Fichamento_BRIGHT. Da Confederação Tribal ao Estado Dinástico

June 22, 2017 | Autor: S. Semíramis Sutil | Categoria: Ancient History
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Fichamento acadêmica Séfora Semíramis Sutil Moreira1

BRIGHT, T. Da Confederação Tribal ao Estado Dinástico

1. O início e o desenvolvimento da monarquia A crise que levou a Liga Tribal de Israel ao fim ocorreu na última parte do séc. XI. Desencadeou uma série de acontecimentos, transformaram totalmente Israel e fizeram dele uma das primeiras potências de sua época. 1.1.

Primeiros passos para monarquia: Saul

1.1.1. A crise dos Filisteus e o fracasso da organização tribal Depois de uns duzentos anos de existência, a confederação israelita foi derrubada pela agressão dos filisteus. Eles chegaram à Palestina não muito depois de Israel, e viveram lado a lado com Israel. Em conflito intermitente, mas cada vez mais intenso, durante quase todo o período dos juízes. Os filisteus não eram um povo numeroso, formavam antes uma aristocracia militar, que governava uma população predominantemente canaanita. Eles progressivamente se misturaram com outros povos. Eram guerreiros formidáveis de longa tradição militar, possuíam armas feitas de ferro e carros de combate. As tropas tribais israelitas não poderiam ter muita chance contra tais inimigos no campo de batalha. Os filisteus começaram cedo a dominar as cidades-estado canaanitas que restavam na planície costeira e em Esdrelon, assim como os Povos do mar da região, Judá e Dan. 1.1.2. Israel sob o jugo dos filisteus Procurando deter o avanço dos filisteus e mal sucedidos numa campanha preliminar os israelitas trouxeram a Arca de Silo. Mas, o resultado foi a derrota total, os sacerdotes que transportavam a Arca foram mortos, enquanto esta foi capturada pelos filisteus. Em

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Graduando em licenciatura/ bacharelado em História pela Universidade Federal de São João del-rei (UFSJ) - 2014

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seguida os filisteus ocuparam a terra, Silo foi tomada e o Santuário da Liga Tribal foi destruído. 1.1.3. O último da antiga ordem O espírito que guiou Israel naqueles dias sombrios foi Samuel. Foi consagrado a Iahweh e foi pupilo do velho sacerdote Eli. Samuel se esforçou mais do que qualquer outro para manter a tradição anfictiônica viva após a queda da Liga Tribal pelos filisteus. 2. O primeiro rei: Saul Foi em meio a essa situação difícil que se encontrava Israel que elegeram Saul para governa - lá. Ao que indica Saul fora ungido por Samuel em Rama e devido às suas escolhas teve a aliança com Samuel rompida posteriormente. Porém, Saul foi bem aceito pela população logo na ocasião da vitória contra os amonitas. Saul consegue vencer e expulsar os filisteus e reconquista a esperança do povo israelita. Venceu também sobre Amalec e muitas outras batalhas ocorreram durante seu reino. Em seu reinado Saul não empreendeu consideráveis mudanças na estrutura interna de Israel. A organização tribal foi deixada com era. Seu reinado foi mais militar do que administrativo. Apesar das iniciais conquistas Saul, após cerca de uma década de mandato, decai em ruína deixando Israel pior do que se encontrava outrora. Porém, o que de fato levou ao fim do reinado de Saul foi o aparecimento do jovem herói Davi, que ficou famoso pela proeza de matar o gigante Golias. Além da fama Davi tinha muito prestígio pela larga amizade com Jonatas, filho de Saul, e pelo casamento com Mical, também filha de Saul. Com o crescente prestígio de Davi, Saul sentiu-se enfraquecido. Temendo que Davi fosse aclamado rei tentou por diversas vezes o matar. Davi fugiu e foi acolhido pela família sacerdotal de Silo na região de Nobe. Como vingança, Saul mandou matar todos os sacerdotes e destruir o Templo de Nobe – o que enfraqueceu a confiança de seu povo nele. E, por fim, o reinado de Saul se centralizou na busca pela destruição de Davi. Esquecendo-se da proteção das fronteiras de Israel contra os possíveis invasores e, sobretudo, contra os filisteus. 2.1.

Davi, o proscrito

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Davi fugiu para o deserto de sua região, Judá, onde seus parentes se reuniram em torno dele, juntamente com rebeldes, fugitivos e pessoas oprimidas de toda espécie. Formaram uma força de combate composta por quatrocentos homens liderados por Davi e que combatiam os filisteus e fugia das garras de Saul. Sob as constantes ameaças tanto dos filisteu como as de Saul, Davi juntamente com sua tropa que agora chegava a seiscentos homens uniu-se à Aquis, rei de Gat. Porém, esta foi uma jogada de mestre de Davi, ele mantinha um jogo duplo supostamente contra Israel, mas em verdade a favor do povo de Israel. Destarte, conseguiu manter o povo israelita convencido de que continuava sendo seu protetor. Saul se vê diante da morte em uma trágica batalha, mal planejada, contra os filisteus. Estes o atraem para uma “armadilha” e destroem seus exércitos, matam seus três filhos e o ferem gravemente. Antes que fosse capturado pelos filisteus Saul da cabo a sua própria vida. Ao que indica Davi não teve participação nesta sangrenta batalha que fez com que os filisteus retomassem o poder dos domínios israelitas. 3. A monarquia Unida de Israel: Rei Davi Davi torna-se rei de Judá em Hebron, sob consentimento dos filisteus ao qual era vassalo. Com a morte de Isbaal, filho sobrevivente de Saul que havia se proclamado rei após a morte de seu pai, Davi é aclamado rei de toda Israel. Por todos seus feitos o povo o considerava como o escolhido de Iahweh. Devido aos constantes conflitos internos entre as tribos do sul com as do norte, e estando suas dependências localizadas ao sul, como medida de apaziguamento Davi transferiu sua comitiva para Jerusalém, que ficavam na região central de todo o território, assim equilibrando-se entre o norte e o sul. Jerusalém tornou-se a nova capital. Essa nova capital serviu para elevar um grau acima da rivalidade das tribos. 3.1.

A construção do Império

Após a organização entre as tribos e de seu reino, Davi partiu para os combates às regiões vizinhas. A primeira guerra dele foi contra os amonitas, aonde conquistou suas terras e seu povo. Foi recebido como rei de Amon. Conquistou também os reinos de Moab e Edom. Na Síria, Davi conquistou os Arameus de Damasco. Com rapidez

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dramática, as conquistas de Davi transformaram Israel na maior potência da Palestina e da Síria. 3.2.

Os últimos anos de Davi

Seu reinado continuou até uma idade avançada. O problema era a questão da sucessão de seu trono. Este novo Israel era a tal ponto uma realização de Davi que muitos acreditavam que somente um de seus filhos, sangue de seu sangue, poderia o suceder. Um de seus filhos, Absalão, promove uma rebelião e consegue tomar o trono do pai, que foge para o leste. A corte, os sacerdotes e a população aceita Absalão sem muitas contestações devido ao desagrado dos últimos tempos com a falta de decisão de Davi para com as questões internas, sobretudo familiares (assassínio de seu filho Amnon por seu também filho Absalão e as devassidões de uma de suas filhas), de seu reinado. Absalão morre sob as mãos de Joab e o povo se volta novamente para Davi. 3.3.

A ascensão de Salomão ao trono

Davi ordenou que Salomão fosse sagrado rei imediatamente. Escoltado pelas tropas de Davi, Salomão foi levado para a fonte sagrada de Gion e lá foi ungido por Sadoc e aclamado rei pela multidão.

3.4.

Salomão e o Império

De modo geral, Salomão conseguiu manter com sucesso o império unido, mas não totalmente. Apesar da estrutura principal ter permanecido forte, Salomão deixou-se um pouco menos do que encontrara. 3.5.

A atividade comercial de Salomão

O verdadeiro “gênio” de Salomão estava no setor da indústria e comércio. Ele era capaz de compreender a significação econômica de sua posição estratégica, abarcando as maiores rotas de comércio norte-sul do Egito e da Arábia até o norte da Síria, e também de captar as possibilidades de sua aliança com Tiro. 3.6.

As prosperidades econômicas de Israel

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Salomão trouxe prosperidade econômica para o país. Ele mesmo tornou-se um homem extremamente rico. O nível de vida do país como um todo também elevou-se consideravelmente. 3.7.

As construções de Salomão

A riqueza de Salomão foi empregada em numerosos projetos de construções. Mas. O mais notável dos projetos dele estava situado na própria Jerusalém. Além de instalações militares e outras obras, ele consistia de um exuberante complexo de estruturas, erguidas ao norte da velha muralha da cidade de Jebus, das quais a mais importante era o templo. 4. A sobrecarga da Monarquia 4.1.

Os problemas fiscais de Salomão

Apesar de toda a genialidade de Salomão, os recursos de que dispunha eram muito parcos para dar uma base sólida à prosperidade nacional. Ou seja, a despesa superava a receita. 4.2.

Os distritos administrativos

Salomão sobrecarregou seus súditos de impostos. Para que a arrecadação fosse suficiente, ele reorganizou os seus domínios, dividindo-os em doze distritos administrativos, cada qual com um governador responsável. A finalidade dessa medida foi, principalmente, obter maiores fontes de renda. Cada distrito era obrigado a fornecer à corte provisões para um mês do ano. 4.3.

Outras medidas fiscais e administrativas

Encurralado nos problemas financeiros Salomão dá continuidade da prática das corvéias, escravidão estatal e trabalho forçado para o Estado. Ele não somente deu continuidade a essa prática como a ampliou. Exigiu que a população canaanita da Palestina fornecesse levas de escravos. Salomão vai mais longe, inaugurando a corvéia em Israel; equipes de trabalho foram recrutadas e forçadas a trabalhar por turnos em derrubadas de madeira no Líbano para seus projetos de construção. 4.4.

A transformação interna de Israel

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Pouco restou da antiga ordem. A confederação tribal. Com suas instituições sagradas e sua liderança carismática, deu lugar ao estado dinástico, sob o qual todos os aspectos da vida nacional foram progressivamente organizados. Nesse processo, toda a estrutura da sociedade israelita foi profundamente afetada. Estabeleceu-se uma monarquia. 4.5.

Tensão com a Monarquia

Para melhor ou pior, Israel tinha sido submetida a uma Monarquia. Não havia realmente nenhuma possibilidade de retorno às condições pré-monárquicas, contudo, a monarquia não era algo que os israelitas estivessem prontos a aceitas com um fato consumado.

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