Fotografia - Iniciação da História da Arte pronto pra imprimir

May 23, 2017 | Autor: Mateus Medeiros | Categoria: Fotografia
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Fotografia (p. 424-445). JANSON, H. W.; JANSON, Anthony F. Iniciação à História da Arte. São Paulo: Editora WMF MARTINS FONTES, 1996.

O capítulo descreve o surgimento da fotografia e como o meio evoluiu com o passar dos séculos, desde a primeira fotografia, concebida em 1822, até os dias atuais. São postas como exemplo as fotografias mais relevantes pertencentes a cada época e movimento artístico dos dois lados do Atlântico. O capítulo se abre imediatamente questionando se a fotografia é arte e, no decorrer do texto, apresenta indícios que apontam tanto para a fotografia como arte quanto para o registro da realidade de forma funcional, indicando sua duplicidade inerente e mostra como os artistas contemporâneos a seu surgimento e desenvolvimento a consideravam.

Fichamento de Conteúdo:

1. FOTOGRAFIA ROMÂNTICA

A fotografia impressa surgiu em meados da década de 1820, com seu primeiro exemplar datado em 1822, por Joseph Nicéphore Niépce. Para realizar tal feito, ele uniu forças com Jacques Mandé Daguerre que, por meio do daguerreótipo – aparelho que possibilitava a impressão de imagens da câmara para o papel – também inspirou a continuação da pesquisa de William Henry Fox Talbot envolvendo negativos, que seriam usados para a reprodução da fotografia original em cópias. Após o daguerreótipo ser introduzido, houve uma ascenção da fotografia devida à possibilidade da classe média de acessar o que antes era apenas possível para a burguesia: os seus próprios retratros. Nesta época o movimento artístico mais proeminente era o Romantismo, o que resultou no uso da fotografia para o escapismo, tornando possível a "viagem" a lugares remotos, de difícil acesso ao cidadão comum. O daguerreótipo estereoscópico também foi criado para suprir a demanda por experiências mais imersivas.


2. FOTOGRAFIA REALISTA

Durante a segunda metade do século XIX, a fotografia passaria a ser usada como uma janela para a realidade, por vezes revelando-se chocante. Primeiramente utilizada pela imprensa, em seu início requeria ensaios fotográficos, pois havia dificuldade em se tirar fotos surpresa. Isso foi solucionado em 1887, ano de introdução do flash a pólvora.
Como o realismo da fotografia não impactou a arte, a Sociedade Fotográfica de Londres tornou-se líder do movimento que tentava convencer que a fotografia de fato era arte, ao imitar pinturas e gravuras, ao estilo Clássico. A discussão atingiria o clímax no início da décade de 1890, com o movimento da Secessão, onde eram usadas técnicas de impressão para assemelhar ao máximo a fotografia à pintura. Uma das técnicas que teriam mais impacto no futuro sem dúvida foi a da cronofotografia, onde era tiradas fotos em sequência, adicionando uma dimensão temporal à tradicional fotografia estática. Esta técnica seria a precursora do cinema.





3. A FOTOGRAFIA NO SÉCULO XX

A fotografia não foi capaz de se estabelecer como arte no século XIX. Porém a luta continuaria no século seguinte, onde ela responderia às correntes artísticas da época. Demonstrando aderir-se ao realismo, as tecnologias avançaram, possibilitando a fotografia em cores e, posteriormente, a criação do cinema. A Escola de Paris teve como técnica principal a ampliação da realidade, onde de início eram tiradas fotos do banal com intensidade sutil, e posteriormente sendo aprimorada essa técnica com a tirada de fotos no instante onde a ação e a emoção atingiam máxima intensidade.
Nos Estados Unidos, Stieglitz fotografava o banal, porém suas fotos refletiam seu estado interior, aproximando seu estilo ao Expressionismo. Weston juntava a abstração com o realismo, transformando o comum em esplêndidas obras de arte. Bourke-White, por meio da composição de suas fotos, dava significado surpreendente às estruturas e arquiteturas que passavam a ser construídas fervilmente após a Segunda Guerra Mundial.


4. A NOVA OBJETIVIDADE

Na alemanha, o movimento da Nova Objetividade buscava novamente um estilo linear com bastante materialidade que revelava a beleza intrínseca das coisas por meio da clareza e estrutura de suas fotos. Entre 1930 e 1945, o período heróico era caracterizado pela bravura física e moral: eram feitas fotografias instantâneas em campos de batalha onde os próprios fotógrafos arriscavam suas vidas para captar os momentos mais importantes. Ao mesmo tempo era registrada a situação desfavorável dos cidadãos rurais durante a Depressão como uma busca para a solução dos problemas sociais desta época.


5. FOTOMONTAGEM E FOTOGRAMA

Usadas principalmente a favor da antiarte pela arte moderna, as fotomontagens eram colagens de partes de fotografias para se criar uma nova. Eram usadas por John Heartfield na forma de pôsteres como propaganda antinazista, e eram usadas também pelo partido nazista.
Os fotogramas fazem fotos a partir da exposição de objetos à luz colocados diretamente sobre o papel. Também eram usados, assim como as fotomontagens, para alterar as formas da natureza.


6. FOTOGRAFIA ATUAL

Após a Segunda Guerra Mundial, a fotografia foi marcada pela abstração, aproximando-se do Expressionismo Abstrato. Em meados de 1950, a fantasia voltava a firmar-se. Utilizando técnicas de impressão, os resultados alteravam a aparência dos objetos nas fotografias para algo que quase não podia mais ser identificado.
O ressurgimento da fotografia linear nos Estados Unidos se dava em grande parte a Robert Frank. Por derradeiro, as colagens de David Hockney quebravam os limites de uma imagem comum – unificada e fixa no tempo e espaço – e suas representações aproximavam-se de como a consciência humana, do mundo exterior como o percebemos por meio de nossas capacidades cognitivas.

Fichamento de Citações Transcrição textual:

1 . FOTOGRAFIA ROMÂNTICA

"A invenção da fotografia foi uma resposta aos anseios artísticos e forças históricas subjacentes ao Romantismo. Grande parte do impulso veio de uma busca do Verdadeiro e do Natural."(p. 425)


2. FOTOGRAFIA REALISTA

"Durante a segunda metade do século XIX, a imprensa teve um papel fundamental no movimento social que colocou a terrível realidade da pobreza diante dos olhos do público. A câmara tornou-se um importante instrumento de reformas através da foto documental, que narra as vidas das pessoas em forma de ensaio ilustrado."(p. 427-429)


3. A FOTOGRAFIA NO SÉCULO XX

"Durante o século XIX, a fotografia lutou para firmar-se como arte, mas não foi capaz de encotrar sua identidade. Foi apenas sob condições extraordinárias de conflitos políticos e reformas sociais que ela se voltou para o tema fundamental da arte, que é a própria vida."(p. 432)


4. A NOVA OBJETIVIDADE

"Naqueles tempos difíceis, a fotografia também demonstrou possuir coragem moral. Sob o comando de Roy Stryker, o quadro de fotógrafos da Farm Security Administration compilou um vasto arquivo documental sobre a vida rural nos Estados Unidos durante a Depressão. Enquanto os fotógrafos da FSA apresentavam uma visão equilibrada e objetiva, a maior parte deles era também constituída de reformadores cuja obra respondia aos problemas sociais com os quais se deparavam diariamente no campo."(p. 439)


5. FOTOMONTAGEM E FOTOGRAMA

"A nova forma de ver a fotografia surgiu como um dos aspectos da investida contra a arte tradicional levada a cabo pelos dadaístas de Berlim. Próximo ao final da Primeira Guerra Mundial, os dadaístas "inventaram" a fotomontagem e o fotograma. Ambos já haviam sido praticados na história anterior da fotografia, mas dessa vez foram colocados a serviço da antiarte."(p. 441)


6. FOTOGRAFIA ATUAL

"A mais recente demonstração do poder da fotografia em ampliar nossa visão provém, de forma bastante adequada, do trabalho de um artista. As colagens fotográficas que o pintor inglês David Hockney vem fazendo desde 1982 são como revelações que, ao se aproximarem muito da maneira como realmente vemos, superam as limitações tradicionais de uma imagem unificada, fixa no tempo e no espaço."(p. 443)

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