Maria Lúcia de Castro Gomes
A Fonética Forense No mundo No Brasil
Relação Universidade/Perícia A Multidisciplinaridade A Pesquisa
“The voice of the speaker is as easily
distinguished by the ears as the face is by the eyes” – Quintiliano (40 -120 ad).
Análise de voz registrada em algum tipo de mídia para identificação de
falante (identificação/verificação/comparação de falante/locutor/voz)
Análise de enunciado Caracterização de perfil vocal Transcrição Preparação de voice line-up LADO – Language Analysis for the Determination of Origin of Asylum
Seekers
No Brasil, o termo Fonética Forense nem sempre é adotado. No INC,por
exemplo, chama-se Serviço de Perícias em Audiovisual e Eletrônico.
Entre as atividades estão: Edição fraudulenta de material áudio visual Reconhecimento facial Fraudes eletrônicas Processamento digital de sinais Estudos de sistemas de comunicação Armazenagem, compactação, extensão e autenticação de registros de
sinais Comparação forense de locutor
Qual é o papel da universidade nas questões forenses? Levar a perícia para a pesquisa ou a pesquisa para a
perícia?
Profissionais – quem é o especialista em fonética forense?
Equipes multidisciplinares ou profissionais treinados em
outras áreas?
Universidades, laboratórios, institutos de pesquisa, pericia oficial e privada,
polícia.
Pesquisas em: Análise acústica, análise auditiva, análise de reconhecimento automático Parâmetro de análise – segmental, suprassegmental, modelos estatísticos Disfarce/imitação
Gravações/interceptações/telefone celular Formação de corpus Variabilidade da fala Sotaques/dialetos
L2/bilinguismo/sotaque estrangeiro/LADO
Inglaterra: York University
JP French Associates Cambridge University Estados Unidos: FBI e MIT – análise de voz e outros sons como barulhos de tiros e de
aviões Engenheiros e linguistas (treinados em fonética) Leis – Daubert / Frye Questões altamente secretas Treinamentos aos policiais Pericia privada
Holanda: Perícia oficial – NFI Análise auditiva/análise cega - Gestalt Suíça: Casos de comparação de locutor – pesquisa em questões temporais da fala; disfarce, L2 Alemanha: University of Trier, Philipps-Universität Marburg, LudwigMaximilians-University Landeskriminalamt Brandenburg, Bavarian State Criminal Office, Bundeskriminalamt – BKA Espanha: Existe contato entre a universidade e a perícia, mas não é frequente Polícia Nacional da Espanha e Guarda Civil – conduzem casos Metodologias não acompanham as mudanças resultantes de pesquisas Austrália: Sérias preocupações – como assegurar que as evidências de língua e de fala sejam
usadas corretamente na justiça?
A atividade tem início em 1992 com o Caso Magri. Perícia oficial: esfera nacional e estadual
Polícia Federal Instituto Nacional de Criminalística Treinamento em fonética Ministério Público Instituto Estadual de Criminalística / Instituto Geral de Perícia /
Departamento de Polícia Técnica Assistente Técnico - profissionais e empresasque oferecem serviços especializados para atuação em assistência técnica em som e imagem e fonética forense.
UNICAMP UFRGS UTFPR
Cursos para peritos Trabalhos de Mestrado e Doutorado Pesquisa de formação
Grupo de Pesquisa CNPq – Estudos dos Sons da Fala 4 pesquisas de PIBIC 2 TCCs
2 Dissertações de Mestrado Alguns artigos publicados
Corpus com 50 falantes (homens e mulheres, de
18 a 55 anos) – simulação de um telefonema de pedido de resgate. Pesquisa instrucional multidisciplinar
Análise auditiva de vozes – protocolo VPAS Análise acústica de vogais – duração, formantes, f0 Revista Domínios de Lingu@gem Revista ReVEL Language and Law/Linguagem e Direito
Espaço vocálico Voz disfarçada 200
300
300
400
400
500
500
600
600
F1(Hz)
F1(Hz)
Voz Normal 200
700
700 800
800
900
900
1.000
1.000
GM
1.100 2.500
2.300
2.100
GG 1.900
GH
1.700
1.500
1.300
GR 1.100
900
700
1.100 2.500
GM 2.300
2.100
GG 1.900
1.700
1.500
F2(Hz)
F2(Hz)
Mandíbula aberta
GH
Protrusão labial
GR 1.300
1.100
900
700
Imitação Imitador profissional – Paulo Henrique Amorim
e Inri Cristo
Bilinguismo Jovens brasileiras e americanas falando inglês
e português.
Brasileira
Americana
O desenvolvimento tecnológico e científico nos
apresentam, a cada dia, novos desafios. Mais do que respostas nos trazem questões. As questões são abundantes nas ciências forenses e carecem de trabalhos multidisciplinares. Universidades, perícia oficial, laboratórios, assistentes técnicos, todos deveriam se unir em projetos de pesquisa consistente e multidisciplinar para o desenvolvimento da área. Defendemos que esses relacionamentos são possíveis.
12 A 15 DE DEZEMBRO DE 2016 CURITIBA - PR REDE FORENSE FUNPAR
UFPR Polícia Federal
Denise Carneiro e Andrea Dresch Malcolm Coulthard
Ruth Bahr Eugenia San Segundo Helen Fraser
MUITO OBRIGADA!!!
[email protected]
CARNEIRO, Denise de O. Medidas de Duração de Consoantes Oclusivas como Vestígios De Fala em
Análise Acústico-instrumental Forense de Amostras com e sem Uso dee Disfarce. Dissertação de Mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, 2016.
DRESCH, Andrea A. G. Método de Análise Acústica e Reconhecimento de Vogais em Exames de
Comparação de Locutores. Dissertação de Mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, 2015.
GOMES, Maria Lucia de Castro; CARNEIRO, Denise Oliveira. A fonética forense no Brasil: cenários e
atores. Language and Law/Linguagem e Direito. Vol. 1(1), 2014, p. 22-36.
GOMES, Maria Lucia; CARNEIRO, Denise; DRESCH, Andrea. Análise perceptiva e acústica em fonética
forense: uma pesquisa em disfarce de voz. Domínios de Lingu@gem. Vol. 10, 2, 2016, p. 559-588.
KREMER, Robinson Luis; GOMES, Maria Lúcia de Castro. A eficiência do disfarce em vozes femininas:
uma análise da frequência fundamental. ReVEL, vol. 12, n. 23, 2014.
KREMER, Robinson Luis. Fundamental Frequency: An Analysis of Age and Gender. Trabalho de
Conclusão de Curso. UTFPR, 2015.
NAGAKURA, Camille F. C. Comparação De Voz a Partir do Tempo de Ataque de Vozeamento (Vot)