular de sua arte.
Posteriormente Anita conheceu Tarsila do Amaral e tornaram-se grandes amigas. Anita Malfatti participou da Semana de Arte Moderna de 1922 e, apesar de não ter abandonado a arte, os "estragos" causados pela exposição de 1917 se refletiriam ao longo de toda sua vida.
(A ventania- Anita Malfatti)

Futurismo na Literatura
Em literatura, desenvolveu-se uma escrita nervosa, agressiva, exaltada, autoritária, com os versos livres e longos, em geral sem pontuação. Tanto na literatura quanto nas artes plásticas, aproveitavam-se os slogans e logotipos de marcas industriais e comerciais para compor as obras. Pregavam a destruição da sintaxe e a disposição das palavras em liberdade. O emprego do verbo no infinito, com vistas a substantivação da linguagem, a abolição dos adjetivos e dos advérbios, o emprego do substantivo duplo em lugar do substantivo acompanhado de adjetivo, a abolição da pontuação que seria substituído por sinais de matemática (+)(-) e etc , a destruição do eu , isto é toda a psicologia, Onomatopeias e imagens que incorporam o som das engrenagens , percepção por analogia.
(A palavra em Liberdade- Marinetti)
Principais nomes da Literatura Futurista:
- Vladimir Maiakovski (poeta e dramaturgo russo)
- Filippo Tommaso Marinetti (escritor, editor e poeta italiano)
- Émile Verhaeren (poeta belga)
- Fernando Pessoa (poeta e escritor português)
- Joan Salvat-Papasseit (poeta espanhol)
- Oswald de Andrade (escritor e dramaturgo brasileiro)
Oswaldo De Andrade
José Oswald de Souza Andrade (1890-1954) foi um poeta, jornalista, romancista e grande autor de grandes peças teatrais. Um autor que soube como ninguém escrever poemas originais com muito humor, ironia e um linguajar coloquial que deixou bem distante de seu trabalho, o artificialismo e o purismo das palavras ensaiadas.
Oswald de Andrade também foi um crítico irreverente que não media palavras para satirizar a burguesia, detalhe, Oswald de Andrade nasceu no seio da burguesia. Apesar de ter nascido burguês os pensamentos de Oswald não tinham nada a ver com o seu berço. Oswald estava sempre pronto para defender a valorização de nosso passado e nossas origens, por isso apoiava que os erros gramaticais de nossa língua fossem incorporados de alguma maneira. Oswald acreditava que esses erros nada mais era que uma grande definição para a nacionalidade. Afinal de contas, Oswald foi um autor a favor de desligar-se da língua culta em seus trabalhos, preferindo um tom mais casual e de massa.
- Oswaldo de Andrade 1922

Futurismo nas Artes Plásticas
A ambiente dos Futuristas não era pouca. Tratava-se de reconstruir o universo, alegrando-o e recriando-o integralmente. O instrumento para isto - liquidando e superando para sempre com a visão contemplativa da arte - era a arte-opressiva, agressão, assalto, penetração, dando uma conotação violenta, as manifestações estíticas. Ao contrário das demais escolas do passado, o que interessava era o presente, o gesto forte, atual, vigoroso e viril, atirar-se com volúpia na vida moderna, deixar-se levar pela excitação dos tempos.
O que fosse estético na escultura, na pintura ou na arquitetura, estava morto. Deveria ser repelido e substituído pelo visto fugaz, ligeira e rápida dos corpos ágeis e das figuras em movimento. Os objetos deviam ser abordados de ângulos diferentes, cubista que fosse, de acordo com seu dinamismo plástico, não havendo limites claros, determinados, entre eles e o espaço que os circundava.
A cidade vista de cima, da carlinga do aviso, por exemplo, tinha um outro significado, uma outra aparência. A paisagem da janela de um trem, de um ônibus era fugidia. Espaços se ampliavam ou se estreitavam na rapidez de um segundo. Era estonteante, embriagador.
(Giacomo Balla. Unique Forms of Continuity in Space)


Futurismo na Arquitetura
A arquitetura futurista refere-se a dois tipos de arquiteturas muito diferente: é historicamente um estilo e pensamento arquitetônico pertencente ao movimento futurista italiano de 1910, mas de uma forma mais geral, é um projeto arquitetônico do século XIX e do século XX, cuja inspiração lembra elementos da ficção científica ou de naves espaciais, sem formar uma escola ou um pensamento específico. Arquitetura futurista primeiro tomou forma na arquitetura do início do século XX como uma arquitetura anti-histórica, caracterizada por longas linhas horizontais que sugerem movimento, velocidade e urgência. O movimento atraiu não só os poetas, músicos e artistas (como Umberto Boccioni, Giacomo Balla, Fortunato Depero e Enrico Prampolini), mas também uma série de arquitetos. Um culto da era da máquina e até mesmo uma glorificação da guerra e da violência estiveram entre os temas dos futuristas (vários futuristas proeminentes foram mortos depois de voluntariados para lutar na Primeira Guerra Mundial). O último grupo incluiu o arquiteto Antonio Sant'Elia, que, embora construindo pouco, traduziu a visão futurista em uma forma urbana
Na década de 1930, Angiolo Mazzoni juntou-se ao movimento futurista e, através de suas conexões, o levou a tornar-se um estilo institucional da Itália fascista. Ele contribuiu para uma síntese da arquitetura futurista com uma grandiloquência de inspiração clássica para formar o que seria chamado de Arquitetura fascista.

Desenhos em perspectiva de La Città Nuova de Sant'Elia em 1914.

O Fim
O movimento acabou enfraquecendo logo após a Primeira Guerra Mundial, entretanto, seu espírito inquieto, rebelde e rumoroso acabou refletindo em outros, como por exemplo: no dadaísmo e no concretismo, também no design gráfico e na tipografia moderna. Já em termos das artes, este movimento sofreu a influência do abstracionismo e do cubismo, mas, utilizando cores vivas e sobreposições de imagens e contrastes com intuito de valorizar a sensação do dinamismo.
Conclusão:
Em linhas gerais, os futuristas tentaram mostrar em suas pinturas a idéia de dinamismo, entendido como a deformação e desmaterialização por que passam os objetos e o espaço quando ocorre a ação. Pode parecer algo muito simples, mas não é. De fato, os futuristas, que tão bem souberam expressar suas teorias nos manifestos, tiveram muito trabalho para as materializar sem cair nas antigas representações artísticas que tanto abominavam. Diante das obras futuristas, o espectador, estático, só consegue se deixar envolver por essas telas velozes e movediças, que, mais do que um prazer visual, transmitem a sensação de vertigem dos novos tempos.

Obras Complementares

(SENÓIDE – Zeitgeist "O Espírito do Tempo")

Filippo Tommaso Marinetti (1886-1974)

(Giacomo Balla)

Lyubov popova, cubo-futurismo (uomo seduto), 1913

Refêrencia:
GOMBRINCH E.H, A historia da arte, 16 edição , editora LTC,1999
http://www.infoescola.com/artes/futurismo/ < Acessado em 24 de outubro, as 20:30
http://www.mundoeducacao.com/literatura/futurismo-1.htm < Acessado em 26 de outubro, as 21:45
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo358/futurismo < Acessado em 27 de outubro as 17:59

http://www.suapesquisa.com/artesliteratura/futurismo.htm < Acessado em 29 de outrubro as 18:30
http://www.historiadaarte.com.br/linha/futurismo.html < acessado em 29 de outubro as 19:00









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