Falta de Ética na pastoral

June 15, 2017 | Autor: Eduardo Maciel | Categoria: Theology, Pastoral Theology, Teologia, Filosofía, Ética, Antropología
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FATUN

Ética do Ensino Religioso

Carlos Eduardo Maciel

[RIO DE JANEIRO] [2015]

CARLOS EDUARDO MACIEL

ÉTICA DO ENSINO RELIGIOSO

Reflexão apresentado pela acadêmico Carlos Eduardo Maciel como exigência do curso de pósgraduação do curso de Ciencias da Religião da Faculdade FATUN sob a orientação do professor: Tiago Pacheco.

[RIO DE JANEIRO] [2015]

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ÉTICA NO AMBIENTE RELIGIOSO

Selecione um caso de violação de Ética, e descreva sua opinião sobre ele:

A experiência dos valores faz parte da rotina da vida humana. E o conjunto dos valores que fazem parte desta experiência chamada humanidade, os valores morais parece estar entre os mais importantes. A todo instante a questão do bem e do mal se apresentam no horizonte da ação humana. Agir de forma contrária àquilo que a Moral e a Ética nos aconselham, traz a sensação de que estamos fazendo aquilo que não deveria ser feito. Nesta experiência da moralidade é comum a todos os homens, em todas as sociedades. Contudo, nem todos são capazes de desenvolver a crítica do conteúdo da moral: esta tarefa cabe à Ética. Temos aprendido que Ética, é um conjunto de atitudes em determinada função ou profissão. Nas mais variadas profissões como: advogados, médicos, engenheiros, professores, e funções como políticos, sacerdotes, pastores ou paide-santo existe um código de Ética que muitas vezes é desprezado, esquecido, ou negligenciado. Gostaria de selecionar um caso de violação de ética pastoral, presenciado por mim mesmo horas antes da confecção deste trabalho... Em uma determinada Igreja Evangélica, na cidade de Volta Redonda, interior do Rio de Janeiro, um determinado líder empresta o seu púlpito para um preletor (pastor ou conferencista convidado), não eximindo este líder da culpa, pois provavelmente só deixamos pregar em nossos púlpitos aqueles que conhecemos, mais enfim... Esse conferencista começa a ler um versículo das sagradas escrituras, II Coríntios 4.13 “E temos, portanto, o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri; por isso, falei. Nós cremos também; por isso, também falamos”. Comecei a estranhar, pois absurdamente este homem começa levar o sermão para um lado de manipulação do publico que estava ali presente. Toda uma teologia é construída, extraída de um texto isolado, num momento de ofertório (palavra introdutória ao momento de Dízimos e ofertas). Até ai, nada novo do que estamos acostumados a ouvir. Segundo este orador, se a pessoa crê, tem que falar naquilo que crê; Mas para ele, não basta só falar, ou viver falando, tem que agir, tem que haver ação, atitude de fé; E na sua concepção, agir e crer pela fé seria entregar uma oferta naquele altar. Para reforçar sua tentativa de extorsão, contou dois testemunhos, ou “tristemunhos”, um de uma pessoa que ele mesmo literalmente a rotulou como “negão fedido” usando de linguagem depreciativa para com o ser humano;

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Dizendo que este homem era muito doente, e vivia no hospital, na UTI, mas pela sua fé (fé deste dito pastor) dormiria uma noite com sua camisa suada, fedida, e depois devolveria a camisa para o irmãozinho doente... Naquela noite, nem a esposa deste pastor quis dormir ao lado dele, devido ao odor daquela camisa; Mas milagrosamente no outro dia, quando levou a camisa ao enfermo, ele foi curado e nunca mais deu entrada em um hospital. Já o outro caso, só podia ser sobre dinheiro, seu propósito inicial. Um certo colega pastor, falido, da Igreja Assembleia de Deus, em algum lugar do Rio de Janeiro... Contava ele chegou em uma de suas conferencias de três dias, no primeiro dia não ofertou, pois nada tinha pra dar; No segundo dia não contribuiu com nada, estava falido “sem dois reais no bolso” palavras do ilustríssimo preletor. Mas então no terceiro e ultimo dia, ele fez um desafio (oferta do tudo ou nada), dirigindo-se ao homem falido disse: “quero que você me traga uma oferta de 1.000,00 Reais”, O homem respondeu a ele: “estou sem nada, e não tenho da onde tirar esta oferta”, Então, eis uma ideia insana: “Peça emprestado para alguém... Nem que seja um traficante, seu amigo de infância...”. Em suma, ele pegou os 1.000,00 Reais com seu amigo traficante, levou para esse pastor, e cinco anos depois, “deus” o abençoou tanto que este homem hoje, é dono de uma frota de caminhões com um patrimônio estimado em mais de 5 milhões... Na minha opinião, a ética pastoral foi quebrada de diversas maneira; Em primeiro lugar pela maneira pejorativa, racista, ofensiva, e pela falta de respeito com um semelhante o chamando de “macaco, negão, e fedido”. Em segundo lugar, essa ética é desrespeitada, esquecida, negligenciada, quando faço uso da minha posição de orador, para manipular, extorquir e fazer esse “show” que nada tem haver com a fé Cristã. Infelizmente, o Neopentecostalismo fez mais mal do que bem para a comunidade cristã, quebrando todas as regras, toda moralidade, toda ética que antes existia. Transformando nossos templos em teatros, em mercados, em algo que se assemelha muito a uma casa de shows.

Aluno: Carlos Eduardo Maciel

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