FAST URBANISM Duas Estrategias de Acolhimento de uma Emergencia

May 30, 2017 | Autor: I. Guedes Alcoforado | Categoria: Smart City
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FAST URBANISM Duas Estratégias de Acolhimento de uma ´Emergência´ Ihering Guedes Alcoforado

“Fast urbanism” is the product of late twentieth century high technology. But it is perhaps equally influenced by the increasing power of giant corporations to homogenize and control the experience of city dwellers by managing the design of physical space, transportation, housing, offices, and commerce. In a more abstract sense, corporations have had a huge impact on how people think about urban life and urban space. [HERZOG, 1995]

A explosão de oportunidades de negócios na confluência das novas tecnologias de informações e comunicações com a dimensão material das cidades (a cidades das coisas) torna imperativo a requalificação da apreensão dos objetos do planejamento urbano que avançam de forma irreversível para tornarem-se cada vez mais inteligentes. É disto que se trata abaixo com a apresentação dos contornos de duas alternativas de apreensão dessa nova realidade das coisas urbanas, no momento da sua emergência.

A primeira alternativa é expressa pela Teoria Urbana da Escola de Los Angeles que busca extrair um sentido no processo avançado de fragmentação, caos e descentralização das localidades suburbanas em torno de LA, onde identificam a emergência de novas identidades e localidades hibridas, a partir do que formulam uma nova agenda urbana que se coloca como uma referencia ao debate, tanto pelo que faz como referido acima , como pelo que deixa de fazer ao escantear a questão da sustentabilidade. [SOJA, 1996; DEAR, 2000]

A segunda alternativa é vinculada a literatura sobre cidades digitais (digital cities) e a evolução das comunidades cibernéticas ( cyber communities).

Esta corrente explora a

forma como os computadores estão reinventando o espaço urbano com uma requalificação de algumas instituições e praticas sociais fundado na crença de uma possível substituição dos espaços físicos da cidade tradicional por um espaço simulado, o que se reflete no seu léxico povoado por expressões adjetivas que contornam o virtual. [MITICHELL,1995]

Uma evolução desta versão são as cidades inteligentes (smart cities) que enfatizam o surgimento de uma nova fronteira de criação de valor por meio das atividades econômicas produzidas e consumidas no meio urbano, a exemplo do avanço da digitalização na produção e consumo de bens essenciais a exemplo da segurança inteligente(smart security), dos serviços de saúde inteligentes (smart health) e dos serviços de transportes (smart transport). [DAMERI-ROSENTHAL-SABROUX, 2014]

Por fim, vale ressaltar para os policy makers que o processo em tela, enfrenta múltiplas resistências desde suas origens. De um lado, chamo atenção para os que tomam como ponto de partida o fato que tais conceitos de cidade são, na sua maior parte promovido pelas as grandes empresas provedoras da infraestrutura, a partir do que

formulam

uma critica que tem como principal eixo a denuncia do que chamam da fantasia corporativa (corporate fantasy) que, no nosso entendimento, a depender da estratégia adotada de transição para uma realidade urbana, tanto pode deixar no seus rastro uma serie de “elefantes brancos”, como pode instituir no seu horizonte, múltiplas oportunidade de negócios.. Do outro lado, temos uma resistência que se articula em torno da problematização da nova sociabilidade urbana fundada na separação espacial das pessoas e, no relacionamento virtual dos consumidores, configurando uma crítica humanista que chama atenção para as implicações de uma convivência cada vez

digitalizada e, consequentemente, descolada dos espaços reais de convivência, abrindo espaço para um controle dos corações e mentes. [SORKIN, 1992; SKLAIR, 1991]

REFERÊNCIAS

DAMERI, Renata Paola & ROSENTHAL-SABROUX, Camille, (eds.) Smart City: How to Create Public and Economic Value with High Technology in Urban Space. New York: Springer, 2014 DEAR, Michael, The Post Modern Urban Condition. Oxford: Blackwell, 2000. HERZOG, Lawrence A., Fast Urbanism and Slow Urbanism: Globalization and Public Space in Three Mexican Cities In: Gareth Jones, ed. The End of Public Space in the Latin American

City.

Conference

Proceedings,

Austin:

University

of

Texas,

1995.

http://www.lawrenceaherzog.com/wpcontent/uploads/2016/01/chapterinjoneseditedbook06.pdf (Consultado em 31/08/2016) MITICHELL, William J., City of Bits. Cambridge, Mass.: MIT Press. 1995 SOJA, Edward. Thirdspace. Cambridge: Blackwell. 1996 SORKIN, Michael Variations of a Theme Park. New York: Hill & Wang, 1992 SKLAIR, Leslie, Sociology of the Global System. Baltimore: Johns Hopkins. 1991.

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