Filosofia e escola: tempo de amizade?

Comunicação apresentada no VII Colóquio Internacional de Filosofia da Educação (UERJ, 2014). Publicado nos anais do evento (ISBN: 978-85-60724-02-4), disponível em: http://www.filoeduc.org/anais/anais.php?ano=2014# O presente trabalho tenta, buscando entender o que seria próprio da escola (o escolar da escola) e refletindo sobre o conceito de escola como skholé ('tempo livre'), pensar a escola como ambiente de convivência, de encontros e de philía. Abordando os elementos trazidos sobre a 'quinta-essência da escola' na obra 'Em defesa da escola: uma questão pública' (Masschelein-Simons, 2013), pode-se pensar em modos de incluir a amizade como algo próprio da escola? Primeiramente, será apresentado um relato no qual pude falar sobre o conceito de escola como tempo livre diretamente com os meus alunos. Em seguida, e com a ajuda das falas dos meus alunos sobre o tema, resumidamente abordarei minha compreensão sobre o conceito de escola como tempo livre proposto por Masschelein-Simons, para então introduzir a questão da filosofia entendida como não separada de uma philía e daí relacioná-la ao escolar. Busco desenvolver, portanto, sob a perspectiva de cada um dos oito elementos postos por Masschelein-Simons, que fazem da escola escolar (suspensão, igualdade, profanação, atenção, amor, responsabilidade, tecnologia e preparação), uma reflexão na qual a amizade poderia ser mais um dos conceitos a ser pensado junto a cada um desses supracitados. Ao final, para concluir, lanço questões para pensarmos se é possível conceber o que é próprio da escola sob o enfoque das relações de amizade e os tempos inseridos nela. Seria o tempo escolar um tempo de amizade? Poderia a própria filosofia, compreendida como amizade pelo saber, trazer-nos pistas para trilhar caminhos que nos ajudem a refletir sobre o que pode a escola hoje? Palavras-chave: Amizade; Escola; Filosofia; Tempo livre.