FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO DE ARACAJU -SE: a Lousa Digital Interativa na Prática

September 12, 2017 | Autor: Sheilla Conceição | Categoria: Prática pedagógica
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FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO DO MUNICÍPIO DE
ARACAJU - SE: a Lousa Digital Interativa na Prática
Pedagógica Cotidiana
Resumo
O presente artigo tem por objetivo relatar a partir de uma análise crítica
o processo de formação continuada dos professores para o uso das
tecnologias no caso aqui a "Lousa Digital. O trabalho em discussão é fruto
das oficinas ministradas pela COTED – Coordenadoria de Tecnologias
Educacionais do Município de Aracaju – SE, com o objetivo de capacitar
profissionais da educação para o emprego de práticas pedagógicas com a
inserção das TIC, neste caso, as diversas possibilidades oferecidas pela
Lousa Digital Interativa. As oficinas, pelo caráter prático, constituem
momentos privilegiados da formação continuada para professores, já que as
experiências vivenciadas podem ser levadas a sala de aula. A formação
ocorreu durante o ano letivo de 2013, para atender as demandas de
capacitação dos docentes que receberam em suas unidades de ensino as Lousas
Digitais Interativas. É uma pesquisa qualitativa embora não prescinda de
dados quantitativos com abordagem em estudo de caso. Para isso foram
utilizados a observação participante e um questionário ao final das
oficinas. Um atributo importante da Lousa Digital, é que ela é capaz de
substituir diversas outras tecnologias de uso cotidiano na sala de aula,
bastando somente que esteja conectada a um computador. As oficinas são
compostas de momentos teóricos-reflexivos, mas sobretudo de atividades
práticas, de modo que os cursistas aprendam a operacionalizar todas as
funções possíveis oferecidas por esta ferramenta e que sirvam como meio
para dinamizar a prática pedagógica, tornando-a atrativa e prazerosa para o
educando. E, assim, alcançar o objetivo máximo da educação, que é a
formação de cidadãos críticos capazes interagir positivamente na sociedade.


Palavras-Chave: Formação Continuada, Tecnologias Educacionais, Prática
Pedagógica.


Abstract


This paper aims to report from a critical analysis of the process of
continuous training of teachers to use technology in the case here "Digital
Whiteboard". The work under discussion is a result of workshops
administered by COTED – Coordenadoria de Tecnologia Educacional do
Município de Aracaju-SE, with the goal of empowering education
professionals for the reflection of the pedagogical practices with the
insertion of ICTs, in this case, the various possibilities offered by
Interactive Digital Whiteboard. It is a qualitative research although not
apparent without quantitative data approach in the case study. For this
participant observation and a questionnaire at the end of the workshops
were used. The workshops, practical character, are privileged moments of
continuing education for teachers, since the experiments experienced can be
brought to the classroom. The formation occurred during the school year of
2013, to meet the demands of teachers who have received training in their
teaching units the Interactive Digital Whiteboards. An important attribute
of the Digital whiteboard, is that she is able to replace several other
technologies for everyday use in the classroom by only that is connected to
a computer. The workshops are composed of theoretical moments, but, above
all, practical activities, so that the course participants learn to
operationalize all possible functions offered by this tool and which serve
as a means to stimulate the pedagogical practice, making it attractive and
enjoyable to the learner. And thus achieve the goal of maximum education,
which is the formation of critical citizens able to interact positively in
the society.


Keywords: Continuous Formation for Teachers, Information Technologies
and Communication, Pedagogical Practice.


Introdução


Preocupação permanente da Secretaria Municipal de Educação do
Município de Aracaju/SE - SEMED, o uso das Tecnologias da Informação e da
Comunicação – TIC com fins pedagógicos, tem sido amplamente discutido pelos
profissionais da educação, visto que a popularização das tecnologias é uma
realidade e que lidamos com a geração dos chamados nativos digitais. O que
torna necessário que a escola trabalhe pedagogicamente com as TIC como meio
ou linguagem capaz de promover um processo de ensino-aprendizagem
interativo e motivador. As Lousas Digitais Interativas foram adquiridas
também com este propósito. Assim, nossas oficinas tiveram como objetivo
capacitar profissionais da educação para a operacionalização destas lousas
na tentativa de ampliar o leque metodológico disponível a prática
pedagógica
Diante de tal preocupação é que se justifica a existência da
Coordenadoria de Tecnologias Educacionais (COTED) do Município de Aracaju,
visando levar suas ações através de oficinas e cursos em parceria com o
Programa de Formação do Ministério da Educação e Cultura (MEC) – PROINFO
INTEGRADO – ao universo de profissionais da educação. De acordo com Mercado
(1999, p. 39):


Uma instituição está realmente integrando as novas
tecnologias na educação continuada quando a maioria dos
professores envolvidos conhecem e sabem utilizar estas
tecnologias e seu emprego não está reduzido a um grupo
isolado de professores. Para que esta situação se alcance,
é imprescindível criar as condições favoráveis de apoio
aos professores, valorizando sua prática.


Há um esforço permanente para que as tecnologias que já estão na
escola sejam utilizadas pedagogicamente no cotidiano: televisão, DVD,
computador, Internet, entre outras. Para gerenciar estas tecnologias no
âmbito escolar criou-se a figura do professor-articulador, que trabalha
junto a coordenação pedagógica da unidade de ensino, com os professores e
com os alunos. A Lousa Digital Interativa também é uma recém-chegada. O que
fez surgir a necessidade de capacitação dos docentes para a
operacionalização desta nova ferramenta tecnológica. Segundo Ruberti;
Pontes (2001, p. 27):


...considerando os significativos avanços das tecnologias
de informação e comunicação, à escola de nosso tempo
compete o árduo trabalho de incorporar em suas práticas e
teorias uma nova forma de ensino-aprendizagem, um processo
voltado para a potencialização de competências para o uso
de múltiplas linguagens que convergem, além disso, a
destreza para se auto-gerenciar em situações de
comunicação que constroem as novas redes telemáticas
multimídia.


A Lousa Digital Interativa leva a sala de aula a linguagem
audiovisual capaz de proporcionar aulas dinâmicas e significativas. É uma
inovação tecnológica que permite ir além da simples oralidade e escrita,
pois abre um leque de possibilidades ou estratégias de ensino que pode
contribuir para o sucesso da aprendizagem desde a educação infantil.
Fica clara a importância do professor e da formação continuada para
que as tecnologias tenham a utilização adequada dentro das escolas e do
processo de ensino-aprendizagem. A evolução das tecnologias, sua
disseminação e facilidades de acesso voluntária ou involuntariamente
adentram a escola. Cabe, portanto, ao professor conduzir racionalmente esse
processo. "Um professor consciente e crítico é capaz de compreender a
influência da tecnologia no mundo moderno e é capaz de coloca-la a serviço
da educação e da formação de seus alunos, articulando as diversas dimensões
de sua prática docente, no papel de um agente de mudança. (Mercado, 1999,
p. 89),
Nesta perspectiva, as oficinas de Lousa Digital Interativa
contribuíram para a formação continuada, especialmente dos professores,
para a ampliação do uso das TIC com fins educativos, para a motivação e
interação dos docentes e discentes no processo de ensino-aprendizagem e,
consequentemente, para a melhoria dos índices da educação básica do
município de Aracaju.


2. A Lousa Digital Interativa: Interatividade e aprendizagem
colaborativa


A interatividade é um meio potencial de aproximar pessoas, e aliando
recursos tecnológicos, a saber, as multimídias esse processo pode tornar-se
um valioso recurso do processo ensino e aprendizagem. Segundo Domagk,
Schwartz and Plass (2010) "A interatividade é um termo com diferentes
significados e taxonomias dependendo do campo de aplicação, que pode ser o
educacional até o da publicidade, artes, sistemas de informação
comunicação, marketing e psicologia educacional."
Os termos expostos acima também foram evidenciados em alguns autores
como Piaget (1974) Lemos (2002), Primo (2005) contribuindo assim para
diferenciar os termos interação e interatividade, esta última um conceito
bastante evidenciado no que concerne ao cenário educacional e unindo a
proposta interatividade o termo tecnológico multimídia ganha seu espaço no
quesito pessoa e computador.
O autor Sims(1997) propõe uma apresentação para o termo
interatividade junto ao uso dos produtos que a integram as Multimidias (MM)
como sendo "um mecanismo necessário e fundamental para aquisição do
conhecimento e o desenvolvimento das habilidades físicas e cognitivas"
É percebida que a evolução dos computadores tem proporcionado novas
possibilidades de interação consequentemente o uso da ferramenta multimídia
torna-se imprescindível no contexto educacional, as MM enquanto recurso
digital é apresentada em diversas formas a exemplo das mídias de texto,
som, imagens e animação, sendo que cada uma destas formas apresentadas
podem atrair mais a atenção de algumas partes do cérebro do usuário a estes
estímulos Jonassen (2007) classifica como "multimodal" e já Chaves (1991)
como "multissensorial"
A partir do momento em que o usuário pode obter um aprendizado mais
profundo com a socialização dos recursos multimídia é percebido como a
interatividade pode colaborar na aprendizagem e segundo Tarouco, Santos,
Ávila granado and Abreu (2009, p.7) "através das atividades tais como
selecionar, organizar, integrar nova informação ao conhecimento existente
favorece a motivação e habilidade no manuseio da mídia"
O estabelecimento de um ambiente colaborativo trata-se de um pré-
requisito para um aprendizado mais eficaz. Objeto de estudo de autores como
Freeman, Martins, Kupczynski, Mundy e Maxwel, entre outros reforça a
importância do ensino colaborativo para educação.
O Aprendizado Cooperativo (às vezes chamado de Aprendizado
Colaborativo) essencialmente envolve o aprendizado dos
alunos de uns com os outros através de atividades em
grupo. Mas não é a configuração de grupo que faz o
aprendizado cooperativo distinto; e sim a forma que os
alunos e professores trabalham juntos que é importante
(FREEMAN 2011, p.186).[1]


Tal pensamento ratifica a importância da socialização envolvida neste
trabalho, em especial entre o professor e seus alunos. Em um ambiente onde
as práticas colaborativas são reforçadas, o aprendizado torna-se mais
prazeroso e significativo. Dentro deste panorama, a palavra socialização é
definida como sinônimo de cooperação; e no ato da sua implantação, provoca
mudanças que privilegiam os campos mentais e relacionais.
Martins em seu trabalho sobre pedagogia colaborativa assevera que:
No trabalho cooperativo, faz-se necessário o conhecimento
do objetivo comum do grupo, todos envolvidos em solucionar
uma tarefa, alcançar um objetivo. E que para isso
aconteça, o grupo deve ter um equilíbrio, onde todos
participam, evitando abusos de autonomia (MARTINS, 2010,
p. 15).


Ainda segundo a supracitada autora: "o trabalho em grupo quando
acontece de forma normal onde todos cooperam, colaboram e interagem, torna
a aprendizagem significativa, pois com as trocas eles constroem o
conhecimento em conjunto."3. Em outras palavras, o trabalho vivenciado em
parceria suscita o pensamento em conjunto, deixando de lado o
individualismo e prevalecendo o trabalho colaborativo.
Dentro do arcabouço atual, onde a socialização é vista como
característica primordial que vislumbra um aprendizado efetivo, Schneider
pontua a necessidade de parceiros em oposição à concepção de autonomia. E
para isso, propõe a atividade integradora em grupo, concepção esta
evidenciada por Fuks, Raposo & Gerosa (2003, p.2) onde afirmam que:


Para colaborar, os indivíduos têm que trocar informações
(se comunicar), organizar-se (se coordenar) e operar em
conjunto num espaço compartilhado (cooperar). As trocas
ocorridas durante a comunicação geram compromissos que são
gerenciados pela coordenação, que por sua vez organiza e
dispõe as tarefas que são executadas na cooperação.




O trabalho em grupo corrobora para expandir a inteligência, as
estruturas mentais, o equilíbrio da afetividade e vencer o egocentrismo. O
trabalho em parceria instiga o ser humano, estimula a tomada de consciência
de que o outro existe, e também, é importante para o seu crescimento, visto
que, a competição desestimula a diversidade. Segundo Schneider, dentro
deste ambiente producente, os indivíduos são desafiados a sair da zona de
conforto.
Miskulin et al. (2011) ao transportar conceito de colaboração para o
contexto da sala de aula, alerta para a mudança no papel do docente, onde
este assume novo significado e destacam: "[...] a colaboração exerce na
própria cultura docente um papel significativo quanto à reflexão sobre a
constituição dessa cultura do ser professor, como uma de suas identidades
apresentadas no próprio processo formativo" (2011, p. 176).
O aprendizado colaborativo está em constante movimento na vida do
professor, posto que este ao compartilhar o conhecimento com os alunos e
colegas, exerce naturalmente um papel significativo para ele e ao outro de
forma autônoma. Conceição, 2013 enfatiza que:
Desenvolver a autonomia é aprender a investigar, a dominar
as diferentes formas de acesso à informação, de
desenvolver a capacidade crítica de avaliar, reunir e
organizar informações mais relevantes. Mas, é antes de
tudo aprender a pensar, pois assim, estará desenvolvendo
sua própria competência.( CONCEIÇÃO, 2013, 98)


3. A formação continuada do professor: uma realidade experimentada



A formação em serviço dos professores passa a ser um aspecto crítico
e importante que foi se desenvolvendo ao longo dos últimos anos. A proposta
de formação, como nos é dado ver, depende da concepção que se tem de
educação e de seu papel na sociedade desejada. Quase todas as propostas
atuais contemplam o saber específico, o saber pedagógico e o saber político-
social como partes integrantes da formação dos professores. A ênfase em um
desses elementos e o ponto de partida para esta formação é que diferem de
autor para autor. O principal ponto de discussão parece ser a relação que
se estabelece entre essas três abordagens (CUNHA, 1989 apud OLIVEIRA,
2012).

O professor exerce mútuos papéis dentro do sistema de ensino,
necessitando então de uma formação que enfatize a realidade vivida pela
escola. A sociedade e a escola se transformam cada vez mais rápido,
dispondo sempre de novas formas de aperfeiçoamento para dar um novo sentido
às mudanças ocorrentes.

A formação em serviço apresenta-se como um desenvolvimento
progressivo do professor, desde sua formação inicial. Percorrendo um
caminho que, acaba encontrando alguns problemas relacionados aos seus
saberes. Tanto diante de relações que o poder exerce dentro de uma
sociedade concreta como também frente à relação com o mundo ao construir
posturas que mostrem a existência da própria pedagogia.

O educador nunca estará definitivamente "pronto", formado, pois que a
sua preparação, a sua maturação se faz no dia a dia, na meditação teórica
sobre a sua prática. A sua constante atualização se fará pela reflexão
diuturna sobre os dados de sua prática. Os âmbitos de conhecimento que lhe
servem de base não deverão ser facetas estanques e isoladas de tratamento
do seu objeto de ação: a educação.Mas serão,sim, formas de ver e
compreender, globalmente, na totalidade,o seu objeto de ação ( CANDAU,
2013).

Os programas de formação continuada buscam analisar e refletir sobre
as carências encontradas na formação pelos professores. Na busca de
encontrar uma melhor aplicação nas práticas de formação mobilizando
melhores recursos pedagógicos. Essa formação constitui uma oportunidade de
aprofundamento na prática de saberes. Nesse sentido, nos tempos atuais há
uma exigência de uma formação em serviço que contemple a escola como locus
fundamental para formação do professor. (CONCEIÇÃO, 2013).

O processo de formação é uma construção que deve permitir um
exercício permanente e reflexivo para solucionar problemas dentro do
processo pedagógico e absorver uma consciência das ações que carecem ser
questionadas. É na reflexão sobre a prática pedagógica que o professor
detecta as necessidades específicas e desenvolvidas nas competências
profissionais.


Metodologia
Esta é uma pesquisa qualitativa pois, fundamentando em Trivinos, esta
tem sua natureza desreificadora dos fenômenos, do conhecimento e do ser
humano; e a rejeição da neutralidade do saber científico. Com abordagem em
estudo de caso pois, de acordo com Trivinos (1995), favorece a compreensão
do agir dos atores em cada contexto pesquisado, permitindo assim, uma visão
mais precisa do processo de investigação O universo foi o Nucleo de
Tecnologia Educacional do Município de Aracaju – onde ocorrem as formações
continuadas para professores; a amostra foi composta pelos professores
participantes da oficina. Os instrumentos de coletas de dados foram a
observação participante durante realização das oficinas e um questionário
de avaliação ao final.

Resultado
As oficinas de Lousa Digital Interativa foram realizadas no segundo
semestre de 2013 com a participação efetiva de 99 professores-cursistas.
Foram realizadas 05 oficinas, com uma média aproximada de 20 cursistas por
turma. Cada oficina foi dividida em dois momentos, o objetivo desta divisão
foi maximizar a assimilação do conteúdo pelos cursistas.
Na primeira parte, denominada "Módulo Operacional da Lousa Digital –
Funcionalidades", 90% dos cursistas afirmaram ter compreendido a como
conectar todos os cabos (VGA, USB e áudio) que ligam a lousa digital ao
computador e também a instalar no computador os dois softwares, o Easy
Interactive Tools e o Easy Interactive Drive, fornecidos pela Epson, e que
possibilitam operacionalizar a lousa de modo interativo.
O controle remoto da Lousa Digital Interativa permite interagir com
diversas funções oferecidas pela ferramenta, algumas das mais importantes
são o uso do controle como mouse e o acesso a todas as configurações do
equipamento. 94% dos cursistas responderam que houve plena compreensão dos
comandos que podem ser executados pelo controle remoto, assim como o uso do
controle como mouse. 91% dos professores afirmaram estarem aptos a
interagir com o menu da lousa e a realizarem as alterações necessárias.
A caneta, que acompanha a Lousa Digital juntamente com o controle
remoto, é o acessório que permite a interatividade direta através do
contato com a superfície do quadro branco comum. Esta é certamente a
interatividade mais importante da Lousa Digital. Por isso, após a
instalação do software que possibilita o uso da caneta interativa, é
necessário realizar a sua calibração. Nesta atividade, 94% dos cursistas
disseram que entenderam todas as etapas para a calibração da caneta. Já 98%
afirmaram ter compreendido a como utilizar as diversas funcionalidades da
Lousa Digital Interativa por meio da caneta, que também funciona como
mouse.
Os "Modo Anotação e Modo Quadro Branco", correspondem a demonstração
prática de todos os recursos interativos proporcionados pela Lousa Digital.
Neste momento, todos os professores-cursistas são chamados para manusear a
ferramenta por meio do controle remoto e da caneta, ambos os acessórios que
permitem a interatividade. Após o contato direto, 98% dos cursistas
disseram ser capazes de interagir com todos os comandos presentes na barra
de ferramentas dos modos "anotação" e "quadro branco"; e 96% concluíram ser
capazes de usar o teclado virtual para interagir abrindo páginas na
Internet ou mesmo os softwares instalados no computador.
Na segunda parte da oficina, denominada "Módulo Pedagógico" os
ministrantes, a caráter de exemplo, fizeram demonstrações práticas de aulas
com uso da Lousa Digital Interativa. Sequencialmente, os professores-
cursistas, como combinado na primeira parte da oficina, trouxeram suas
aulas já preparadas e fizeram as apresentações. Ao final, a totalidade os
cursistas (100%), afirmou que estava satisfeita com a capacitação e que a
Lousa Digital é uma tecnologia importante para uso em sala de aula.


Considerações Finais


As oficinas de capacitação sobre a "Lousa Digital Interativa na
Prática Pedagógica" inseridas no processo de formação continuada da
Secretaria Municipal de Educação de Aracaju - SE atingiram o objetivo de
capacitar professores de todas as unidades escolares que receberam lousas
digitais no final do ano de 2012 e início do ano de 2013.
Na primeira etapa do processo de capacitação, no chamado "Módulo
Operacional", procurou-se explicitar todas as funcionalidades da Lousa
Digital Interativa. A princípio, o uso do controle remoto para acessar,
através de um menu, todas as funções da ferramenta; assim como o uso como
mouse. Além das funções da caneta que também permite interagir diretamente
com as interfaces apresentadas. Ainda nesta primeira etapa, os "Modo
Anotação e Modo Quadro Branco", foram trabalhados. Todas estas atividades
foram avaliadas como altamente positivas pela maioria esmagadora dos
cursistas (94,4%), para o processo de construção de aulas dinâmicas e
participativas.
Na segunda etapa da capacitação, no "Módulo Pedagógico", todos os
cursistas (100%) demonstraram através de suas apresentações, propostas de
aulas, que a lousa digital oferece um leque diversificado de possibilidades
que pode ser transformado em estratégias de ensino que conduzam a interação
entre professores, discentes e TIC.
As avaliações realizadas atestaram que as TIC são ferramentas
essenciais que contribuem para o êxito do processo ensino-aprendizagem.
Segundo a maioria dos professores-cursistas as possibilidades pedagógicas
ofertadas pela lousa digital aliadas ao trabalho do docente, preocupado com
as tendências educacionais contemporâneas e com a disseminação das
tecnologias em todas as camadas sociais, podem contribuir para tornar a
prática pedagógica interativa, atrativa, motivadora e prazerosa para
professores e alunos.


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[1] "Cooperative Learning (sometimes called collaborative learning)
essentially involves students learning from each other in groups. But is
not the group configuration that makes cooperative learning distinctive: it
is the way that students and teachers work together that is important."
(texto original, tradução nossa)
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