Fazer educação linguística: ensinar grego, avaliar as aprendizagens

June 4, 2017 | Autor: Luis Salema | Categoria: Language Assessment, Ancient Greek Language, Didactics of Languages
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Fazer educação linguística: ensinar grego, avaliar as aprendizagens Coimbra, 22 de abril de 2016

Luís Fernando Pinto Salema ES Manuel Teixeira Gomes | AEMTG (Portimão) Centro de Línguas, Literaturas e Culturas | Universidade de Aveiro

1

4

7

Introdução

Avaliação

Produtos e instrumentos

3

6

Educação linguística

2

Questões orientadoras

Design de avaliação

5 Referencial para a avaliação formativa

Sumário

Introdução

> Presença precária das línguas clássicas [Cravo et al. 10 escolas | latim; 4 | grego] > ESMTG – Portimão 132 alunos (últimos 6 anos)

Introdução

> 2 grandes obstáculos: i) a carga horária da disciplina é insuficiente para implementar o programa homologado; ii) a avaliação das aprendizagens constitui um desafio para o qual o professor tem de encontrar uma resposta adequada.

Questões orientadoras

1.Como

pode

a

disciplina

de

grego

contribuir para a educação linguística dos alunos? Léxico, etimologia, intercompreensão, desenvolvimento de uma competência plurilingue

Questões orientadoras

2. Que práticas e instrumentos configuram o design de avaliação implementado? Desenvolvimento

curricular,

planificação,

experiências

de

aprendizagem, conhecimento robusto da língua e da cultura gregas, modalidades de avaliação, atividades e instrumentos

Educação linguística e estudo do grego

> Didática das línguas clássicas – prática tradicional > Centralidade da morfossintaxe e da tradução

Educação linguística e estudo do grego

> Abertura e curiosidade > Pensamento crítico > Capacidade de compreender a realidade > Comunicação e interpretação > Alargamento dos horizontes culturais

Desenvolvimento curricular e educação linguística

1. Tradução de textos 2. Interpretação de textos 3. Utilização de conhecimento acerca da língua 4. Cultura e património

1. Praticar, formar e avaliar para a tradução

> Aplicação de técnicas de tradução que se revelam úteis, também, para as línguas modernas e.g. utilização de dicionários ou glossários, estratégias de seleção vocabular, cotejo entre traduções de uma mesma obra, apreciação crítica das opções tradutológicas, ferramentas eletrónicas de apoio à tradução

1. Praticar, formar e avaliar para a tradução

> Variar as formas de apresentação do texto e. g. texto autêntico, texto autêntico simplificado, texto apresentado com notas/vocabulário, texto com excertos em português, textos bilingues

> Ler um texto não é traduzir

> Traduzir não é compreender

2. A interpretação de textos em grego e em português

> A leitura no centro da aprendizagem

> Ler, interpretar, compreender > Ligações com a história, a arte, a literatura > Esopo e Rei Édipo, de Sófocles

2. A interpretação de textos em grego e em português Para uma exposição didática da dialética de explicação e compreensão enquanto fases de um único processo, proponho descrever esta dialética, primeiro, como

um movimento da compreensão para a

explicação

e,

em

seguida,

como

um movimento da

explicação para a compreensão.

Da primeira vez, a

compreensão será uma captação ingénua do sentido do texto enquanto todo. Da segunda, será um modo sofisticado de compreensão apoiada em procedimentos explicativos. RICOEUR, Paul (1976). Teoria da interpretação – o discurso e o excesso de significação. Lisboa: Edições 70.

3. O conhecimento da(s) língua(s) e as estratégias de intercompreensão

> Desenvolvimento da oralidade (pronúncia e compreensão do oral) e.g. audição de textos, canções, em grego moderno e antigo, resposta a questões, leitura expressiva

> Domínio do vocabulário e.g. conjunto variado de atividades de escrita: completar frases, ligar palavras às suas definições, escrever frases curtas, em grego, para consolidar o seu conhecimento gramatical, aplicar corretamente formas gramaticais, em resposta a itens de completamento, e mobilizar o conhecimento relacionado com a etimologia.

3. O conhecimento da(s) língua(s) e as estratégias de intercompreensão

> Reconhecimento de estruturas sintáticas

> Exploração das relações etimológicas e.g. helenismos, no vocabulário comum; léxicos de especialidade, nomeadamente no científico e técnico, processos de composição e derivação lexical.

4. Cultura e património

• A transmissão de uma herança através da descoberta do homem e do Mundo Antigo • Estabelecimento de relações com: -

A literatura A história Outras línguas As ciências e as novas tecnologias

Educação linguística

> Estudar a língua como um sistema coerente: observar, compreender, explicar, interpretar, manipular, memorizar, transferir > Associação com as línguas indo-europeias > Despertar a curiosidade, o pensamento crítico, a reflexão linguística

Educação linguística

> A interpretação e a leitura no centro da aprendizagem > Encontrar raízes e valores comuns > Avaliar competências linguísticas e culturais

Avaliação

1. Como é que os alunos interpretam e traduzem os textos?

Avaliação

2. Como é que evidenciam o conhecimento acerca do funcionamento e das estruturas da língua e do seu vocabulário?

Avaliação

3. Como é que os alunos demonstram uma competência cultural que, progressivamente, lhes permite avaliar e apreciar a herança do mundo clássico, na cultura ocidental?

Avaliação

Retirado de: Ministério da Educação e Ciência (1980). Boletim informativo – formação em serviço. N.º 4- Lisboa: MEC, p. 21.

Avaliação

avaliação DA aprendizagem

avaliação PARA a aprendizagem

avaliação A PARTIR da aprendizagem avaliação COMO aprendizagem

Retirado de: Ministério da Educação e Ciência (1980). Boletim informativo – formação em serviço. N.º 4- Lisboa: MEC, p. 21.

Avaliação formativa

3 — A avaliação formativa assume caráter contínuo e sistemático, recorre a uma variedade de instrumentos de recolha de informação adequados à diversidade da aprendizagem e às circunstâncias em que ocorrem, permitindo ao professor, ao aluno, ao encarregado de educação e a outras pessoas ou entidades legalmente autorizadas obter informação sobre o desenvolvimento da aprendizagem, com vista ao ajustamento de processos e estratégias. [Artigo 24.º - Decreto-lei 139/2012, de 5 de julho]

Avaliação formativa

2 — A avaliação formativa determina a adoção de medidas pedagógicas adequadas às características dos alunos e à aprendizagem a desenvolver. [Artigo 25.º - Decreto-lei 139/2012, de 5 de julho]

Decreto-lei n.º 17/2016, de 4 de abril

Referencial para a avaliação formativa

2016

Design de avaliação

• Explicitação dos critérios gerais de avaliação • Atividades formativas • Teste modelo de vocabulário • Teste sumativo de vocabulário e correção

• • • •

• • • •

Em cada período letivo

Atividades formativas Informação sobre a estrutura do teste global Teste modelo (global) Teste sumativo global

Atividades formativas Explicitação dos critérios de avaliação Produto sobre cultura grega [sumativo] Autoavaliação

• Correção do teste global • Atividades formativas • Autoavaliação

Design da avaliação: atividades formativas educação

Design da avaliação: atividades formativas preposições

Design da avaliação: atividades formativas vocabulário, gramática, etimologia

Design da avaliação: trabalhos escritos exemplo de produtos

Design da avaliação: apresentação oral exemplo de «feedback» avaliativo

Design da avaliação: apresentação oral critérios de classificação

Design da avaliação: prova escrita léxico e etimologia

Design da avaliação: informação-prova avaliação global

Design da avaliação: matriz -prova avaliação global

Design da avaliação: prova escrita avaliação global

Design da avaliação: critérios de classificação prova escrita de avaliação global

Conclusão

> Integração

> Consistência > Complementaridade > Caráter contínuo e sistemático

Conclusão

> Implementar rotinas de avaliação que conduzam à melhoria das aprendizagens

> Saber linguístico construído em reflexão informada

Obrigado. [email protected]

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