Formas e escoramentos para edificios

June 13, 2017 | Autor: Vitor Amorim | Categoria: Music, Musicology, Literature
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Critérios para dimensionamento e escolha do sistema

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Nilton Nazar

FORMAÇÃO ACADÊMICA • 1972 - Graduado em Engenharia Civil-Escola de Engenharia Mauá I.M.T. • 1974 - Equilíbrio Plástico dos Solos Escola Politécnica - U S P • 1974 - Mecânica das Rochas Escola Politécnica - U S P • 1975-Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho-Universidade Mackenzie • 1979 - Bacharel e m Administração de Empresas - Universidade Mackenzie • 1987 - Escola Superior de Guerra ADESG • 2000 - Pós Graduação Lato-Sensu Política e E s t r a t é g i a - N a i p e U S P • 2 0 0 6 - Mestre e m Habitação pelo IPT - Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL • 1973-1974 - Jubran Engenharia Ltda - Engenheiro - Assistente Técnico. • 1974-1975 - Construtora Bracco T h o m é - Engenheiro de obras. • 1 9 7 5 - 1 9 7 6 - C o n s t r u t o r a Inc. F r e s n o S . A - Engenheiro Coordenador. • 1976-1982 - Consórcio Técnico de Eng. E Arq. Ltda - Coordenador Superintendente. • 1982 Atual - Hold Engenharia Ltda/ Pemarc Escr.Téc. Eng. S/C Ltda Diretor Geral.

FÔRMAS E ESCORAMENTOS PARA EDIFÍCIOS Critérios para dimensionamento e escolha do sistema

SINISTROS NA C O N S T R U Ç Ã O CIVIL © Copyright Editora Pini Ltda. Todos os direitos dc reprodução ou tradução reservados pela Editora Pini Ltda.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Nazar, Nilton Fôrmas e e s c o r a m e n t o s p a r a edifícios : critérios p a r a d i m e n s i o n a m e n t o e e s c o l h a d o sistema / Nilton Nazar. — São Paulo : Pini, 2007.

ISBN 978-85-7266-179-9

1. C o n s t r u ç ã o - Custos 2. Edifícios h a b i t a c i o n a i s - Projetos 3. E s c o r o n a m e n t o s d e c o n c r e t o 4. Fôrmas d e c o n c r e t o 1. Título.

07-1402

CDD-690.1 índices para c a t á l o g o sistemático: 1. Formas d e c o n c r e t o p a r a e d i f í c i o s : D i m e n s i o n a m e n t o e custos : C o n s t r u ç ã o civil 690.1

C o o r d e n a ç ã o M a n u a i s T é c n i c o s : Josiani S o u z a Projeto gráfico: Lucas Aires Capa: Lucas Aires R e v i s ã o : R o b e r t o Carlessi - M T B - 1 0 . 8 5 4 - SP Editora PINI Ltda. Rua A n ha ia, 9 6 4 - CEP 0 1 1 3 0 - 9 0 0 - S ã o P a u l o - SP - Brasil Fone: ( 1 1 ) 2 1 7 3 - 2 3 2 8 - Fax ( 1 1 ) 2 1 7 3 - 2 3 2 7 www.piniweb.com - [email protected] 1J edição 1a tiragem: 2.000 exemplares - mar/07

À m i n h a a m a d a e s p o s a , Viviane, e à s m i n h a s f i l h a s , Luciana e T h a í s , p r e s e n t e s q u e D e u s m e d e u e a r a z ã o e a m o t i v a ç ã o de t u d o q u e faço. A o s m e u s p a i s , Julieta e Nagib (in memoriam), inspiração e dedicação.

pela

AGRADECIMENTOS

P r i m e i r a m e n t e a D e u s , por ter p e r m i t i d o a e x e c u ç ã o d e s t e trabalho, e n e s t a altura d a minha vida profissional continuar o m e u aprimoramento c o m o se estivesse começando, c o m o m e s m o entusiasmo e alegria. A o m e u o r i e n t a d o r , e a g o r a j á m e u a m i g o prof. dr. N i l s o n F r a n c o , p e l a

enorme

dedicação e competência na transmissão dos ensinamentos e nos constantes estímulos à p e s q u i s a d e s o l u ç õ e s p a r a o m e u trabalho, e d e q u e m virei u m a d m i r a d o r p e s s o a l e profissional. A o prof. dr. C l á u d i o Mitidieri, p e l o s c o n h e c i m e n t o s t r a n s m i t i d o s d u r a n t e o c u r s o

a

atenção e a gentileza durante todo o período de aprendizado. A o prof. dr. D o u g l a s Barreto, p e l a i n e s t i m á v e l c o l a b o r a ç ã o n a r e v i s ã o e f o r m a t a ç ã o do trabalho. A o prof. dr. A d ã o M a r q u e s B a t i s t a , p e l a s u a a m i z a d e e p r e s t e z a n o f o r n e c i m e n t o de extensa bibliografia, a l é m d o s constantes esclarecimentos e troca d e opiniões sobre um assunto, d o qual possui grande conhecimento teórico, e u m a gigantesca

experiência

prática, que são as fôrmas d e concreto. A o sr. P a u l o d e A s s i s , o P a u l i n h o , e s s e m a g n í f i c o l a b o r a t o r i s t a , p e l a p r e s t e z a n a s e x p e r i ê n c i a s d e laboratório, h á m a i s d e 3 0 a n o s n o IPT, s e m p r e a t e n t o e d i s p o s t o a esclarecer e a transmitir os seus conhecimentos. A toda secretaria do

CENATEC,

particularmente à sra. M a r y Yoshioka Pires de Toledo, s e m p r e gentil, eficiente e prestativa no atendimento e nas comunicações c o m todos os alunos. À sra. Valéria d e Oliveira, s e c r e t á r i a d a D i v i s ã o d e P r o d u t o s Florestais d o C e n t r o de T e c n o l o g i a e R e c u r s o s F l o r e s t a i s d o IPT, p e l a d e d i c a ç ã o e p a c i ê n c i a d u r a n t e t o d c o período da execução da dissertação, c o m as constantes e naturais alterações que esse tipo tarefa acarreta.

RESUMO N e s t e t r a b a l h o foi e f e t u a d a u m a a n á l i s e t é c n i c a c o m p a r a t i v a p a r a o s p r i n c i p a i s e l e m e n t o s d e u m a edificação, vigas, pilares e lajes, n o tocante a projetos d e f ô r m a s u s a d a s para a execução dos mesmos, e também demonstrada a importância econômica das fôrmas e m r e l a ç ã o a o c u s t o d a e s t r u t u r a d e c o n c r e t o . Foi t a m b é m a p r e s e n t a d o u m d e t a l h a m e n t o d o custo de fabricação de fôrmas, incluindo mão-de-obra e as partes componentes. O custo de u m a fôrma é composto por seus insumos principais c o m o c o m p e n s a d o s e madeiras, a utilização ou não de e q u i p a m e n t o s metálicos para cimbramentos, mão-de-obra para montagem, conforme o prazo de execução de u m a obra. U m a p e s q u i s a bibliográfica d o s tipos de m a d e i r a e m u s o n o Brasil, a s u a fisiologia, o c o n s u m o industrial c o m reflorestamento e florestas plantadas, as s u a s propriedades físicas e mecânicas também foram enfocados. T a m b é m foi o b j e t o d e p e s q u i s a o p a i n e l d e m a d e i r a c o m p e n s a d a , o s e u p r o c e s s o d e fabricação c o m r e c o m e n d a ç õ e s para a utilização de adesivos para cada uso específico, b e m como os processos de preparação para colagem e prensagem. U m e s t u d o e s p e c í f i c o foi f e i t o c o m p l a c a s d e O S B , o s e u p r o c e s s o d e f a b r i c a ç ã o e p r o d u ç ã o no mundo. Ligações pregadas, as mais utilizadas e m fôrmas, t a m b é m foram abordadas. O s sistemas de f ô r m a s m a i s utilizados n o m e r c a d o nacional para edifícios, c o m o os de madeira, de metal, d e plástico, d e polipropileno e d e papelão foram objeto d e análise. U m critério d e e s c o l h a d o s i s t e m a d e f ô r m a s , d o p o n t o d e v i s t a e c o n ô m i c o , foi feito e m c a d a u m d o s c a s o s analisados, c o m o as vigas, os pilares e a s lajes c o m várias c o m b i n a ç õ e s p o s s í v e i s e m u m c a s o real c o m 180 utilizações, e m q u e o p ç õ e s d e c i m b r a m e n t o s metálicos e de madeira foram analisados. Foi feita u m a a v a l i a ç ã o teórica s o b r e o s e s f o r ç o s solicitantes e m f ô r m a s , o n d e se p u d e r a m c o m p a r a r o s diversos critérios d e p r e s s ã o exercida sobre elas, e u m a sugestão para utilização dos coeficientes de majoração e de minoração da n o r m a brasileira N B R 7190/97, para comparação c o m normas estrangeiras. Ensaios mecânicos e m compensados e e m placas OSB, além de experiências e m obras e m q u e foram u s a d a s estas últimas, completaram a parte experimental. O s estudos d e caso foram todos reais e o seus resultados aplicados nos empreendimentos foram escolhidos c o m b a s e e m u m a análise holística d a estrutura, e não s o m e n t e e m função d a s f ô r m a s e d e s e u d i m e n s i o n a m e n t o propriamente ditos. Finalmente, "Diagramas de Orientação" sugerem alguns passos a serem

tomados

inicialmente para escolha do sistema e subsistemas de fôrmas, antes de u m a análise mais aprofundada que deverá confirmá-la. Palavras-chave: f ô r m a s para concreto, madeira, critérios d e dimensionamento, sistema de fôrmas, compensado.

ABSTRACT T h i s s t u d y w a s c o n d u c t e d in o r d e r t o p e r f o r m a c o m p a r a t i v e t e c h n i c a l a n a l y s i s for t h e e l e m e n t s o f a s t r u c t u r e - b e a m s , c o l u m n s a n d s l a b s - r e l a t e d t o t h e p r o j e c t of f o r m w o r k s , w h i c h a r e u s e d for t h e i r c o n s t r u c t i o n , a n d a l s o t o d e m o n s t r a t e t h e e c o n o m i c a l i m p o r t a n c e of t h e f o r m w o r k c o m p a r e d c o s t s o f c o n c r e t e s t r u c t u r e . It w a s a l s o p r e s e n t e d t h e f o r m w o r k s manufacturing costs, including w o r k m a n s h i p a n d materiais (the c o m p o n e n t s parts). T h e t o t a l c o s t o f t h e f o r m w o r k s y s t e m is c o m p o s e d b y t h e c o s t o f t h e m a i n c o m p o n e n t s s u c h as lumber, plywood, metallic shoring w h e n used, a n d manufacturing time ( m a n hour) during the construction time. A r e v i e w of literature a i m i n g for t h e t y p e s w o o d s u s e d in Brazil, their p h y s i o l o g y a n d i n d u s t r i a l c o n s u m p t i o n of r e f o r e s t e d a n d s u s t a i n e d g r o w i n g , its p h y s i c a l a n d

mechanical

p r o p e r t i e s w e r e a l s o f o c u s e d in this study. T h e p l y w o o d section covers the manufacturing p r o c e s s the different types of adhesives for t h e specific u s e s , a s well a s t h e gluing a n d p r e s s i n g p r o c e d u r e s . A specific section covering the use O S B boards a n d their manufacturing process around the w o r l d w a s briefly c o m m e n t e d . Nailing, the most utilized system, w a s also considered. O t h e r t y p e s o f f o r m w o r k c o n s t r u c t i o n u s e d in B r a z i l s u c h a s m e t a l , p o l y p r o p y l e n e , a n d c a r d b o a r d w e r e a l s o t h e o b j e c t of a n a l y s i s . A s y s t e m a t i c c r i t e r i o n o f c h o i c e , b a s e d o n e c o n o m i c a l p o i n t of v i e w w a s d e s i g n a t e d f o r e a c h s u b - s y s t e m t a k i n g in c o n s i d e r a t i o n the v a r i o u s p o s s i b l e c o m b i n a t i o n s of m a t e r i a i s . T h e y w e r e b a s e d in a real j o b s c e n a r i o w h e r e 1 8 0 r e - u s e s of f o r m w o r k t o o k p l a c e . Also, a theoretical evaluation w a s p e r f o r m e d w h e r e different criteria of hydraulic pressure o n t h e f o r m w o r k w e r e s t u d i e d in t h e light of B r a z i l i a n S t a n d a r d - N B R 7 1 9 0 / 9 7 c o m p a r e d w i t h f o r e i g n s t a n d a r d s . S u g g e s t i o n s for the u s e of c o r r e c t i n g f a c t o r s w e r e m a d e . At e x p e r i m e n t a l levei, m e c h a n i c a l testing o n b o t h p l y w o o d a n d O S B w e r e c a r r i e d out o n small samples. AH c a s e s s t u d i e s w e r e " r e a l w o r l d " a n d t h e i r r e s u l t s w e r e e f f e c t i v e l y p u t i n p r a c t i c e i n s e v e r a l c o n s t r u c t i o n s . T h u s . t h e results p r e s e n t e d c o m e f r o m a true holistic a n a l y s i s of l h o s e s t r u c t u r e s a n d not o n l y a s a f u n c t i o n of t h e f o r m w o r k s o r their d e s i g n . F i n a l l y , a " C h o i c e D i a g r a m " is p r e s e n t e d t o i n t r o d u c e f o r d e s i g n e r s in t h e i n i t i a l s t e p s , a h e l p t o d e f i n e t h e t y p e s of s y s t e m s a n d / o r s u b - s y s t e m s available. K e y w o r d s - concrete f o r m w o r k , w o o d , d i m e n s i o n i n g criteria, f o r m w o r k s y s t e m , plywood.

PREFÁCIO V á r i a s r a z õ e s s e e n c o n t r a m a o s e ler e s t e t r a b a l h o s o b r e f ô r m a s p a r a c o n c r e t o p a r a construção d e edifícios, assunto tão importante para o qual p o u c a importância é dada. Primeiramente por abordar os aspectos relativos aos projetos de fôrma,

enfocando

materiais, mão-de-obra, resistência, segurança, que são encontrados na sua fabricação, de maneira clara e pontual. N ã o obstante, é por demais conhecido que os custos envolvidos no sistema de fôrmas e cimbramentos são elevados e e m muitos casos superiores ao do concreto m a s s a e d o aço, c o m o aqui d e m o n s t r a d o . O p r o b l e m a não se limita t ã o - s o m e n t e a o s detalhes de projeto d e fôrmas, m a s reforça a n e c e s s i d a d e do envolvimento integrado d a s equipes de arquitetos, engenheiros de estrutura, engenheiros projetistas de fôrmas e os executores propriamente ditos, d e s d e a c o n c e p ç ã o d o projeto. E m s e g u n d o lugar, p a r a b e n i z a r o autor pela d e d i c a ç ã o e e s f o r ç o c o l o c a d o s n e s s a tarefa. M e r e c e m destaque os fatos citados sobre as tecnologias aplicadas ao material concreto onde fatores aparentemente simples, m a s de grande importância que devem ser considerados nos p r o j e t o s d e f ô r m a c o m o e f e i t o d a t e m p e r a t u r a , a b a t i m e n t o (slump), t e m p o d e p e g a , v e l o c i d a d e de lançamento, entre outros, n e m sempre considerados nos cálculos de fôrmas. A o s colegas, estudantes e usuários pela oportunidade de encontrar aqui contribuições e informações para enfrentarem as dificuldades deparadas ao analisar u m sistema de fôrmas para estruturas de concreto armado. M e n c i o n o ainda, a o p o r t u n i d a d e q u e ter c o n h e c i d o e t r a b a l h a d o c o m o Nilton, profissional c o m m a i s d e 30 a n o s de experiência, disposto a d o c u m e n t a r fatos e m prol d a engenharia, fatos raros d e inestimável valor para estudantes e profissionais dedicados a esse ramo, que n e c e s s i t a m d e a p o i o e m literatura, a l g o t ã o difícil d e s e e n c o n t r a r e q u e i n f e l i z m e n t e n ã o t e m o devido respaldo nas escolas d e engenharia. A o Nilton d e v e m o s o r e c o n h e c i m e n t o a o esforço d e s p e n d i d o e m possibilitar a tradução d e s e u s c o n h e c i m e n t o s práticos neste trabalho. p o u c o t e m p o que convivi c o m o Nilton, percebi que

Pelo

é u m a pessoa especial, pelo seu

desprendimento, s e m egotismos, trazendo para este trabalho seu conhecimento adquirido ao l o n g o d e s u a vida profissional s o b r e e s s e assunto, e, c o m o ele m e s m o diz ...."A dificuldade do c o n h e c i m e n t o dos critérios para o d i m e n s i o n a m e n t o de fôrmas para servir d e molde ao concreto a r m a d o t e m o s e u início n o precário e n s i n o d e s t e t e m a e m universidades brasileiras onde, c o m raríssimas e h o n r o s a s exceções, s ã o ministradas aulas c o m a l g u m a s noções." A o s leitores a certeza d e q u e aqui encontrarão orientações e c a m i n h o s para decisões no cálculo de f ô r m a s para tornar os projetos de edifícios mais elaborados, s e g u r o s e econômicos.

LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURAS

Pag

Figura 1

Composição de custo de uma estrutura - pavimento-tipo

31

Figura 2

C o m p o s i ç ã o do custo d o pavimento atípico

37

Figura 3

Composição do custo do pavimento-tipo

39

Figura 4

Composição do custo da fôrma do andar exemplificado

39

Figura 5

Composição porcentual (em peso) do equipamento metálico

41

Figura 6

F o t o g r a f i a s d a s p r i n c i p a i s m a d e i r a s u t i l i z a d a s n a c o n s t r u ç ã o civil

45

Figura 7

Anéis de crescimento da madeira

46

Figura 8

Fisiologia da árvore

47

Figura 9

Evolução do c o n s u m o de madeiras nativas e reflorestadas no Brasil

51

F i g u r a 10

Eixos principais de u m a peça de madeira e m relação à direção d a s fibras

52

F i g u r a 11

Planos principais de corte c o m relação às c a m a d a s de crescimento

52

F i g u r a 12

Á g u a livre e á g u a d e i m p r e g n a ç ã o n a m a d e i r a

53

F i g u r a 13

Retratibilidade da madeira de Pinus - Caribaea var hondurensis

54

F i g u r a 14

T o r n o rotativo p a r a e x t r a ç ã o d e l â m i n a s

55

F i g u r a 15

Estrutura d e ligação colada

57

F i g u r a 16

Representação de uma estrutura de ligação colada

58

F i g u r a 17

Painéis de O S B utilizados e m f ô r m a s

59

F i g u r a 18

Capacidade d e produção instalada (milhões e m m3) no C a n a d á e U S A

59

F i g u r a 19

Processo de fabricação de O S B (genérico)

60

Figura 20

Sistema de fôrmas integralmente de madeira

68

Figura 21

Sistema de fôrmas misto madeira x metálica

68

Figura 22

Fôrmas integralmente metálicas

69

Figura 23

D i a g r a m a de orientação para confecção de f ô r m a s para lajes c o m c u b e t a s de polipropileno

70

Figura 24

F ô r m a de polipropileno

70

Figura 25

A s p e c t o d a laje d e s e n f o r m a d a

71

Figura 26

Fôrmas plásticas

71

Figura 27

F ô r m a s de papelão para pilares

72

Figura 28

F ô r m a s d e papelão tipo caixão perdido

72

Figura 29

Diagrama de orientação para confecção de fôrmas para pilares

73

Figura 30

Pilares c o m tensores e sarrafos de madeira

79

Figura 31

Pilares c o m barras de a n c o r a g e m e sarrafos de madeira

80

FIGURAS

Pag

Figura 32

Pilares c o m barras de a n c o r a g e m e sarrafos de madeira e suporte metálico

81

Figura 33

Pilares c o m suportes metálicos verticais e tensores

82

Figura 34

Pilares c o m suportes metálicos verticais e barras de a n c o r a g e m

83

Figura 35

Pilares c o m suportes metálicos verticais, horizontais e barras d e ancoragem

84

Figura 36

C i m b r a m e n t o principal: c o m p r a x locação mensal de e q u i p a m e n t o metálicc para o ciclo de 180 usos

Figura 37

88

T r a n s v e r s i n a s d a s lajes, l o c a ç ã o m e n s a l x c o m p r a r m e t á l i c o x c o m p r a r m a d e i r a para u m ciclo de 180 usos (quatro reposições)

89

Figura 38

D i a g r a m a d e o r i e n t a ç ã o p a r a c o n f e c ç ã o d e f ô r m a s p a r a t r a n s v e r s i n a s d e lajes

90

Figura 39

C o m p a r a ç ã o d o c u s t o d e f ô r m a s p a r a lajes, c o m p a i n e l e c i m b r a m e n t o l o c a d o / m ê s para u m ciclo d e 180 u s o s x f ô r m a s para lajes c o m c o m p e n s a d o s e cimbramentos tradicionais

Figura 40

91

E s c o r a m e n t o de f ô r m a s para vigas para u m ciclo de 180 usos c o m equipamento metálico e garfos de madeira

92

Figura 41

D i a g r a m a d e o r i e n t a ç ã o p a r a c o n f e c ç ã o d e c i m b r a m e n t o d e f ô r m a s p a r a v i g a s .... 9 3

Figura 42

Diagrama de orientação para confecção de fôrmas para blocos de fundação

93

Figura 4 3

Diagrama de orientação para confecção de f ô r m a s para cortinas de concreto

94

Figura 4 4

D i a g r a m a d e o r i e n t a ç ã o p a r a c o n f e c ç ã o d e f ô r m a s para c a i x a s - d ' á g u a superiores

94

Figura 4 5

Diagrama de orientação para confecção de fôrmas para vigas-baldrame

94

Figura 46

D i a g r a m a de orientação para a confecção de f ô r m a s para lajes treliçadas e lajes n e r v u r a d a s (cubetas)

95

Figura 47

Curvas indicativas do carregamento m á x i m o para dois apoios

103

Figura 4 8

C u r v a s indicativas do c a r r e g a m e n t o m á x i m o para três a p o i o s

104

Figura 49

Curvas indicativas do carregamento m á x i m o para quatro apoios

105

Figura 50

Distribuição de pressão, adotada para cálculo d e fôrmas de vigas

108

Figura 51

G r á f i c o d a p r e s s ã o e m pilar 0 , 2 0 m x 0 , 7 0 m c o m h = 2 , 9 0 p a r a o e s t a d o - l i m i t e de utilização

Figura 52

G r á f i c o d a p r e s s ã o e m pilar 0 , 2 0 m x 0 . 7 0 m c o m h = 2 . 9 0 p a r a o estado-limite último

Figura 53

111

111

Pressão m á x i m a e m pilares e m f u n ç ã o d a velocidade de e n c h i m e n t o e da temperatura, conforme metodologia do A C 1

118

Figura 54

C a r r e g a m e n t o h o r i z o n t a l e m lajes

119

Figura 55

R e l a ç ã o e n t r e o e s f o r ç o h o r i z o n t a l e m lajes, e m f u n ç ã o d o c o m p r i m e n t o e da espessura

120

Figura 56

Sobrecarga vertical de 74 kgf/m, para o fundo da viga, adicionado ao peso próprio

121

Figura 57

D i a g r a m a de pressão do concreto nas faces laterais d a fôrma

122

Figura 58

P r e s s ã o n o s pilares, s e g u n d o a n o r m a D I N , p a r a v < 0 , 5 m / h

123

Figura 59

P r e s s ã o n o s pilares, s e g u n d o a n o r m a D I N , p a r a v > 0 , 5 m / h

123

Figura 60

P r e s s ã o e m f ô r m a s d e p i l a r e s s e g u n d o o C E B , c o n s i d e r a n d o o efeito de arco na c o n c r e t a g e m c o m o critério

Figura 61

126

Representação gráfica das pressões calculadas pela fórmula de Janssen para alguns valores de fi e 0

128

Figura 62

Ensaio de flexão para obtenção do módulo de elasticidade em O S B

129

Figura 63

Aspecto d a s e ç ã o de ruptura do O S B após o ensaio

129

Figura 6 4

G r á f i c o s c o m p a r a t i v o s p a r a c h a p a s d e c o m p e n s a d o s e O S B d e 12 m m de espessura

Figura 65

G r á f i c o s c o m p a r a t i v o s p a r a c h a p a s d e c o m p e n s a d o s e O S B d e 15 m m de espessura

Figura 6 6

132

132

G r á f i c o s c o m p a r a t i v o s p a r a c h a p a s d e c o m p e n s a d o s e O S B d e 18 m m de espessura

133

Figura 6 7

Painel O S B cru ( s e m revestimento)

133

Figura 68

Painel O S B c o m revestimento de filme M D O

134

Figura 69

Painel O S B c o m revestimento de filme fenólico

134

Figura 70

À e s q u e r d a , s u p e r f í c i e inferior d a 1 ê laje, p a i n e l c r u ; à direita, f ô r m a p a r a 3 o laje c o m d a n o s l o c a l i z a d o s n o l a d o o p o s t o à s u p e r f í c i e e m c o n t a t o c o m o concreto, e m painéis M D O transpassados por pregos

F i g u r a 71

135

À e s q u e r d a , f ô r m a p a r a 7 a laje, m a n c h a s e s b r a n q u i ç a d a s d e v i d o a resíduos de nata de concreto aderida ao painel O S B "cru" e danificação d a s b o r d a s d o s p a i n é i s ; à direita, m a n c h a s e d a n o s l o c a l i z a d o s e m revestimento do painel O S B próximos a cantos e bordas

Figura 72

135

P l a n t a d e u m a n d a r - t i p o , d o c a s o 1, c o m laje n e r v u r a d a e u s o d e c u b e t a s de polipropileno

141

Figura 73

E s q u e m a d o a n d a r - t i p o c o m laje m a c i ç a

145

Figura 74

Corte das vigas nos diversos pavimentos

147

Figura 75

D i a g r a m a d e o r i e n t a ç ã o p a r a a c o n f e c ç ã o d e f ô r m a s p a r a lajes m a c i ç a s e lajes treliçadas

148

Figura 76

Aspectos de colocação de painéis metálicos nas lajes

151

Figura 7 7

D i a g r a m a d e o r i e n t a ç ã o p a r a c o n f e c ç ã o d e f ô r m a s p a r a lajes c o m p a i n é i s do tipo "drop-head"

152

LISTA DE TABELAS TABELAS

Pag

Tabela 1

Custo dos i n s u m o s para execução de prédios (pavimento atípico)

36

Tabela 2

Custo dos insumos para execução de prédios (pavimento-tipo)

38

Tabela 3

D i m e n s õ e s d e pregos, bitolas comerciais

65

Tabela 4

Custo unitário de materiais

77

Tabela 5

Esquema de montagem e modo de reaproveitamento das fôrmas dos pilares

78

Tabela 6

C o m b i n a ç õ e s para utilização de tensores nas f ô r m a s

80

Tabela 7

C o m b i n a ç õ e s para utilização de barras de a n c o r a g e m nas f ô r m a s

81

Tabela 8

C o m b i n a ç õ e s para utilização de sarrafos e suportes metálicos nas fôrmas

82

Tabela 9

C o m b i n a ç ã o p a r a u t i l i z a ç ã o d e s u p o r t e m e t á l i c o v e r t i c a l e t e n s o r e s n a s f ô r m a s ... 8 3

Tabela 10

C o m b i n a ç ã o para utilização d e suporte metálico vertical e barras de ancoragem nas fôrmas

T a b e l a 11

84

C o m b i n a ç ã o para utilização de suportes metálicos vertical e horizontal nas fôrmas

85

Tabela 12

C o m b i n a ç ã o para utilização de painéis metálicos locados nas fôrmas

85

Tabela 13

C o m b i n a ç õ e s c o n s i d e r a d a s para m o n t a g e m d e f ô r m a s d e pilares, c o m vários critérios de projetos

85

Tabela 14

E s q u e m a de m o n t a g e m e m o d o de reaproveitamento d a s f ô r m a s d a s lajes

86

Tabela 15

C i m b r a m e n t o principal m e t á l i c o p a r a laje e x e m p l i f i c a d a ( A n e x o s A , B e C)

87

Tabela 16

Peso dos insumos

87

Tabela 17

C o m p a r a t i v a final d a s diversas o p ç õ e s d e f ô r m a s para lajes

91

Tabela 18

Ações variáveis ( F O N T E N B R 7190/97) combinações últimas

99

Tabela 19

Fatores de minoração NBR 7190/97

99

Tabela 20

V a l o r e s d e kmod l ( F O N T E N B R 7 1 9 0 / 9 7 )

100

Tabela 21

Valores d e km0!j2 ( F O N T E N B R 7190/97)

100

T a b e l a 22

Classe3 de umidade ( F O N T E N B R 7190/97)

100

Tabela 23

Características físicas e geométricas de c o m p e n s a d o s - A B I M C I

102

Tabela 2 4

Máxima pressão do concreto - velocidade x temperatura - Paredes

115

Tabela 25

M á x i m a pressão do concreto - kN/m2 - Pilares

117

Tabela 26

E s f o r ç o h o r i z o n t a l n a s l a j e s e m f u n ç ã o d a e s p e s s u r a e d a l a r g u r a , e m kgf

120

Tabela 27

Tabela de coeficientes de aumento da pressão

124

Tabela 28

Pressão na parede da f ô r m a e m função da altura d a obra

125

TABELAS

Pag

Tabela 29

Valores d e k indicados pelo C E B (1976)

126

Tabela 30

Pressões calculadas s e g u n d o os critérios indicados

127

Tabela 31

Resistência à flexão estática d o c o m p e n s a d o e m pínus brasileiro

130

Tabela 32

Características m e c â n i c a s d a s c h a p a s d e O S B , obtidas no ensaio d e flexão

131

Tabela 33

E s t i m a t i v a d o c o n s u m o d e f ô r m a s c o m u t i l i z a ç ã o d e c u b e t a s - laje n e r v u r a d a .... 1 4 2

Tabela 34

Estimativa do c o n s u m o de concreto c o m utilização d e cubetas, e m laje n e r v u r a d a c o m v i g a s b a i x a s

142

Tabela 35

E s t i m a t i v a d o c o n s u m o d e f ô r m a s s e m u t i l i z a ç ã o d e c u b e t a s - laje m a c i ç a

143

Tabela 36

E s t i m a t i v a d o c o n s u m o d e c o n c r e t o s e m u t i l i z a ç ã o d e c u b e t a s - laje m a c i ç a

143

Tabela 37

Custo das fôrmas sem o uso de compensado sob as cubetas

143

Tabela 38

Custo das fôrmas c o m o uso de compensado sob as cubetas

144

Tabela 39

C o n s u m o de aço e concreto

144

Tabela 40

C u s t o final d a laje n e r v u r a d a d o p a v i m e n t o - t i p o c o m c u b e t a s

144

Tabela 41

C u s t o p a r a a c o n f e c ç ã o d a s f ô r m a s e c i m b r a m e n t o d a laje m a c i ç a

145

Tabela 4 2

Custo do aço e do concreto

146

Tabela 4 3

C u s t o final d o p a v i m e n t o p a r a a laje m a c i ç a

146

Tabela 44

C o m p o s i ç ã o d e c u s t o d e laje t r e l i ç a x laje m a c i ç a

150

Tabela 45

C o m p a r a ç ã o de custos para lajes c o m c i m b r a m e n t o tipo "drop-head" x convencional, c o m chapas de compensado

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABCP

A s s o c i a ç ã o Brasileira de C i m e n t o Portland

ABIMCI

Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada M e c a n i c a m e n t e

ACI

A m e r i c a n C o n c r e t e Institute

CEB

Comitê Euro-lnternational du Beton

DIN

D e u s t s c h e s Institut F ü r N o r m u n g

NBR

N o r m a Brasileira

OSB

Oriented Strand Board

152

LISTA DE SÍMBOLOS

H

A l t u r a d o pilar e d a v i g a

z

A l t u r a d o pilar n a f ó r m u l a d e J a n s s e n

h

Altura m á x i m a de concretagem

qd

Carga de projeto para a verificação no estado-limite último

q a u . m .. Carga de projeto para o dimensionamento no estado-limite de utilização cP

Unidade de medida de viscosidade (centipoise)

c vib

Coeficiente de majoração do concreto e m função da vibração

li

C o e f i c i e n t e d e atrito c o n c r e t o x c h a p a n a f ó r m u l a d e J a n s s e n

K

C o e f i c i e n t e d e c o r r e n t e d o â n g u l o d e atrito i n t e r n o d o c o n c r e t o n a f ó r m u l a d e J a n s s e n

k

Coeficiente de majoração das pressões e m função do abatimento e da temperatura - CEB

Papar

Densidade aparente

pD

Densidade básica

MDI

D i - i s o c i a n e t o difenil m e t a n o

v|/0

Fator d e m i n o r a ç ã o p a r a a ç õ e s v a r i á v e i s s e c u n d á r i a s p a r a o e s t a d o - l i m i t e ú l t i m o

\j/,

Fator d e m i n o r a ç ã o p a r a a ç õ e s v a r i á v e i s s e c u n d á r i a s p a r a o e s t a d o - l i m i t e d e u t i l i z a ç ã o

yg

Fator d e m a j o r a ç ã o d a s a ç õ e s v a r i á v e i s p r i n c i p a i s e s e c u n d á r i a s p a r a o e s t a d o - l i m i t e úl:imo

ha

Hectare

kg

Quilograma

kgf/m3

Quilograma força por metro cúbico

kgf/m2

Quilograma força por metro q u a d r a d o

Ib/ft

Libra por pé

lb/ft 3

Libra por pé cúbico

psf

Libra por pé q u a d r a d o

P

M á x i m a p r e s s ã o lateral p s f ; P r e s s ã o d o c o n c r e t o p e l o C E B

MPa

M e g a Pascal

m

Metro

mm

Milímetro

E

Módulo de elasticidade

E12

Módulo de elasticidade corrigido para umidade 12%

Y

Peso específico do concreto

Y0 ^,

Peso específico do concreto majorado para o estado-limite de utilização

Yd.utm

P e s o

q

Peso próprio do c o m p e n s a d o

específico do concreto majorado para o estado-limite último

q qj

Peso próprio do concreto h s

q2md ^

Pressão equivalente à altura 2/3 para o estado-limite de utilização Pressão equivalente à altura 2/3 para o estado-limite último

q x maxulil P r e s s ã o h o r i z o n t a l m á x i m a p a r a o e s t a d o - l i m i t e d e u t i l i z a ç ã o qxfraxJCim P r e s s ã o horizontal m á x i m a para o estado-limite último P mm aax,

Pressão m á x i m a do concreto pela n o r m a DIN

qv

Pressão vertical

qvdulil

Pressão vertical no estado-limite de utilização

"v.d.ultim

Pressão vertical no estado-limite último

R

Raio hidráulico na fórmula de J a n s s e n

f^

Resistência característica

F,,

Resistência para a umidade U %

FU12:

Resistência corrigida para umidade 12%

qor

Sobrecarga de pessoas e equipamentos

t

T e m p e r a t u r a d o c o n c r e t o e m °C

T

T e m p e r a t u r a d o c o n c r e t o e m °F n a f ó r m u l a d a A . C . I .

U%

Teor d e u m i d a d e

R

Velocidade de enchimento e m pé por hora na fórmula A.C.I.

v

Velocidade de enchimento m/h - DIN.

pmt

Valor d a p r e s t a ç ã o d e u m a s é r i e d e p a g a m e n t o s d i f e r i d o s p o s t e c i p a d o s

PVA

Valor p r e s e n t e d e u m a s é r i e d e p a g a m e n t o s d i f e r i d o s p o s t e c i p a d o s

f c a COfnp

Resistência de compressão de cálculo

fckoomp

Resistência característica obtida pelo estimador, ou 0,7 da resistência média

1

fc m c o r R e s i s t ê n c i a m é d i a à c o m p r e s s ã o

SUMÁRIO 1

INTRODUÇÃO

30

1.2

OBJETIVO

32

2

AS FÔRMAS NO PROCESSO CONSTRUTIVO - COMPARATIVO ESTRUTURAL

36

2.1

PAVIMENTO ATÍPICO

36

2.2

EQUIPAMENTO METÁLICO

40

2.2.1

índice de e q u i p a m e n t o metálico

40

3

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

44

3.1

MADEIRA

44

3.1.1

A s madeiras d o m e r c a d o brasileiro

44

3.1.1.1

Estrutura d a madeira

45

3.1.1.2

Fisiologia e crescimento das árvores

46

3.1.2.

O p í n u s n a s i l v i c u l t u r a brasileira

47

3.1.2.1

E v o l u ç ã o d o c o n s u m o g e r a l d e m a d e i r a i n d u s t r i a l no Brasil

50

3.1.2.2

Evolução do c o n s u m o geral de madeira de reflorestamento e florestas plantadas no Brasil

51

3.1.3

Propriedades físicas e mecânicas da madeira

51

3.1.3.1

Propriedades físicas

51

3.1.3.2

Densidade da madeira

53

3.1.3.3

Umidade da madeira

53

3.1.3.4

A retratibilidade

54

3.1.4

Painéis derivados de madeira

55

3.1.4.1

Compensados

55

3.1.4.2

Processo de fabricação

55

3.1.4.3

Rolos

56

3.1.4.4

Preparação para colagem

57

3.1.5

O S B (Oriented Strand Board)

58

3.1.5.1

Processo de fabricação

60

3.1.6

Adesivos

60

3.1.6.1

Classificação dos adesivos

61

3.1.6.2

Principais adesivos para fabricação d e chapas de madeira para fôrmas de concreto

62

3.1.6.3

P r e p a r a ç ã o d a s u p e r f í c i e - efeito d a u m i d a d e d a m a d e i r a s o b r e a a d e s ã o

63

3.1.6.4

Requisitos de umidade recomendados para vários tipos de adesivos

63

3.1.6.5

Para c o l a g e m

64

3.1.7

Conectores

65

3.1.7.1

Ligações c o m pregos

65

3.1.7.2

Dimensionamento dos pregos

66

3.1.8

Revestimentos

66

3.2

SISTEMAS DE F Ô R M A S

67

3.2.1

Integralmente de madeira

67

3.2.2

Misto madeira x metálico

68

3.2.3

Integralmente metálico

69

3.2.4

Cubetas (plásticas) de Polipropileno

70

3.2.5

Plásticas

71

3.2.6

Papelão

72

4

A N Á L I S E E C O N Ô M I C A PARA E S C O L H A DO SISTEMA DE F Ô R M A S

76

4.1

ESTUDO DE PILARES

77

4.1.1

C o m b i n a ç õ e s consideradas (hipóteses de cálculo)

78

4.2

E S T U D O S DAS F Ô R M A S PARA LAJES

86

4.2.1

Cimbramento principal

86

4.2.2

T r a n s v e r s i n a s ( A n e x o s A , B, C, D, E e F)

89

4.2.3

Análise comparativa do custo de f ô r m a s para lajes

90

4.3

E S T U D O D O S E S C O R A M E N T O S D E F Ô R M A S P A R A V I G A S ( A n e x o s G , H e I)

91

4.4

E S C O L H A DE F Ô R M A S PARA E S T R U T U R A S ESPECIAIS

93

5

C R I T É R I O S PARA O D I M E N S I O N A M E N T O

98

5.1

C R I T É R I O PARA O D I M E N S I O N A M E N T O U T I L I Z A N D O O S C O E F I C I E N T E S DA N O R M A B R A S I L E I R A N B R 7 1 9 0 / 9 7

98

5.1.1

Definições importantes

98

5.1.2

Parâmetros para caracterização de madeira compensada conforme a ABIMCI

5.2

D I M E N S I O N A M E N T O DE F Ô R M A S PARA LAJES, UTILIZANDO O S P A R Â M E T R O S DA N B R 7190/97

102

105

5.2.1

Combinação das ações

105

5.2.1.1

Dimensionamento da fôrma

106

5.2.1.2

Verificação da tensão de cálculo

107

5.3

D I M E N S I O N A M E N T O DE F Ô R M A S PARA VIGAS, UTILIZANDO O S P A R Â M E T R O S DA N B R 7 1 9 0 / 9 7

5.4

107

D I M E N S I O N A M E N T O DE F Ô R M A S PARA PILARES, UTILIZANDO O S P A R Â M E T R O S DA N B R 7 1 9 0 / 9 7

109

5.5

C R I T É R I O D O AMERICAN CONCRETEINSTITUTE-A.

C. 1

5.5.1

E l e m e n t o s p a r a o d i m e n s i o n a m e n t o d e f ô r m a s , s e g u n d o o A. C . 1

112

5.5.2

A s p r e s s õ e s laterais na f ô r m a d e v i d o à a ç ã o d o c o n c r e t o f r e s c o

113

5.5.3

O peso do concreto

113

5.5.4

A velocidade de concretagem ou de enchimento

113

5.5.5

A vibração

114

5.5.6

Temperatura

114

5.5.7

S o b r e c a r g a n a s lajes e v i g a s

114

5.5.8

O u t r a s v a r i á v e i s ( s e g u n d o o A. C. I.)

114

5.6

PRESSÃO NAS FÔRMAS DOS PILARES

116

5.6.1

E s f o r ç o horizontal e m f ô r m a s p a r a lajes, s e g u n d o o A . C. 1

119

5.7

A S P R E S S Õ E S NAS F Ô R M A S DE C O N C R E T O , S E G U N D O N O R M A DIN

121

5.7.1

E s f o r ç o s horizontais, s e g u n d o a D I N 1 8 . 2 1 8

124

5.8

P R E S S Õ E S DO C O N C R E T O E M F Ô R M A S DE PILARES, S E G U N D O O CEB

5.8.1

112

125

C o m p a r a ç ã o e n t r e m é t o d o s p a r a a a v a l i a ç ã o d e f ô r m a s e m u m pilar d e 2 0 c m x 7 0 c m c o m 2 , 9 0 m d e altura, T = 15°C e v = 5 m / h

127

5.8.2

Avaliação experimental e m chapas para fôrmas

128

5.8.3

Gráficos comparativos dos resultados disponíveis para chapas de O S B e de compensados de pínus (dados da ABIMCI)

131

5.8.3.1

A chapa de O S B e seu comportamento e m obras

133

6

E S T U D O DE C A S O

140

6.1

CASO 1

141

6.1.1

A n á l i s e d o c o n s u m o d o s m a t e r i a i s p a r a laje n e r v u r a d a

142

6.1.2

A n á l i s e e c o n ô m i c a d a s f ô r m a s p a r a a laje n e r v u r a d a

143

6.1.3

A n á l i s e e c o n ô m i c a d o a ç o e d o c o n c r e t o p a r a a laje n e r v u r a d a

144

6.1.4

A n á l i s e e c o n ô m i c a d a s f ô r m a s p a r a a laje n e r v u r a d a

144

6.1.5

A n á l i s e e c o n ô m i c a d o a ç o e d o c o n c r e t o d a laje m a c i ç a

146

6.1.6

Conclusão do caso 1

146

6.2

CASO 2

146

6.2.1

Conclusão do caso 2

147

6.3

CASO 3 - LAJE MACIÇA X LAJE TRELIÇADA

148

6.3.1

Cálculo d o custo d a s f ô r m a s para a s lajes m a c i ç a e treliçada

149

6.3.2

Conclusão do caso 3

151

6.4

CASO 4

151

6.4.1

Conclusão do caso 4

153

Anexos

154

COMENTÁRIOS GERAIS SOBRE O TRABALHO

168

R E C O M E N D A Ç Ã O FINAL

169

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

172

7

9

INTRODUÇÃO

1. INTRODUÇÃO A i m p o r t â n c i a d a s f ô r m a s de c o n c r e t o na c o n c e p ç ã o , na e x e c u ç ã o e nos c u s t o s da e s t r u t u r a de um edifício j u s t i f i c a p l e n a m e n t e um e s t u d o d e t a l h a d o do seu d i m e n s i o n a m e n t o e a m e l h o r e s c o l h a dos m a t e r i a i s , o q u e a c a b a r á r e f l e t i n d o na m ã o de-obra e nos demais itens, m e s m o aqueles não d i r e t a m e n t e ligados à estrutura de concreto armado. Nos edifícios habitacionais e comerciais com múltiplos andares, o custo das f ô r m a s p o d e variar de 25% até 30% do t o t a l da o b r a e o prazo da s u a e x e c u ç ã o não r a r a s vezes a t i n g e e n t r e 50% e 60%, o que por si só a p o n t a para a c a u t e l a e para as r e p e r c u s s õ e s q u e t a i s e v e n t o s p o d e m a c a r r e t a r no p r e ç o d e v e n d a do p r o d u t o a ser c o m e r c i a l i z a d o . M a i s do que isso, porém, são as s e q ü e l a s que o seu m a u d i m e n s i o n a m e n t o p o d e m a p r e s e n t a r ao longo do período de execução, ou m e s m o a p ó s a entrega do empreendimento, c o m o s u r g i m e n t o de fissuras decorrentes de uma deformação lenta o c a s i o n a d a por um p r o j e t o de f ô r m a m a l d i m e n s i o n a d o . C o m relação a esta ú l t i m a advertência, os planos de e s c o r a m e n t o e r e e s c o r a m e n t o poderiam ser objetos de u m outro trabalho, cuja relevância é igual ou superior à do projeto d e f ô r m a s p r o p r i a m e n t e d i t o . O s c a r r e g a m e n t o s d e c o r r e n t e s d o p e s o p r ó p r i o da e s t r u t u r a d e c o n c r e t o e m m u i t o s c a s o s p o d e m ser m a i o r e s d o q u e as s o b r e c a r g a s p r e v i s t a s no p r o j e t o e s t r u t u r a l , e, d e p e n d e n d o d o p r a z o p r o g r a m a d o p a r a a d e s e n f o r m a , o m ó d u l o d e d e f o r m a ç ã o , ou m ó d u l o de e l a s t i c i d a d e , p r e v i s t o no p r o j e t o e s t r u t u r a l de c o n c r e t o a i n d a pode não ter seu o valor esperado atingido. Tal é a i m p o r t â n c i a d a i n t e r a ç ã o e n t r e a s p a r t e s i n t e r v e n i e n t e s , q u a i s s e j a m , a a r q u i t e t u r a na d e f i n i ç ã o d o s e s p a ç o s e a e n g e n h a r i a e s t r u t u r a l no p r o j e t o das f ô r m a s , q u e p r o j e t o s i n t e i r o s já f o r a m a l t e r a d o s m e s m o d e p o i s d e c o n c l u í d o s , por se m o s t r a r e m pouco viáveis economicamente. Neste trabalho serão abordados aspectos construtivos, qualidade dos materiais, análise de custos, e a p r e s e n t a d o s alguns exemplos reais, nos quais tais f a t o s ocorreram e m u d a n ç a s radicais de s o l u ç ã o estrutural f o r a m introduzidas a partir das sugestões ocorridas durante as análises dos projetos de fôrma. Nos grandes centros c o n s u m i d o r e s , p r i n c i p a l m e n t e em São Paulo, estão d i s p o n í v e i s d i v e r s o s t i p o s d e f ô r m a s , p a r a o s q u a i s é p o s s í v e l l o c a r , m o n t a r na o b r a o u comprar, d e p e n d e n d o das c o n d i ç õ e s i m p o s t a s pelas obras. Para as várias o p ç õ e s p o s s í v e i s , a d e c i s ã o d a s o l u ç ã o m a i s a d e q u a d a é o q u e e s t á a p r e s e n t a d o no d e c o r r e r deste trabalho. T r a d i c i o n a l m e n t e , as f ô r m a s de m a d e i r a a s s i m c h a m a d a s , são as m a i s utilizadas na c o n s t r u ç ã o de edifícios. A s f ô r m a s m e t á l i c a s ou s o m e n t e a e s t r u t u r a ç ã o m e t á l i c a são u s a d a s em locais e s p e c í f i c o s c o m o c a i x a s - d ' á g u a , m u r o s de a r r i m o , f u n d a ç õ e s e mais esporadicamente em pilares, lajes e vigas.

A o p ç ã o por u m a ou outra s o l u ç ã o está atrelada, principalmente, aos prazos de e x e c u ç ã o d a s o b r a s , ao n ú m e r o d e u t i l i z a ç õ e s , ao nível d e s o l i c i t a ç ã o d a s p e ç a s ou a o s três f a t o r e s s i m u l t a n e a m e n t e . Pode-se considerar, ainda, a disponibilidade de espaço no c a n t e i r o - d e - o b r a s e a localização da obra e m relação às facilidades de transporte e mão-de-obra local para execução. A dificuldade do conhecimento dos critérios para o dimensionamento de fôrmas para servir de molde ao concreto armado t e m o seu início no precário ensino deste tema e m universidades brasileiras, onde, c o m raríssimas e honrosas exceções, são ministradas aulas com algumas noções. O fato de as f ô r m a s s e r e m estruturas provisórias não deve servir de justificativa para tal postura, pois durante a execução de u m a e s t r u t u r a as sobrecargas são, na maioria das vezes, a c i m a d a q u e l a s previstas no projeto definitivo de concreto a r m a d o e requerem, portanto, rigoroso dimensionamento para a sua execução. É desnecessário

frisar os aspectos da segurança envolvidos

no

período

c o n s t r u t i v o de u m a o b r a q u e por si s ó já j u s t i f i c a r i a m o s e u d e t a l h a m e n t o rígido, m a s o que mais impressiona é o seu reflexo no custo final da estrutura, onde a participação das fôrmas é maior que os componentes como o aço e o concreto massa. A deficiência de i n f o r m a ç ã o sobre este t e m a na f o r m a ç ã o de e n g e n h e i r o s civis é o passo inicial para explicar a falta de interesse e m u m item tão importante e m todo o processo construtivo de u m edifício. Em média, a participação das fôrmas de concreto em estruturas de edifícios habitacionais, c o n f o r m e dados c o m p i l a d o s e m obras executadas pelo autor, pode ser m o s t r a d a n a f i g u r a 1, a s e g u i r :

Composição pavimento-tipo 45.00%

,

40.00% 35.00% _

30.00%

|

25.00%

| 20.00% 15.00% 10.00% 5.00%

0.00%

'

'

Lançamento

Fôrma

Mão-de-obra Insumos

F i g u r a 1 - Composição de custo de uma estrutura • pavimento-tipo Fonte: Elaborada pelo amo*

Concreto

Aço

C o m o se pode notar, o significado e c o n ô m i c o das f ô r m a s é expressivo e de uma importância incontestável para ser analisado e dimensionado de forma criteriosa.

É importante destacar que se deve dimensionar uma estrutura, não somente c o m o c o n s u m o de a ç o e e s p e s s u r a m é d i a do c o n c r e t o a ser utilizado. A s p e c t o s r e f e r e n t e s à v i d a ú t i l j á e s t ã o s e n d o a b r a n g i d o s n a n o r m a N B R 7190/97. C o m o s e p o d e n o t a r n a f i g u r a 1, o c u s t o d a s f ô r m a s ( 1 0 % ) é m u i t o s i g n i f i c a t i v o e d e v e m e r e c e r t r a t a m e n t o s e m e l h a n t e por p a r t e de t o d o s os p r o j e t i s t a s e n v o l v i d o s no p r o c e s s o c o n s t r u t i v o . Deve-se d e s t a c a r que há pouca bibliografia nacional sobre o assunto, daí a n e c e s s i d a d e do c o m p a r a t i v o c o m e s t u d o s e n o r m a s t é c n i c a s e s t r a n g e i r a s a f i m de q u e c o m isso, se p o s s a c h e g a r a c o n c l u s õ e s que a j u d e m a e n r i q u e c e r o c o n h e c i m e n t o s o b r e o tema.

1.2 OBJETIVO O objetivo deste trabalho é apresentar os critérios técnicos e econômicos para o d i m e n s i o n a m e n t o das fôrmas de concreto para edifícios e considerações sobre os custos d o s m a t e r i a i s e a i n c i d ê n c i a no c u s t o d a s e s t r u t u r a s . C o m relação ao critério técnico, dividiu-se e m duas partes principais, uma primeira p e s q u i s a de critérios de d i m e n s i o n a m e n t o e s t á t i c o das f ô r m a s , o n d e foi possível c o m p a r a r o m é t o d o a d o t a d o p e l o A C I ( A m e r i c a n Concrete Institute) c o m os a d o t a d o s p e l a s n o r m a s D I N ( D e u s i s c h e s I n s t i t u t Für N o r m u n g ) e C E B ( C o m i t ê EuroInternational du B e t o n ) e a q u e l e d a N o r m a B r a s i l e i r a N B R 7190/1997, c o m e s t u d o s nos estados-limites e c o m os das t e n s õ e s admissíveis. Pela pouca bibliografia existente sobre o assunto e ainda pelo empirismo que ainda é habitual no setor, a u m e n t a a importância desta pesquisa. A i n d a d e n t r o d e s t e item, para se avaliar o c o m p o r t a m e n t o dos materiais, p a r t i c u l a r m e n t e o O S B ( O r i e n t e d S t r a n d Board) f o i o f o c o d e u m a p e s q u i s a e m laboratório na qual f o r a m testadas diversas espessuras de chapas a f i m de verificar sua possibilidade de utilização nas obras de edifícios do Estado de São Paulo. E n b o r a c o m s i g n i f i c a d o r e s t r i t o , u m a vez q u e o r e d u z i d o n ú m e r o de a m o s t r a s não t e m r e s u l t a d o estatístico conclusivo, serviu para confirmar que o seu uso em f ô r m a s de concreto é a b s o l u t a m e n t e possível. C o m relação aos aspectos econômicos, embora estes não possam estar desvinculados dos técnicos, influem decisivamente nos parâmetros a serem adotados no projeto. Fatores c o m o prazo de e x e c u ç ã o e n ú m e r o de u t i l i z a ç õ e s a s s u m e m papel decisivo no critério a ser escolhido para a execução do mesmo. O s e s t u d o s técnicos e e c o n ô m i c o s têm a finalidade de criar f e r r a m e n t a s que p o d e r ã o servir a t o d o s os p r o f i s s i o n a i s que a t u a m na área e a t o d o s os i n t e r e s s a d o s no aprimoramento e desenvolvimento da engenharia nacional e repassar um pouco da e x p e r i ê n c i a p r o f i s s i o n a l d o a u t o r , h á m a i s d e 25 a n o s a t u a n d o n e s s e s e t o r .

Evidentemente, c o m o e m qualquer a s s u n t o de pesquisa técnica, não há a rrenor pretensão de esgotá-lo. Se conseguir ao m e n o s provocar a curiosidade, ou m e s m o alguma discórdia da qual a discussão construtiva levar ao e n g r a n d e c i m e n t o da nacional, já terá valido a pena.

engenharia

AS FÔRMAS NO PROCESSO CONSTRUTIVO COMPARATIVO ESTRUTURAL

2. AS FÔRMAS NO PROCESSO CONSTRUTIVO COMPARATIVO ESTRUTURAL C o n f o r m e exposto, pela importância das f ô r m a s na e s t r u t u r a e sua participação financeira, um e s t u d o c o m p a r a t i v o dos c u s t o s dos d i v e r s o s c o m p o n e n t e s de u m a e s t r u t u r a - o aço, o c o n c r e t o , as f ô r m a s e a m ã o - d e - o b r a de l a n ç a m e n t o - t r a d u z a i m p o r t â n c i a e c o n ô m i c a d a s f ô r m a s no c u s t o geral d e u m a e s t r u t u r a e a s u a incidência, já d i m i n u í d a (ou diluída) q u a n d o o n ú m e r o de r e p e t i ç õ e s é a u m e n t a d o . P a r a t a n t o , e s c o l h e u - s e u m p a v i m e n t o c o m 300 m 2 d e á r e a d e p r o j e ç ã o , o q u a l p o s s u i a p r o x i m a d a m e n t e 630 m 2 (2,10 x á r e a d e p r o j e ç ã o ) d e á r e a d e s e n v o l v i d a d e f ô r m a s . Para exemplificar, no p a v i m e n t o atípico, d e s c r i t o no i t e m a seguir, o c o n s u m o de a ç o e s t i m a d o e m 100 k g / m 3 d e c o n c r e t o e o c o n s u m o d e c o n c r e t o 0,20 m 3 / m 2 ( d e á r e a d e projeção), que são índices usuais em edifícios. O m e s m o ocorre com a mão-de-obra de c a r p i n t e i r o , p a r a m o n t a g e m e d e s m o n t a g e m d e f ô r m a s , s e n d o 1,5 h / m 2 d e f ô r m a . P a r a o l a n ç a m e n t o d e c o n c r e t o , e s t i m a - s e o c o n s u m o d e 2,0 h d e c a r p i n t e i r o / m 3 d e c o n c r e t o . E s t e s v a l o r e s s ã o s o m e n t e o r i e n t a t i v o s , m a s a s e m p r e s a s m a i s o r g a n i z a d a s já p o s s u e m os seus índices, obtidos e m diversas obras executadas.

2.1 PAVIMENTO ATÍPICO

A tabela 1 resume os custos médios dos insumos, adotados para execução de prédios (pavimento atípico). Tabela 1 - Custo dos insumos para execução de prédios (pavimento atípico) INSUMO

CUSTO

Concreto montagem/ desmontagem(l)

RS 1 6 0 , 0 0 m 3 (•)

Aço

RS 2 , 7 0 / k g ( i n c l u s i v e m ã o - d e - o b r a ) ( " )

100 kg/m3

Fôrmas Resinadas

RS 4 5 , 0 0 / m 2 ( * " ) ( i n c l u s i v e s a r r a f o s )

1 nv/1m2

Mão-de-obra de montagem/desmontagem(1)

RS 7 , 1 4 / h ( 2 ) (carpinteiro inclusive o s encargos)

1,5 n/m 2

Lançamento

RS 3 , 1 9 ( ™ ) X 2 , 2 4 ( * * * * * ) = 7 , 1 4 / h

2 , 0 n/m 3

Obs.:

1 nf/m3

(1) Náo foi considerada a m á o - f c - o b r a d e serventes, p o s se trata te andar baixo. Fcx considerada somente a máo-de-obra d e carpinteiros. (2) Custo unitário carpinteiro, c o m encargos s ó c i a s d e 12-4%.

Fonte:

ÍNDICE DE CONSUMO

Elaborada pelo a u t o (•) O custo unitário do concreto I., 25 MPa. ( " ) O custo unitário médio do aço pronto, cortado e dobrado. ( " • ) O custo do m J d a forma pronta (resinada}, inclusive c o m o sarraleamento e os ombramentos. (••••} O custo unitário do carpinteiro, s e m encargos sociais. (

) 0 custo d o s encargos s ó c i a s foi estimado em 124%.

Composição de custo do pavimento atípico » » >>

C o n c r e t o RS 1 6 0 , 0 0 x ( 3 0 0 x 0 , 2 0 ) m 3 = RS 9 . 6 0 0 , 0 0 A ç o RS 2 , 7 0 x 100

kg/m3

x 60

m3

F ô r m a ( r e s i n a d a ) RS 4 5 , 0 0 x 6 3 0

= RS 1 6 . 2 0 0 , 0 0 -

26,2%

m2

45,9%

- RS 2 8 . 3 5 0 , 0 0 -

M ã o - d e - o b r a d e m o n t a g e m R $ 3,19 x 6 3 0

m2

x 1,5 h x 2 , 2 4 = RS 6 . 7 1 5 , 6 2 -

x 2 , 2 4 x 2 h = RS 8 5 7 . 4 7 -

10,9%

>>

L a n ç a m e n t o RS 3 , 1 9 x 6 0

»

TOTAL

»

C U S T O POR m3

RS 1.028,72/m 3

»

m2

R$ 97,97/m 2

CUSTO POR

m3

15,60%

1,4% R$61.723,09

A figura 2 mostra o gráfico (porcentual) da composição do custo de um pavimento atípico.

Composição de custo do pavimento atípico Fôrma resinada 46% \

MZ\M

Lançamento 1%

F i g u r a 2 - Composição do custo do pavimento F o n t e : Elaborada pelo auior

...

B 3 J

Concreto 16%

-

Aço ~ 26%

Mão-de-obra 11%

atípico

A tabela 2 resume o custo médio dos insumos adotados para a execução

de

prédios (pavimento-tipo) Tabela 2 - Custo dos insumos para execução de prédios (pavimento-tipo) INSUMO

CUSTO

ÍNDICE DE CONSUMO

Concreto

RS 1 6 0 . 0 0 / m 3 (*)

1 m:/1m3

Aço

RS 2 , 7 0 / k g ( • • ) ( i n c l u s i v e m ã o - d e - o b r a )

100 kg/m3

F ô r m a s plastificadas

RS 6 1 , 6 8 / m 2 ( * " ) ( i n c l u s i v e s a r r a f o s )

1 nf/1m2

Mão-de-obra de montagem/desmontagem

RS 7 , 1 4 / h (****) ( c a r p i n t e i r o i n c l u s i v e os encargos)

1,0 h / m 2 ( • • * • • )

Sen/entes

RS 6 , 0 2 / h ( " " " ) ( s e r v e n t e i n c l u s i v e os encargos)

Lançamento

RS 7 , 1 4 / h

2,0/m'(

)

1,0 h/m 3

C ) O custo unitário do concreto f a 25 MPa. { " ) O custo unitário médio do aço pronto cortado e dobrado. ( • " ) O custo á í r í d a tòrma pfonta (plaslilicada). indusive c o m o sarrateamento e c o m o s cimbramentos de madeira. (••••) o custo unitário do carpinteiro, c o m encargos sociais d e 124%. { I

) C o n f o r m e a s caracterísícas do pavimento, esses índices podem aumentar ou diminuir em até 50%. ) O custo unitário d o servente, c o m encargos s o o a i s do 124%.

Fonto: E L A B O R A D O P E L O AUTOR

Composição de custo (percentual) do andar-tipo >> >>

C o n c r e t o : RS 1 6 0 , 0 0 x 6 0 m 3 = R $ 9 . 6 0 0 , 0 0 A ç o : RS 2 , 7 0 x 6 0

m3

x 100

kg/m3

= RS 1 6 . 2 0 0 , 0 0 -

26,00% 43,90%

(mão-de-obra inclusa) >> >> » >>

F ô r m a - C h a p a p l a s t i f i c a d a : (RS 6 1 , 6 8 x 6 3 0 m 2 ) / 1 0 = RS 3 . 8 8 5 , 8 4 ( p a r a 10 u t i l i z a ç õ e s ) M ã o - d e - o b r a : RS 3 , 1 9 x 6 3 0 m 2 x 1 , 0 h x 2 , 2 4 = RS 4 . 5 0 1 , 7 3 (carpinteiros) RS 2 , 6 7 x 6 3 0 m 2 x 0 , 5 h x 2 , 2 4 = RS 1 . 8 8 3 , 9 5 (serventes) L a n ç a m e n t o : RS 3 , 1 9 x 6 0 m 3 x 2 h x 2 , 2 4 = RS 8 5 7 , 4 7 -

10,52% 12,19% 5,10% 2,32%

»

TOTAL

R$36.928,99

»

CUSTO m3

RS 615,48/m 3

»

CUSTO m2

RS 58,62/m 2

Composição de custo do pavimento tipo

F i g u r a 3 - Composição do custo do pavimento-tipo F o n i e : E L A B O R A D A P E L O AUTOR

Composição de custo da fôrma do pavimento-tipo exemplificado » » »

Á r e a F ô r m a s : ( 3 0 0 m 2 x 2 . 1 0 x 1,20) / 2 , 9 7 6 8 = 2 5 4 c h a p a s x R $ 8 7 , 0 0 = RS 2 2 . 0 9 4 . 8 7 2

3

2

3

3

P o n t a l e t e s : 3 0 0 m x 0 , 0 4 m / m = 1 1 , 9 m x RS 4 0 0 , 0 0 / m = RS 4 . 7 6 2 , 8 0 Tábuas: 300

m2

x 0,0001

»

Mão-de-obra: 630

»

TOTAL

m2

m3

/

m2

= 0,025

m3

x RS 4 0 0 , 0 0 /

m3

= RS 3 . 0 0 0 , 0 0

x RS 3 , 1 9 x 2 h x 2 , 2 4 = RS 9 . 0 0 3 , 4 6 -

57% 12,3% 7,7% 23,2%

(de b a n c a d a ) »

CUSTO POR m

R$38.861,13 2

Composição de custo da fôrma do andar exemplificado

F i g u r a 4 - Composição do custo da fôrma do andar exemplificado F o n l e : Elaborada pelo autor

R$ 61,68/m 2

2.2 EQUIPAMENTO METÁLICO O c i m b r a m e n t o do pavimento poderá t a m b é m ser todo feito c o m equipamentos metálicos, c o n f o r m e d e m o n s t r a d o no i t e m " C r i t é r i o s para a e s c o l h a do s i s t e m a de f ô r m a s " , onde os desenhos indicativos desses e q u i p a m e n t o s estão detalhados.

2.2.1 índice de equipamento metálico

O í n d i c e d e c o n s u m o d o e q u i p a m e n t o m e t á l i c o é o b t i d o p o r u m a m é d i a de c o n s u m o em edifícios habitacionais e é decorrente da multiplicação da área de projeção de cada peça estrutural (laje ou viga) pelo pé-direito e pelo índice m é d i o abaixo especificado, c o m d a d o s g e n t i l m e n t e f o r n e c i d o s p e l o p r o f . dr. A d ã o M a r q u e s B a t i s t a . O s í n d i c e s a b a i x o são o r i e n t a t i v o s e poderão variar, d e p e n d e n d o do critério do projetista, c o m maior ou menor utilização de torres ou e s c o r a s metálicas para a execução do c i m b r a m e n t o das igas e lajes. >

Viga e s c o r a m e n t o principal (torres)

5,0 kg/m

>

V i g a Perfil p r i n c i p a l

1,3 kg/m

>

Viga Barrotes

2,0 kg/m

>

TOTAL

>

Lajes e s c o r a m e n t o principal (torres)

5,3 kg/m

>

L a j e s Perfil p r i n c i p a l

1,3 kg/m

>

Lajes Barrotes

2,7 kg/m

>

TOTAL

9,3 kg/m

>

Reescoramento

1,5 kg/m

>

O preço médio d e l o c a ç ã o d o s e q u i p a m e n t o s v a r i a d e RS 0 , 1 5 a R $ 0 , 2 0 / k g x m ê s .

8,3 kg/m

C o m o exemplo, pode-se citar o seguinte caso, para torres c o m o suporte de vigas: >>

Área=

300 m 2

>>

Pé-direito =

3,0 m

>>

Consumo =

5,0 kg/m 3

O q u e r e s u l t a e m c o n s u m o d e e s c o r a m e n t o d e 300 x 3,0 x 5,0 = 4.500 kg.

Composição percentual em peso do equipamento metálico Viga barrote

11%

Laje o s c o r a m e n t o 30%

Viga perfil principal 8%

Laje perfil principal

8%

Laje barrote

15%

F i g u r a 5 - Composição porcentual (em peso) do equipamento

Viga escoramento 28%

metálico

Fonte: BATISTA (2006)

C o m os d a d o s apresentados, pode-se fazer u m a c o m p a r a ç ã o entre sistemas de c i m b r a m e n t o s metálicos e de madeira, c o n f o r m e a p r e s e n t a d o a seguir.

Comparativo metálico x madeira >>

índices de escoramento

9 , 3 3 k g + 8 , 3 3 k g = 17,67 k g

>>

No exemplo:

>>

E s c o r a m e n t o d e m a d e i r a (ver p o n t a l e t e s e m a n d a r - t i p o )

17,67 kg x R$ 0,18 x 3 0 0

>>

índice de giro

>>

O u seja

m2

x 3,00 m = R$ 2.862,54/mês R$4.762,80

1,66 m ê s = 1 m ê s e 20 dias

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 3.1 MADEIRA Pela i m p o r t â n c i a da m a d e i r a na p r o d u ç ã o de chapas, na f ô r m a e na e s t r u t u r a d e e s c o r a m e n t o de f ô r m a s , n e s t e c a p í t u l o s ã o f e i t a s c o n s i d e r a ç õ e s b á s i c a s s o b r e as características m e c â n i c a s das madeiras e da produção de chapas, incluindo alguns a s p e c t o s sobre s e c a g e m e colagem, materiais i m p o r t a n t e s no controle da qualidade e processo de reutilização de fôrmas.

3.1.1 A s madeiras no mercado brasileiro

A s principais m a d e i r a s existentes no mercado brasileiro, usadas e m construção c i v i l , s ã o a s i n d i c a d a s a b a i x o e m o s t r a d a s n a f i g u r a 6. A i m p o r t â n c i a d e a s p a r a a utilização no mercado interno c o m o material básico é imensa, s e m dizer da importância no mercado de exportações. N o caso específico, uma opção inteligente para a abertura de novos mercados, bem c o m o para o d e c o r r e n t e a u m e n t o da a t i v i d a d e e c o n ô m i c a , é o incentivo ao d e s e n v o l v i m e n t o de políticas que envolvam o setor florestal, que t e m contribuído de f o r m a pouco expressiva na c o m p o s i ç ã o de nosso P r o d u t o Interno Bruto, c o n f o r m e i n f o r m a ç õ e s d o s i t e d a E s c o l a d e E n g e n h a r i a d e S ã o C a r l o s (2005a). Sem, no entanto, e s q u e c e r de focalizar o q u a d r o atual de d e s m a t a m e n t o predador das f l o r e s t a s tropicais, p a r t i c u l a r m e n t e na A m a z ô n i a , que possui reservas e s t i m a d a s em 50 b i l h õ e s d e m 3 d e m a d e i r a c o m a p r o x i m a d a m e n t e 4.000 e s p é c i e s a r b ó r e a s c o n f o r m e i n d i c a m R e z e n d e e N e v e s (1988, a p u d E S C O L A D E E N G E N H A R I A D E S Ã O C A R L O S , 2005a). P o r é m , q u a s e 2 0 % d e s s a f l o r e s t a j á s e e n c o n t r a d e v a s t a d a d e f o r m a i r r e v e r s í v e l , s e n d o que d e s s a s s o m e n t e s e t e e s p é c i e s t ê m i m p o r t â n c i a e c o n ô m i c a do ponto de vista das exportações: Cedro (Cedrella fissilis), Virola (Bagassa surinamensis), Mogno (Swietenia macrophylla), A n d i r o b a (Carapaguianensis), Maçaranduba(Manilkara huberi), A s s a c u ( H u r a c r e p i t a n s ) e J a t o b á ( H y m e n a e a stilbocarpa). É d i g n o de d e s t a q u e o peso p e r c e n t u a l d a V i r o l a e d o M o g n o , q u e , s e g u n d o V a n t o m m e (1991, a p u d E S C O L A D E E N G E N H A R I A D E S Ã O C A R L O S , 2005a), r e p r e s e n t a v a m 6 8 % d a s e x p o r t a ç õ e s . O s 3 2 % restantes são distribuídos entre as o u t r a s espécies. A velocidade de d e s m a t a m e n t o v e m diminuindo. S e g u n d o d a d o s do A m b i e n t e Brasil (2005), e n t r e 1978 e 1987 f o r a m d e v a s t a d o s a p r o x i m a d a m e n t e 21.130 km 2 , e m m é d i a , p o r ano, e n o p e r í o d o d e 1988 a t é 1997 e s s e n ú m e r o d i m i n u i u p a r a 16.777 k m 2 a n u a i s , o q u e a i n d a e s t á m u i t o l o n g e d o ideal. A a t i v i d a d e f l o r e s t a l , p o r t a n t o , s e r e v e s t e d e g r a n d e i m p o r t â n c i a e a s u a r a c i o n a l i z a ç ã o é i m p r e s c i n d í v e l , p o i s , a l é m d a r e t e n ç ã o d o g á s c a r b ô n i c o e da l i b e r a ç ã o do oxigênio durante o processo da fotossíntese, necessários à sobrevivência humana, o incentivo ao d e s e n v o l v i m e n t o de políticas que envolvem o setor florestal pouco t e m contribuído na c o m p o s i ç ã o do P r o d u t o Interno Bruto. O setor poderia ser estimulado, u m a vez q u e p a r e c e s e r e s s a a v e r d a d e i r a v o c a ç ã o n a c i o n a l , p o i s , s e f o r c o m p a r a d a c o m o u t r o s

p a í s e s q u e p o s s u e m e s t a m e s m a t e n d ê n c i a , t ê m - s e n o B r a s i l 50 m 3 / h a / a n o n a r e g i ã o A m a z ô n i c a e 20 m 3 / h a / a n o n o S u d e s t e d o País, e n q u a n t o n a F i n l â n d i a s ã o 5 m 3 / h a / a n c , n o s E s t a d o s U n i d o s , 15 m 3 / h a / a n o , e na Á f r i c a d o S u l , 18 m 3 / h a / a n o . P o r t a n t o , o a d e q u a d o e s t í m u l o às a t i v i d a d e s florestais, d e s d e que e x e c u t a d a s de f o r m a e c o l o g i c a m e n t e correta, é importantíssimo e urgente. 3.1.1.1 Estrutura da madeira



angelim

g

y

|

copaiba

faveira

itaúba

pinus

cumaru

garapa

jatobá

pinus taeda

angico preto

cupiúba

guajara

louro

roxinho

canela

euc.

guarucaia

massaranduba

sapucaia

cedrilho

euc. grandis

imbuiu

peroba

parinari

angelim

pedra

citriodora

rosa

elliiotti

m cedro

euc. saligna

ipê

F i g u r a 6 - Fotografias das principais madeiras utilizadas na construção F o n t e : Escola do E n g e a t a n a do Sâo Carlos (2005t>)

pinho do paraná

civil

araroba

Do ponto de vista botânico, as árvores são classificadas c o m o Fanerógamas, que c o n s t i t u e m u m g r u p o de p l a n t a s de elevada c o m p l e x i d a d e a n a t ô m i c a e f i s i o l ó g i c a . Esse grupo se divide e m G i m n o s p e r m a s e A n g i o s p e r m a s . A s Coníferas pertencem ao grupo d a s G i m n o s p e r m a s , c o n h e c i d a s c o m o " s o f t w o o d s " i n t e r n a c i o n a l m e n t e , e s ã o as g r a n d e s f o r n e c e d o r a s de m a d e i r a s e m p r e g a d a s na c o n s t r u ç ã o civil no Brasil, c o m d e s t a q u e para o Pínus e a A r a u c á r i a . O g r u p o das A n g i o s p e r m a s pode ser dividido e m duas c a t e g o r i a s p r i n c i p a i s : as M o n o c o t i l e d ô n e a s e as D i c o t i l e d ô n e a s . Na p r i m e i r a se e n c o n t r a m as palmas e as gramíneas. Na segunda se e n c o n t r a m madeiras de árvores folhosas ou " h a r d w o o d s " . Nessa categoria estão as principais espécies de madeiras duras utilizadas na c o n s t r u ç ã o civil no Brasil, e m b o r a e s t e j a m c a d a vez m a i s e m d e s u s o p a r a a p r o d u ç ã o de f ô r m a s de madeira.

3.1.1.2 Físiología e crescimento das án/ores

A e s t r u t u r a d a á r v o r e é b a s i c a m e n t e c o n s t i t u í d a d e u m a medula c e n t r a l e n v o l v i d a por anéis de c r e s c i m e n t o e r e c o b e r t a por um t e c i d o e s p e c i a l c h a m a d o casca. Entre a casca e o c o n j u n t o d e a n é i s d e c r e s c i m e n t o , c h a m a d o lenho, e x i s t e u m a c a m a d a d e l g a d a f l u i d a d e n o m i n a d a câmbio, q u e é c o n s i d e r a d a a p a r t e v i v a d a á r v o r e , c o n f o r m e m o s t r a d o n a f i g u r a 7.

F i g u r a 7 - Anéis de crescimento da madeira F o n t e : F R A N C O (1998)

A m o v i m e n t a ç ã o da seiva retirada do solo é feita pela periferia do lenho em uma c a m a d a , c h a m a d a alburno, a t é a s f o l h a s , o n d e s e p r o c e s s a a f o t o s s í n t e s e , p r o d u z i n d o u m a s e i v a e l a b o r a d a q u e d e s c e p o r u m a c a m a d a i n t e r n a d a c a s c a , c h a m a d a floema, a t é as raízes. Parte d e s s a seiva é c o n d u z i d a ao c e n t r o do t r o n c o por m e i o de raios medulares. E s s e e s q u e m a é i n d i c a d o n a f i g u r a 8. A s partes dessas substâncias não utilizadas como alimento são armazenadas n o l e n h o , q u e s o f r e u m a m o d i f i c a ç ã o , e s ã o c h a m a d a s d e cerne, q u e g e r a l m e n t e é m e n o s p e r m e á v e l a l í q u i d o s e g a s e s e m a i s r e s i s t e n t e ao a t a q u e de f u n g o s apodrecedores e de insetos.

Dióxido de carbono Oxigênio L u z solar

A seiva elaborada desce pelo floema ( c a m a d a interna da casca)

Cerne

A s e i v a bruta s o b e das raízes às folhas alburmo periférica lenho)

Água do

F i g u r a 8 - Fisiologia da árvore F o n t e : F R A N C O (1938)

3.1.2 0 pfnus na silvicultura brasileira

A s e s p é c i e s de pínus no B r a s i l v ê m s e n d o i n t r o d u z i d a s há m a i s de u m século por imigrantes europeus para fins o r n a m e n t a i s e para a produção de madeira. O Pínus canariensis c o n s t a c o m o s e n d o o p r i m e i r o a s e r i n t r o d u z i d o n o País, p o r v o l t a d e 1880, p r o v e n i e n t e d a s I l h a s C a n á r i a s , e f o i p l a n t a d o n o R i o G r a n d e d o S u l , d e a c o r d o c o m S h i m i s u (2005).

O s e n s a i o s d e c a r a c t e r i z a ç ã o , t o d a v i a , t i v e r a m s e u i n í c i o e m 1948 r o S e r v i ç o Florestal do Estado de S ã o Paulo, c o m as e s p é c i e s a m e r i c a n a s c o n h e c i d a s c o m o " p i n h e i r o a m a r e l o " , q u e i n c l u e m Pinus elliottii, P taeda e P. palutris. O u t r a s espécies provenientes do México, da A m é r i c a Central e da Á s a t a m b é m foram testadas. O Pinus taeda f o i o p r i n c i p a l d e s t a q u e n o s p l a n t i o s n a r e g i ã o d o p l a n a l t o d o S u l e S u d e s t e d o B r a s i l . É u m a e s p é c i e d e a m p l a d i s t r i b u i ç ã o g e o g r á f i c a n o L e s t e e no S u d e s t e dos Estados Unidos. A p e s a r do seu rápido c r e s c i m e n t o inicial, apresenta o f u s t e de m á qualidade d e v i d o à s u a f o r m a t o r t u o s a e ao g r a n d e n ú m e r o de b i f u r c a ç õ e s e de r a m o s grosseiros. V á r i a s c a r a c t e r í s t i c a s d o Pinus taeda q u e t ê m r e f l e x o d i r e t o n o v a l o r e c o n ô m i c o da madeira estão sob controle genético moderado a alto e podem ser melhoradas c o m a seleção de m a t r i z e s e reprodução c o n t r o l a d a entre elas. A s s i m , m e d i a n t e t r a b a l h o s b á s i c o s de s e l e ç ã o c r i t e r i o s a e c r u z a m e n t o s c o n t r o l a d o s , c o n s e g u i u - s e alterar as c a r a c t e r í s t i c a s d a s á r v o r e s , a u m e n t a n d o o v a l o r d a s f l o r e s t a s d e P. taeda. N o B r a s i l e e m o u t r o s países, o uso de s e m e n t e g e n e t i c a m e n t e m e l h o r a d a a u m e n t o u a p r o d u t i v i d a d e de madeira e melhorou a qualidade do fuste. C o m manejo adequado, podem-se f o r m a r p o v o a m e n t o s d e a l t a q u a l i d a d e , c o m á r v o r e s d e f u s t e r e t o , b a i x a i n c i d ê n c i a de d e f e i t o s e ramos finos. A m a d e i r a d e Pinus taeda é u t i l i z a d a p a r a p r o c e s s a m e n t o m e c â n i c o ne p r o d u ç ã o de peças serradas para estruturas, confecção de móveis, embalagens, molduras e chapas de diversos tipos. Para esses usos, a qualidade da matéria-prima a u m e n t a à medida que a u m e n t a a d e n s i d a d e d a m a d e i r a , d e n t r o dos l i m i t e s n o r m a i s da espécie. N o entanto, na p r o d u ç ã o de c e l u l o s e de f i b r a longa p e l o s p r o c e s s o s m e c â n i c o s e s e m i m e c â n i c o s , a m a d e i r a juvenil d e s s a espécie, de baixa d e n s i d a d e , é m u i t a s vezes preferida. O Pinus elliottii se d e s t a c o u c o m o e s p é c i e v i á v e l e m p l a n t a ç õ e s c o m e r c i a i s p a r a p r o d u ç ã o de m a d e i r a e resina no Brasil. A região e c o l ó g i c a ideal para o seu d e s e n v o l v i m e n t o c o i n c i d e , e m g r a n d e p a r t e , c o m a d e P taeda. P o r é m , p o r s e r de a m b i e n t e c o m c a r a c t e r í s t i c a s m a i s p r ó x i m a s a o t r o p i c a l , e l e p e r d e e m c r e s c i m e n t o p a r a P. taeda nas p a r t e s m a i s f r i a s d o p l a n a l t o s u l i n o . Por o u t r o lado, p o d e ser p l a n t a d o c o m g r a n d e sucesso em ambientes característicos de Cerrado das Regiões Sul e Sudeste, bem c o m o na planície c o s t e i r a . Ensaios de c a m p o têm indicado baixa ou n e n h u m a variação e m produtividade ligada ao efeito da procedência de sementes. A s s i m , a maior parte da variação nessa c a r a c t e r í s t i c a está r e s t r i t a às c o n d i ç õ e s individuais (de árvore para árvore). Isso s i m p l i f i c a m u i t o os t r a b a l h o s de m e l h o r a m e n t o g e n é t i c o , u m a vez q u e se pode c o n t a r com uma extensa população, base para a seleção individual. A m a d e i r a j u v e n i l d e Pinus elliottii a p r e s e n t a m u i t a s c a r a c t e r í s t i c a s i n d e s e j á v e i s para a produção de peças sólidas e sua presença é inevitável nas toras, pois é a madeira f o r m a d a i n i c i a l m e n t e nos anéis de c r e s c i m e n t o m a i s p r ó x i m o s à m e d u l a . N o e n t a n t o , a densidade não é a única característica ligada à pouca idade da madeira. A s caracte-

rísticas d o s t r a q u e í d e o s ( " f i b r a s " ) t a m b é m se a l t e r a m na macieira adulta, e m relação à juvenil.Trabalhos de m e l h o r a m e n t o genético t ê m indicado a possibilidade de se aumentar a densidade da madeira juvenil mediante seleção de matrizes. No entanto, m e s m o que se consiga aumentar a densidade da madeira c o m o m e l h o r a m e n t o genético, a sua q u a l i d a d e física e m e c â n i c a não c h e g a a se equiparar às q u a l i d a d e s da m a d e i r a adulta. D e u m a f o r m a g e r a l , o i n c r e m e n t o v o l u m é t r i c o d e P. elliottii c o s t u m a s e r m e n o r q u e o d e P taeda. P o r é m , e l e i n i c i a a p r o d u ç ã o d e m a c i e i r a a d u l t a a p a r t i r d o s c i n c o a s e i s a n o s d e i d a d e , e m c o n t r a s t e c o m 12 a 15 a n o s e m P. taeda. E s s e p o d e s e r u m d i f e r e n c i a l m u i t o i m p o r t a n t e na escolha da espécie para p r o d u ç ã o de m a d e i r a d e s t i n a d a ao p r o c e s s a m e n t o m e c â n i c o . I s s o s i g n i f i c a q u e , e m t o r a s d a m e s m a i d a d e , a d e P. elliottii c o n t é m m e n o r p r o p o r ç ã o d e m a d e i r a j u v e n i l e, p o r t a n t o , s e r á d e m e l h o r q u a l i d a d e f í s i c a e m e c â n i c a d o q u e a t o r a d e P. taeda. E m b o r a o P. elliottii seja a m p l a m e n t e utilizado na f a b r i c a ç ã o de celulose e papel nos E s t a d o s U n i d o s , o m e s m o não ocorre no Brasil. Isso se deve ao c u s t o no p r o c e s s o industrial, por c a u s a do alto teor de resina na madeira. Portanto, o uso de P. elliottii, no Brasil, se l i m i t a à p r o d u ç ã o de m a d e i r a para p r o c e s s a m e n t o m e c â n i c o e extração de resina. O Pinus patula é u m a e s p é c i e d e o r i g e m m e x i c a n a d e g r a n d e v a l o r c o m o p r o d u t o r a de madeira de alta resistência e qualidade para p r o c e s s a m e n t o mecânico, e de alto rendimento e m celulose. U m a das características marcantes e úteis para a sua identificação é o f o r m a t o d a s a c í c u l a s , q u e s ã o f i n a s e t e n r a s , d i s p o s t a s d e f o r m a p e n d e n t e . Ela é c u l t i v a d a c o m s u c e s s o e m vários países a n d i n o s e na Á f r i c a . N o Brasil, seu plantio comercial é restrito aos pontos mais altos do sul de Minas Gerais e no planalto catarinense, e m a l t i t u d e s m a i o r e s q u e 1.000 m . Q u a n d o p l a n t a d a e m b a i x a s a l t i t u d e s , a P. patula t e n d e a produzir á r v o r e s de e s t a t u r a m é d i a a baixa, c o m r a m o s n u m e r o s o s e m a i s g r o s s o s que o normal. A l é m disso, nesses a m b i e n t e s desfavoráveis ao seu c r e s c i m e n t o normal ela tornase a l t a m e n t e vulnerável ao ataque de insetos desfolhadores. C o m o m e l h o r a m e n t o g e n é t i c o , já se t e m c o n s e g u i d o d e s e n v o l v e r á r v o r e s de boa f o r m a de f u s t e e r a m o s m a i s finos que na g e r a ç ã o anterior. D a d a a a m p l i t u d e de variação q u e se observa, m e s m o entre as árvores resultantes de u m a g e r a ç ã o de seleção, pode-se deduzir q u e há m u i t o trabalho de m e l h o r a m e n t o a ser feito, basicamente seleção criteriosa e reprodução controlada, c o m r e s u l t a d o s p r o m i s s o r e s p a r a a s p r ó x i m a s r o t a ç õ e s . E m c o n d i ç õ e s f a v o r á v e i s ao s e u d e s e n v o l v i m e n t o , o P. patula a p r e s e n t a c r e s c i m e n t o e m a l t u r a m a i o r d o q u e o P. elliottii o u P. taeda, t r a b a l h o d e m e l h o r a m e n t o a s e r f e i t o b a s i c a m e n t e c o m s e l e ç ã o c r i t e r i o s a e reprodução controlada, c o m resultados promissores para as próximas rotações. Em c o n d i ç õ e s f a v o r á v e i s a o s e u d e s e n v o l v i m e n t o , P. patulci a p r e s e n t a c r e s c i m e n t o e m a l t u r a

m a i o r d o q u e P. elliottii

o u P. taeda.

O Pinus caribaea é u m a e s p é c i e q u e a b r a n g e t r ê s v a r i e d a d e s n a t u r a i s : c a r i b a e a , bahamensis e hondurensis. A variedade hondurensis está entre os Pinus tropicais mais p l a n t a d o s no mundo. Isso pode ter relação c o m a grande a m p l i t u d e de c o n d i ç õ e s a m b i e n t a i s nas suas origens, na A m é r i c a Central. Sua distribuição natural abrange a l t i t u d e s d e s d e o n í v e l d o m a r a t é 1.000 m , q u e p r o p i c i a a g e r a ç ã o d e v a r i a b i l i d a d e g e n é t i c a ligada à a d a p t a ç ã o a variadas c o n d i ç õ e s ecológicas. Entre as variações g e o g r á f i c a s m a i s

i m p o r t a n t e s estão as p r o c e d ê n c i a s l i t o r â n e a s e as d a s m o n t a n h a s , no interior do c o n t i n e n t e . A s l i t o r â n e a s l o c a l i z a m - s e e m áreas c a s t i g a d a s a n u a l m e n t e por f u r a c õ e s e t e m p e s t a d e s tropicais. A s s i m , o material genético selecionado naturalmente ao longo de milênios nesse ambiente haveria que apresentar maior resistência aos ventos e menor propensão à quebra de f u s t e do que os procedentes do interior do continente. Essas diferenças f i c a r a m evidentes nos e x p e r i m e n t o s de c a m p o no S u d e s t e do Brasil, onde, após a ocorrência de ventanias, s o m e n t e as árvores das procedências litorâneas p e r m a n e c e r a m ilesas. N o Brasil, e s t a v a r i e d a d e é p l a n t a d a e x c l u s i v a m e n t e na r e g i ã o tropical, visto que não tolera geadas. J á o Pinus oocarpa e s t á e n t r e a s e s p é c i e s d e Pinus tropicais m a i s d i f u n d i d a s p e l o s t r ó p i c o s . Ela é o r i g i n á r i a d o M é x i c o e d a A m é r i c a C e n t r a l , c o m d i s t r i b u i ç ã o n a t u r a l m a i s e x t e n s a no s e n t i d o N o r o e s t e - S u d e s t e entre os P i n u s da região. O seu h a b i t a t varia d e s d e c l i m a t e m p e r a d o - s e c o , c o m p r e c i p i t a ç ã o e n t r e 500 m m e 1.000 m m a t é s u b t r o p i c a l ú m i d o , c o m p r e c i p i t a ç ã o e m t o r n o d e 3.000 m m a n u a i s . O m e l h o r d e s e m p e n h o d e s s a e s p é c i e é o b t i d o no planalto, e s p e c i a l m e n t e no Cerrado, dada a s u a t o l e r â n c i a à seca. A sua m a d e i r a é m o d e r a d a m e n t e dura e resistente, de alta qualidade para produção de peças serradas p a r a c o n s t r u ç õ e s e c o n f e c ç ã o d e c h a p a s . A l é m d e m a d e i r a , o P. oocarpa t a m b é m p r o d u z resina em quantidade viável para extração comercial. Essa espécie produz muitas s e m e n t e s , o q u e f a c i l i t a a e x p a n s ã o d o s s e u s plantios. Em locais de baixa a l t i t u d e ou na planície costeira, a p r e s e n t a c r e s c i m e n t o lento, c o m má f o r m a de fuste, a l é m ds se t o r n a r suscetível a várias doenças.

3.1.2.1 Evolução do consumo geral de madeira industrial no Brasil

Estatística florestal é definida c o m o "a ciência que t e m por objetivo a coleta e o a g r u p a m e n t o m e t ó d i c o d e d a d o s c o n c e r n e n t e s à p r o d u ç ã o e a o c o n s u m o de p r o d u t o s florestais". D a d o s sobre áreas reflorestadas, e s t o q u e s e c o n s u m o de maté-ia-prima, desempenho industrial, produtos e seus mercados, bem como dados econômicos envolvidos, são uma excelente fonte de consulta. A disponibilização dessas informações de f o r m a o r g a n i z a d a p e r m i t e s u b s i d i a r d e c i s õ e s t a n t o de e m p r e e n d e d o r e s c o m o d e ó r g ã o s p ú b l i c o s r e s p o n s á v e i s pela c o n s e r v a ç ã o a m b i e n t a l e pelas políticas de desenvolvimento econômico. Interativamente, pela colaboração dos usuários do a m b i e n t e Brasil, dados e informações sobre o setor florestal p a s s a m a ser do alcance de todos.

3.1.2.2 Evolução do consumo geral de madeira de rellorestamento e florestas plantadas no Brasil

Refere-se à e s t i m a t i v a de c o n s u m o geral de m a d e i r a das i n d ú s t r i a s para f a b r i c a ç ã o de p r o d u t o s de base f l o r e s t a l : ( s e r r a d o s , p o r t a s , j a n e l a s , painéis, caixas, chapas, c o m p e n s a d o s , papel, celulose, produção de energia, carvão, etc.). O s d a d o s d a e v o l u ç ã o d o c o n s u m o a p r e s e n t a d o s n a f i g u r a 9, c o n s i d e r a n d o a o r i g e m d a m a d e i r a , f l o r e s t a s n a t u r a i s e p l a n t a d a s , m o s t r a q u e , a p a r t i r d e 1994, o s reflorestamentos são a principal fonte de matéria-prima para a b a s t e c i m e n t o industrial.

Floresta natural x floresta reflorestada 250.000 200.000

-1 f Hl H(I r —

E 310

150.000

O

100.000 50.000 -

-

0

1

3

*

5

r

-

I

6

-

1

1I 8

-

9

1989

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997



Ano



Natural

128.670

107.673

92.615

93.876

85.159

83.179

77.744

72.474

67,228



Reflorestado

70.661

69.901

77.207

86.217

100,023

106.569

115.358

125,738

137.201

199.331

177.574

169.822

180.093

185.182

189.748

193.102

198.212

204.425

• Total

-

F i g u r a 9 - Evolução do consumo de madeiras nativas e reflorestadas no Brasil F o n t e : Ambiente Brasil (2005)

3.1.3 Propriedades físicas e mecânicas da madeira

3.1.3.1 Propriedades físicas

As

principais características físicas da madeira, importantes

para

o

dimensionamento do controle de qualidade das fôrmas e para utilização e m construção

e m geral, são: - Densidade - Umidade - Retratibilidade

Trata-se de material ortotrópico, ou seja, que t e m c o m p o r t a m e n t o diferente e m r e l a ç ã o à d i r e ç ã o d a s f i b r a s e a p r e s e n t a o s t r ê s e i x o s p e r p e n d i c u l a r e s e n t r e si, considerando a posição das c a m a d a s de crescimento dentro da peça: o longitudinal, o r a d i a l e o t a n g e n c i a l , c o m o m o s t r a m a s f i g u r a s 10 e 11.

Tangencial Longitudinal F i g u r a 1 0 - Eixos principais de uma peça de madeira em relação á direção das fibras F o n t e : C A I U J Ú N O R (2001)

Anéis de crescimento

Raios

F i g u r a 11 - Planos principais de corte com relação às camadas de crescimento F o n t e : A r q i i v o do autor

3.1.3.2 Densidade da madeira

S e g u n d o H e l l m e i s t e r (1982 a p u d D I A S ; L A H R , 2004), a d e n s i d a d e é a p r o p r i e d a d e física m a i s s i g n i f i c a t i v a para as m a d e i r a s u t i l i z a d a s na c o n s t r u ç ã o civil. S e u c o n c e i t o físico mais s i m p l e s é a q u a n t i d a d e de m a s s a contida em d e t e r m i n a d o volume a um d e t e r m i n a d o teor de umidade. S h i m o y a m a e B a r r i c h e l o (1991) a p r e s e n t a m a d e n s i d a d e c o m o u m d o s m a i s i m p o r t a n t e s parâmetros para avaliação das características m e c â n i c a s da madeira. L o n g s d o n (2002) a f i r m a q u e a d e n s i d a d e d a m a d e i r a p o d e s e r c o n s i d e r a d a c o m q u a l q u e r p o r c e n t u a l d e u m i d a d e , p o r é m a N B R 7190/97 s u g e r e a p a d r o n i z a ç ã o e m 12%. S e n d o a d e n s i d a d e a p a r e n t e a 12% d e u m i d a d e , e s s e e q u i l í b r i o é a t i n g i d o n a s c o m b i n a ç õ e s d e 20°C d e t e m p e r a t u r a e 6 5 % d e u m i d a d e r e l a t i v a d o ar. H e l l m e i s t e r (1983) c o n c l u i u q u e e x i s t e u m a r e l a ç ã o l i n e a r e n t r e a d e n s i d a d e e a resistência à c o m p r e s s ã o paralela às fibras, para a espécie Pinho do Paraná. A densidade básica é definida como a relação entre a massa completamenteseca a 0% de u m i d a d e e o v o l u m e s a t u r a d o c o m água. S e g u n d o D i a s e L a h r (2004), a r e l a ç ã o e n t r e a d e n s i d a d e e o s d e m a i s p a r â m e t r o s físicos i n d i c a m u m a j u s t e a d e q u a d o ao m o d e l o de potência, portanto, não linear, c o m as propriedades físicas das madeiras.

3.1.3.3 Umidade da madeira

O teor de u m i d a d e a s s u m e papel de i m p o r t â n c i a para a c o r r e t a utilização industrial das madeiras, senão o mais importante, pois o processo de s e c a g e m influi decisivamente nas dimensões finais a serem utilizadas. A á g u a na m a d e i r a é c o m p o s t a b a s i c a m e n t e e m livre e á g u a de i m p r e g n a ç ã o , c o n f o r m e d e m o n s t r a d o n a f i g u r a 12. — U m i d a d e da á r v o r e

Ponto de saturação d a s fibras U m i d a d e d e equilíbrio Umidade zero

F i g u r a 1 2 - Agua livre e água de impregnação na madeira F o n t e : C A I U J Ú N I O R

, . ( e q u a ç a o 1)

F12 = resistência corrigida para u m i d a d e 1 2 % F.... = resistência p a r a u m i d a d e U % U. = teor d e u m i d a d e

E12 = E

(1 +

3 ( l

V 12) 100

)

(equação 2)

E12 = Módulo de Elasticidade corrigido para umidade 1 2 % E US( = M ó d u l o d e E l a s t i c i d a d e para u m i d a d e U % 3.1.3.4 A relratibilidade

S e g u n d o R e z e n d e , S a g l i e t t i e G u e r r i n i (1995), a m a d e i r a t e m c o m p o r t a m e n t o a n i s o t r ó p i c o c o m v a r i a ç õ e s d e r e t r a ç ã o n a s t r ê s d i r e ç õ e s . A f i g u r a 13, m o s t r a u m a m a d e i r a d e Pinus caribaea var hondurensis c o m o i t o a n o s d e i d a d e : Pinus caribea var hondurensis

12.00 é ro 0 a> "8 -o

10.00 8.006.00 4.00

2 ® 01

2.00 0.00 Logitudinal

Radial

Tangencial

F i g u r a 1 3 - Retratibilidade da madeira de Pinus caribaea var hondurensis F o n t e : Elaborada peto autor

Volumétrica

3.1.4 Painéis derivados de madeira 3.1.4.1 Compensados O s c o m p e n s a d o s de m a d e i r a p o s s u e m este n o m e por apresentarem, em f u n ç ã o da distribuição das lâminas que os c o m p õ e m , u m a c o m p e n s a ç ã o na distribuição

de

tensões, quando solicitado. N o r m a l m e n t e as lâminas são assentadas umas sobre as outras em

direções

p e r p e n d i c u l a r e s e n t r e si e p o s s u e m q u a s e s e m p r e n ú m e r o ímpar d e l â m i n a s , que s ã o c o l a d a s e n t r e si c o m a d e s i v o s p r ó p r i o s , c o n f o r m e a n a l i s a d o n e s t e t r a b a l h o . O posicionamento cruzado das lâminas proporciona ao painel de compensado u m a excelente resistência mecânica, t o r n a n d o - o à prova de m o v i m e n t a ç õ e s de contração e expansão.

3.1.4.2 Processo de fabricação O p r o c e s s o de f a b r i c a ç ã o t e m início na p r e p a r a ç ã o da t o r a da qual vão ser retiradas as lâminas, iniciando c o m a remoção da casca, a fim de não se danificar a faca do torno de laminação. Inicialmente, as toras são condicionadas em vapor ou em água quente para tornálas m a i s moles. O t e m p o n e c e s s á r i o para o a m o l e c i m e n t o varia de acordo c o m a espécie do material. A f o r m a mais tradicional de obter lâminas é por meio do torno rotativo, conforme m o s t r a a f i g u r a 14, a s e g u i r .

Lâmina - lado frouxo F i g u r a 1 4 - Torno rotativo para extração de lâminas F o n t e : WATAI (1988)

A s lâminas p o s s u e m n e c e s s a r i a m e n t e uma face firme e outra mais fraca, sendo que a parte sujeita à pressão contra a faca é a firme. A s normas internacionais indicam que a face f i r m e é a que deve ficar sujeita ao lixamento. U m a s e l e ç ã o do cerne e do a l b u r n o é realizada no setor de lâminas verdes, pois a c a m a d a externa (alburno) c o n t é m mais umidade e requer maior t e m p o de secagem, o que deverá ser observado. O p r ó x i m o p a s s o é a s e c a g e m , o n d e o t e o r de u m i d a d e s e r á p r e v i a m e n t e d e t e r m i n a d o . M o d e r n a m e n t e , a s e c a g e m é f e i t a por m e i o de rolos, o n d e as lâminas são t r a n s p o r t a d a s até a s e c a g e m final. A p r e s e n ç a d o ar ú m i d o n o i n t e r i o r d a c â m a r a d e s e c a g e m é e s s e n c i a l p a r a s e p r o m o v e r no interior u m a s e c a g e m u n i f o r m e , m a n t e n d o os p o r o s d a m a d e i r a abertos. O baixo t e o r de u m i d a d e na c â m a r a de s e c a g e m pode, m u i t a s vezes, provocar o e f e i t o d e e n c r u a m e n t o ou e n d u r e c i m e n t o d a s u p e r f í c i e da l â m i n a e c o n s e q ü e n t e m e n t e p o d e r i a causar sérios p r o b l e m a s na o p e r a ç ã o de c o l a g e m . A s l â m i n a s s e c a s retiradas da secadora devem ser selecionadas e empilhadas separadamente. A m o n t a g e m de c o m p e n s a d o s de g r a n d e s d i m e n s õ e s é f e i t a por m e i o da j u n ç ã o de tiras mais estreitas, que são coladas ou costuradas c o m m á q u i n a s especificas para tal fim. N e s s a fase t a m b é m são e l i m i n a d o s d e f e i t o s c o m o n ó s e furos de bicho, que são s u b s t i t u í d o s por l â m i n a s sadias. A aplicação dos adesivos pode ser f e i t a de várias maneiras. A s m a i s c o m u n s são por rolos ou por b o r r i f a m e n t o , c o n f o r m e d e s c r i t o a seguir.

3.1.4.3 Rolos

A máquina é c o m p o s t a de dois rolos de aço revestidos c o m borracha ranhurada. O s ajustes dos rolos são feitos de f o r m a bastante criteriosa, e são importantes para u m a distribuição u n i f o rm e do adesivo. Existe ainda a p o s s i b i l i d a d e de a p l i c a ç ã o por b o r r i f a m e n t o ou " s p r a y " , o n d e a linha de produção é b e m automatizada. O p o s i c i o n a m e n t o do bico do revólver, a pressão e a velocidade de d e s l o c a m e n t o da lâmina são f u n d a m e n t a i s para a aplicação adequada do adesivo. O adesivo pode t a m b é m ser aplicado pelo método conhecido c o m o "cortina", ou seja, a b a i x o de u m r e s e r v a t ó r i o são c o l o c a d a s d u a s l â m i n a s de a ç o f o r m a n d o u m a a b e r t u r a entre elas, pela qual flui o adesivo, f o r m a n d o uma espécie de cortina. Em qualquer das m e t o d o l o g i a s utilizadas o fator t e m p o parece ser o principal, pois o t e m p o de c u r a d o s a d e s i v o s deve ser r i g o r o s a m e n t e o b s e r v a d o . A n t e s de ser levado para a prensa quente, e para facilitar o seu transporte, o c o m p e n s a d o passa por u m a pré-prensagem a frio, que p e r m i t e uma f o r m a ç ã o consolidada das lâminas.

A t e m p e r a t u r a d e p r e n s a g e m p a r a o s c o m p e n s a d o s t r a d i c i o n a i s v a r i a d e 100 a t é 160°C, e m f u n ç ã o d o a d e s i v o q u e f o i a p l i c a d o e d a p r e s s ã o d e 12 a 15 k g / c m 2 . O t e m p o d e prensagem varia em função da espessura do compensado. A p ó s a prensagem é feito o esquadrejamento, o lixamento, reparos, a classificação, o armazenamento e a expedição.

3.1.4.4 Preparação para a colagem

No processo de fabricação dos c o m p e n s a d o s a preparação para a colagem das m a d e i r a s m e r e c e d e s t a q u e especial, p o i s na m a i o r i a d a s vezes os d e f e i t o s a p a r e c e m porque o substrato (madeira) foi malpreparado. O teor de umidade, c o m o foi descrito em capítulo referente aos adesivos, é primordial, pois o seu excesso promove alta penetração do adesivo, influencia a sua v i s c o s i d a d e , d i m i n u i a s u p e r f í c i e de c o n t a t o e p r e j u d i c a a c o l a g e m final. E a e s c a s s e z de umidade dificulta a penetração do adesivo, diminuindo a sua ancoragem. A s e c a g e m e o seu condicionamento são considerados bons quando seu processo não p r o p i c i a o a p a r e c i m e n t o de t e n s õ e s ou e n c r u a m e n t o , e v i t a n d o e m p e n a m e n t o s e trincas. No c a s o de lâminas, as t e n s õ e s internas não são c o n s i d e r a d a s u m p r o b l e m a para a colagem, c o m o nas m a d e i r a s serradas. Porém, se a u m i d a d e for m u i t o alta, promoverá o aparecimento de bolhas ou bolsas de vapor durante a prensagem a quente, induzindo a f a l h a s na c o l a g e m . A preparação das superfícies é essencial e começa com a escolha das ferramentas na u s i n a g e m , q u e d e v e m ser b e m a f i a d a s e livres de m a r c a s de f a c a s , f i b r a s s o l t a s d e p r e s s õ e s etc. A u s i n a g e m deve ser f e i t a p o u c o a n t e s da c o l a g e m , para manter as superfícies livres de c o n t a m i n a ç ã o e das variações de umidade. B a s i c a m e n t e , a e s t r u t u r a da l i g a ç ã o c o l a d a p o d e ser r e s u m i d a no e s q u e m a da f i g u r a 15, a b a i x o :

F i g u r a 15 - Estrutura da ligação colada F o n t e : WATAI (1558}

S e g u n d o W a t a i (1988), a e s t r u t u r a p o d e s e r r e p r e s e n t a d a c o m o u m a c o r r e n t e d e c i n c o e l o s , c o m o m o s t r a a f i g u r a 16, a s e g u i r . S e u m d o s e l o s e s t i v e r f r a c o , t o d o o p r o c e s s o estará prejudicado.

Substrato A

Interface

F i g u r a 1 6 - Representação

Adesivo

Interface

Substrato B

de uma estrutura de ligação colada

F o n t e : WATAI (1988)

3.1.5 OSB (ORIENTED STRAND BOARD)

O s p a i n é i s O S B t i v e r a m o r i g e m n o s E s t a d o s U n i d o s e e n t r a r a m no m e r c a d o m u n d i a l a p a r t i r d e 1978. A s i n i c i a i s s i g n i f i c a m O r i e n t e d S t r a n d B o a r d . E s s e s p a i n é i s s ã o c o n s i d e r a d o s a s e g u n d a g e r a ç ã o d o W a f e r b o a r d , q u e e x i s t e d e s d e 1954 e s e caracterizou por ter tiras menores e distribuídas em t o d a s as direções, diferentemente do O S B , o n d e as f i b r a s são orientadas. O s países q u e m a i s u t i l i z a m e s s e material s ã o o C a n a d á e os E s t a d o s Unidos, c o m g r a n d e d e s t a q u e para a c o n s t r u ç ã o civil, devido às s u a s c a r a c t e r í s t i c a s f í s i c a s e m e c â n i c a s . S e g u n d o C i c h i n e l i (2005), n e s s e s p a í s e s e s s a s c h a p a s c o n c o r r e r a m f o r t e m e n t e c o m as c h a p a s de c o m p e n s a d o e m larga escala e a t u a l m e n t e t o d o s o s c ó d i g o s de e d i f i c a ç õ e s c a n a d e n s e s e a m e r i c a n o s as r e c o n h e c e m e as e q u i p a r a m aos c o m p e n s a d o s . N o Brasil, e s s e s p a i n é i s só c o m e ç a r a m a ser c o m e r c i a l i z a d o s a p a r t i r d e 2002. U m p a i n e l d e O S B é c o m p o s t o p o r t r ê s a c i n c o c a m a d a s c r u z a d a s de tiras ou l a s c a s de m a d e i r a o r i e n t a d a s , e m geral de Pínus, s e g u i n d o o princípio do c o m p e n s a d o , no qual as l â m i n a s são d i s p o s t a s p e r p e n d i c u l a r m e n t e e as t i r a s são s e m p r e f o r m a d a s na d i r e ç ã o l o n g i t u d i n a l d a s fibras. A e v o l u ç ã o da utilização d e s s e tipo de c h a p a s d e v e - s e a a l g u n s f a t o r e s principais: 1) O m e l h o r a p r o v e i t a m e n t o d a s t o r a s d e m a d e i r a , p o i s n o c a s o d o O S B s ã o aproveitados 96% da t o r a c o n t r a 56% do c o m p e n s a d o . 2) U t i l i z a ç ã o d e t o r a s m a i s f i n a s , o u s e j a , c o m m e n o r e s i d a d e s , d e s e i s a n o s p a r a o O S B c o n t r a 14 a n o s p a r a o s c o m p e n s a d o s . 3) M a i o r p r o d u t i v i d a d e i n d u s t r i a l c o m p r o c e s s o d e f a b r i c a ç ã o t o t a l m e n t e a u t o m a t i z a d o e d e g r a n d e e s c a l a . N o B r a s i l , e m t r ê s t u r n o s , c o m 24 p e s s o a s , c o n s e g u e s e p r o d u z i r 350.000 m 3 / a n o . P o r o u t r o l a d o , u m a f á b r i c a d e c o m p e n s a d o s n e c e s s i t a d e 200 p e s s o a s p a r a f a b r i c a r 80.000 m 3 / a n o , o u s e j a , p a r a a m e s m a p r o d u ç ã o s e r i a n e c e s s á r i a a c o n t r a t a ç ã o d e 875 p e s s o a s .

A s propriedades m e c â n i c a s a s s e m e l h a m - s e às do c o m p e n s a d o , c o n f o r m e se pode demonstrar em ensaios feitos em laboratório neste trabalho, confirmando a sua total viabilidade para utilização em f ô r m a s para concreto. O s principais usos do O S B são: Forro e m e s t r u t u r a s de c o b e r t u r a s de telhado, paletes, paredes, pisos, mobiliário, f ô r m a s p a r a c o n c r e t o ( f i g u r a 17), t a p u m e s , a l m a s p a r a v i g a I, e t o d o s o s s u b p r o d u t o s dessas utilizações.

F i g u r a 1 7 - Painéis de OSB utilizados em fôrmas F o n t e : Portal OSB (2005)

A t e n d ê n c i a de s u b s t i t u i ç ã o dos c o m p e n s a d o s pelas placas O S B pode ser demonstrada pela capacidade de produção instalada mundialmente, conforme mostra a f i g u r a 18, a s e g u i r . Capacidade de produção instalada (milhões m 3 ) 30 25 20 15



10 5

0

90

91

92

93

94

95

96

97

98 Anos

99

00

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02

F i g u r a 18 - Capacidade de produção instalada (milhões de m1) no Canadá e USA F o n t e : Portal O S B (2005)

03

04

05

06

3.1.5.1 Processo de fabricação

Processo de Fabricação do OSB (genérico) descarregamento

descascador

Tanque e escada

misturador secador

umidecedor

formador de tiras

formador de camadas

cortador

transporte

F i g u r a 19 - Processo de fabricação do OSB (genérico) F o n t e : Portal O S B (2005)

3.1.6 Adesivos

O princípio da adesão pode ser r e s u m i d o da s e g u i n t e forma: dois c o r p o s e l e t r i c a m e n t e n e u t r o s p o d e m s e m p r e a d e r i r e n t r e si, d e s d e q u e a d i s t â n c i a e n t r e e l e s seja menor do que u m m i l i o n é s i m o de milímetro. Na prática, porém, e m f u n ç ã o da rugosidade, isso é quase sempre impossível. Essa a f i r m a ç ã o p o d e ser verificada por u m e x p e r i m e n t o s i m p l e s : t o m a m - s e , por exemplo, duas placas metálicas ou de vidro e u m pedaço de u m a película de polietileno. Inicialmente, veritica-se que m e s m o o m e l h o r a d e s i v o e x i s t e n t e no m e r c a d o não p e r m i t e colar o p o l i e t i l e n o ao m e t a l ou a o vidro. Mas, a o se c o l o c a r o f i l m e p l á s t i c o e n t r e as c h a p a s de vidro ou de m e t a l e se fixar o s i s t e m a c o m g r a m p o s , s u b m e t e n d o - o ao a q u e c i m e n t o até o a m o l e c i m e n t o do plástico, v e r i f i c a - s e q u e a p ó s o r e s f r i a m e n t o o c o r r e uma adesão resistente a esforços mecânicos.

Q u a s e todos os adesivos hoje e m p r e g a d o s são substâncias macromoleculares, i s t o é, f o r m a d a s p o r m o l é c u l a s g i g a n t e s e d o t a d a s d e p r o p r i e d a d e s á c i d a s , b á s i c a s o u anfóteras, conforme sua composição química. Um adesivo ácido liga-se mais fortemente a u m a superfície básica, podendo, portanto, ser utilizado para a o b t e n ç ã o de u m a ligação de alta resistência. Deve-se t a m b é m levar e m c o n s i d e r a ç ã o as propriedades m e c â n i c a s do próprio a d e s i v o , q u e u m a vez c u r a d o o u p o l i m e r i z a d o d e v e t e r s u a s p r o p r i e d a d e s m e c â n i c a s s i m i l a r e s às d o s s u b s t r a t o s . E x i s t e m c a s o s e m que s ó l i d o s flexíveis são c o l a d o s c o m um adesivo que fica duro e quebradiço quando solidificado. Quando essa junta é s u b m e t i d a a e s f o r ç o s de f lexão, a rigidez do a d e s i v o poderá t o r n á - l o incapaz de absorver a s t e n s õ e s a q u e e l e e s t a r á s u j e i t o e, c o n s e q ü e n t e m e n t e , e l e s e r o m p e r á .

3.1.6.1 Classificação dos adesivos

O s adesivos p o d e m ser classificados de três m o d o s principais: 1) o r i g e m d o s c o m p o n e n t e s p r i m á r i o s ; 2) t e m p e r a t u r a d e c u r a ; 3) r e s i s t ê n c i a à u m i d a d e .

C l a s s i f i c a ç ã o por origem O s a d e s i v o s p o d e m ter o r i g e m animal, de a m i d o , caseína e de a l b u m i n a de proteína vegetal. O g r u p o sintético inclui os a d e s i v o s de resinas c o m o uréia, resorcinol, fenol, melamina, polivinil.

C l a s s i f i c a ç ã o por t e m p e r a t u r a de cura C o m relação à t e m p e r a t u r a de cura, os adesivos p o d e m ser classificados em: 1) a l t a t e m p e r a t u r a , a q u e l e s c u j a t e m p e r a t u r a d e c u r a é m a i o r q u e 90°C; 2) m é d i a t e m p e r a t u r a , a q u e l e s c u j a t e m p e r a t u r a d e c u r a s i t u a - s e e n t r e 30°C e 90°C; 3) b a i x a t e m p e r a t u r a , a q u e l e s c u j a t e m p e r a t u r a d e c u r a v a i a t é 30°C.

Esta classificação é considerada a mais significativa do ponto de vista das reais u t i l i z a ç õ e s no m e r c a d o de m a d e i r a s e se d i v i d e b a s i c a m e n t e e m t r ê s c a t e g o r i a s : à prova de água, resistente à umidade e não resistente à umidade.

3.1.6.2 Principais adesivos para fabricação de chapas de madeira para fôrmas de concreto

Adesivos uréia-formaldeído E s s e s a d e s i v o s p o d e m ser c u r a d o s à t e m p e r a t u r a a m b i e n t e de 20°C, s ã o e n c o n t r a d o s e m f o r m a de pó ou líquido e p o d e m ser u s a d o s c o m ou s e m incorporação de extensores (substâncias adicionadas ao adesivo para facilitar o espalhamento), c a t a l i s a d o r e s ou c a r g a s inertes. Eles t a m b é m p o d e m ser c u r a d o s em prensas a t e m p e r a t u r a s m a i s a l t a s , d e 100°C a t é 130°C, o u a i n d a c o m f o r m u l a ç õ e s e s p e c i a i s , p o r meio de alta f r e q ü ê n c i a ou outras f o r m u l a ç õ e s específicas. Os adesivos à base de uréia, q u a n d o isentos de extensores, p o s s u e m boa resistência à água e a umidades relativamente altas, porém são sensíveis a t e m p e r a t u r a s a c i m a de 65°C. P o r t a n t o , n ã o s ã o r e c o m e n d a d o s p a r a u t i l i z a ç ã o e m e x t e r i o r e s , c o m o é o c a s o das f ô r m a s de c o n c r e t o .

Adesivos fenol-formaldeído Os adesivos à base de resina f e n o l - f o r m a l d e í d o são f o r n e c i d o s e m forma de pó, para s e r e m m i s t u r a d o s c o m água ou outros solventes, e t a m b é m estão disponíveis e m forma de película, para facilitar as operações de mistura e espalhamento. Na f o r m a líquida, são n o r m a l m e n t e a v e r m e l h a d o s e e s c u r o s e para a cura n e c e s s i t a m d e t e m p e r a t u r a e l e v a d a , i g u a l o u s u p e r i o r a 140°C, m a s t a m b é m e x i s t e m f o r m u l a ç õ e s e s p e c i a i s para a p l i c a ç õ e s e s p e c í f i c a s , c a p a z e s de criar c o n d i ç õ e s de c u r a a u m a t e m p e r a t u r a a o r e d o r d e 23°C. O s a d e s i v o s f e n o l - f o r m a l d e í d o são os m a i s u s a d o s na c o l a g e m de c o m p e n s a d o s utilizados em f ô r m a s de concreto para a c o n s t r u ç ã o civil. S e u t e m p o de e s t o c a g e m é de 6 a 12 m e s e s , e a l g u n s t i p o s s a o a l t a m e n t e I n d i c a d o s p a r a c l i m a s t r o p i c a i s . O principal e m p r e g o d e a d e s i v o s à b a s e de r e s i n a s f e n ó l i c a s r e f e r e - s e à p r o d u ç ã o de c o m p e n s a d o s à prova d'água, incluindo quilha ou casco de navios e outros produtos para f i n s n á u t i c o s . Esses a d e s i v o s são t a m b é m u s a d o s c o m f a r i n h a d e c a s c a de nozes ou o u t r o material inerte c o m o e n c h i m e n t o , m a s para j u n t a s coladas de alta durabilidade esse tipo de material ( e n c h i m e n t o ) deve ser retirado da formulação. Recentemente, quantidades consideráveis de c o m p e n s a d o s de coníferas de uso interior estão sendo fabricadas c o m resinas fenólicas com adição de quantidades

e x c e p c i o n a i s de extensores e m a t e r i a i s de e n c h i m e n t o , c o m o : f a r i n h a de c a s c a de nozes, pó de s e r r a de m a d e i r a , pó de s a n g u e a n i m a l solúvel, etc. E s s e s a d e s i v o s f e n ó l i c o s t ê m s u b s t i t u í d o c o l a s c o n v e n c i o n a i s à base de amido, por várias d é c a d a s usadas para compensados interiores. A s f o r m u l a ç õ e s de adesivos f e n ó l i c o s p o d e m ser diversificadas, dentro de certos limites, para cada p r o c e s s o de c o l a g e m e t i p o de produto a ser obtido. O ciclo de p r e n s a g e m a q u e n t e p o d e ser c o n t r o l a d o , no m í n i m o e m parte, pela p r ó p r i a q u a n t i d a d e e t i p o de c a t a l i s a d o r e pelo p r o c e s s o e m p r e g a d o na o b t e n ç ã o da resina.

3.1.6.3 Preparação da superfície - efeito da umidade da madeira sobre a adesão

A u m i d a d e da m a d e i r a é a responsável pela maior ou menor fluidez do adesivo e a sua distribuição uniforme sobre a superfície. O fluxo, a transferência e a penetração do adesivo dependem, portanto, da umidade da m a d e i r a , a l é m da q u a n t i d a d e de cola, t e m p o de m o n t a g e m , e s p é c i e d e m a d e i r a , temperatura e pressão. Q u a n d o há p o u c a u m i d a d e , o f l u x o p o d e não ser s u f i c i e n t e para a t r a n s f e r ê n c i a d o a d e s i v o e a p e n e t r a ç ã o d e l e s e r á i n s u f i c i e n t e . O e x c e s s o de u m i d a d e , por sua vez, acarreta o abaixamento da viscosidade da cola, ocasionando excessiva penetração do adesivo nos poros. Nesse caso, a quantidade do adesivo será insuficiente para formar um filme ininterrupto e a ligação ficará fraca. Para se determinar a umidade correta da madeira, deve-se conhecer a quantidade do s o l v e n t e ( á g u a ) d i s s o l v i d a na c o l a e a q u a n t i d a d e d e c o l a a ser aplicada. Para obter-se uma colagem eficiente, é fundamental que o adesivo tenha a propriedade de fluir uniformemente sobre a superfície, de modo a assegurar a sua t r a n s f e r ê n c i a de u m a superfície à outra, a sua p e n e t r a ç ã o na m a d e i r a e o seu endurecimento. Esses p r o c e s s o s de fluxo, t r a n s f e r ê n c i a e p e n e t r a ç ã o do adesivo d e p e n d e m e s s e n c i a l m e n t e da u m i d a d e da madeira, além de o u t r o s f a t o r e s c o m o viscosidade, q u a n t i d a d e de cola, t e m p o de m o n t a g e m , e s p é c i e de m a d e i r a , t e m p e r a t u r a e pressão.

3.1.6.4 Requisitos de umidade recomendados para vários tipos de adesivos

A s f o r m u l a ç õ e s que se s e g u e m são i n d i c a d a s pelos f a b r i c a n t e s de adesivos. Porém, dada a grande variação de produtos e marcas disponíveis no mercado, sugere-se que o fabricante seja c o n s u l t a d o antes de sua aplicação.

D e p e n d e n d o do catalisador ou do endurecedor usado, esses adesivos podem ser d e c u r a à t e m p e r a t u r a a m b i e n t e o u d e c u r a a a l t a t e m p e r a t u r a . A s r e s i n a s de u r é i a d e c u r a a alta t e m p e r a t u r a são u s a d a s q u a s e q u e e x c l u s i v a m e n t e na m a n u f a t u r a de c o m p e n s a d o s de uso interior. R e c o m e n d a - s e que o teor da u m i d a d e das l â m i n a s e s t e j a entre 6% e 8%. Para c o m p e n s a d o s c o m alma de madeira sólida, é satisfatória u m a u m i d a d e de 5% a 7%.

Adesivos de resorcinol e resorcinol-fenol-formaldeído Por c a u s a de sua excelente durabilidade, esses adesivos são usados c o m o colas de a s s e n t a m e n t o nas i n d ú s t r i a s navais e de l a m i n a d o s de m a d e i r a . Eles são d e c u r a à t e m p e r a t u r a a m b i e n t e , m a s e m a l g u n s c a s o s u t i l i z a m - s e t e m p e r a t u r a s a t é 90°C. O s requisitos de umidade da madeira não são críticos, mas devem ser controlados de acordo c o m as c o n d i ç õ e s de uso às q u a i s o p r o d u t o será e x p o s t o . A u m i d a d e da m a d e i r a deve e s t a r e n t r e 6 % e 12%. Q u a n d o c o m p o n e n t e s e s p e s s o s e s t ã o s e n d o c o l a d o s , é i m p o r t a n t e evitar v a r i a ç õ e s de u m i d a d e e n t r e os vários c o m p o n e n t e s .

Adesivos fenol-formaldeído Existem dois tipos principais: cura à temperatura ambiente e cura a quente. Os primeiros, catalisados por ácidos, são usados principalmente em assentamentos. A s s i m como para os adesivos resorcinol e resorcinol-fenol-formaldeído, o teor de umidade não p a r e c e s e r u m f a t o r c r í t i c o . S u g e r e - s e q u e o m e s m o s e j a m a n t i d o e n t r e 6 % e 12% Os adesivos fenólicos de cura a alta temperatura são usados cuase que e x c l u s i v a m e n t e na m a n u f a t u r a de c o m p e n s a d o s de uso exterior. Q u a n d o se usa o t i p o c o n v e n c i o n a l d e r e s i n a f e n ó l i c a ( e m p ó o u l í q u i d o ) , a u m i d a d e d a s l â m i n a s de m a d e i r a d e alta d e n s i d a d e deve se s i t u a r entre 4% e 7%, e n q u a n t o as de baixa d e n s i d a d e deve f i c a r e n t r e 3% e 5%. Q u a n d o a resina f e n ó l i c a é u s a d a na f o r m a de película (Tego f i l m e ) , a umidade das lâminas que f o r m a m a face e o fundo deve estar c o m p r e e n d i d a entre 5% e 6 % , c o m o s i n t e r i o r e s ( " c r o s s b a n d s " ) e n t r e 8 % e 12% n o s p a i n é i s c o m l â m i n a s d e f a c e d e s e n h a d a s . N o s p a i n é i s c o n v e n c i o n a i s , o i n t e r v a l o d a u m i d a d e p a r a t o d a s as l â m i n a s e s t á n a f a i x a d e 5 % a 10%.

3.1.6.5 Para colagem

Testes c o m p a r a t i v o s de laboratório d e m o n s t r a m que a superfície de madeira para c o l a g e m d e v e s e r lisa, b e m p l a i n a d a , i s e n t a d e i r r e g u l a r i d a d e s , p r e p a r a d a c o m f e r r a m e n t a s adequadas e devidamente afiadas, a f i m de se obter juntas resistentes. A superfície para c o l a g e m não deve ser intencionalmente áspera, n e m preparada c o m f e r r a m e n t a s denteadas ou lixas grossas, c o m base na falsa c r e n ç a de que superfícies r u g o s a s são melhores. Estudos

Preferencialmente, o preparo deve ser feito pouco antes da operação de colagem, para que as s u p e r f í c i e s se m a n t e n h a m l i m p a s e s e m as d i s t o r ç õ e s o c a s i o n a d a s pela v a r i a ç ã o de u m i d a d e . Para se obter j u n t a s resistentes, as peças de m a d e i r a d e v e m ter e s p e s s u r a u n i f o r m e , p a r a p r o m o v e r d i s t r i b u i ç ã o regular da p r e s s ã o d u r a n t e a c o l a g e m .

3.1.7 Conectores 3.1.7.1 Ligações com pregos

A s l i g a ç õ e s c o m p r e g o s são, s e m m a r g e m de dúvida, as m a i s u s u a i s no caso de f ô r m a s para concreto, sendo rara a necessidade do uso de outros tipos de conectores. O s pregos são fabricados c o m a r a m e de aço-doce, c o m t a m a n h o s variados. A s bitolas comerci a i s antigas, porém, ainda são muito usadas no Brasil e identificam os pregos por dois n ú m e r o s . O p r i m e i r o r e p r e s e n t a o d i â m e t r o e m fieira f r a n c e s a , ou seja, o diâmetro do a r a m e que originou o prego, e o segundo mede o c o m p r i m e n t o dele em linhas portuguesas. P F E I L , W . e P F E I L , M . (2003) a p r e s e n t a m u m a t a b e l a c o m a s b i t o l a s m é t r i c a s e m que o primeiro número representa o comprimento em milímetros, e o segundo, em d é c i m o s d e m i l í m e t r o , r e p r e s e n t a o d i â m e t r o ( v e j a t a b e l a 3).

Tabela 3 - Dimensões de pregos, bitolas comerciais Diâmetro (em décimos de milímetro)

Comprimento (mm)

Fieira francesa x comprimento de corte do arame (linhas portuguesas)

44

100

(20x48)

44

94

(20x45)

49

84

(21x42)

44

84

(20x42)

44

80

(20x39)

39

80

(19x39)

44

72

(20x36)

39

72

(19x36)

34

72

(18x36)

34

68

(18x33)

39

68

(19x33)

30

68

(17x33)

F o n t e : PFEIL. W : PFEIL. M. (2003)

»

P a r a e v i t a r o f e n d i l h a m e n t o , a N B R 7190/97 r e c o m e n d a q u e s e j a f e i t a u m a pré-furação em estruturas definitivas, com peças cujo diâmetro obedeça ao seguinte critério, em f u n ç ã o do tipo de madeira: d o = 0,85 d e f e m c o n í f e r a s - m a c i a s ( s o f t w o o d s ) d o = 0,98 d e f e m d i c o t i l e d ô n e a s - d u r a s ( h a r d w o o d s )

»

No caso de estruturas provisórias, c o m o é o caso das fôrmas, a n o r m a a d m i t e a pregação s e m pré-furação, desde que s e j a m observadas as seguintes condições: a ) u s o d e m a d e i r a l e v e (p < 600 k g / m 3 ) ; b ) d i â m e t r o d o p r e g o d < 1/6 d a e s p e s s u r a d a p e ç a m a i s f i n a a ser p r e g a d a ; c ) p r e g o s e s p a ç a d o s > 10 d.

C o m o r e g r a g e r a l , o d i â m e t r o d o p r e g o n ã o d e v e e x c e d e r 1/5 d a m e n o r e s p e s s u r a atravessada.

3.1.7.2 Dimensionamento dos pregos

O critério do d i m e n s i o n a m e n t o no caso de f ô r m a s para c o n c r e t o deve seguir a fórmula das tensões admissíveis: D = diâmetro do prego; R d = 4,5 d 3 / 2 , p a r a m a d e i r a s c o m p < 600 k g / m 3 , o u R d = 7,5 d3/2, p a r a m a d e i r a s c o m p > 600 k g / m 3 , q u e d ã o v a l o r e s m a i s c o n s e r v a d o r e s e a d e q u a d o s para as c o n d i ç õ e s usuais de obra, r e s p e i t a d o s os e s p a ç a m e n t o s da n o r m a N B R 7190/97

3.1.8 Revestimentos

O s r e v e s t i m e n t o s das c h a p a s de c o m p e n s a d o , c h a m a d o s no m e r c a d o de "plastificadas", são compostos do tego-filme, que nada mais é do que uma resina de fenol-formaldeído modificada com desmoldante e formulada com uma quantidade maior de sólidos, seja para impregnação diretamente sobre os c o m p e n s a d o s resinados, seja para a impregnação do papel t e g o - f i l m e para p r o d u ç ã o dos plastificados. Pelo seu poder impermeabilizante, as chapas apresentam melhor rendimento para o uso em f ô r m a s de concreto, não só pela facilidade na desenforma, mas t a m b é m pela impermeabilização da superfície.

»

Aparência - líquido viscoso âmbar;

»

V i s c o s i d a d e a 25°C - 400-700 c P ;

»

S ó l i d o s de 60-64%.

A s recomendações indicam que o armazenamento deve ser feito em câmara r e f r i g e r a d a a u m a t e m p e r a t u r a d e 17°C o u e m l o c a l s e c o , c o b e r t o e v e n t i l a d o , a u m a t e m p e r a t u r a d e 2 5 ° C . N o p r i m e i r o c a s o a v i d a ú t i l é d e 60 d i a s e n o s e g u n d o , d e 2 0 d i a s .

3.2 SISTEMAS DE FÔRMAS A s f ô r m a s p o d e m ser identificadas de acordo c o m o material do qual são c o m p o s t a s . U m s i s t e m a de f ô r m a s é o c o n j u n t o de m a t e r i a i s e e q u i p a m e n t o s que são utilizados para concebê-las e executá-las. O s s i s t e m a s m a i s u s u a i s , p r i n c i p a l m e n t e e m e d i f í c i o s , s ã o o s d e m a d e i r a , os d e metal e os mistos (madeira x metálico). O critério para utilização de um ou de outro d e p e n d e do tipo de peça ser concretada, do prazo para a sua execução, da sua repetitividade, e até da disposição e c o n ô m i c a da e m p r e s a de investir e m e q u i p a m e n t o s e m c u r t o prazo, v i s a n d o ao a p r o v e i t a m e n t o de longo prazo. Uma perfeita sintonia entre o projetista da estrutura de concreto, o arquiteto, o c o n s t r u t o r e o p r o j e t i s t a de f ô r m a s t o r n a o p r o c e s s o e f i c i e n t e e c o m r e s u l t a d o s t é c n i c o s e econômicos consideráveis. E x i s t e m , no e n t a n t o , d i v e r s o s m a t e r i a i s u t i l i z a d o s e m f ô r m a s que, e m b o r a n ã o p o s s a m ser c o n s i d e r a d o s u m sistema, t ê m s u a s a p l i c a ç õ e s específicas e podem ser a p r o v e i t a d o s de m o d o eficiente. De m a n e i r a geral, não se pode dizer que um s i s t e m a ou m a t e r i a l é m e l h o r o i pior do que outro, havendo a necessidade da análise dos fatores citados para a correta indicação para a sua aplicação, em função do custo-benefício esperado.

3.2.1 Integralmente de madeira

A s f ô r m a s de m a d e i r a são as m a i s u t i l i z a d a s e m edifícios na m a i o r i a dos E s t a d o s do País e n o r m a l m e n t e são c o n s t i t u í d a s de painéis de m a d e i r a c o m p e n s a d a , t á b u a s e p o n t a l e t e s de m a d e i r a serrada, ou u n i c a m e n t e c o m e s t e s d o i s ú l t i m o s , c o n f o r m e m o s t r a a f i g u r a 20. Quando bem projetadas e executadas, apresentam excelente resultado técnico e e c o n ô m i c o a l é m de já e s t a r e m no c o t i d i a n o d a m ã o - d e - o b r a e x i s t e n t e .

F i g u r a 2 0 - Sistema de fôrmas integralmente em madeira F o n t e : Foto cto autor

O seu correto d i m e n s i o n a m e n t o não deve se restringir ao estático, mas avançar na e s c o l h a dos m a t e r i a i s e m f u n ç ã o do s e u n ú m e r o de u t i l i z a ç õ e s ( r e p e t i ç õ e s ) . A l g u n s e x e m p l o s de e s c o l h a s ã o m o s t r a d o s ao l o n g o d o t r a b a l h o .

3.2.2 Misto (madeira x metálico)

O s c i m b r a m e n t o s p o d e r ã o s e r t a m b é m c o m t o r r e s e p e r f i s m e t á l i c o s ( f i g u r a 21), c o n f o r m e detalhado nos critérios para a escolha do sistema a ser utilizado. Quase s e m p r e a escolha é feita a partir do prazo de sua utilização.

3.2.3 Integralmente metálico

A s f ô r m a s metálicas p o d e m ser de aço, alumínio ou c o m e s t r u t u r a de aço e painéis de madeira (mistas). S ã o e m p r e g a d a s e m lajes, pilares, vigas e c o r t i n a s e m a i s u m a vez o c o m p o r e n t e p r a z o é d e c i s i v o p a r a se a d o t a r o u n ã o a s o l u ç ã o , s e m p r e p a r t i n d o d a p r e m i s s a de q u e as empresas construtoras não adquirem o equipamento, mas o p t a m por locá-lo. Para pilares, e s s e s i s t e m a t e m e x c e l e n t e f u n c i o n a m e n t o q u a n d o as lajes são planas, ou seja, não p o s s u e m vigas, que c h e g a m à sua seção. Caso contrário, são necessárias adaptações custosas e quase sempre com resultados decepcionantes, como m o s t r a a f i g u r a 22.

Para vigas, vale o m e s m o raciocínio dos pilares. Só que o t a m a n h o delas precisa ser m ú l t i p l o do m ó d u l o metálico, para evitar a d a p t a ç õ e s em madeira, q u e t ê m as m e s m a s c o n s e q ü ê n c i a s dos pilares. P a i a l a j e s , e x i s t e m e x c e l e n l e s l i p u s d e p a i n é i s , c u j a s m e d i d a s d e v e m ser adaptadas aos vãos do concreto c o m painéis de madeira. Nesse caso, o trabalho se apresenta mais fácil e c o m melhores resultados. No caso de c o r t i n a s de concreto, q u a n d o elas t ê m seus lados livres antes de serem aterrados, dificilmente se encontra uma solução melhor, pois a execução é rápida e pode ser feita c o m m ó d u l o s (painéis) que se s u c e d e m na direção vertical, c o m excelentes resultados.

3.2.4 Cubetas (plásticas) de polipropileno

A s f ô r m a s plásticas, c u b e t a s de polipropileno, são u s u a l m e n t e empregadas em lajes c o m g r a n d e s vãos e p o d e m ser c o m p r a d a s ou alugadas. A d e c i s ã o entre e s s a s alternativas quase sempre é função do prazo de execução da estrutura, c o n f o r m e i l u s t r a d o n o d i a g r a m a d a f i g u r a 23.

F i g u r a 2 3 - Diagrama de orientação para confecção de fôrmas para lajes com cubetas de polipropileno F o n t e : Elaborada pelo autor

U m a das principais vantagens da sua escolha c o m o partido estrutural é a e c o n o m i a de c o n c r e t o e m r e l a ç ã o a u m a laje m a c i ç a para o m e s m o vão. A e c o n o m i a de m a d e i r a para a e x e c u ç ã o do a s s o a l h o da laje pode ser t o t a l m e n t e s u p r i m i d a , pois as " c u b e t a s " p o d e m ser c o l o c a d a s d i r e t a m e n t e sobre o c i m b r a m e n t o m e t á l i c o que lhe dá s u p o r t e , c o m o s e p o d e v e r i f i c a r n a f i g u r a 24. E n t r e e n g e n h e i r o s , e s s e n ã o é p o n t o p a c í f i c o , pois alguns alegam que os trabalhadores nessa condição estariam mais expostos a acidentes de trabalho. O r e s u l t a d o p l á s t i c o d o c o n c r e t o é n o r m a l m e n t e de e x c e l e n t e q u a l i d a d e ( f i g u r a 25) e a s u a e s c o l h a p o d e s e r u m a b o a s o l u ç ã o , c o m o se p o d e n o t a r n a s o b s e r v a ç õ e s c o m e n t a d a s .

F i g u r a 2 4 - Fôrma de polipropileno F o n t e : ASTRA S ' A INDÚSTRIA E C O M É R C I O (2005)

3.2.5 Plásticas

A s f ô r m a s d e p l á s t i c o t ê m p o u c o uso aqui no Brasil, e m b o r a p o s s a m ser u s a d a s e m pilares, vigas e lajes. A t é o m o m e n t o , não se e s t u d o u n e m se d e m o n s t r o u a sua viabilidade técnico-econômica. A sua melhor indicação, se for recomendável do ponto de vista financeiro, parece ser e m lajes, p a r t i c u l a r m e n t e em e s t r u t u r a s de blocos de concreto estrutural, nas quais os m ó d u l o s são f o r m a d o s e d e s f o r m a d o s c o m maior facilidade. P o d e m ser t a m b é m usadas c o m b a s t a n t e e f i c i ê n c i a e m p a r e d e s , e m h a b i t a ç õ e s p o p u l a r e s c o m o m o s t r a a f i g u r a 26.

3.2.6 Papelão

A s f ô r m a s de papelão são n o r m a l m e n t e usadas e m pilares c o m s e ç ã o circular, e m e n o s f r e q ü e n t e m e n t e e m e n c h i m e n t o s de laje do tipo " c a i x ã o perdido", r e s p e c t i v a m e n t e m o s t r a d a s n a s f i g u r a s 27 e 28, a s e g u i r . A p e s a r da sua e x c e l e n t e resistência às p r e s s õ e s internas e do seu a s p e c t o plástico impecável após a desenforma, apresenta alto custo se for preciso aproveitá-la m a i s d e u m a vez. N e s s e c a s o , é p r e c i s o f a z e r u m a a n á l i s e e c o n ô m i c a e c o m p a r á - l a a uma fôrma cambotada tradicional.

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II

F i g u r a 2 7 - Fôrmas de papelão para pilares

F i g u r a 2 8 - Fôrmas de papelão tipo caixão peroido

F o n t e : D i m i t u Wultiformas Concrelubo (20351

F o n t e : Dimibu M u ü i t w m a s Cor>:retubo (2005)

Fôrma circular 1 1 utilização < 1 mês

1 utilização > 1 mês

2 ou mais utilizações

Locar metálico

Comprar papelão

Executar com compensado cambotado

I

F i g u r a 2 9 - Diagrama de orientação para confecção de fôrmas cilíndricas para pilares F o n t o : Elaborada pelo autor

ANÁLISE ECONÔMICA PARA ESCOLHA DO SISTEMA DE FÔRMAS

4. ANÁLISE ECONÔMICA PARA ESCOLHA DO SISTEMA DE FÔRMAS P a r a e x e c u ç ã o de e s t r u t u r a s de c o n c r e t o a r m a d o , e x i s t e m vários s i s t e m a s d e fôrmas. Para a escolha do mais adequado, deve-se sempre considerar o prazo de execução da estrutura, u m dos fatores mais i m p o r t a n t e s e de grande influência no c u s t o do material a ser adquirido ou locado para executá-la. N e s t e t r a b a l h o foi realizada u m a a n á l i s e s e g m e n t a d a por t i p o de p e ç a e s t r u t u r a l - o s pilares, as lajes e as v i g a s - e e m c a d a u m a d e l a s u m a análise das diversas s o l u ç õ e s possíveis e usuais para o Estado de São Paulo. E v i d e n t e m e n t e , não se t e v e a p r e t e n s ã o de e s g o t a r o a s s u n t o e m u i t o m e n o s a p r e s e n t a r t o d o s os s i s t e m a s e x i s t e n t e s no m e r c a d o , m a s de a p r e s e n t a r uma f o r m a d e se abordar o assunto apresentando ferramentas que possam ajudar a construir uma s o l u ç ã o eficiente e e c o n o m i c a m e n t e viável. N e s t a etapa do t r a b a l h o não f o r a m levadas em c o n t a eventuais diferenças e variabilidade da produtividade de mão-de-obra, por se tratar de t e m a polêmico e muito m a i s a s s o c i a d o à a f i n i d a d e d a m ã o - d e - o b r a c o m d e t e r m i n a d o p r o c e s s o d o :jue c o m a eficiência propriamente dita. P o r e x p e r i ê n c i a p r ó p r i a d o a u t o r , d e m a i s d e 30 a n o s d e t r a b a l h o no s e t o r , f o i possível constatar, de um lado, a resistência inicial da m ã o - d e - o b r a a qualquer tipo de i n o v a ç ã o , e m q u a l q u e r e t a p a d a c o n s t r u ç ã o d e u m e d i f í c i o , e, d e o u t r o , a g r a n d e f a c i l i d a d e de a m e s m a , v e n c i d a a b a r r e i r a de a d a p t a ç ã o , a l c a n ç a r índices de p r o d u t i v i d a d e compatíveis ou até superiores a processos passados. Evidentemente, qualquer tipo de medição nesse setor está mais associado à forma de r e m u n e r a ç ã o dos operários, ao tipo de liderança e à c o m p e t ê n c i a dos m e s t r e s e encarregados do que aos sistemas existentes propriamente ditos. O s poucos estudos comparativos existentes são de certa forma

"manipulados"

pelo desejo ou preferência dos seus autores por s u a s s o l u ç õ e s pessoais, ou

por

interesses comerciais de fornecedores em colocar os seus equipamentos no mercado.

P o r s e t r a t a r d a c o n s t r u ç ã o d e u m e d i f í c i o , u m a a t i v i d a d e d e p r o d u ç ã o c u j o "layout" v a r i a e m f u n ç ã o d e c a d a t e r r e n o e d e c a d a p r o j e t o , e e x e c u t a d a c o m m ã o - d e - o b r a q u e na m a i o r p a r t e d a s vezes i n i c i o u s u a s a t i v i d a d e s e se c o n h e c e u a partir do c o m e ç o d a q u e l a c o n s t r u ç ã o , e d e o p e r á r i o s c u j a q u a l i f i c a ç ã o se d e u s o m e n t e por m e i o d e experiências pessoais e não de m a n e i r a formal, é temerário falar em produtividade de s i s t e m a s d e f ô r m a s , n o s e n t i d o d e c o m p a r a r p r o c e s s o s . D i a n t e d o n ú m e r o de v a r i á v e i s e de f a t o r e s que i n t e r v é m nessa análise, pode-se dizer que a p r o d u t i v i d a d e está mais a s s o c i a d a ao h á b i t o de p r o c e s s o s c o n h e c i d o s do que ao s i s t e m a p r o p r i a m e n t e dito.

4.1 ESTUDO DE PILARES Para esse estudo, foi e s c o l h i d o um c o n j u n t o de edifícios p e r t e n c e n t e a u m a grande e m p r e s a de São Paulo, onde as m e s m a s f ô r m a s deveriam ser utilizadas nos diversos empreendimentos. A s s i m , p o r e x e m p l o , n u m e m p r e e n d i m e n t o d e 12 p r é d i o s , c o m n ú m e r o d e p a v i m e n t o s variados, p r o c u r o u - s e manter a m e s m a seção de c o n c r e t o em todos os pilares, ainda que esses t i v e s s e m s o l i c i t a ç õ e s diferentes. Para que isso fosse possível, d e c i d i u - s e a l t e r a r no p r o j e t o e s t r u t u r a l a r e s i s t ê n c i a do c o n c r e t o e as q u a n t i d a d e s de a ç o p a r a m a n t e r a m e s m a s e ç ã o d e c o n c r e t o n o s p i l a r e s e, c o n s e q ü e n t e m e n t e , a m e s m a fôrma, visando ao seu melhor aproveitamento. D o p r o j e t o , f o i e s c o l h i d o p a r a o e s t u d o d e c a s o u m p i l a r d e 20 x 80 c m por s e t r a t a r d a s m e d i d a s q u e m a i s s e r e p e t e m (178 v e z e s / u n i d a d e ) . D e z h i p ó t e s e s d e e s t u d o f o r a m a d o t a d a s p a r a f ô r m a s d e c o m p e n s a d o d e 18 m m e u m a h i p ó t e s e p a r a f ô r m a m e t á l i c a l o c a d a , n o t o t a l d e 11 h i p ó t e s e s . A s 11 h i p ó t e s e s d o e s t u d o p r e s s u p õ e m q u e a s o b r a s n o e m p r e e n d i m e n t o t e r ã o u m a s e q ü ê n c i a , ou seja, os m a t e r i a i s do p r i m e i r o p r é d i o c o m as d e v i d a s reposições, n e c e s s á r i a s no d e s e n v o l v i m e n t o , s e r ã o utilizados até o último, pois a s s i m e por esse m o t i v o f o r a m c o n c e b i d o s os p r o j e t o s e s t r u t u r a i s , v i s a n d o à r e u t i l i z a ç ã o d a s f ô r m a s de maneira seqüencial. Para avaliação do custo dos pilares, nas c o m b i n a ç õ e s estudadas f o r a m u t i l i z a d o s o s d a d o s c o n s t a n t e s d a t a b e l a 4.

Tabela 4 - Custo unitário de materiais. MATERIAL C o m p e n s a d o p l a s t i f i c a d o 18 m m = > 2 0 u t i l i z a ç õ e s Sarrafos de pínus 0,025 X 0,075 m Pontaletes de pínus 0,075 X 0,075 m Tensores Barras de ancoragem C o n e plástico (chupetas) Tubo P V C

CUSTO

OBSERVAÇÕES

RS 7 8 , 0 0 / c h a p a O

Aquisição

RS

400,00/m3

Aquisição

RS

400,00/m3

Aquisição

R$3,19/unidade

Aquisição

R$15,13

Aquisição

RS 0 , 0 3 / u n i d a d e

Aquisição

RS 1 , 0 0 / m

Aquisição

Painel m e t á l i c o

RS

Perfil ][ 2 ' c o m 2 , 0 7 k g / m

RS 3 , 5 0 k g / m

Aquisição

RS 3 , 5 0 k g / m

Aquisição

Perfil ][ 3 ' c o m 2 , 4 8 k g / m (•) área d e cada chapa d e madeira compensada = 2,9768 F o n t e : Elaborada pelo autor

m;

0,60m2/dia

Locação

P a r a f a c i l i t a r a m o n t a g e m d a s t a b e l a s d e c á l c u l o p a r a a s 11 h i p ó t e s e s a d o t a d a s , o s s e g u i n t e s c u s t o s d o s i n s u m o s f o r a m c o n s i d e r a d o s , s u p o n d o a s f ô r m a s de m a d e i r a c o m p e n s a d a d e 18 m m , c o m t r a v a m e n t o e m s a r r a f o s d e p i n u s o u p e r f i s m e t á l i c o s , t r a v a d o s c o m t e n s o r e s , ou b a r r a s de a n c o r a g e m . A á r e a de f ô r m a , s u p o n d o o p é - d i r e i t o d e 2,80 m ( n ã o s e n d o d e s c o n t a d a s a s a l t u r a s d a s l a j e s e v i g a s ) , t o t a l i z a e m (0,20 x 2 + 0,976 x 2) x 2,80 = 6,59 m 2 . Custo dos insumos para uma unidade A1) compensado -

6 . 5 9 m 2 x RS 7 8 . 0 0

R$172,68

2,9768 A2) Sarrafos 2,70 x 2 x R$ 400,00 x 0,075 x 0,03 m

R$ 4,86

A3) Sarrafos 2,70 x 4 x R$ 400,00 x 0,075 x 0,025 m

R$ 8,10

A 4 ) S a r r a f o s 2 , 7 0 x 12 x RS 4 0 0 , 0 0 x 0 , 0 7 5 x 0 , 0 2 5 m

R$ 24,30

A 5 ) T e n s o r e s 3 6 x RS 3 , 1 9

R$114,84

A 6 ) B a r r a s d e a n c o r a g e m 12 x RS 1 5 , 1 3

R$181,56

A7) Tubos de PVC e espaçadores (70 conjuntos)

R$ 84,24

4.1.1 Combinações consideradas (hipóteses de cálculo)

É p o s s í v e l c o n s i d e r a r a p r o x i m a d a m e n t e 20 u t i l i z a ç õ e s p o r c i c l o d e f ô r m a d e c o m p e n s a d o , e c o m n o v e j o g o s d e f ô r m a o b t e r a p r o x i m a d a m e n t e 180 u s o s e m p i l a r e s . A s e g u i r é m o s t r a d o , n a t a b e l a 5, o e s q u e m a d a s 11 h i p ó t e s e s a d o t a d a s p a r a avaliação do c u s t o dos pilares:

Tabela 5 - Esquema de montagem e modo de reaproveitamento das fôrmas dos pilares Hipótese Compensado

Tensores

Barra de ancoragem

Sarrafos

Espaçadores

Perfil metálico

h1

9 reposições

5 0 % de reposição



100% de reposição

100% de reposição



h2

9 reposições

5 0 % de reposição



Sem reposição

100% de reposição



h3

9 reposições

Sem reposição •



Sem reposição

100% de reposição



Sem reposição

100% de reposição

100% de reposição

Sem reposição

Sem reposição

100% de reposição

»

Sem reposição

Sem reposição

100% de reposição



h4

9 reposições

h5

9 reposições

h6

9 reposições

*

Sem reposição

*

Hipótese compensado

tensores

Barra de ancoragem

sarrafos

espaçadores

Perfil metálico

h7

9 reposições

*

Sem reposição

50% de reposição

100% de reposição



h8

9 reposições

5 0 % de reposição

*

Sem reposição

100% de reposição

Sem reposição

h9

9 reposições

*

Sem reposição

Sem reposição

100% de reposição

Sem reposição

h10

9 reposições



Sem reposição

Sem reposição

100% de reposição

Sem reposição

Fôrma metálica locada

h11 F o n t e : Elaborada pelo autor

Cada hipótese é analisada separadamente, conforme mostrado nas tabelas 6 a 12 a s e g u i r .

HUHEL A • e

PILAR ( 2 0 x 8 0 )

MNELOD

S6TCNSOWS I

70

>

VT

8

m \

l*

8

? .0

-22.

F i g u r a 3 0 - Pilares com tensores e sarrafos de madeira F o n t e : Elatorada pelo autor



m

Hipótese h-1 Utilizando-se tensores, reposição d e t o d o o sarrafeamento e 5 0 % d o s tensores a c a d a 2 0 utilizações - figura 3 0 9 r e p o s i ç õ e s d e c o m p e n s a d o c o m 2 0 u t i l i z a ç õ e s c a d a u m a RS 1 7 2 . 6 8 x 9 =

RS 1.554,12

5 0 % r e p o s i ç ã o d e t e n s o r e s a c a d a 2 0 u t i l i z a ç õ e s (RS 1 1 4 , 8 4 x 9 ) / 2 =

R$516,78

1 0 0 % r e p o s i ç ã o d e s a r r a f o s a c a d a 2 0 u t i l i z a ç õ e s RS 3 2 , 4 0 x 9 =

R$291,60

Espaçadores plásticos

R$ 84,24 RS 2.446,74

TOTAL Hipótese h-2 Utilizando-se tensores, c o m perdas de 5 0 % e s e m perda de sarrafos - figura 30 9 r e p o s i ç õ e s d e c o m p e n s a d o c o m 2 0 u t i l i z a ç õ e s c a d a u m a RS 1 7 2 , 6 8 x 9 = 5 0 % reposição de tensores a cada 2 0 utilizações

R$1.554,12 R$ 516,78

Sarrafos s e m reposição

R$ 32,40

Espaçadores plásticos

R$ 84,24

TOTAL

R$ 2.187,54

Hipótese h-3 Utilizando-se tensores s e m perdas, e s e m perda de sarrafos - figura 30 9 r e p o s i ç õ e s d e c o m p e n s a d o c o m 2 0 u t i l i z a ç õ e s c a d a u m a RS 1 7 2 , 6 8 x 9 = Tensores

R$1.554,12 R$114,84

Sarrafos

R$ 32,40

Espaçadores plásticos

R$ 84,24

TOTAL

R$1.785,60

Fonte: Elaborada peto aulor Pi L A R ( 2 0 x 8 0 )

U BARRAS 0€ AWCORAOU Í

0=

Õ=

F i g u r a 3 1 - Pilares com barras de ancoragem e sarrafos de madeira F o n t e : Elaborada peto autor

Hipótese h-4 U t i l i z a n d o - s e b a r r a s d e a n c o r a g e m s e m r e p o s i ç ã o , e c o m 1 0 0 % d e r e p o s i ç ã o d e s a r r a f o s - figura 31 9 reposições de c o m p e n s a d o c o m 2 0 utilizações cada u m a R$ 172,68 x 9 =

R$1.554,12

1 0 0 % reposição dos sarrafos a cada 20 utilizações R$ 32,40 x 9 =

R$291,60

B a r r a s d e a n c o r a g e m 18 x 1 5 , 1 3 = R $ 2 7 2 , 3 4

R$ 272,34

Espaçadores

R$ 84,24

TOTAL

R$ 2.202,30

Hipótese h-5 U t i l i z a n d o - s e b a r r a s d e a n c o r a g e m s e m r e p o s i ç ã o e p e r d a z e r o d e s a r r a f o s - f i g u r a 31 9 reposições de c o m p e n s a d o c o m 2 0 utilizações cada u m a R$ 172,68 x 9 = B a r r a s d e a n c o r a g e m 18 x 1 5 , 1 3 = R $ 2 7 2 , 3 4

R$1.554,12 R$ 272,34

Espaçadores

R$ 84,24

Sarrafos R$ 32,40

R$ 32,40

TOTAL

R$1.943,10

F o n t e : Elaborada pelo autor

F i g u r a 3 2 - Pilares com barras de ancoragem e sarrafos de madeira e suporte metálico F o n t e : Elaborada pelo autor

Tabela 8 - Combinações para utilização de sarrafos e suportes metálicos nas fôrmas Hipótese h-6 F ô r m a c o m c o m p e n s a d o sarrafos verticais e s u p o r t e s metálicos horizontais s e m p e r d a s de sarrafos - figura 3 2 9 r e p o s i ç õ e s d e c o m p e n s a d o c o m 2 0 u t i l i z a ç õ e s c a d a u m a RS 1 7 2 . 6 8 x 9 = 2 , 7 0 x 12 x RS 4 0 0 , 0 0 x 0 , 0 2 5 x 0 , 0 7 5 = RS 2 4 , 3 0 (sarrafos)

RS 1.554,12 RS 24,30

2 , 7 0 x 2 x RS 4 0 0 , 0 0 x 0,030 x 0,075 = RS 4 , 8 6 (sarrafos)

RS 4,86

6 u n . x 2 x 2 , 4 8 k g x 1 , 5 0 m x RS 3 , 5 0 / k g = R S 1 5 6 , 2 4 ( m e t á l i c o )

R$156,24

RS 15,13 x 12 un. = RS 181,56 (barras d e a n c o r a g e m )

R$181,56

TOTAL

R$1.921,08

Hipótese h-7 Fôrma c o m compensado e sarrafos verticais e suportes metálicos horizontais c o m 5 0 % perdas de sarrafos - figura 3 2 9 r e p o s i ç õ e s d e c o m p e n s a d o c o m 2 0 u t i l i z a ç õ e s c a d a u m a RS 1 7 2 , 6 8 x 9 = 2 , 7 0 x 12 x R S 4 0 0 , 0 0 x 0 , 0 2 5 x 0 , 0 7 5 = R S 2 4 , 3 0 x 9 / 2 ( s a r r a f o s ) 2 , 7 0 x 2 x RS 4 0 0 , 0 0 x 0,030x 0,075 = RS 4 , 8 6 x 9/2 (sarrafos)

R$1.554,12 R$109,35 RS 21,87

6 u n . x 2 x 2 , 4 8 k g x 1,50 m x RS 3 , 5 0 / k g = R S 1 5 6 , 2 4 ( m e t á l i c o )

R$156,24

R S 1 5 , 1 3 x 12 u n . = R S 1 8 1 , 5 6 ( b a r r a s d e a n c o r a g e m )

R$181,56

TOTAL

R$2.023,14

Fonte: Elaborada peío autor

PILAR (20 x 80)

„ , 36 TEMSOAES TTTíí—m

s

i



^

^

^

^

H

F i g u r a 3 3 - Pilares com suportes metálicos verticais e tensores. F o n t e : Elaborada pelo autor

FÔRMAS E ESCORAMENTOS PARA EDIFÍCIOS - Combinação para utilização de suporte metálico vertical e tensores nas fôrmas Hipótese h-8 F ô r m a c o m suporte metálico vertical, e s p a ç a d o r e s e tensores c o m 5 0 % de reposição e c o m p e n s a d o s para 2 0 utilizações c o m 9 reposições ^figura 33. 9 r e p o s i ç õ e s d e c o m p e n s a d o c o m 2 0 u t i l i z a ç õ e s c a d a u m a RS 1 7 2 , 6 8 x 9 =

R$1.554,12

2 , 7 0 m x 2 , 0 7 k g / m x 12 un. x RS 3 , 5 0 / k g

R$ 234,74

RS ( 1 1 4 , 8 4 x 9 ) / 2 =

R$516,78

E s p a ç a d o r e s + s a r r a f o s ( 4 x 2 , 7 0 x 0 , 0 2 5 x 0 , 0 7 5 x R $ 4 0 0 , 0 0 = RS 8 , 1 0 ) TOTAL

R$ 92,34 R$ 2.397,98

F o n t e : Elaborada pelo autor

PILAR (20 x 80)

••» BARRAS D€ JWCORAGCM 6/VKSAW PAKflA. 0

Ml|« y rn^/Tff |

[frí

F i g u r a 3 4 - Pilares com suportes metálicos verticais e barras de ancoragem F o n t e : Elaborada pelo a i í o f

Hipótese h-9 F ô r m a c o m suporte metálico vertical, e s p a ç a d o r e s e barras de a n c o r a g e m e c o m p e n s a d o s para 20 utilizações c o m 9 reposições - figura 34. 9 r e p o s i ç õ e s d e c o m p e n s a d o c o m 2 0 u t i l i z a ç õ e s c a d a u m a RS 1 7 2 , 6 8 x 9 =

R$1.554,12

2 , 7 0 m x 2 , 0 7 k g / m x 12 un. x R $ 3 , 5 0 / k g

R$ 234,74

1 5 , 1 3 x 0 , 5 x 1 8 = (barras de ancoragem)

R$136,17

E s p a ç a d o r e s + s a r r a f o s RS 8 , 1 0

R$ 92,34

TOTAL

R$2.017, 37

Fonte: Elaborada peío autor

PILAR (20 x 80)

1Í BARRAS C€ ASCOtAMU PAMUA.e t



PWKI.C'0

J>—

s

e

W> s *

e

c

%

-

s

0 =

3-

\ SAwwoe ASCOHAGIU í »4 F i g u r a 3 5 - Pilares com suportes metálicos verticais, horizontais e barras de ancoragem F o n t e : Elaborada pelo autor

Hipótese h-10 F ô r m a de c o m p e n s a d o c o m suporte metálico vertical e horizontal, c o m p e n s a d o c o m 9 reposições e 20 utilizações cada - figura 35 9 r e p o s i ç õ e s d e c o m p e n s a d o c o m 2 0 u t i l i z a ç õ e s c a d a u m a RS 1 7 2 , 6 8 x 9 =

R$1.554,12

2 , 7 0 m x 2 , 0 7 k g / m x 12 un. x RS 3 , 5 0 / k g = ( p e r f i s v e r t i c a i s )

R$ 234,74

2 , 4 8 k g / m x 1,5 m x 6 x 2 x RS 3 , 5 0 / k g = ( perfis h o r i z o n t a i s )

R$155,24

RS 1 5 , 1 3 x 1,0 x 12 = ( b a r r a s d e a n c o r a g e m )

R$136,17

E s p a ç a d o r e s + s a r r a f o s (4 x 2 , 7 0 x 0 , 0 2 5 x 0 , 0 7 5 x R $ 4 0 0 , 0 0 = RS 8 , 1 0 )

R$ 92,34

TOTAL

R$ 2.173,61

F o n t e : Elaborada pelo autor

Tabela 12 - Combinação para utilização de painéis metálicos locados nas fôrmas Hipótese h-11 Locação de painel metálico Custo do m2/dia =

R$0,60

S u p o n d o - s e 180 u t i l i z a ç õ e s c o m 6 d i a s p o r u t i l i z a ç ã o , t e m - s e : 6 , 5 9 m 2 x RS 0 , 6 0 / m 2 / d i a x 1 8 0 d i a s =

R$4.270,32

F o n t e : Elaborada pelo autor

A t a b e l a 13 a p r e s e n t a , e m r e s u m o , o c u s t o p a r a c a d a h i p ó t e s e d a s

várias

possibilidades (combinações) a serem realizadas para as f ô r m a s dos pilares. Tabela 13 - Combinações consideradas para montagem de fôrmas de pilares, com vários critérios de projetos Hipóteses C o m p e n s a d o

Sarrafos

Tensores

Barras d e ancoragem

Espaçadores Perfil plásticos metálico 84,24

Projeto

Custo

Fig. 3 0

2.446,74

h-1

1.554,12

291,60

516,78

h-2

1.554,12

32,40

516,78

84,24

Fig. 3 0

2.187,54

h-3

1.554,12

32,40

114,84

84,24

Fig. 3 0

1.785,60

h-4

1.554,12

291,60

272,34

84,24

Fig. 31

2.202,30

h-5

1.554,12

32,40

272,34

84,24

Fig. 31

1.943,10

h-6

1.554,12

29,16

181,56

156,24

Fig. 3 2

1.921,08

h-7

1.554,12

131,22

181,56

156,24

Fig. 3 2

2.023,14

h-8

1.554,12

8,10

84,24

234,74

Fig. 3 3

2.397,98

h-9

1.554,12

8,10

136,17

84,24

234,74

Fig. 3 4

2.017,37

h-10

1.554,12

8,10

136,17

84,24

390,98

Fig. 3 5

2.173,61

h-11

4.270,32

F o n t e : Elaborada pelo autor



516,78



4.270,32

4.2 ESTUDO DAS FÔRMAS PARA LAJES Lajes e vigas, pela continuidade estrutural e interação dos elementos construtivos, são normalmente concretadas conjuntamente. Para as lajes, será feito u m e s t u d o c o m p a r a t i v o , c o m três possibilidades

de

p r o c e s s o s existentes e usuais no m e r c a d o de f ô r m a s de S ã o Paulo. »

p a r t i n d o - s e da h i p ó t e s e da utilização do c i m b r a m e n t o principal matálico e m

t o d a s as o p ç õ e s , para se obter u m a j u s t e t e l e s c ó p i c o de nível das m e s m a s ; »

no caso do b a r r o t e a m e n t o secundário (transversinas), este pode s e r e x e c u t a d o

c o m a s o p ç õ e s d e s a r r a f o s g a l g a d o s n a o b r a , o u m e t á l i c o s , c o m p r a d o s o u a l u g a d o s , e; »

análise de utilização de painéis metálicos locados para compará-los c o r n o s demais.

N o p r o j e t o , f o i f e i t a u m a a n á l i s e d e c u s t o p a r a a e x e c u ç ã o d a s 180 l a j e s d o empreendimento, resultando em quatro hipóteses, considerando: cimbramento principal comprado ou locado, transversinas de madeira com três ou quatro reposições, ou m e t á l i c a s c o m p r a d a s o u l o c a d a s , e f ô r m a s d e c o m p e n s a d o c o m 20 e 40 u t i l i z a ç õ e s . A t a b e l a 14 r e s u m e a s q u a t r o h i p ó t e s e s a d o t a d a s .

Tabela 14 - Esquema de montagem e modo de reaproveitamento das fôrmas das lajes Hipótese

Cimbramento Principal

Transversinas

Fôrmas (compensados)

h-1

Painéis e c i m b r a m e n t o locados

h-2

Comprado

4 reposições

9 reposições (20 utilizações)

h-3

Comprado

3 reposições

4 , 5 r e p o s i ç õ e s ( 4 0 utilizações)

h-4

Locado

3 reposições

4,5 reposições (40 utilizações)

Fonte: Elaborada pelo autor

4.2.1 Cimbramento Principal N a s t a b e l a s 15 e 16 s ã o a p r e s e n t a d o s o s p e s o s e a s q u a n t i d a d e s d e m a t e r i a i s para o cimbramento de lajes de concreto.

CIMBRAMENTO METÁLICO 134,64 k g

a)

12 q u a d r o s d e 1 , 0 0 x 1 , 0 0 c o m 1 1 , 2 2 kg.

b)

12 q u a d r o s 1 , 0 0 m p e s a n d o 3 , 9 7 k g / u n i d a d e

47,52 kg

c)

12 s a p a t a s a j u s t á v e i s 3 , 3 7 k g / u n i d a d e

40,44 kg

d)

12 s u p o r t e s a j u s t á v e i s ( f o r ç a d o s ) 5 , 9 7 k g / u n i d a d e

71,64 kg

e)

Perfis p r i n c i p a i s 4 0 m x 1 5 , 2 0 k g / m

608 kg

f)

Escoras metálicas 20 kg/unidade

280 kg

TOTAL

1.182 kg

F o n t e : Elaborada peto autor

Tabela 1 6 - Peso dos insumos TABELA DE MATERIAIS Material a)

DX 1,00 m

3,97 kg

b)

TS4

c)

Sapatas ajustáveis

3,34 k g

d)

Suportes ajustáveis

5,97 kg

e)

Perfil U 1 5 0 m m d u p l o

f)

Perfil U 7 5 m m d u p l o

11,22 k g

15,20 k g 7,70 kg

F o n t e : Elaborada peto autor

A hipótese adotada para o c i m b r a m e n t o principal metálico, que será utilizado nas duas sugestões, ou seja, c o m barrotes (transversinas) metálicos ou c o m

barrotes

de m a d e i r a executados na obra. N e s t e c a s o , f o i p r e v i s t a a u t i l i z a ç ã o d e t r ê s t o r r e s m e t á l i c a s e 14 e s c o r a s t a m b é m m e t á l i c a s , 4 0 m e t r o s d e p e r f i s d u p l o U , c o m h = 15 m m e p e s o 1 5 , 2 0 k g / m . Torres - Composição - 1 2 q u a d r o s de 1.00 m x 1.00 m. p e s a n d o 11.22 kg

134.64 kg

- 1 2 D x 1.0, p e s a n d o 3 , 9 7 k g / u n i d a d e

47,52 kg

- 1 2 sapatas, pesando 3,37 kg/unidade

40,44 kg

- 1 2 forcados duplos, pesando 5,97 kg/unidade

71.64 kg

-TOTAL Perfis p r i n c i p a i s - c o m p o s i ç ã o - 4 0 m x 1 5 , 2 0 k g / m

294,24 kg 608 kg

Escoras metálicas - 1 4 escoras, c o m 20 kg cada Total do peso do cimbramento principal

80 k g 1.182,24 kg

- Opção de compra RS 4 . 1 3 7 , 8 4

- 1 . 1 8 2 , 2 4 k g x RS 3 , 5 0 / k g - Opção de locação

RS 2 0 0 , 9 8 / m ê s

- 1 . 1 8 2 , 2 4 k g x RS 0 , 1 7 / k g / m ê s Análise comparativa - Cimbramento principal (compras x locação)

R$4.137,84

- Compra de equipamento metálico - Preço de Locação: =

1 8 0

( u t i l i z a ç õ e s ) x 6 ( d i a s ) x RS 2 0 0 . 9 8 30 (dias)

R$ 7.235,28 (Eq. 3)

- Análise financeira da locação - Considerando o s parâmetros da locação, calcula-se o valor presente adotando: Taxa de atratividades

i = 1,5%

Número de meses

n = 36

Prestação mensal

p m t = RS 2 0 0 , 9 8

Obtém-se, dessa forma, o valor presente equivalente, P V A

= R $ 5.559,24,

c o n s i d e r a n d o o v a l o r d a l o c a ç ã o m e n s a l c o m o u m d e s e n c a i x e d e c a p i t a l . A f i g u r a 36 ilustra a diferença entre alugar e comprar as fôrmas.

8

Comparativo de custos para cimbramento principal

7-f 6 -

£ 5E 4 Q> 3CD £ O 22 1 Comprar

Alugar

Valor presente (locação)

Opções de aquisição d e cimbramento metálico F i g u r a 3 6 - Cimbramento principal: compra x locação mensal de equipamento metálico para o ciclo de 180 usos F o n t e : Elaborada pelo autor

A a n á l i s e d o s c u s t o s d o c i m b r a m e n t o p r i n c i p a l l e v a a o s v a l o r e s d e R $ 4.137,04 p a r a c o m p r a e d e R $ 7.235,28 p a r a l o c a ç ã o e m 36 m e s e s , d e v e n d o - s e n e s t e c a s o , p a r a c o m p a r a ç ã o , c o n s i d e r a r o v a l o r p r e s e n t e d a l o c a ç ã o , o u s e j a , d e R $ 5.559,24, s e n d o m a i s vantajosa a compra do equipamento.

4.2.2 Transversinas (Anexos A, B, C, D, E e F) Para a avaliação dos custos das transversinas, três hipóteses foram consideradas, conforme indicado a seguir: H1 - U t i l i z a ç ã o d e t r a n s v e r s i n a s d e s a r r a f o s d e p i n u s ( A n e x o s C, D e F) ( 0 , 0 2 5 x 0 , 1 4 x 2 ) x 2 , 6 2 m x 3 4 u n i d a d e s x R $ 4 5 0 , 0 0 / m 3 = RS 2 8 0 , 6 0 / l a j e Para três reposições

3 x RS 2 8 0 , 6 0 / l a j e =

RS 841,60'laje

H2 - U t i l i z a ç ã o d e t r a n s v e r s i n a s m e t á l i c a s d u p l o U d e 7 5 m m , c o m p r a d o s ( A n e x o s B e E ) - Opção compra metálico ( 2 , 6 2 m x 3 4 u n i d a d e s x 7 , 7 k g / m ) x RS 3 , 5 0 / k g =

RS 2 . 4 0 0 , 7 1

H3 - U t i l i z a ç ã o d e t r a n s v e r s i n a s m e t á l i c a s d u p l o U d e 7 5 m m , l o c a d a s ( A n e x o s B e E ) - Opção locação metálico (2,62 m x 34 u n i d a d e s x 7 , 7 k g / m ) x RS 0 , 1 7 / k g / m ê s =

RS 116,61/mês

Análise comparativa de custo entre as opções de transversina S u p o n d o - s e a u t i l i z a ç ã o d e u m j o g o d e t r a n s v e r s i n a s p o r s e i s d i a s p o r laje, t e m - s e : a) l o c a ç ã o m e t á l i c o

1 8 0 x 6 x R $ 116,61 30

R$4.197,96

b) C o m p r a m e t á l i c o

R$ 2.400,71

c) C o m p r a d e M a d e i r a Madeira sem reposição

RS 2 8 0 , 6 0

A figura 37 ilustra a diferença d ec u s t o entre alugar e c o m p r a r f ô r m a s .

Valores em reais

-iJlOMWUA-t

Comparativo de custos das tranversinas das lajes

Comprar metálica

Alugar metálica Opções de aquisição

C o m p r a r m a d e i r a (4 r e p o s i ç õ e s ]

Figura 37 -Transversinas das lajes, locação mensal x comprar metálico x comprar madeira para um ciclo de 180 usos (quatro reposições) Fonte: Elaborada peto autor

4.2.3 Análise comparativa do custo de fôrmas para lajes I) P a i n é i s m e t á l i c o s l o c a d o s , a c o m p a n h a d o s d e c i m b r a m e n t o - Á r e a 5 3 , 7 4 m 2 x RS 1 7 , 0 0 / m 2 / m ê s = - RS 9 1 3 , 5 8 x 3 6 m e s e s =

RS 9 1 3 , 5 8 RS 32.888,89

II) S e for u t i l i z a d o o c i m b r a m e n t o p r i n c i p a l c o m p r a d o e t r a n s v e r s i n a s d e m a d e i r a 0 , 0 2 5 m x 0 , 1 4 m e c o m p e n s a d o p l a s t i f i c a d o p a r a 2 0 u t i l i z a ç õ e s c o m 9 r e p o s i ç õ e s , a o c u s t o d e RS 7 8 , 0 0 p o r c h a p a : - Cimbramento principal c o m p r a d o

RS 4.137,84

- C h a p a s d e c o m p e n s a d o = ( 5 3 , 7 4 x RS 7 8 , 0 0 x 9 ) / 2 , 9 7 6 8

RS 12.673,17

-Total

RS 17.942,41

III) S e for u t i l i z a d o o c i m b r a m e n t o p r i n c i p a l c o m p r a d o e t r a n s v e r s i n a s d e m a d e i r a 0 , 0 2 5 m x 0 , 1 4 m e c o m p e n s a d o p l a s t i f i c a d o p a r a 4 0 u t i l i z a ç õ e s c o m 4 , 5 r e p o s i ç õ e s , a o c u s t o d e RS 1 1 4 , 0 0 / c h a p a . - Cimbramento principal c o m p r a d o - Transversinas 3 x reposições - Chapas de compensado -Total

RS 4.137,84 RS 841,60 RS 9.261,16 R$14.240,60

IV) S e for u t i l i z a d a a o p ç ã o l o c a ç ã o d o c i m b r a m e n t o e m 3 6 m e s e s e c o m p e n s a d o c o m 4 0 u t i l i z a ç õ e s , tem-se: - Locação do cimbramento principal por 36 meses - Transversinas 3 x reposições - Chapas de compensado -Total

R$ 7.235,28 R$ 841,60 R$ 9.261,16 R$17.338,04

Tabela 17 - Comparativa final das diversas opções fôrmas para lajes I) P a i n é i s m e t á l i c o s c o m c i m b r a m e n t o

Locação completa

R$ 32.888,89

II) T r a d i c i o n a l c o m p e n s . 2 0 u t i l i z a ç õ e s

Compra de cimbramento

R$17.942,41

III) T r a d i c i o n a l c o m p e n s . 4 0 u t i l i z a ç õ e s

Compra de cimbramento

R$14.240,60

IV) T r a d i c i o n a l c o m p e n s . 4 0 u t i l i z a ç õ e s

Locação do cimbramento

R$17.338,04

F o n t e : Elaborada pelo autor

Pode-se verificar, portanto, c o n f o r m e mostra o gráfico abaixo, o fator prazo é que d e f i n i t i v a m e n t e deverá ser o e l e m e n t o influenciador na d e c i s ã o de c o m p r a r ou alugar, a f i m de se obter a s o l u ç ã o m a i s a d e q u a d a para c a d a p r o b l e m a de f ô r m a s , c o n f o r m e m o s t r a a f i g u r a 39.

Comparativo de custos entre cimbramento metálico x fôrmas para lajes tradicionais 35 30 25 20 15 o

10

2 Locação d e painel metálico

20 usos 9 reposições cimbramento comprado

40 usos cimbramento comprado

4 0 usos cimbramento locado

Formas de aquisição F i g u r a 3 9 - Comparação do custo de (ôrmas para lajes, com painel e cimbramento locado/mês para um ciclo de 180 usos x fôrmas para lajes com compensados e cimbramentos

tradicionais

F o n t e : Elaborada pelo autor

4.3 ESTUDO DOS ESCORAMENTOS DE FÔRMAS PARA VIGAS (ANEXOS G, H e I) Para o e s c o r a m e n t o das vigas foi feita uma análise c o m p a r a t i v a de custo c o m u t i l i z a ç ã o d e t o r r e s m e t á l i c a s , p a r a 180 u t i l i z a ç õ e s , c o m v i g a s p r i n c i p a i s e s e c u n d á r i a s t a m b é m m e t á l i c a s , A n e x o G e I, e u m e s t u d o c o m g a r f o s d e m a d e i r a c o n f e c c i o n a d o s n a o b r a c o m p i n u s r e f l o r e s t a d o , c o n f o r m e d e s e n h o i n d i c a d o no A n e x o H.

- Opção de c o m p r a de equipamento metálico (cimbramento), Anexo I RS 2 . 3 7 7 , 2 0

- RS 3 , 5 0 / k g x 6 7 9 , 2 0 k g - O p ç ã o d e l o c a ç ã o e q u i p a m e n t o m e t á l i c o (ver e q u a ç ã o 3), A n e x o I 1 8 0 x 6 x RS 1 1 5 , 4 6

R$4.156,56

30 - Garfos de madeira, Anexo H

R$156,94

- C o m 4 r e p o s i ç õ e s = > 4 x RS 1 5 6 , 9 4

Anexo H

R$ 627,76

A f i g u r a 40 m o s t r a a c o m p a r a ç ã o e n t r e as o p ç õ e s de painéis para e s c o r a m e n t o de fôrmas para vigas.

C u s t o de e s c o r a m e n t o de f ô r m a s para viga com equipamento metálico e garfos de madeira

45 40 35 30 E 25 £ o 20 IA O 15 O 10 2 5

compra de equipamento metálico

locação de equipamento metálico

garfos de madeira com 4 reposições

Opções de aquisição F i g u r a 4 0 - Escoramento de fôrmas para vigas para um ciclo de 180 usos. com equipamento metálico e garfos de madeira F o n t e : E l a b o r a i pelo autor

C o m o é possível notar, e m o b r a s cujo prazo é maior d o que dois meses, dificilmente a locação de e q u i p a m e n t o m e t á l i c o se m o s t r a viável, t a n t o c o m relação às vigas c o m a utilização de "garfos" de madeira, q u a n t o e m relação às t r a n s v e r s i n a s d a s lajes, cujo diferencial de custo t a m b é m mostrou bastante favorável a utilização das peças de madeira, cujo dimensionamento, como será demonstrado mais adiante, é bastante s i m p l e s , a s s i m c o m o a s u a f a b r i c a ç ã o . C o m o c i m b r a m e n t o principal d a s lajes, não se efetuou a opção em madeira pelo fato do seu ajuste, nesse caso, ser pouco adequado. O n ú m e r o de reposições de garfos e transversinas de madeira é bastante discutível e d e p e n d e do nível de t r e i n a m e n t o da mão-de-obra, da qualidade da m a d e i r a e do rigor da fiscalização de quem está executando. O m e s m o raciocínio se aplica aos compensados e até ao e q u i p a m e n t o metálico. O objetivo aqui é d e m o n s t r a r a f o r m a de abordar o a s s u n t o em função das várias opções existentes no mercado. Q u a n t o ao n ú m e r o de reposições, poderá ser avaliado por cada profissional.

O d i a g r a m a d a f i g u r a 41 i n d i c a o c a m i n h o a s e g u i r p a r a a t o m a d a d e d e c i s ã o e n t r e as opções possíveis.

F i g u r a 4 1 - Diagrama de orientação para confecção de cimbramento de fôrmas para vigas F o n t e : Elaborada pelo autor

4.4 ESCOLHA DE FÔRMAS PARA ESTRUTURAS ESPECIAIS Em e s t r u t u r a s especiais, c o m o c a i x a s - d ' á g u a , b l o c o s de f u n d a ç ã o , c o r t i n a s e m taludes ou de c o n t e n ç ã o e vigas baldrames, lajes c o m g r a n d e s vãos, os diagramas i n d i c a d o s n a s f i g u r a s 42 a 46, a s e g u i r , s e r v e m d e o r i e n t a ç ã o p a r a d e c i d i r s o b r e o t i p o d e fôrma, c o n h e c e n d o - s e as particularidades do projeto.

Blocos

Cortinas de concreto

F i g u r a 4 3 - Diagrama de orientação para confecção de fôrmas para cortinas de concreto Fonte: Elaborada peto autor

Caixa-d'água superior

F i g u r a 4 4 - Diagrama de orientação para confecção de fôrmas para caixas-dágua F o n t e : Elaborada polo autor

Baldrames

F i g u r a 45 - Diagrama de orientação para confecção de fôrmas para vigas-baldrame F o n t e : Elaborada pe'o autor

superiores

F i g u r a 4 6 - Diagrama de orientação para confecção de fôrmas para lajes treliçadas e lajes nervuradas (cubetas) F o n t e : Elaborada pelo autor

CRITÉRIOS PARA O DIMENSIONAMENTO

5. CRITÉRIOS PARA O D I M E N S I O N A M E N T O

P a r a o d i m e n s i o n a m e n t o de fôrmas, p o d e m - s e adotar os procedimentos e os parâmetros indicados nos diversos documentos normativos disponíveis. São enfocados aqui os c r i t é r i o s de q u a t r o n o r m a s a s s i m d e f i n i d a s : »

C R I T É R I O U T I L I Z A N D O O S C O E F I C I E N T E S D A N B R 7190/97

»

CRITÉRIO DO A.C.I. ( A M E R I C A N CONCRETE INSTITUTE)

»

C R I T É R I O D A N O R M A D.I.N. ( D E U S T S C H E S I N S T I T U T F Ü R N O R M U N G )

»

C R I T É R I O D O C.E.B. ( C O M I T Ê E U R O - I N T E R N A T I O N A L D U B E T O N )

5.1 CRITÉRIO PARA 0 DIMENSIONAMENTO UTILIZANDO OS COEFICIENTES DA NORMA BRASILEIRA NBR 7190/97 N e s t e m é t o d o deve-se escolher o critério de c a r r e g a m e n t o que utiliza os c o e f i c i e n t e s d a N B R 7190/97. N e s t e t r a b a l h o , f o r a m c o n s i d e r a d a s e t a p a s - e f e r e n t e s aos e l e m e n t o s : pilares, vigas e lajes. Para tanto, são usados os fatores de majoração e minoração dessa norma, c o n f o r m e i n d i c a d o s n a s t a b e l a s 18 e 19.

5.1.1 Definições importantes:

Para dar p r o s s e g u i m e n t o às avaliações, são d e f i n i d o s a seguir a l g u n s c o n c e i t o s básicos para o entendimento das deduções: Estados-limites S e g u n d o C a l i l J ú n i o r (2001), s ã o o s e s t a d o s a s s u m i d o s p e l a e s t r u t u r a , a p a r t i r d o s q u a i s a p r e s e n t a d e s e m p e n h o s i n a d e q u a d o s às f i n a l i d a d e s da c o n s t r u ç ã o : a) Estados-limites últimos S ã o o s que por s u a s i m p l e s o c o r r ê n c i a d e t e r m i n a m a p a r a l i s a ç ã o , no t o d o ou e m parte, do u s o da c o n s t r u ç ã o . b) Estados-limites de utilização S ã o os que, por sua ocorrência, r e p e t i ç ã o ou duração, c a u s a m e f e i t o s e s t r u t u r a i s q u e n ã o r e s p e i t a m as c o n d i ç õ e s e s p e c i f i c a d a s para o uso n o r m a l da c o n s t r u ç ã o , ou q u e são indícios de c o m p r o m e t i m e n t o da durabilidade da estrutura.

a) p e r m a n e n t e s - s ã o a s q u e a p r e s e n t a m p e q u e n a v a r i a ç ã o d u r a n t e p r a t i c a m e n t e toda a vida da construção. b) v a r i á v e i s - a o c o n t r á r i o d a s a ç õ e s p e r m a n e n t e s , a p r e s e n t a m

variação

significativa durante a vida da construção. c) excepcionais - s ã o a s q u e a p r e s e n t a m d u r a ç ã o e x t r e m a m e n t e c u r t a , e c o m baixa probabilidade de ocorrência durante a vida da construção. D e v e - s e o b s e r v a r q u e no c a s o de cimbramentos e fôrmas não existem ações

permanentes. As tabelas

18 e 19 i n d i c a m

os c o e f i c i e n t e s

de m a j o r a ç ã o

e

minoração,

e s p e c i f i c a d o s na n o r m a N B R 7190/97, q u e d e v e r ã o s e r u s a d o s n o s c á l c u l o s e s t r u t u r a i s .

Tabela 18 - Ações variáveis, combinações últimas Combinações

Ações variáveis em geral incluídas as cargas acidentais móveis

Efeitos da temperatura

Normais

Y Q =1.4

YP-1.2

Especiais ou de construção

YQ = 1«2

YF = I.O

Excepcionais

YR> = 1 '0

YC = 0

F o n t e : A B N T - Associação Brasileira de Normas Técnicas (1997)

Tabela 19 - Fatores de minoração (Fonte: NBR 7190/97) Ações em estruturas correntes, cargas acidentais dos edifícios Locais onde não há predominância de pesos de equipamentos fixos n e m elevadas concentrações d e pessoas

0,4

0,3

0,2

Locais o n d e há predominância de pesos de equipamentos fixos e elevadas concentrações de pessoas

0,7

0,6

0,4

Bibliotecas, arquivos, oficinas e garagens

0,8

0,7

0,6

F o n t e : A B N T - Associação Brasileira d e N o r m a s Técnicas (1997)

Onde: \|/ 0

= A ç õ e s variáveis secundárias para o estado-limite último. = A ç õ e s variáveis de m é d i a d u r a ç ã o para o e s t a d o - l i m i t e de utilização.

v|/2

= A ç õ e s variáveis de longa d u r a ç ã o para o e s t a d o - l i m i t e de utilização.

Tabela 2 0 - V a l o r e s d e k m o d l Classe de carregamento

Madeira serrada Madeira laminada colada Madeira compensada

Madeira recomposta

Permanente

0,6

0,30

Longa duração

0,7

0,45

Média duração

0,8

0,65

Curta duração

0.9

0,9

Instantânea

1,10

1,10

Madeira serrada Madeira laminada colada Madeira compensada

Madeira recomposta

(1)e(2)

1.0

1,0

(3) e (4)

0.8

0,9

F o n t e : ABNT - Associação Brasileira d e N o r m a s Técnicas (1997)

Tabela 2 1 - V a l o r e s de Classes de umidade

Fonte: ABNT - A s s c o a ç à o Brasileira d e Normas Técnicas (1997)

O c o e f i c i e n t e de m o d i f i c a ç ã o k m 0 ( l 3 leva e m c o n s i d e r a ç ã o a c a t e g o r i a da m a d e i r a u t i l i z a d a , p a r a p r i m e i r a c a t e g o r i a k m o d 3 = 1,0. C a s o i s s o n ã o o c o r r a , a m a d e i r a

é

c l a s s i f i c a d a c o m o d e s e g u n d a c a t e g o r i a , c o m o k m o d 3 = 0,8. O s v a l o r e s d e k m o d 2 s ã o r e f e r e n c i a d o s c o n f o r m e i n d i c a ç ã o n a s t a b e l a s 21 e 2 2 . N o c a s o d e f ô r m a s , e s s e c o e f i c i e n t e é s e m p r e 0,8, d e v i d o à s c o n d i ç õ e s d e u s o ( u m i d a d e acima de 85%).

Tabela 22 - Classes de umidade Umidade relativa do ambiente

Umidade de equilíbrio da madeira

1

< 65%

12%

2

65% < U < 75%

15%

3

75% < U < 85%

18%

4

U > 8 5 % durante longos períodos

> 25%

Classes de umidade

Fonte: ABNT - Assco-açáo Brasileira d e N o r m a s Técnicas (1997)

>> C o m p r e s s ã o p a r a l e l a à s f i b r a s

Ym =

>>Tração paralela às f i b r a s

Y„,=

>> C i s a l h a m e n t o p a r a l e l o à s f i b r a s

Y

M 1.8

=1,8

Por exemplo, a t e n s ã o de c o m p r e s s ã o de cálculo se avalia por:

C

K



mcKi

x F

( e q u a ç ã o 4)

c.k.comp

c.d.comp

O n d e fc k c o m p é c a l c u l a d o p a r a u m a a m o s t r a c o m p e l o m e n o s s e i s e x e m p l a r e s , p a r a m a d e i r a s c o n h e c i d a s , e 12 e x e m p l a r e s p a r a a s d e s c o n h e c i d a s , e c a d a l o t e c o m v o l u m e m á x i m o 12 m 3 .

n

õ2 - r I te. coirp c.k.ccnp

2

_L_

- Í c.H 2

1,1

( e q u a ç ã o 5)

2"

ou

c.k.comp

X

F

c m c o m p

( e q u a ç ã o 6)

Q u a n d o não se d i s p õ e m de dados estatísticos sobre o lote avaliado, podem ser adotados os resultados médios obtidos em laboratórios idôneos.

5.1.2 Parâmetros para caracterização de madeira compensada, conforme a A B I M C I

A A s s o c i a ç ã o B r a s i l e i r a d a I n d ú s t r i a d e M a d e i r a P r o c e s s a d a (2002) f o r n e c e e m s e u s m a n u a i s u m a o r i e n t a ç ã o para d e f i n i ç ã o d o s p a r â m e t r o s e e q u a ç õ e s u t i l i z a d a s no d i m e n s i o n a m e n t o de f ô r m a s , s e g u n d o as p r e s s õ e s de t r a b a l h o e d e f o r m a ç ã o m á x i m a (flecha), limitada em F = l 360

N a t a b e l a 23 s ã o i n d i c a d a s a s c a r a c t e r í s t i c a s f í s i c a s e g e o m é t r i c a s f o r n e c i d a s pela A B I M C I para compensados. Tabela 23 - Características físicas e geométricas de compensados Compensado

N° de lâminas

Módulo de Elasticidade Paralelo (E)

S

Momento de Inércia (J) cm 4

18 m m

9

70949

48,6

18 m m

7

63383

48,6

15 m m

7

69130

28,13

15 m m

5

69331

28,13

12 m m

5

68990

14,40

Fonte: A S S O C I A Ç Ã O BRASILEIRA 0 A INDÚSTRIA DE MADEIRA P R O C E S S A D A (2C02)

A seguir, são ilustrados três exemplos de f ô r m a s utilizando-se as informações d a t a b e l a 23 p a r a s i t u a ç õ e s d e c a r r e g a m e n t o d e c h a p a s d e c o m p e n s a d o c o m d o i s , t r ê s e quatro apoios, respectivamente. Para os cálculos, foi c o n s i d e r a d o : f e m cm, I e m cm, J e m c m 4 (seção = e s p e s s u r a e m c m x l a r g u r a 100 c m ) e E e m k g f / c m 2 . C o m o resultado, a c a r g a d i s t r i b u í d a " q " é obtida u s a n d o - s e as f ó r m u l a s indicadas em cada exemplo:

Exemplo 1

q =

_7618JJxExJ

j;

• • • • • • •

(kN/m2)

( e q u a ç ã o 7)

Para obter as c a r g a s e m kN/m2, ou

q= ^

(kgf/cm 2 )

Para obter as cargas em kgf/cm2

( e q u a ç ã o 8)

Pressão na fôrma de compensado x espaçamento entre apoios Dados da ABIMCI - com 2 apoios 30

-

25

È zJí o

20 15

18-91-ABIMCI 18-71-ABIMCI 15-71-51 ABIMCI 12-51-ABIMCI

Ü

a> 10 o.

5 0.3

0.35

0.4

0.45

0.5

0.55

0.6

0.65

Espaçamento (m) F i g u r a 4 7 - Curvas indicativas do carregamento máximo para dois apoios F o n t e : Elaborada peto autor

Exemplo 2

q=

185x.f.xExJ

(kN/m2)

( e q u a ç ã o 9)

Para obter as c a r g a s e m kN/m2, ou

q=

18



xe

P e s o P ^ p r i o do concreto e s

Pessura

compensado)

d o

= 2,00 k N / m 2

5.2.1 Combinação das ações

A s seguintes combinações foram definidas: >> e s t a d o - l i m i t e ú l t i m o =

1'2

toconc+ ° ' 7

= >

1'2

(2-5

+

°'7*2.°) = 4-68

kN

/™2

( e q u a ç ã o 13)

Y q = 1.2

( v e r t a b e l a 18)

vy0=0,7

( v e r t a b e l a 19)

>> e s t a d o - l i m i t e de u t i l i z a ç ã o q d u t i l = q c o n c + 0,6 q c i r c = > 2,5 + 0 , 6 , 2,0 = 3,70 k N / m 2 (>;/, = 0 , 6 )

( e q u a ç ã o 14) ( v e r t a b e l a 19)

5.2.1.1 Dimensionamento da fôrma

N o caso do d i m e n s i o n a m e n t o no e s t a d o - l i m i t e de utilização, o peso próprio das f ô r m a s poderá ser desprezado. Para a v e r i f i c a ç ã o do e s p a ç a m e n t o das t r a n s v e r s i n a s s e r á c o n s i d e r a d o o e s q u e m a e s t á t i c o c o m quatro apoios, a d o t a n d o u m c o m p e n s a d o d e 18 mm, nove lâminas, c o m E = 70.949 kgf/cm 2 . O p r o c e d i m e n t o p o d e r á s e r s e g u i d o p o r m e i o d a e x p r e s s ã o a n a l í t i c a ( e q u a ç ã o 12), o u d a f o r m a g r á f i c a , c o n f o r m e m o s t r a a f i g u r a 49.

|3 =

145,25x70.949x48,6 360x370

= >

,=

7 2

c m

Pode-se verificar que o e s p a ç a m e n t o para c a r r e g a m e n t o no e s t a d o - l i m i t e de u t i l i z a ç ã o u l t r a p a s s a o v a l o r d e 65 c m . P o r t a n t o , a d o t a - s e e s s e v a l o r p a r a a v e r i f i c a ç ã o do estado último.

N o caso da verificação no estado-limite último, tem-se: >> para vigas c o m quatro apoios P d = 4 , 6 8 x 10" 1 b x k N / c m

P L

M =—



2

( e q u a ç ã o 15)

a = —j—^—

( e q u a ç ã o 16)

C a l c u l a - s e e s s a t e n s ã o d e t r a b a l h o ( e q u a ç ã o 16) p a r a p o s t e r i o r c o m p a r a ç ã o c o m a t e n s ã o de cálculo.

a =

4,86x10-S723x3 r 5x1,8

^ , i k „ = 0,47 kN/cm2

5.2.1.2 Verificação da tensão de cálculo

A t e n s ã o m é d i a d a c o m p r e s s ã o p a r a l e l a n a s f i b r a s f c m c o m p = 3,00 k N / c m 2 , f o i o b t i d a e m a m o s t r a , c o m p e l o m e n o s 12 e x e m p l a r e s , o u f o r n e c i d a p e l o f a b r i c a n t e de c o m p e n s a d o .

( v e r e q u a ç ã o 6)

F c.. kM. c mo mnp = 0 ,' 7 0 x F c . m . c o m p = 2 , 1 k N / c m 2

^r.odi

( v e r t a b e l a 20)

0>9 ( c a r r e g a m e n t o d e c u r t a d u r a ç ã o )

=

( v e r t a b e l a 21)

Kmwi2= 0,8 ( c l a s s e d e u m i d a d e 4)

KmwJ3= 0,8 ( s e m p r é v i a c l a s s i f i c a ç ã o d e p e ç a s )

F

=

K h k * x F C>.C^

p

=

c.d.comp

0,58x2,1 1

t = 63 4

c m

E n c o n t r a n d o o v a l o r d e 63,4 c m p a r a o e s p a ç a m e n t o e n t r e a s t r a v e s s a s , c o m e s s a m e d i d a f a z - s e a verificação no e s t a d o - l i m i t e último. P o s t e r i o r m e n t e , u m a nova c h e c a g e m deverá ser e f e t u a d a q u a n d o do d i m e n s i o n a m e n t o do f u n d o d a s vigas. C o m o auxílio da f ó r m u l a 16, c a l c u l a - s e o v a l o r d a t e n s ã o :

_

6,42«10 " » 63g«3

=

<

5x1,82

F

= 0

, 8 7 kN/m>

Portanto, esté O K !

5.4 DIMENSIONAMENTO DE FÔRMAS PARA PILARES, UTILIZANDO OS PARÂMETROS DA NBR 7190/97

N o c a s o de pilares, C a l i l J ú n i o r (2001) s u g e r e que, c o m o a r e l a ç ã o a l t u r a / l a d o é maior que para vigas, pode-se considerar a f ó r m u l a de J a n s s e n para as pressões laterais:

( e q u a ç ã o 18)

1 -e

a) 7 = p e s o e s p e c í f i c o d o c o n c r e t o b) R = raio h i d r á u l i c o = á r e a da s e ç ã o / p e r í m e t r o =

^

( e q u a ç ã o 19)

c) p = coeficiente de atrito do concreto c o m a chapa de c o m p e n s a d o = > t g 10° = 0,176

d ) k = — 1 - sen 15°

_

0 60

c o m 0 = 15° ( â n g u l o d e a t r i t o i n t e r n o d o c o n c r e t o )

1 + s e n 15°

e) o y na f ó r m u l a da p r e s s ã o s e r á u s a d o c o m d u a s m a j o r a ç õ e s d i f e r e n t e s p a r a cada estado: o limite de utilização e o limite último. f) o z c o r r e s p o n d e à a l t u r a d o p i l a r .

A ç õ e s a considerar:

y é o peso específico do concreto c o m as c o m b i n a ç õ e s das ações.

Y au(l = 25,0 + 0,6 x 0,10 x 25 = 26,5 ( e s t a d o - l i m i t e de utilização)

(equação

20)

= Yq(Ycon + H>0 x Y j = 1,2 (25,0 + 0,7 x 0,10 x 25) = 32,1 k N / m 3 (estado-limite último)

( e q u a ç ã o 21)

e vyc e \]/ 1 , c o n f o r m e t a b e l a d e f a t o r e s d e m i n o r a ç ã o d a t a b e l a 19

yvit)- 10% y c o n , c o n f o r m e c o n s i d e r a C a l i l J ú n i o r (2001)

C o m o nas vigas e nas lajes, vou exemplificar melhor o d i m e n s i o n a m e n t o . S e j a u m p i l a r d e 0,20 m x 0 , 7 0 m c o m u m p é - d i r e i t o d e 2,90 m , a p l i c a n d c a f ó r m u l a de J a n s s e n t e m - s e para o e s t a d o - l i m i t e de utilização, c o m â n g u l o de a t r i t o interno do c o n c r e t o 0 = 15° e p = 1 0 ° ( c o e f i c i e n t e d e a t r i t o c o n c r e t o x c h a p a ) , o g r á f i c o m o s t r a d o n a f i g u r a 51: Y ^ Y c o n + N W v * = kN/m3

P r e s s ã o n o pilar (0,20 x 0,70) c o m 2,90 de altura n o e s t a d o limite d e utilização

1.5

2 Altura ( m )

F i g u r a 5 1 - Gráfico da pressão em pilar 0.20 mx 0.70 m com h = 2.90 para o estado-limite de utilização F o n t e : Elaborada pelo auior

O d i m e n s i o n a m e n t o p a r a o e s t a d o - l i m i t e d e u t i l i z a ç ã o é o g r á f i c o d a f i g u r a 52, pois o pilar possui s o m e n t e u m a linha de e s t r u t u r a ç ã o no meio.

P r e s s ã o n o pilar (0,20x 0,70) c o m 2,90 de altura para o e s t a d o - l i m i t e ú l t i m o 16

'

14 E 1 o •TO 8 a

12

10 8 6 4 2 0

0.5

1

1.5

2

2.5

3

3

Altura ( m ) F i g u r a 5 2 - Gráfico da pressão em pilar 0.20 m x 0.70 m com h = 2.90 para o estado-limite Fonte: Elaborada peto autor

último

A n a l i t i c a m e n t e , c o m as d i m e n s õ e s a c i m a o b t é m - s e o s e g u i n t e resultado:

0,=

yR

1 -e

= 11,48 kN/m2

yR

1 -e

= 13,91 kN/m2

p

a r a

t e n s ã o l i m i t e d e u t i l i z a ç ã o ( v e r e q . 18)

p a r a t e n s ã o n o e s t a d o - l i m i t e ú l t i m o (ver e q . 18)

M

O d i m e n s i o n a m e n t o será feito no e s t a d o - l i m i t e de utilização, c o n f o r m e a f ó r m u l a (10).

£ = ^^360

=>

^=

53,43 cm

va'or e s t e q u e

P o c J e r i a ser tirado do gráfico do ponto de vista m a i s p r á t i c o

A verificação para o e s t a d o - l i m i t e ú l t i m o será:

a =

13,9U10^532x3 7^1782

= 0,52 kN/cm2

n 0,87 kN/cm2

(3 a p o i o s , v e r e q u a ç ã o 16)

C o m o o p i l a r p o s s u i s o m e n t e 70 c m , a d o t a - s e u m a l i n h a d e t r a v a m e n t o n o m e i o dele, favorecendo a segurança.

5.5 CRITÉRIO DO AMERICAN CONCRETE INSTITUTE - A.C.I. O s critérios para o d i m e n s i o n a m e n t o das diversas peças estruturais - os pilares, as vigas e as lajes - são os a d o t a d o s pelo A . C . I . ( A m e r i c a n C o n c r e t e Instiíute) a p u d H U R D (1963), c o n s i d e r a n d o a s p r e s s õ e s e o s c a r r e g a m e n t o s a l i i n d i c a d o s .

5.5.1 Elementos para o dimensionamento de fôrmas, segundo o A.C.I.

S e g u n d o H u r d (1963), o c o n c r e t o p o d e s e r c o n s i d e r a d o u m l í q u i d o c o m u m a v i c i o s i d a d e aparente r e l a t i v a m e n t e alta, que g r a d a t i v a m e n t e , e m f u n ç ã o do t e m p o , se transforma em um corpo plástico até endurecer e converter-se e m uma massa elástica.

C o m o para o d i m e n s i o n a m e n t o das f ô r m a s é f u n d a m e n t a l o c o n h e c i m e n t o da pressão que o concreto exerce sobre as paredes do molde, vários organismos e s p e c i a l i z a d o s e m t e c n o l o g i a do concreto, c o m o , por exemplo, o A . C . I - A m e r i c a n C o n c r e t e Institute, s i s t e m a t i z a r a m as d i v e r s a s p e s q u i s a s sobre e s s e t e m a para elaborar recomendações simples. Essas diretrizes permitem definir a pressão do concreto em f u n ç ã o da v e l o c i d a d e da c o n c r e t a g e m na d i r e ç ã o vertical, n u m a o p e r a ç ã o contínua, e a t e m p e r a t u r a d e l e no i n s t a n t e do l a n ç a m e n t o na f ô r m a . Evidentemente, outros parâmetros complementares poderiam definir essa pressão de maneira mais exata, tais c o m o o efeito de vibração durante o adensamento, a e s p e s s u r a do e l e m e n t o concretado, etc. Porém, para fins práticos, os valores do A.C.I. são conservadores para o dimensionamento.

5.5.2 A s pressões laterais na fôrma devido à ação do concreto fresco

O s c a r r e g a m e n t o s i m p o s t o s p e l o c o n c r e t o f r e s c o n a s p a r e d e s d e v i g a s eu d e colunas são sensivelmente diferentes dos carregamentos em lajes horizontais. O concreto comporta-se como um fluido produzindo pressões hidrostáticas que a:uam lateralmente nas fôrmas verticais. A pressão lateral efetiva é influenciada pelo peso, velocidade de concretagem, t e m p e r a t u r a da mistura do concreto, uso de retardadores e pelo efeito da vibração ou m é t o d o s de adensamento. C o m o e s s e s f a t o r e s a f e t a m a pressão lateral, d e v e m ser avaliados antes da e x e c u ç ã o do p r o j e t o de f ô r m a .

5.5.3 0 peso do concreto

O p e s o do c o n c r e t o t e m i n f l u ê n c i a d i r e t a na p r e s s ã o h i d r o s t á t i c a . A pressão é a m e s m a e m t o d a s as d i r e ç õ e s e p o d e m o s c o n s i d e r a r a d e n s i d a d e c o m o a de um fluido c o m o 2.400 k g / m 3 , q u e s e a p r o x i m a d o s c o n c r e t o s u s u a i s .

5.5.4 A velocidade de concretagem ou de enchimento

A v e l o c i d a d e de c o n c r e t a g e m t e m e f e i t o p r i m á r i o na p r e s s ã o lateral das f ô r m a s , e e s s a p r e s s ã o é p r o p o r c i o n a l a t é o l i m i t e d a p r e s s ã o t o t a l d o f l u i d o , 2.400 x h.

O l O

5.5.5 A vibração

A v i b r a ç ã o i n t e r n a t e n d e a c o n s o l i d a r o c o n c r e t o e a u m e n t a d e 10% a 20% a p r e s s ã o lateral, quando c o m p a r a d a c o m concreto que é lançado sem vibração.

5.5.6 Temperatura

A t e m p e r a t u r a do c o n c r e t o na h o r a do l a n ç a m e n t o t e m i m p o r t a n t e influência na pressão, porque afeta o "início de pega".

5.5.7 Sobrecarga nas lajes e vigas

O s e s f o r ç o s n a s lajes, s e g u n d o o A.C.I., s e g u e m as r e c o m e n d a ç õ e s c o n s i d e r a r o p e s o p r ó p r i o , m a i s s o b r e c a r g a m í n i m a d e 244 k g f / m 2 .

para

N a s vigas, as p r e s s õ e s laterais s e g u e m o m e s m o critério das paredes. Para o d i m e n s i o n a m e n t o d o f u n d o d a s v i g a s , a c r e s c e n t a r a c a r g a m í n i m a d e 74 k g f / m , a l é m d o peso próprio.

5.5.8 Outras variáveis (segundo o A.C.I.)

A pressão lateral do c o n c r e t o pode t a m b é m ser influenciada pela t e m p e r a t u r a ambiente, consistência do concreto, localização dos reforços das fôrmas, pressão dos poros, água, d i â m e t r o m á x i m o d o s a g r e g a d o s , t i p o de c i m e n t o , a l t u r a de l a n ç a m e n t o , seção de c o n c r e t o e até da textura e da p e r m e a b i l i d a d e da fôrma. Todavia, nas concretagens usuais tais fatores não são levados em conta. O s t i p o s de c i m e n t o ou a utilização de p o z o l a n a e m a m b i e n t e s c o m baixas t e m p e r a t u r a s , ou c o m r e t a r d a d o r e s de pega, t ê m s i g n i f i c a t i v o e f e i t o na pressão lateral das fôrmas. D e p o i s d e 50 a 60 a n o s d e d i s c u s s ã o , t e s t e s d e l a b o r a t ó r i o s , i n v e s t i g a ç õ e s d e c a m p o etc., ainda persistem a l g u m a s discordâncias entre engenheiros, físicos, f a b r i c a n t e s de f ô r m a s e e m p r e e n d e d o r e s sobre essas variáveis que e n t r a m n e s s e s i s t e m a . P o r é m , o A . C . I . ( C o m m i t t e e 622) a p u d H U R D 1963, d e s e n v o l v e u f ó r m u l a p a r a a m á x i m a p r e s s ã o lateral, c o n s i d e r a n d o , e m dois casos, as c o n d i ç õ e s de t e m p e r a t u r a , a v i b r a ç ã o interna, o p e s o do c o n c r e t o e seu a b a t i m e n t o m á x i m o ( s l u m p ) . No p r i m e i r o c a s o , a v e l o c i d a d e d e c o n c r e t a g e m n ã o d e v e e x c e d e r 2,13 m (7 p é s ) p o r h o r a ( f ó r m u l a I) e n o s e g u n d o n ã o d e v e p a s s a r d e 3,05 m (10 p é s ) p o r h o r a ( f ó r m u l a I I ) . E m a m b o s o s c a s o s , o s l u m p n ã o d e v e s e r m a i o r q u e 10 c m ( 4 " ) , e o c o m p r i m e n t o d a v i b r a ç ã o d e v e f i c a r l i m i t a d o a 1,21m (4 p é s ) d o t o p o d a f a c e d o c o n c r e t o . N o c a s o d e a s p a r e d e s s e r e m m e n o r e s q u e 3,05 m e t r o s e m e s m o a s s i m a v e l o c i d a d e d e c o n c r e t a g e m f o r d e 3,05 m p o r h o r a , p o d e - s e a d o t a r (24 k g / m 3 ) x h , d e s d e

Formulai:

p = 150 +

9 0 0 0

xR

( m á x i m o 9.760 k g / m 2 ) o u 2.400 k g / m 3 x h s e f o r m e n o r , ( e q u a ç ã o 21)

T

CX I II 43.400 2.800 R Fórmula II: p = l 5 0 + + T

. . . , 2 ft7Cftl ( m á x i m o 9.760 k g / m 2 o u 2.400 k g / m 3 x h s e f o r m e n o r . ( e q u a ç ã o 22)

T

p = m á x i m a p r e s s ã o l a t e r a l psf ( l i b r a por pé q u a d r a d o ) R = velocidade de enchimento em pé/h T = t e m p e r a t u r a d o c o n c r e t o n a s f ô r m a s e m F° h = máxima altura de concretagem Obs.: o s v a l o r e s d e p o b t i d o s n a s f ó r m u l a s I e 11 s ã o e x p r e s s o s e m Ib/pé 2 , d e v e n d o s e a p l i c a r o c o e f i c i e n t e 0,048825 p a r a t r a n s f o r m a r e m k N / m 2 . A t a b e l a 24 a p r e s e n t a o s v a l o r e s d a p r e s s ã o m á x i m a na f ô r m a , e m f u n ç ã o d a v e l o c i d a d e d e c o n c r e t a g e m .

Tabela 24 - Máxima pressão do concreto - velocidade x temperatura - Paredes Pressão máxima em kg/m2 pela tempera ura indicada

Velocidade de concretagem

Fonte: HURD>

9.000 p = 150 + ——— x R

( f ó r m u l a o r i g i n a l p a r a p e m p s f ; T e m °F e R m f t / h ) ,

o u ( e q u a ç ã o 23)

>>

Yx

h

= ( 2 - 4 0 0 k g / m 3 ) x h; o u ( 2 4 , 0 k N / m 3 ) x h,

l i m i t a d a a 146,47 k N / m 2 ( 3 . 0 0 0 p s f ) , c o n f o r m e t a b e l a 16, a s e g u i r ( e q u a ç ã o 24)

N a t a b e l a 25, a s p r e s s õ e s e s t ã o i n d i c a d a s e m k N / m 2 ; t e m p e r a t u r a e m °C e v e m m / h .

Tabela 25 - Máxima pressão do concreto - kN/m 2 - Pilares P= máxima pressão lateral em kN/m 2 , para astemperaturas (t) indicadas

Velocidade de enchimento (m/h)

32° C

27° C

21°C

15°C

10°C

4o C

0,30

12,20

12,79

13,57

14,64

16,11

18,30

0,60

17,08

18,30

19,87

21,97

24,90

29,29

0,90

21,97

23,82

26,17

29,29

33,68

40,28

1,20

26,85

29,29

32,41

36,61

42,47

51,26

1,50

31,73

34,76

38,71

43,94

51,26

62,25

1,80

36,61

40,28

44,96

51,26

60,05

73,23

2,10

41,50

45,79

51,26

58,59

68,84

84,22

2,40

46,38

51,26

57,51

65,91

77,63

95,20

2,70

51,26

56,78

63,81

73,23

86,42

106,19

3,00

56,14

62,25

70,06

80,56

95,20

117,18

3,30

61,03

67,76

76,36

87,88

103,99

128,6

3,60

65,91

73,23

82,66

95,20

112,78

139,15

3,90

70,79

78,75

88,95

102,53

121,57

146,47

4,20

75,67

84,22

95,20

109,85

130,36

4,80

85,44

95,20

107,75

124,50

146,47

5,40

95,20

106,19

120,30

139,15

6,00

104,97

117,18

132,85

146,47

6,60

114,73

128,16

145,44

7,20

124,50

139,15

146,47

7,80

134,26

146,47

8,40

144,03

9,00

146,47

Limite = 146,47 kN/m2

Fonte: HURD(1963)

O s valores c o n s t a n t e s na tabela a c i m a p o d e m ser interpretados graficamente, c o n f o r m e a f i g u r a 53, o n d e s e t e m a p r e s s ã o n a f ô r m a e m f u n ç ã o d a v e l o c i d a d e d e e n c h i m e n t o .

Pressão m á x i m a e m pilares - A.C.I 160

T =

140

4

T =

10

T = 1 5 ^

T = 21

_ T = 27

T =

32

120

| i

100 80

'g

60

w

£

4 0

20

0

0

1

2

1

3

4

5

6

7

8

9

10

Velocidade de enchimento m/h F i g u r a 5 3 - Pressão máxima em pilares em função da velocidade de enchimento e da temperatura, conforme metodologia do A.C.I. F o n t o : Elaborate pek> autor

S e f o r e m a d i c i o n a d o s r e t a r d a d o r e s d e p e g a o u a d i t i v o s c o m i n c o r p o r a d o r e s d e ar ao c o n c r e t o , q u e p o d e m ser u s a d o s q u a n d o a t e m p e r a t u r a a m b i e n t e e s t i v e r alta, o u s e o c o r r e r e m c o n c r e t a g e n s e m c l i m a s frios, as p r e s s õ e s l a t e r a i s p o d e m ser a s s u m i d a s c o m o u m f l u i d o o u p e s a n d o 2.400 k g / m 3 (150 I b / c u . f t o u 24,0 k N / m 3 ) . S e g u n d o B a t i s t a , A . M . (2001) e a A . C . I . 347/88 ( a p u d M a r a n h ã o 2000), e x i s t e m a s seguintes limitações: Para v < 2 m / h P = 7,2 +

785 v T + 17,8

( e q u a ç ã o 25)

O n d e 28,7 k N / m 2 < P < 95,8 k N / m 2 o u 23,5 H

Para 2 m / h < v < 3 m / h 1.156 244 v P = 7,2 + - — — + T + 17,8 T + 17,8

s e n d o 28,7 k N / m 2 < P < 95,8 k N / m 2 o u 23,5 H

( e q u a ç ã o 26)

P = 23,5

x

( e q u a ç ã o 27)

H

O n d e P < 95,8 k N / m 2

J á no c a s o de pilares, a e x p r e s s ã o a ser c o n s i d e r a d a é a m e s m a m o s t r a d a na e q u a ç ã o 25, o u s e j a :

( e q u a ç ã o 25)

Porém, nesse caso a pressão deve estar entre os seguintes valores: 28,7 k N / m 2 < P < 144 k N / m 2 o u 23,5 H

5.6.1 Esforço horizontal em fôrmas de lajes, segundo o A.C.I.

S e g u n d o o A.C.I., para as lajes, a l é m do peso próprio, o p r o j e t o deverá c o n t e m p l a r u m c a r r e g a m e n t o l a t e r a l , h o r i z o n t a l , c o n f o r m e m o s t r a a f i g u r a 54, e m f u n ç ã o d a s d i v e r s a s e s p e s s u r a s das lajes. Em alguns c a s o s até a c a r g a de vento poderá ser levada em conta, principalmente se as d i m e n s õ e s das f ô r m a s forem apreciáveis.

Largura F i g u r a 5 4 - Carregamento horizontal em lajes F o n t e : Elaborada pelo autor

{Z0D

A s u g e s t ã o e m f u n ç ã o d a e s p e s s u r a d a s l a j e s é a d a t a b e l a 26.

Tabela 26 - Esforço horizontal nas lajes em função da espessura e da largura, e m kgf

Lajes maciças Espessura (cm)

PesoPróprio (kg/m 2 )

Largura da laje na direção da força (em N/m) 6,00 m 12,00 m 18,00 m 24,00 m 30,00 m

10,0 c m

317

15,0

15,0

15,0

15,4

19,3

15,0 c m

439

15,0

15,0

16,1

21,4

26,7

20,0 c m

561

15,0

15,0

20,5

27,3

34,2

25,0 c m

683

15,0

16,7

25,0

33,2

41.6

30,0 c m

806

15,0

19,6

29,4

39,2

49,0

35,0 c m

928

15,0

22,6

33,8

45,1

56,4

40,0 c m

1050

15,0

25,6

38,3

51,1

63,8

50,0 c m

1294

15,0

31,5

47,2

63,0

78,7

Fonte: H U f l D (1963)

N a f i g u r a 55, a s e g u i r , e s t ã o a p r e s e n t a d a s a s c u r v a s d o e s f o r ç o h o r i z o n t a l lajes, e m f u n ç ã o da e s p e s s u r a e da largura.

Esforço em função da largura e da espessura 90 80 2

70-

J§ 60

I |

50

40

8- 3 ° o 20 (O UJ

10

00

10

20

30

40

50

E s p e s s u r a d a laje ( c m ) F i g u r a 5 5 - Relação entre o esforço horizontal em lajes, em função do comprimento e da espessura F o n t e : Elaborada polo autof

em

Para o c á l c u l o dos e s f o r ç o s nas lajes, s e g u n d o o A.C.I., p r o c e d e - s e c o m a seguinte recomendação: - p e s o p r ó p r i o + s o b r e c a r g a m í n i m a 244 k g / m 2 (50 p s f )

>>

S o b r e c a r g a em vigas, segundo o A . C . I Nas vigas, o cálculo das pressões laterais segue o m e s m o critério das paredes. Para o d i m e n s i o n a m e n t o do f u n d o das vigas, acrescentar a carga m í n i m a d e 74 k g f / m a l é m d o p e s o p r ó p r i o , c o n f o r m e m o s t r a a f i g u r a 56.

F i g u r a 5 6 - Sobrecarga vertical de 74 kgf/m, para o fundo da viga, adicionado ao peso próprio F o n t e : Elaborada pelo autor

5.7 AS PRESSÕES NAS FÔRMAS DE CONCRETO, SEGUNDO A NORMA DIN S e g u n d o H a r r i s o n e C l e a r (1985 a p u d M A R A N H Ã O , ?000), e s t u d o s experimentais m o s t r a m que a pressão exercida pelo concreto nas faces laterais das f ô r m a s i n i c i a l m e n t e é h i d r o s t á t i c a . A partir da s u p e r f í c i e livre, a l c a n ç a o m á x i m o e e n t ã o d e c r e s c e , por m e i o do d e s e n v o l v i m e n t o de r e s i s t ê n c i a s c i s a l h a n t e s entre os elementos que c o m p õ e m o concreto, reduzindo a carga efetiva e diminuindo a pressão lateral para valores inferiores à pressão hidrostática. Dessa maneira, a pressão máxima (Pmax) deverá ser a c u r v a a s s u m i d a para e f e i t o de d i m e n s i o n a m e n t o . Esse d i a g r a m a p o d e s e r v i s t o n o g r á f i c o d a f i g u r a 57.

F i g u r a 5 7 - Diagrama de pressão do concreto nas faces laterais da fôrma F o n t e : Adaptado de Maranhão (2000)

S e g u n d o a n o r m a a l e m ã D I N 18218 ( a p u d P F E I L , 1987), a p r e s s ã o n a f ô r m a , para o c o n c r e t o fresco, pode ser t o m a d a p r i n c i p a l m e n t e e m f u n ç ã o da c o n s i s t ê n c i a e da v e l o c i d a d e de e n c h i m e n t o (v), o m e s m o que a v e l o c i d a d e de s u b i d a do c o n c r e t o no interior da f ô r m a e m m e t r o s por hora. A s s e g u i n t e s e x p r e s s õ e s c o m r e s u l t a d o s obtidos em (kN/m2) são consideradas: a ) P a r a a v e l o c i d a d e d e e n c h i m e n t o ( v ) m e n o r q u e 0,5 m / h : v < 0,5 m / h = > P

= 5 v + 21

C o n f o r m e r e p r e s e n t a d o g r a f i c a m e n t e n a f i g u r a 58, a s e g u i r .

( e q u a ç ã o 28)

Norma DIN pressão nos pilares - v < 0,5 m/h 24.0 23.5 E

23.0

1 o

22.5

8 £

22.0

KQ

£

21.5 21.0 0.1

20.5

0.2

0.3

0.4

0.5

0.6

Velocidade d e enchimento m/h

F i g u r a 5 8 - Pressão nos pilares, segundo a Norma DIN, para v < 0,5 m/h. F o n t e : Elaborada pelo autor

b ) P a r a a v e l o c i d a d e d e e n c h i m e n t o ( v ) m a i o r q u e 0,5 m / h , c o n s i d e r a n d o a c o n s i s t ê n c i a do c o n c r e t o :

Pmax = 5 V +

v > 0,5 m/h =>

21

consistência firme

( e q u a ç ã o 29)

Pmax=10v

+

19

consistência média

( e q u a ç ã o 30)

P

+

18

consistência mole

( e q u a ç ã o 31)

^max = 1 7 V +

17

consistência fluida

( e q u a ç ã o 32)

m M

=14v

C o n f o r m e r e p r e s e n t a d a s g r a f i c a m e n t e n a f i g u r a 59, a s e g u i r .

Norma DIN pressão nos pilares - v > 0,5 m/h

2

3

4

5

Velocidade de enchimento m/h F i g u r a 5 9 - Pressão nos pilares, segundo a Norma DIN. para v> 0,5 m/h F o n t e : Elaborada pelo a u t w

6

7

8

A s e x p r e s s õ e s i n d i c a d a s n a s e q u a ç õ e s 28 a 32 f o r a m c o n f i g u r a d a s p a r a m a s s a e s p e c í f i c a d o c o n c r e t o 2.500 k g / m 3 , c o n f o r m e B a t i s t a , A . M . (2004), a t e m p e r a t u r a d o c o n c r e t o e m 15°C, o t e m p o d e i n í c i o d e p e g a i n f e r i o r a 5 h o r a s , a v e l o c i d a d e d e s u b i d a até 7 m / h e a c o m p a c t a ç ã o c o m v i b r a d o r e s internos, pois no c a s o do uso de v i b r a d o r e s externos as f ô r m a s d e v e m ser d i m e n s i o n a d a s c o m pressão h i d r o s t á t i c a a t u a n d o na altura total e influenciadas pela vibração. P a r a o c a s o d e v a r i a ç ã o da m a s s a e s p e c í f i c a do c o n c r e t o , os v a l o r e s das p r e s s õ e s d e v e m ser c o r r i g i d o s p r o p o r c i o n a l m e n t e por u m fator m u l t i p l i c a d o r

f=

— 25

o n d e 25 k N / m 3 é a m a s s a e s p e c í f i c a d o c o n c r e t o . N o c a s o d e v a r i a r a t e m p e r a t u r a a c i m a d e 1 5 ° C , p o d e - s e r e d u z i r a p r e s s ã o e m 3 % p a r a c a d a 1°C d e a u m e n t o n a t e m p e r a t u r a , e n q u a n t o que, para c o n c r e t o s c o m início de pega a m p l i a d o s com auxílio de aditivos retardadores, os valores da p r e s s ã o d e v e m ser a u m e n t a d o s , s e g u i n d o a t a b e l a 27.

Tabela 27 - Tabela de coeficientes de aumento de pressão Consistência

Tempo de início de pega 5 horas 15 horas

Firme

1,15

1,45

Média

1,25

1,80

Mole o u fluídica

1,40

2,15

Fonte: Adaptado de PFEIL (1987)

A l é m d i s s o , M a r a n h ã o (2000) i n d i c o u q u e a c o n s i s t ê n c i a p o d e s e r c l a s s i f i c a d a segundo o abatimento do concreto (Slump test) c o m o sendo: mistura firme ou densa, c o n t e n d o o a b a t i m e n t o e n t r e 0 e 25 m m ; m i s t u r a m é d i a o u l e v e , c o m a b a t i m e n t o e n t r e 25 m m e 75 m m ; m i s t u r a f l u i d a 75 m m a 125 m m e m i s t u r a m u i t o f l u i d a , m a i o r q u e 125 m m d e a b a t i m e n t o d o c o n c r e t o . V i e i r a (1998) i n d i c o u q u e a n o r m a a l e m ã l i m i t a a p r e s s ã o e m P m a x £ 80 k N / m 2 p a r a p a r e d e s e q u a n d o f o r o c a s o d e p i l a r e s e m P m a x £ 100 k N / m 2 , i n d e p e n d e n t e m e n t e de altura de concretagem.

5.7.1 Esforços horizontais, segundo a DIN 18.218

Essa n o r m a a l e m ã r e c o m e n d a u m a r e l a ç ã o entre o p e s o do c o n c r e t o f r e s c o e o esforço horizontal e m vigas e lajes: A d o t a - s e a d e n s i d a d e d e m a s s a d o c o n c r e t o = > 25 k N / m 3 , c o m u m a s o b r e c a r g a a p l i c a d a d e 1 k N / m 3 , t o t a l i z a n d o 26 k N / m 3 .

H =

100

a p l i c a d a na base das f ô r m a s

A carga do vento em alguns pontos da obra poderá ser levada em c o n t a em regiões e m q u e e s s e c o m p o n e n t e é s i g n i f i c a t i v o , c o n f o r m e i n d i c a d o n a t a b e l a 28.

Tabela 28 - Pressão na parede da fôrma em função da altura da obra

Altura da obra

Velocidade do vento

Pressão na parede da fôrma

(m)

(m/s)

(km/h)

(kN/m 2 )

0 até 8

28,3

102

0,56

8 até 20

35,8

129

1,04

20 até 100

42,0

151

1,43

>100

45,6

164

1,69

F o n t e : Adaptado d e OOKA (2004)

5.8 PRESSÕES DO CONCRETO EM FÔRMAS DE PILARES, SEGUNDO 0 CEB O u t r o s e s t u d o s f o r a m c i t a d o s p o r B a t i s t a e M a s c i a (2004). O d o b o l e t i m n Q 15 d o C E B - C o m i t ê Euro-lnternational du Beton r e c o m e n d o u que essa norma fosse aplicada para c o n c r e t o s f a b r i c a d o s a p a r t i r d e c i m e n t o P o r t l a n d s e m aditivos, c o m d e n s i d a d e de m a s s a d e 2.400 k g / m 3 . Todavia, para s i t u a ç õ e s e m q u e a d e n s i d a d e de m a s s a varia, as p r e s s õ e s poderão ser c o r r i g i d a s por m e i o da relação entre a d e n s i d a d e de m a s s a nova e a e s t a b e l e c i d a anteriormente. O m é t o d o foi fruto de análise e estudos experimentais e m uma grande q u a n t i d a d e d e c o n s t r u ç õ e s , c h e g a n d o a a p r o x i m a d a m e n t e 200 o b r a s . O m é t o d o c o n s d e r a três e x p r e s s õ e s , para as q u a i s deverá ser t o m a d o o m e n o r r e s u l t a d o entre as s e g u i n t e s pressões em kN/m2: P = 24 x H

( e q u a ç ã o 33)

s e n d o que, nesse caso, " P " é a pressão hidrostática do c o n c r e t o fresco fluido e " H " (em m e t r o s ) é a altura do pilar ou da viga a ser c o n c r e t a d a ;

P = 2 4 kv + 5

( e q u a ç ã o 34)

Tabela 29 - Valores de k indicados pelo CEB (1976) Abatimento

5°C

10°C

15°C

20°C

25°C

30°C

25 m m

1,45

1,10

0,80

0,60

0,45

0,35

50 m m

1,90

1,45

1,10

0,80

0,60

0,45

75 m m

2,35

1,80

1,35

1,00

0,75

0,55

100 m m

2,75

2,10

1,60

1,15

0,90

0,65

Fonte: Adaptado do M A R A N H Ã O (2000)

P o r ú l t i m o , c a s o a m e n o r d i m e n s ã o d a p e ç a d e c o n c r e t o s e j a m e n o r o u i g u a l a 500 m m , calcular a p r e s s ã o t a m b é m por: P = v

b 10

+

( e q u a ç ã o 35)

15

P a r a a e x p r e s s ã o i n d i c a d a , " P " é a p r e s s ã o p a r a o e f e i t o d e a r c o , o n d e as c a m a d a s verticais laterais p a s s a m a suportar zonas arqueadas que deixam de colaborar para o c r e s c i m e n t o d a p r e s s ã o a b a i x o d e s s e nível, " b " é a m e n o r d i m e n s ã o d a s e ç ã o do c o n c r e t o , e m m i l í m e t r o s , e " v " é a v e l o c i d a d e d e e n c h i m e n t o e m m / h . M a r a n h ã o (2000) c i t o u a i n d a q u e a n o r m a e u r o p é i a r e c o m e n d a q u e p a r a a l t u r a s d e l a n ç a m e n t o m a i o r e s OL i g u a i s a 2 m e t r o s a p r e s s ã o d e v e s e r a u m e n t a d a e m 10 k N / m 2 . O g r á f i c o r e p r e s e n t a d o n a f i g u r a 60 m o s t r a a c u r v a d e v a r i a ç ã o d a p r e s s ã o n a f ô r m a d e u m p i l a r d e 200 m m n a m e n o r d i m e n s ã o , e m f u n ç ã o d a v e l o c i d a d e d e e n c h i m e n t o , pelo critério a d o t a d o pelo CEB, c o n s i d e r a n d o o efeito de arco no concreto. Pressão - CEB - b = 200 mm

E

z

$ o

ò

50 45 40 35 30 25 20 15 10

10 Velocidade de enchimento m/h F i g u r a 6 0 - Pressão em fôrmas de pilares, segundo o CEB, considerando o efeito de arco na concretagem como critério Fonte: Elaborada peto autor

5.8.1 Comparação entre métodos para a avaliação de fôrmas em um pilar de 0,20 x 0,70 com 2,90 m de altura,T = 1 5 ° C E V = 5m/h

Para e f e i t o de c o m p a r a ç ã o , as p r e s s õ e s exercidas c o n t r a as f ô r m a s , devido à c o n c r e t a g e m e m u m p i l a r d e 20 x 70 c m , f o r a m o b t i d a s p o r v á r i o s p e s q u i s a d o r e s , q u e a d o t a r a m d i f e r e n t e s n o r m a s e p r o c e d i m e n t o s de cálculo. A seguir, são f e i t a s a l g u m a s considerações sobre quatro trabalhos analisados. A t a b e l a 30, a s e g u i r , m o s t r a a s d i f e r e n ç a s o b t i d a s n o s v a l o r e s d a p r e s s ã o p e l o s critérios indicados.

Tabela 30 - Pressões calculadas segundo os critérios indicados JANSSEN *

ACI

DIN

CEB

23,8 kN/m2

68,2 kN/m2

69,0 kN/m2

40,0 kN/m*

• o cálculo loi te«:o para = 50 e = 5 0 F o n t e : Elaborada pelo autor

A e x p e r i ê n c i a f e i t a por M a r a n h ã o (2000), q u e c o n s e g u i u r e s u l t a d o s e x p e r i m e n t a i s e m u m p i l a r d e 20 x 100 c m c o m a l t u r a d e 2,40 m , t e m p e r a t u r a m e d i d a d e 15°C e v e l o c i d a d e d e e n c h i m e n t o d e 32 m / h c o m u m c o n c r e t o d e a b a t i m e n t o i g u a l a 60 m m , c o n s t a t o u v a l o r e s d e p r e s s ã o m á x i m a d e 26,38 k N / m 2 , q u e , s e c o m p a r a d o s c o m a f ó r m u l a d e J a n s s e n , d a r i a m r e s u l t a d o s s i m i l a r e s s e o c o e f i c i e n t e de a t r i t o na f ô r m a f o r igual a 0,0875 ( p = t a n ( q ) = t a n 5 o = 0,0875), o u s e j a , 23,8 k N / m 2 p a r a u m p i l a r c o m a s m e s m a s d i m e n s õ e s , o que parece ser o m a i s p r ó x i m o da realidade. C o m o s e p o d e c o n s t a t a r p e l a a n á l i s e d a t a b e l a 30, o s r e s u l t a d o s o b t i d o s p o s s u e m u m a v a r i a ç ã o r a z o á v e l e n t r e si. C o n f o r m e a m e t o d o l o g i a u t i l i z a d a e m c a d a n o r m a e s t r a n g e i r a , e c o m o o b s e r v o u H u r d (1963), é s e m p r e m o t i v o d e p o l ê m i c a e n t r e os projetistas a m e r i c a n o s e europeus a verdadeira pressão do c o n c r e t o nas fôrmas. C o m o p r o j e t i s t a de f ô r m a s e c o n t a n d o c o m a e x p e r i ê n c i a pessoal, f a z e n d o as v e r i f i c a ç õ e s c o m o s e s p a ç a m e n t o s habituais, o a u t o r d e s t e t r a b a l h o c o n c l u i q u e no c a s o de pilares, que é onde existe a eventual divergência, o critério, utilizando-se a fórmula d e J a n s s e n , a d o t a d o p o r C a l i l J ú n i o r (2001), p a r e c e b a s t a n t e a d e q u a d o e b e m p r ó x i m o da realidade para obras prediais. S e r i a m necessárias, entretanto, m a i s algumas experiências para se apu-ar o c o e f i c i e n t e de atrito, c o m p a r a n d o os diversos t i p o s de m a t e r i a i s c o m p o n e n t e s das f ô ' m a s c o m m a i o r precisão, e c o m a f ó r m u l a de J a n s s e n s e n d o utilizada de m o d o m a i s adequado. A f i g u r a 61 é u m a r e p r e s e n t a ç ã o g r á f i c a , e f e t u a d a p e l o a u t o r , d a f ó r m u l a d e Janssen, variando os ângulos de atrito concreto x chapa (m) e do ângulo de atrito interno do c o n c r e t o (q).

Altura de concretagem (m) F i g u r a 6 1 - Representação alguns valores de JJ e

gráfica das pressões calculadas pela fórmula de Janssen para

0

F o n t o : Elaborada pelo autor

C o m o s e p o d e n o t a r c o m o â n g u l o d e a t r i t o i n t e r n o JÍ i g u a l a 1 O e â n g u l o d e a t r i t o c o n c r e t o - c h a p a 0 i g u a l a 1o, o r e s u l t a d o s e a p r o x i m a d o m e s m o y x h q u e l i m i t a a m a i o r i a d a s f ó r m u l a s i n t e r n a c i o n a i s e v e m a o e n c o n t r o d o c o n c e i t o t r a d i c i o n a l do e m p u x o . Resumindo, as c o n d i ç õ e s limites de t o d a s as f ó r m u l a s se igualam quando o ângulo de a t r i t o i n t e r n o d o c o n c r e t o e o â n g u l o de a t r i t o c o n c r e t o x c h a p a s ã o e s p e c i f i c a d o s no seu extremo. O a u t o r c o n s i d e r a , por e x p e r i ê n c i a própria, q u e na m a i o r i a d o s c a s o s o â n g u l o d e a t r i t o i n t e r n o 15° e o â n g u l o d e a t r i t o c h a p a x c o n c r e t o 5 o c o n d u z e m a r e s u l t a d o s b a s t a n t e coerentes no cálculo de f ô r m a s usuais em edifícios habitacionais, e c o m concretos c o m c o n s i s t ê n c i a ( s l u m p ) e n t r e 60 e 80 m m e c o m p e n s a d o s p l a s t i f i c a d o s .

5.8.2 Avaliação experimental em chapas para fôrmas

Pela i m p o r t â n c i a das c a r a c t e r í s t i c a s físicas e m e c â n i c a s das chapas de madeira para o d i m e n s i o n a m e n t o de fôrmas, f o r a m p r o g r a m a d o s de maneira sucinta a l g u n s e s t u d o s c o m c h a p a s de O S B , p r o d u t o r e c e n t e m e n t e d i s p o n i b i l i z a d o no m e r c a d o , a f i m de c o m p a r á - l o s c o m os d a d o s e x i s t e n t e s para c o m p e n s a d o de pinus, l a r g a m e n t e u t i l i z a d o p a r a e s s a f i n a l i d a d e . A s f i g u r a s 62 e 63 i l u s t r a m o s e n s a i o s e m chapas de O S B .

F i g u r a 6 2 - Ensaio de flexão para obtenção do módulo de elasticidade em OSB Fonte: Foto do autor

F i g u r a 6 3 - Aspecto da seção de ruptura do OSB após o ensaio Fonte: Foto do autor

Foram f e i t o s e n s a i o s para o b t e n ç ã o do m ó d u l o de e l a s t i c i d a d e e da t e n s ã o de ruptura segundo as equações abaixo: E= —AFxt~3—

ar

=

3*FrxL 2xlxe2

= > d e t e r m i n a ç ã o d o m ó d u l o d e e l a s t i c i d a d e ( e q u a ç ã o 36)

= > d e t e r m i n a ç ã o da t e n s ã o de ruptura, e m M P a ou kgf/cm2; ( e q u a ç ã o 37)

E = m ó d u l o de elasticidade, e m cm4; AF = i n t e r v a l o de c a r g a e m r e l a ç ã o à o r i g e m , a p r o x i m a d a m e n t e 50% da carga de r u p t u r a , e m N ou kgf;

L = v ã o livre, e m c m ; I = largura do corpo-de-prova, em cm; e = espessura da chapa, em cm. Fr = f o r ç a d e r u p t u r a , e m N A s = i n t e r v a l o d e d e f o r m a ç ã o , p a r a o i n t e r v a l o d e c a r g a AF, e m c m . A s e g u i r , n a t a b e l a 31, s ã o a p r e s e n t a d o s o s d a d o s d e r e s i s t ê n c i a à f l e x ã o p a r a c o m p e n s a d o s de pinus, fornecidos pela A B I M C I .

labela 31 - Resistência à flexão estática do compensado de pinus brasileiro Espessura da chapa

Número de lâminas

Valores

Paralela MOE

Paralela MOR

Perpendicular MOE

Perpendicular MOR

09

05

máximo

118016

683

30417

307

09

05

médio

85477

498

22734

224

09

05

mínimo

52939

313

15052

142

12

05

máximo

89212

527

37742

348

12

05

médio

68990

381

28389

253

12

05

mínimo

48768

234

19036

158

15

05

máximo

92132

441

35435

338

15

05

médio

69331

320

26334

227

15

05

mínimo

46529

217

17233

116

15

07

máximo

89678

528

45739

405

15

07

médio

69130

395

33729

295

15

07

mínimo

48282

263

21719

184

18

07

máximo

81373

459

48526

410

18

07

médio

63383

347

36228

300

18

07

mínimo

45392

234

23931

189

18

09

máximo

82201

466

44605

351

18

09

médio

70949

369

36337

270

18

09

mínimo

59696

273

28069

189

20

07

máximo

74188

444

47482

370

20

07

médio

60660

329

36447

274

20

07

mínimo

47132

213

25412

177

20

09

máximo

76426

419

58064

438

20

09

médio

59520

326

43869

328

20

09

mínimo

42613

232

29674

218

Fonte: A S S O C I A Ç Ã O BRASILEIRA CA INOÚSTRIA OE MADEIRA P R O C E S S A D A (2002)

Os resultados obtidos, quando comparados c o m os dos compensados, cuja a m o s t r a g e m da A B I M C I ( A s s o c i a ç ã o Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente) parece bastante significativa, demonstram a viabilidade da utilização desse material, desde que dimensionados adequadamente para fôrmas de concreto. O s r e s u l t a d o s d o s e n s a i o s e m O S B e s t ã o m o s t r a d o s n a t a b e l a 32, o n d e f o i colocada u m a coluna para c o m p a r a ç ã o dos resultados de resistência c o m aqueles obtidos pela A B I M C I , para c o m p e n s a d o s de pínus.

Tabela 32 - Características mecânicas das chapas de OSB, obtidas no ensaio de flexãoO Amostra

vão

MOE//

MOEl A B I M C I

302

30

46342

=mínimo

456

186

30

40923

^mínimo

0,48

793

334

30

44341

^mínimo

40,0

0,45

793

330

30

46339

=mínimo

1,204

20,0

0,44

300

125

30

23612

OK

7,415

1,210

20,0

0,44

426

177

30

23357

OK

O S B-12-4-1 1

7,464

1,211

20,0

0,60

330

136

30

1 6 9 7 3 =mínimo

OS B-12-4-21

7,477

1,214

20,0

0,48

419

171

30

21023

O S B - 1 5 - 1 - 1 //

7,626

1,493

60,0

0,64

997

329

37,5

48699

OK

O S B - 1 5 - 1 - 2 //

7,617

1,485

40,0

0,53

723

247

37,5

39808

OK

O S B - 1 5 - 2 - 1 //

7,601

1,482

40,0

0,50

654

224

37,5

42629

=mínimo

OS B-15-2-2//

7,612

1,473

40,0

0,52

567

196

37,5

41685

=mínimo

OSB-15-3-1-1

7,635

1,485

20,0

0,60

380

127

37,5

17576

OK

OSB-15-3-2-1

7,648

1,469

20,0

0,55

429

146

37,5

19774

OK

OSB-15-4-1-1

7,651

1,487

20,0

0,55

408

136

37,5

19057

OK

OSB-15-4-2-1

7,637

1,488

20,0

0,55

394

131

37,5

19053

OK

OSB-17-1-1-//

7,493

1,679

100

1,175

1558

498

45

54668

OK

OSB-17-1-2-//

7,379

1,682

60

0,65

1157

374

45

59888

OK

L

e

AF

As

Fr

0 S B - 1 2 - 1 - 1 //

7,455

1,200

39,8

0,45

722

0 S B - 1 2 - 1 - 2 //

7,457

1,216

25,2

0,31

O S B - 1 2 - 2 - 1 //

7,471

1,195

40,2

O S B - 1 2 - 2 - 2 //

7,493

1,200

O S B-12-3-1 1

7,445

OSB-12-3-21

OK

( ' ) Resu'*adc
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