Fado de Coimbra
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Fado de Coimbra Arquivo de letras de música 28 de Janeiro de 2002
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Conteúdo Adeus Sé velha . . . . . . . À meia noite ao luar . . . . . A minha capa rasgada . . . . Ao cair da tarde . . . . . . . Ao morrer os olhos dizem . . Balada da despedida . . . . . Balada da despedida (2) . . . Balada do Mondego . . . . . Balada do Outono . . . . . . Capa negra, rosa negra . . . Coimbra . . . . . . . . . . . Coimbra é uma lição . . . . Coimbra menina e moça . . Contos Velhinhos . . . . . . Esmeralda verde . . . . . . . Fado das fogueiras . . . . . Fado de Santa Cruz . . . . . Fado Hilário . . . . . . . . . Fado solitário . . . . . . . . Feiticeira . . . . . . . . . . Menina e moça . . . . . . . Menino de oiro . . . . . . . Menino d’oiro . . . . . . . . Minho encantador . . . . . . No lago do Breu . . . . . . . O fado dos passarinhos . . . Oh Coimbra do Mondego . . O meu desejo . . . . . . . . O meu menino . . . . . . . . Ondas do mar . . . . . . . . O sol anda lá no céu . . . . . Os teus olhos são tão verdes Pátria . . . . . . . . . . . . Protesto . . . . . . . . . . . Samaritana . . . . . . . . . . Saudades de Coimbra . . . . Senhor poeta . . . . . . . . . Torre de Santa Cruz . . . . . Vira de Coimbra . . . . . . .
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Adeus Sé velha Letra e música: ? (fado de Coimbra) Fernando Carvalho
Adeus Sé velha saudosa Com guitarras a rezar Minh’alma parte chorosa No dia em que te deixar A hora da despedida Só durará um minuto... Mas fica na minha vida Como cem anos de luto!... [bis]
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À meia noite ao luar
Vira de Coimbra
Letra e música: ? (fado de Coimbra)
Letra e música: ? (fado de Coimbra)
Fernando Carvalho
Fernando Carvalho Ré
Lá- Mi-
Lá
Coimbra p’ra ser Coimbra
À meia noite ao luar
La-
Três coisas há-de contar Vai nas ruas a cantar O boémio e sonhador Sol A recatada donzela
Mi-
Guitarras, tricanas lindas La-
Ré
E rouxinóis a voar. Lá
De mansinho abre a janela À doce canção de amor.
Fui encher a bilha e trágo-a Vazia como a levei Mondego qu’é da tu’agua qu’é dos prantos que eu chorei.
Ré
Ai como é belo Lá
À luz da lua
Dizem que amor de estudante Não dura mais que uma hora Só o meu é tão velhinho Inda não se foi embora.
Sol
Ouvir um fado Ré
Em plena rua Ré
O cantador Lá
Apaixonado Sol
Trinando as cordas Ré
A cantar o fado. Dão as doze badaladas Ao ouvir-se as guitarradas Surge um luar que é de prata [bis] A recatada donzela De mansinho abre a janela Vem ouvir a serenata. Ré
Ai como é belo Lá
À luz da lua Sol
Ouvir um fado Ré
Em plena rua Ré
O cantador Lá
Apaixonado Sol
Trinando as cordas Ré
A cantar o fado.
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Torre de Santa Cruz
A minha capa rasgada
Letra e música: ? (fado de Coimbra)
Letra e música: ? (fado de Coimbra)
Fernando Carvalho
Fernando Carvalho
O Mondego perdeu a majestade O luar sobre si não mais se viu O Mondego perdeu a majestade O luar sobre si não mais se viu
A minha capa rasgada É espelho de um coração Porque te diz p’ra seres minha E lhe dizes sempre que não.
E o famoso penedo da saudade Tem saudades da torre que caiu E o famoso penedo da saudade Tem saudades da torre que caiu
Lá no alto junto a Deus Ouvi os anjos rezar Cá na Terra junto a ti Passei a vida a penar.
A velha academia está de luto Nos olhos das tricanas não há luz A velha academia está de luto Nos olhos das tricanas não há luz Corroída p’los tempos longo e brutos Caiu a Catedral de Santa Cruz Corroída p’los tempos longo e brutos Caiu a Catedral de Santa Cruz Ré
Mi- La7 Ré
Fá#
Si- Fá#7 Mi- Fá#- Fá#7 Si-
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Ao cair da tarde
Senhor poeta
Letra e música: ? (fado de Coimbra)
Música: Zeca Afonso (?) Letra: António Barahona; Manuel Alegre Intérprete: Zeca Afonso (fado de Coimbra)
Fernando Carvalho Lá-
Fernando Carvalho (Gravação no mosteiro de Santa Clara (?))
Lá longe Ré-
Ao cair da tarde Sol
Vejo as nuvens de oiro Ré- Fa
Que são os teus cabelos.
Mi
Meu amor é marinheiro, E mora no alto mar, Seus braços são como o vento, Ninguém o pode amarrar.
Ré-
Fico mudo ao vê-los
Senhor poeta, Vamos dançar, Caem cometas, No alto mar.
Lá-
São o meu tesoiro Mi
Lá longe Lá-
Ao cair da tarde. Cavalgam Zebras, Voam duendes, Atiram pedras, Arrancam dentes.
Lá longe Ao cair da tarde Quando a saudade Se esvai ao sol poente.
Senhor poeta... Como canção dolente Duma mocidade Lá longe Ao cair da tarde.
Soltam as velas, Vamos largar, Caem cometas, No alto mar.
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Saudades de Coimbra
Ao morrer os olhos dizem
Letra e música: Edmundo Bettencourt (?) Intérprete: Edmundo Bettencourt (fado de Coimbra)
Letra e música: ? (fado de Coimbra) Fernando Carvalho
Fernando Carvalho Lá- Mi
Fá
O Coimbra do Mondego E dos amores que eu lá tive Sol Do
Quem te não viu anda cego Quem te não amar não vive
Ao morrer os olhos dizem Para a morte espera aí Vida não vás tão depressa Q’eu’inda te não vivi A vida vai e a morte É quem responde em vez dela [bis]
Do Choupal até à Lapa Foi Coimbra os meus amores
Mas que culpa tem a vida De que não saibam vivê-la
A sombra da minha capa Deu no chão abriu em Flores
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Balada da despedida
Samaritana
Letra e música: ? (fado de Coimbra)
Letra e música: Edmundo Bettencourt (?) Intérprete: Edmundo Bettencourt (fado de Coimbra)
Fernando Carvalho Mi- La-
Azeituna
Coimbra tem mais encanto Do
Dó Si7
Dos amores do redentor
Na hora da despedida.
Ré#7dim Re
não reza a história sagrada
Sol
Rém Fá
Não me tentes enganar,
mas diz uma lenda encantada
Si7 Mi-
Sol Sol7 Dó
Com a tua formosura,
que o bom Jesus sofreu de amor.
Si7 Mi-
Que para além do luar, La- Si7
Há sempre uma noite escura.
Coimbra tem mais encanto Na hora da despedida.
Sofreu consigo e calou sua paixão divinal assim como qualquer mortal um dia de amor palpitou. [Refrão] Sol7 Dó
Mi-
E as lágrimas do meu pranto
Ré#7dim Sol
Samaritana plebeia de Sical Rém Sol7 Dó
Ré
Sol/si7
São a luz que me dão vida.
Alguém espreitando te viu Jesus beijar Sol7 Dó
Dó7 Fá
De tarde quando foste encontrá-lo só Dó
Coimbra tem mais encanto Na hora da despedida.
Sol7 Dó
Morto de sede junto à fonte de Jacob. Dó
Lá7 Rém
E tu risonha acolheste
Quem me dera estar contente, Enganar a minha dor, Mas a saudade não mente, Se é verdade no amor.
Sol7 Dó
o beijo que te encantou Lá7 Rém
Serena, empalideceste Sol7 Dó
e Jesus Cristo corou Dó7 Fá
Corou por ver quanta luz Sol7 Dó
irradiava da tua fronte Dó7 Fá
Quando disseste ò bom Jesus Sol7 Dó
-’Que bem eu fiz, Senhor, em vir à fonte.’ [Refrão]
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sicais: uma cujo autor ignoro e ouvi pela primeira vez em 1970, por um dos ’trovadores’ anónimos que na época apareciam e de que não existem gravações em disco e uma outra que ouvi cantar numa sessão com o então Padre Francisco Fanhais , alguns anos depois. Suponho também que Fanhais nunca chegou a gravá-la em disco (em CD muito menos, como é óbvio: ninguém sabia o que isso era). Ouvi várias opiniões sobre o autor destes versos, que não sei identificar. Em qualquer dos casos, o estilo musical das versões que conheci não tinha raízes de Coimbra. Chamemoslhe apenas canção de protesto. um abraço. Fernando Pais
Balada da despedida (2) Letra e música: ? (fado de Coimbra) Fernando Carvalho
Quando passas nos meus olhos Nunca és o que eu sonhei Se és vida nunca vivi Se és amor nunca te amei Não podes negar-me um beijo Senhora da minha vida Nunca se nega um desejo a uma alma perdida
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Balada do Mondego Letra e música: ? (fado de Coimbra)
discursos, salmão, lagosta pão duro, desespero e crosta e sorrisos de hospedeiras e assassínios de ceifeiras
Fernando Carvalho
[Refrão] Ai oh água do Mondego Ai águas do mondeguinho Num dos teus barcos à vela Seguirei o meu caminho
Ai não há dúvida continuam ainda a existir até ao raio que há-de partir até ao raio que os há-de partir
Ai oh água do Mondego Ai águas do mondeguinho Deixa-me beber-te as águas Que me vou pôr a caminho
Nota: história deste Protesto Para o caso de ter interesse a sua publicação, envio uma ’cantiga de protesto’. Escrevo-a de memória, pode eventualmente faltar um ou outro verso. A crise estudantil e de acentuada contestação ao regime vigente culmina em Coimbra com a greve aos exames no ano lectivo de 1968/69. A partir da visita do então Presidente Américo Tomás à inauguração do edifício das Matemáticas (17 de Abril, se não erro), sessão em que consegui então estar presente, sendo presidente da Associação o actual deputado Alberto Martins, meu colega de curso nesse ano, as coisas complicaram-se. O presidente da Associação Académica pediu a palavra, que lhe foi recusada pelo Almirante. Depois, já no exterior da sala, nos corredores do novo edifício, houve vaias e recordo-me de um outro colega nosso, africano, lhe ter chamado à sua passagem sepulcro caiado (o Almirante vestia de branco). Isto para além de outros mimos. A polícia de choque não interveio logo ali, o que teria tido consequências muito graves, talvez pelo facto do Ministro da Justiça de então, prof. da Faculdade de Direito de Coimbra Mário Júlio de Almeida e Costa), estar ali presente e ter evitado que tal acontecesse. Esta foi pelo menos a versão que correu entre os estudantes. Uma das formas de mobilização dos estudantes passava pelo convívio em que participavam alguns dos cantores de protesto, como foi o caso de Adriano ou de José Afonso. Como diz um poeta espanhol, a poesia é uma arma carregada de futuro e os versos eram então uma das armas possíveis de combate. A par das canções do Adriano ou do Zeca, hoje conhecidas porque delas existem registos gravados, outras eram cantadas, algumas demasiado ’fortes’ para poderem ser sequer gravadas. Dos versos que escrevo a seguir conheci duas versões mu-
Adeus aulas, pesadelos Da vida que vai findar Vou-me embora adeus, adeus Mas hei-de um dia voltar Hei-de voltar naquele dia Em que nos formos casar Hei-de voltar naquele dia Em que nos formos casar
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Protesto
Balada do Outono
Letra e música: ? Intérprete: Francisco Fanhais (canção de Coimbra)
Letra e música: Zeca Afonso (fado de Coimbra) Arménia Rua, jj
Fernando Pais
mim
Águas ’Palhaço lacrimogéneo’ Ai não há dúvida vocês existem ,vocês persistem vocês existem com grémios e tribunais medidas de segurança e capitais plenários, mercenários, festivais grades torturas verbenas cativeiros de longas penas com vistas para o mar para matar para matar [Refrão] Palhaço lacrimogéneo capacete de aço palhaço lacrimogéneo capacete de aço Vocês existem, baionetas e chá com bolos cooperativas, clubes de mães concursos de gatos e cães cães de luxo para lamber cães policias polícias cães para morder barracas de lata para viver trapos suor e lodo amáveis conversas de casaca e sobre as nossas cabeças a matraca a matraca a matraca...
ré
mim
E pedras do rio ré
mim
Meu sono vazio ré
mim
Não vão Acordar mim
Águas ré
mim
Das fontes calai ré
mim
Ó ribeiras chorai sib7 ré
mim
Que eu não volto A cantar Rios que vão dar ao mar Deixem meus olhos secar Águas Das fontes calai Ó ribeiras chorai Que eu não volto A cantar Águas Do rio correndo Poentes morrendo P’ras bandas do mar Águas Das fontes calai Ó ribeiras chorai Que eu não volto A cantar Rios que vão dar ao mar Deixem meus olhos secar Águas Das fontes calai Ó ribeiras chorai Que eu não volto A cantar
[Refrão] Vocês existem bordados a ponto cruz fazendo a guerra sugando o povo sorvendo a luz com Estoris, cocktails, recepções whisky, cascatas e rallies trapeiras e esconsos saguões
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Capa negra, rosa negra
Pátria
Música: António Portugal; Adriano Correia de Oliveira Letra: Manuel Alegre Intérprete: Adriano Correia de Oliveira (fado de Coimbra)
Música: António Portugal Letra: António Ferreira Guedes Intérprete: Adriano Correia de Oliveira (Fado de Coimbra)
Fernando Carvalho
Fernando Pais
Capa negra, rosa negra Rosa negra sem roseira Abre-te bem nos meus ombros Como o vento numa bandeira.
A minha boca é um cravo na tua boca desfeito outro cravo é o coração desfolhado no teu peito
Abre-te bem nos meus ombros Vira costas à saudade Capa negra, rosa negra Bandeira de liberdade.
O coração só desfolha se lhe apodrece a raiz triste destino o destino da gente do meu país
Eu sou livre como as aves E passo a vida a cantar Coração que nasceu livre Não se pode acorrentar.
A minha boca é um cravo na tua boca desfeito nascem cravos murcham cravos desfolhados no teu peito
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Os teus olhos são tão verdes
Coimbra
Letra e música: ? (fado de Coimbra)
Letra e música: ? (fado de Coimbra)
Fernando Carvalho
Fernando Carvalho
Os teus olhos são tão verdes São duas Avé-Marias
Coimbra tem mais encanto Na hora da despedida.
Um Rosário de amarguras Que eu rezo todos os dias
Que as lágrimas do meu pranto
Ré- Sol-
Lá7 RéDó7 Fá
São amores que lhe dão vida Os teus olhos não são teus Desde o dia em que te vi
Coimbra tem mais encanto Na hora da despedida
Os teus olhos são os meus Que os meus cegaram por ti
Dó7
Quem me dera Fá
Estar contente Lá7 Ré-
Enganar a minha dor Lá7 Ré-
Mas a saudade não mente Lá# Lá7
Se é verdade no amor.
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Coimbra é uma lição
O sol anda lá no céu
Música: Raul Ferrão Letra: José Galhardo (fado de Coimbra)
Letra e música: ? (fado de Coimbra) Fernando Carvalho
Fernando Carvalho, Arthur Reed Dó
O Sol anda lá no céu Tão pertinho atrás da Lua Também trago a minha alma De castigo atrás da tua
Lá- Láb Sol7
Intr: Do-
Coimbra do Choupal, Ainda és capital
Eu fui lavar ao Mondego As penas da minhas mágoas Minhas mágoas eram negras Negras ficaram as águas
Do amor em Portugal, Sol7
Ainda. Coimbra, onde uma vez, Com lágrimas se fez A história dessa Inês DoTão linda!
Oh estrelinha do Norte Espera por mim que já vou Ensina-me o caminho Já que o luar me enganou.
Coimbra das canções, Tão meiga que nos pões Os nossos corações A nu. Coimbra dos doutores, P’ra nós os teus cantores A fonte dos amores És tu. Dó
Fá#dim
Coimbra é uma lição Láb Sol7
De sonho e tradição O lente é uma canção Dó
E a lua a faculdade Fá#dim
O livro é uma mulher Láb Sol7
Só passa quem souber E aprende-se a dizer Dó
Saudade.
nota: Esta canção teve também uma versão inglesa - April in Portugal
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Ondas do mar
Coimbra menina e moça
Letra e música: Fernando Rolim (fado de Coimbra)
Letra e música: ? (fado de Coimbra)
Fernando Carvalho
Fernando Carvalho
Meu amor vem sobre as ondas Meu amor vem sobre o mar Ai quem me dera morrer Nas águas do teu olhar Meu amor vem sobre as ondas Meu amor vem sobre o mar
Coimbra menina e moça Rouxinol de Bernardim Fá# Não há terra como a nossa
Lá
Mi
SiMi
Não há no mundo outra assim. [bis] Coimbra é de Portugal Como a flor é do jardim Como a estrela do céu Como a saudade é de mim.
Dos meus olhos meu amor Nascem as ondas do mar... Lágrimas tristes que choro Saudades do teu olhar!...
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Ré
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Lá
Contos Velhinhos
O meu menino
Letra e música: Ângelo Araújo Intérprete: Zeca Afonso (fado de Coimbra)
Letra e música: ? (fado de Coimbra) Fernando Carvalho
Fernando Pais
O meu menino é d’oiro É d’oiro o meu menino
Contos velhinhos de amor numa noite branca e fria tantos trago para contar são pétalas duma flor desfolhadas ao luar contos velhinhos de amor numa noite branca e fria tantos trago para contar
Hei-de levá-lo ao céu Enquanto for pequenino [bis] Enquanto for pequenino Tão puro como o luar Hei-de levá-lo ao céu Hei-de ensiná-lo a cantar [bis]
Contos velhinhos os meus são contos iguais a tantos que tantos já nos contaram são saudades de um adeus de sonhos que já passaram contos velhinhos os meus são contos iguais a tantos que tantos já nos contaram
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O meu desejo
Esmeralda verde
Letra e música: ? (fado de Coimbra)
Letra e música: ? (fado de Coimbra)
Fernando Carvalho
Fernando Carvalho
Lá
Conheço a esmeralda verde O verde d’água marinha
O meu desejo Sol
É dar-te um beijo É ter desejo
Nenhum verde é como o verde Dos teus olhos Joaninha
Mi7
De te beijar Sol(2v.Mi7)
Conheço a esmeralda verde O verde d’água marinha
Perdidamente Dó(2v.Lá-)
Como quem sente Que o teu sorriso
Ai vou rezar à saudade Este meu amor sem fim
Lá-
Vai acabar
São mágoas da mocidade Que trago dentro de mim
O meu desejo É dar-te um beijo É ter desejo De te beijar
Ai vou rezar à saudade Este meu amor sem fim
Como quem ama Do Sol a chama Como quem reza Sempre a chorar
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Fado das fogueiras
Oh Coimbra do Mondego
Música: Francisco Menano Letra: Augusto Gil In: ?, 1909
Letra e música: Zeca Afonso (?) (fado de Coimbra) A. Guimarães
’Fado de Coimbra’
Entraste com ar cansado Numa Igreja fria e triste. Ajoelhei-me ao teu lado (Ai) - E nem ao menos me viste ...
Oh Coimbra do Mondego e dos amores que eu lá tive [bis] quem te não viu anda cego quem te não ama não vive [bis] Do Choupal até à Lapa foi Coimbra meus amores [bis] e sombra da minha capa deu no chão abriu em flores [bis]
Se aquilo que a gente sente, Cá dentro, tivesse voz, Muita gente ... toda a gente Teria pena de nós!
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O fado dos passarinhos
Fado de Santa Cruz
Música: António Menano Letra: popular: Açores (fado de Coimbra)
Música: Fortunato Roma da Fonseca Letra: ? Intérprete: Edmundo Bettencourt; António Menano (fado de Coimbra)
Fernando Carvalho (Ilha das Flores) Dó
Fernando Carvalho
Sol Dó
Passarinho da ribeira Se não fores meu inimigo
Igreja de Santa Cruz feita de pedra morena Dentro de ti vão rezar Uns olhos que me dão pena [bis]
Fá
Empresta-me as tuas asas Sol Dó
Deixa-me ir voar contigo Sol
Passarinho da ribeira Fá
Ai!...Se não fores meu inimigo
Sol Dó
Quando estavas na igreja A teus pés ajoelhei À Virgem por mim rezava À Virgem por ti rezei
Ao longe cruzando o espaço Vai um bando de andorinhas [bis] Que te leva um abraço E muitas saudades minhas Ao longe cruzando o espaço Ai!...Vai um bando de andorinhas
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Fado Hilário
Nota:
Letra e música: Augusto Hilário Intérprete: António Menano (fado de Coimbra) Fernando Carvalho
A minha capa velhinha É da cor da noite escura, Nela quero amortalhar-me, Quando for p’ra sepultura.
Balada de inspiração Brassens, define simultaneamente um estado de espírito e uma autobiografia, uma crise de consciência (destruição do sentimento de remorso) e uma meio social (os prostíbulos do ’Terreiro da Erva’ ou os seus sucedâneos mais ou menos bem iluminados. Zeca Afonso, ’Cantares’
A minha capa ondulante Feita de negro tecido, Não é capa de estudante É mortalha de vencido. Ai!... Eu quero que o meu caixão Tenha uma forma bizarra, A forma de um coração, Ai!... A forma de uma guitarra.
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No lago do Breu
Fado solitário
Letra e música: Zeca Afonso (fado de Coimbra)
Música: Francisco Menano Letra: Horácio Menano Intérprete: António Menano (fado de Coimbra)
Fernando Carvalho, Fernando Pais Ré
Fernando Carvalho
No lago do Breu, Sem luzes no céu nem bom Deus Lá Que venha abrasar os ateus,
Lá- Ré-
Dizem que as mães querem mais Ao filho que mais mal faz
Ré
No lago do Breu.
Ré- Lá-
Por isso te quero tanto Que tantas mágoas me dás
No lago do Breu, A noite não vem sem sinais Que fazem tremer os mortais, No lago do Breu.
Perguntas-me o que é morrer Meu amor minha alegria Morrer...passar um dia Todo inteiro sem te ver
Lá
Mas quem não for mau, não vá Ré
Que o céu não se comprará Lá
Não vejo a razão p’ro ser Ré
Quem teme e não quer viver Sol- Ré
Sem luzes no céu só mesmo como eu Lá
Ré
No lago do Breu. No lago do Breu, Os dedos da noite vão juntos Para amortalhar os defuntos, No lago do Breu. No lago do Breu, A lua nasceu mas ninguém Pergunta quem vai ou quem vem No lago do Breu. Mas quem não for mau, não vá Que o céu não se comprará Não vejo a razão p’ro ser Quem teme e não quer viver Sem luzes no céu só mesmo como eu, No lago do Breu. No lago do Breu, Meninas perdidas eu sei, Mas só nestas vidas me achei, No lago do Breu.
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Feiticeira
Minho encantador
Letra e música: ? (fado de Coimbra)
Música: Paulo Sá Letra: F. Vilela Passos (fado de Coimbra)
Fernando Carvalho
Fernando Carvalho
Sol
Ó meu amor,
Sol
Ré
Ré
Adeus Minho encantador
Dó
Onde vive o meu amor
minha linda feiticeira,
Dó
Eu daria a vida inteira
Ré
Sol
Sol
Tão sozinho abandonado [bis]
Por um só beijo dos teus.
Mi
Mi
Lá-
E eu hei-de voltar um dia
Por teu amor,
Ré
Lá-
P’ra senhora da Agonia
A minha vida era pouca, Ré
P’ra beberes da minha boca,
Sol
Há-de ser nosso noivado [bis]
Sol
Sol
Ré
O beijo do eterno adeus.
E se eu nunca mais voltar
Ó meu amor Sonho lindo este que eu tive Única esperança que vive Na minha alma a soluçar.
Deixei meus olhos chorar
Dó [bis]
Ré
Num adeus a despedida Mi
Lá-
E fico a soluçar Ré
Importa o mundo falar
Por teu amor Eu morria de desejo Deste-me a vida num beijo Eu vivi por te beijar.
Sol
Sobre a minha alma perdida [bis] Mi
Lá-
E adeus Minho encantador Ré
Onde vive o meu amor... Sol
Tão sozinho abandonado [bis]
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Menino d’oiro
Menina e moça
Letra e música: Zeca Afonso In: ’As primeiras canções’ (canção de Coimbra)
Música: Fausto Frazão Letra: popular Intérprete: António Menano (fado de Coimbra)
Aménia Rua
Fernando Pais
O meu menino é d’oiro É d’oiro fino Não façam caso Que é, pequenino Não façam caso Que é pequenino
É preciso ter sofrido e ter-se de amores chorado para se entender o sentido que há na tristeza do fado. Numa noite de luar sob um céu doce e calado nada se pode igualar à mágoa de um triste fado.
O meu menino é d’oiro D’oiro fagueiro Hei-de levá-lo No meu veleiro Hei-de levá-lo No meu veleiro Venham aves do céu Pousar de mansinho Por sobre os ombros Do meu menino Do meu menino Do meu menino Venham comigo venham Que eu não vou só Levo o menino No meu ternó Levo o menino No meu ternó
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Menino de oiro
Que eu não vou só Levo o menino no meu trenó.
Letra e música: Zeca Afonso In: ’As primeiras canções’ (fado de Coimbra) Fernando Carvalho
O meu menino é d’oiro É d’oiro fino Não façam caso que é pequenino O meu menino é d’oiro D’oiro fagueiro Hei-de levá-lo no meu veleiro. Venham aves do céu Pousar de mansinho Por sobre os ombros do meu menino Do meu menino, do meu menino Venha comigo venham Que eu não vou só Levo o menino no meu trenó. Quantos sonhos ligeiros p’ra teu sossego Menino avaro não tenhas medo Onde fores no teu sonho Quero ir contigo Menino de oiro sou teu amigo Venham altas montanhas Ventos do mar Que o meu menino Nasceu p’r’amar Venha comigo venham Que eu não vou só Levo o menino no meu trenó. O meu menino é d’oiro É d’oiro é de oiro fino Não façam caso que é pequenino O meu menino é d’oiro D’oiro fagueiro Hei-de levá-lo no meu veleiro. Venham altas montanhas Ventos do mar Que o meu menino Nasceu p’r’amar Venha comigo venham
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