Fichamento de: “IDEIA DE UMA HISTÓRIA UNIVERSAL COM UM PROPÓSITO COSMOPOLITA\" de Immanuel Kant.

June 28, 2017 | Autor: Cleiton Oliveira | Categoria: History, Immanuel Kant, Cosmopolitics, Filosofia da História
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Universidade do Estado do Rio de Janeiro Centro Acadêmico de História Faculdade de Ciências Sociais, História e Filosofia

Cleiton Batista de Oliveira Matrícula 201510284011

Fichamento de: “IDEIA DE UMA HISTÓRIA UNIVERSAL COM UM PROPÓSITO COSMOPOLITA" de Immanuel Kant.

Prof. Dr Paulo Gil Ferreira. Rio de Janeiro 2015

A história feita por homens e, “Seja qual for o conceito que, ainda com um desígnio metafísico, se possa ter da liberdade da vontade, as suas manifestações, as acções humanas, como todos os outros eventos naturais, são determinadas de acordo com as leis gerais da natureza.” (Pag. 3). Assim a história é feita por leis, dos quais criam um curso regular, onde tudo segue esse fluxo. “Assim os casamentos, os nascimentos deles derivados e a morte, já que a livre vontade dos homens sobre aqueles tem tão grande influência, não parecem estar submetidos a regra alguma,” (pag. 3) São submetidos a esse curso regular, a essas leis, mesmo que de forma lenta e imperceptível, mas no seus desdobrar conheceremos a totalidade da espécie humana. “Os homens, nos seus esforços, não procedem de modo puramente instintivo, como os animais, e também não como racionais cidadãos do mundo em conformidade com um plano combinado;” (pag. 4).

Primeira Proposição “Todas as disposições naturais de uma criatura estão determinadas a desenvolver-se alguma vez de um modo completo e apropriado.” (Pag. 5). Qual seria o motivo de termos um órgão sem função? Neste caso percebemos que subtrairmos essa proposição achamos uma natureza que não seja esse fio condutor, seria como se natureza jogasse dados, sem finalidade. Então entendemos que todas as funções das criaturas têm uma finalidade e se desenvolverão para melhor funcionamento desse fio condutor da razão.

Segunda Proposição “No homem (como única criatura racional sobre a terra), as disposições naturais que visam o uso da sua razão devem desenvolver-se integralmente só na espécie, e não no indivíduo.” (Pag. 5).

A natureza não é intuitiva, e é uma faculdade de ampliar as regras. Por não ser intuitiva, mas usa da tentativa. Se paramos para pensar deveríamos ter centenas de anos e assim por diante para desenvolver nossa capacidade intelectual, mas como temos poucos anos essa capacidade se torna desenvolvida e acumulada. Assim, essa capacidade desenvolvida gradualmente passando de geração em geração que transmite para que assim seja desenvolvida totalmente. Então o indivíduo não precisa desenvolver totalmente essa disposição, mas sim na espécie.

Terceira Proposição “A natureza quis que o homem tire totalmente de si tudo o que ultrapassa o arranjo mecânico da sua existência animal, e que não compartilhe nenhuma outra felicidade ou perfeição excepto a que ele, liberto do instinto, conseguiu para si mesmo, mediante a própria razão.” (Pag. 6). A natureza tirou do homem tudo que pudesse trazer uma segurança e maior conforto, o dotando de razão, fazendo ele busca e tudo o que a natureza o tirou, “e até a bondade da sua vontade, deviam integralmente ser obra sua.”. “Parece, pois, que à natureza não lhe interessava que ele vivesse bem, mas que se desenvolvesse até ao ponto de, pelo seu comportamento, se tomar digno da vida e do bem-estar.”. (Pag. 7) Assim o ser humano seria “forçado” a desenvolver essa capacidade racional. Se olharmos o curso da história vemos que as gerações antepassadas trabalharam para conforto para gerações futuras, onde só as gerações futuras e mais desenvolvidas poderão usufruir da totalidade desse conforto. Assim as gerações passadas trabalharam, mas não usufruíram dessa felicidade do conforto e desenvolvimento da razão humana.

Quarta Proposição. “O meio de que a natureza se serve para obter o desenvolvimento de todas as suas disposições é o antagonismo destas na sociedade, na medida em que ele se torna, finalmente, causa de uma ordem legal das mesmas disposições.” (Pag. 7).

O homem é um ser sociável, mas se tudo fosse harmonioso as disposições e habilidades racionais humanas não seriam desenvolvidas. Então a natureza nos leva a discórdia, fazendo com que essas disposições sejam desenvolvidas.

Quinta Proposição. “O maior problema do género humano, a cuja solução a Natureza o força, é a consecução de uma sociedade civil que administre o direito em geral.” (Pag. 9). A liberdade individual choca-se com as disposições naturais de satisfação dos interesses egoístas, todavia é imprescindível ao homem viver em sociedade, esta então deverá ser regulada por uma constituição legítima.

Sexta Proposição “Este problema é, ao mesmo tempo, o mais difícil e o que mais tardiamente é resolvido pelo género humano.” (Pag. 10) Todos homens precisam de um chefe, alguém que o faça obedecer a vontade universal, este chefe também é homem e que também precisa de alguém que exerça domínio sobre si. Mas este chefe: “O chefe supremo, porém, deve ser justo por si mesmo e, não obstante, ser homem. Por conseguinte, é a mais difícil de todas as tarefas; mais ainda, a sua solução perfeita é impossível: de um lenho tão retorcido, de que o homem é feito, nada de inteiramente direito se pode fazer”.

Sétima Proposição “O problema da instituição de uma constituição civil perfeita depende, por sua vez, do problema de uma relação externa legal entre os Estados e não pode resolver-se sem esta última.” (Pag. 11) Como poderemos ter um constituição e uma estado perfeito e estável, se o homem tem uma disposição a serem invejosos. Somente quando este Estado estiver necessariamente ligado e esteja em constante relacionados com outros Estados, que ele terá um

constituição perfeita. As guerras pra Kant são tentativas de aprimoramento e os levam para nível de aprendizagem melhor e as guerras são tentativas de estabelecer novas relações entre Estados. Depois disso a natureza realizará seu objetivo maior que é um estado autônomo, universal cosmopolita.

Oitava Proposição. “Pode encarar-se a história humana no seu conjunto como a execução de um plano oculto da Natureza, a fim de levar a cabo uma constituição estatal interiormente perfeita e, com este fim, também perfeita no exterior, como o único estado em que aquela pode desenvolver integralmente todas as suas disposições na humanidade.” (Pag. 15) Kant diz que devemos entender que leva-se uma tempo para que todas as disposições racionais levadas e ligadas pelo fio condutor da história serão realizadas. Depois de longas transformações esse objetivo maior de um estado universal e cosmopolita irá ser concretizado.

Nona Proposição. “Um ensaio filosófico que procure elaborar toda a história mundial segundo um plano da Natureza, em vista da perfeita associação civil no género humano, deve considerar-se não só como possível, mas também como fomentando esse propósito da Natureza.” (Pag. 17) Nesta proposição Kant afirma que esse esforça para elaboração de uma história universal, que visa a união da espécie humana não só possível como favorável para realização deste proposito.

Bibliografia KANT, I. Idee zu einer allgemeinen Geschichte in weltbürgerlicher Absicht. 1784. Tradução de Artur Morão.

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