Fichamento_CAZELLES. De Nabuconosor a Alexandre

June 22, 2017 | Autor: S. Semíramis Sutil | Categoria: Ancient History
Share Embed


Descrição do Produto

1

Fichamento Acadêmica Séfora Semíramis Sutil Moreira1

CAZELLES, H. De Nabucodonosor a Alexandre

1. Sob a dominação de Babilônia 1.1.

A Judéia

O povo da Judéia se viu privado de seus dirigentes e de sua mão de obra especializada, por causa das deportações sucessivas. O país continua perturbado e uma revolta explode em 582 por instigação de Amon e de Moab. Em 587, Nabucodonosor fez uma campanha contra esses dois países. Na ocasião, foram deportados 745 judeus. 1.2.

Samaria

Os israelitas podiam cultuar Iahweh como lhes convinha, da maneira que lhes propunha os sacerdotes voltados do exílio. Neste ambiente variado os israelitas tendem a ser absorvidos por certo sincretismo, que causará o surgimento do cisma samaritano. 1.3.

Os judeus no Egito

Depois do 2º Milênio, a passagem de populações semitas pelo Egito tinha sido frequente, e os contatos entre as cortes de Jerusalém, Tânis e, depois, Sais tinham sido estreitos. É possível que, por ocasião da queda de Samaria, refugiados de Betel tenham ido se refugiar no Egito. 1.4.

Os exilados de Babilônia

Os deportados foram estabelecidos pelas autoridades babilônicas em lugares abandonados, provavelmente em conseqüência das devastações assírias. Alguns desses grupos, com o sacerdote Ezequiel, foram instalados junto ao Cobar, um dos canais existentes entre Tigre e o Eufrates. Como eram grupos dispersos, não tinha nenhuma

1

Graduando em licenciatura/ bacharelado em História pela Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) - 2014

2

relação com os deportados da Samaria, esses levitas de Casfia que mais tarde irão procurar Esdras. Nabucodonosor não somente repovoa certos lugares com os deportados, como também restaura as antigas cidades de Ur, Sipar e Cuta, honradas com doações reais. O rei reinará até 562, vinte e cinco anos após a queda de Jerusalém. Babilônia é o lugar das liturgias magníficas e o centro de uma administração reorganizada que supervisiona AA irrigação e a manutenção dos canais. Todavia, esse império tem suas fendas. Na própria babilônia se tecem as intrigas e em 595 estoura um processo de alta traição. Nos primeiros decênios de seu reinado, Nabucodonosor se preocupará com sua fronteira ocidental e as relações estreitas entre Necao e Tiro. 2. De Nabucodonosor a Nabonide Morre Nabucodonosor e lhe sucede Evil-Merodoc. Este reina só dois anos e morre pouco depois da reabilitação do herdeiro davídico. Seu cunhado, Meriglisar, o sucede. E o último dos soberanos babilônicos será Nabonide (556-539). Ele recupera a cidade de Harã das mãos dos medos antes de 553. Reconstrói ali o templo do deus Lua. Em 552, Nabonide deixa Babilônia depois de uma campanha na Síria. Vai estabelecer-se no oásis de Teima, na Arábia do norte. Deixa seu filho Baltazar como rei da Babilônia. A tentativa dele demonstrou ser um fracasso e, por isso, volta a Babilônia, porém, tarde demais. Baltazar é morto por Ciro e seu pai tido como prisioneiro. Ciro torna-se rei de Babilônia e rei dos países. Ciro é tido como um “Messias” do Senhor e se espera que ele reconstrua Jerusalém e o Templo. 3. Sasabassar e Zorobabel 3.1.

A política religiosa de Ciro

Ciro se apresenta em Babilônia como o “eleito de Marduk”, em Ur como “enviado de Sin” e aos judeus como executor das ordens de Iahweh. 3.2.

Sasabassar

Sasabassar seria descendente de Davi e tio de Zorobabel que foi encarregado de devolver a mobília cultural do “deus que está em Jerusalém”, e empreender a reconstrução de seu Templo.

3

3.3.

A Judéia sob Cambises

Ciro se ocupa mais com o Leste do que com o Oeste. Em última campanha, morre perto do mar do Aral. Seu filho e sucessor, Cambises, se volta para o ocidente. Contorna a costa, vence Psamético III e seus mercenários gregos, em Pelúsio (525). Tendo sido informado da revolta de seu irmão, é obrigado a voltar e morre de um ferimento acidental perto de Carmel sem ter sito contato com as comunidades judaicas. 3.4.

Dario (522-485)

As coisas vão mudar com a subida de Dario I, filho de Histaspe, ao trono. Compreendese que tenha querido, desde o segundo ano de reinado, garantir a tranqüilidade na província de Judéia. 3.5.

A missão de Zorobabel

A missão de Zorobabel tinha começado do 6º mês do segundo ano de Dario. O rei queria efetivamente aplicar sua política religiosa liberal, que ele iria desenvolver no Egito. O profeta Ageu anuncia que o Templo fundado teria a “benção do Senhor”, e também anuncia um oráculo sobre a eleição de Zorobabel. 4. A Judéia na organização do Império Persa Dario havia efetivamente triunfado de modo definitivo sobre os seus adversários em 515. Será o organizador do império persa. Foi quem estabeleceu uma colônia judaica Elefantina, no Sul do Egito. Dario não somente favoreceu a restauração dos santuários locais, entre eles o de Jerusalém, e a fixação por escrito das tradições desses santuários como foi também legislador. Posteriormente a essa organização suas perspectivas se voltam para o Norte. Depois se confronta com um helenismo em pleno desenvolvimento. 5. Neemias e Esdras 5.1.

Neemias, sua missão e seus opositores

Neemias estava triste por ter recebido através de um de seus irmãos más notícias da Judéia, dizendo que seu povo passava por miséria. O rei Artaxerxes envia Neemias para a reconstrução dos mudos e portas de Jerusalém. Neemias encontra uma situação especialmente difícil, ali estão os repatriados, a golah do Cronista. Trata-se de uma

4

população relativamente pouco numerosa. Ele constata que pode usar uma parte dos antigos muros, reerguê-los e, sobretudo, reinstalar as portas. O governador não se deixa impressionar pelas ameaças e consegue o seu propósito. 5.2.

Pressão proveniente do litoral não-judeu

Neemias convocou uma grande assembléia para por fim ao tráfico de escravos. Fez restituir campos, olivais, vinhas e casas e pregou com o exemplo. Esse governador tinha sido nomeado por tempo determinado e em 433 retornou a Susa. 5.3.

A segunda missão de Neemias

Neemias retorna a Jerusalém para remediar as dificuldades de ordem interna, e suas decisões ainda são baseadas no Deutoronômio: separação das estrangeiras e expulsão do amonita Tobias, reorganização do pagamento aos levitas e de cantores; sem mencionar o dízimo especial dos sacerdotes, interdição das vendas em dia de sábado , repressão aos casamentos com estrangeiras. O que é notável é que a sua atitude ante a família do sumo sacerdote e a maneira como funciona o regime aaronita instaurado por Josué por ocasião da reconstrução do Templo. Neemias repreende o sumo sacerdote Eliasib por ter cedido uma sala a Tobias no recinto do Templo. 5.4.

Esdras

Esdras era um sacerdote e escriba munido por poderes extraordinários por um decreto de Artexerxes, no ano 7º de seu reinado. Ele encontrara Jerusalém com uma numerosa população e protegida pelos muros que Neemias reconstruiu. Esdras se ocupa não somente do Templo de Jerusalém e do esplendo de seu culto como também da aplicação das “leis de Deus”. Esdras estabelecerá juízes para esse propósito. Luta contra os casamentos mistos, proíbe os matrimônios com mulheres estrangeiras e prescreve a leitura da lei. Esdras nunca ataca os sacerdotes como fez Neemias. Sua missão consistia em reunir, sob uma só lei, os repatriados e os povos do país.

Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.