Função Financeira

July 26, 2017 | Autor: R. Cezar Barros | Categoria: Administração
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INTRODUÇÃO À ADMINISTRAÇÃO





Prof. Msc.: Raimundo Cezar Barros


FUNÇÃO FINANCEIRA

1. Introdução

Finanças pode ser entendida como a arte e a ciência de administrar
fundos. Praticamente todos os indivíduos e organizações obtêm receitas ou
levantam fundos, gastam ou investem. Finanças ocupa-se do processo,
instituições, mercados e instrumentos envolvidos na transferência de fundos
entre pessoas, empresas e governos. Todos estes processos de movimentação
financeira devem ser devidamente administrados.

Neste sentido a Administração Financeira ocupa-se da obtenção e
aplicação dos recursos financeiros necessários, bem como, em na
distribuição eficaz dos mesmos, para que a empresa opere de acordo com o
planejado e os objetivos previamente estabelecidos. Na busca da execução
deste objetivos a administração financeira convive com o dilema: liquidez
versus rentabilidade.

A liquidez corresponde à facilidade e rapidez com a qual os ativos
podem ser convertidos em dinheiro, e sua importância vem da necessidade
das empresas em possuir disponibilidades financeiras para saldar suas
obrigações em tempo hábil, evitando assim despesas com pagamento de multas
ou de juros resultantes do atraso na quitação de suas dívidas. Uma das
propriedades da liquidez é a divisibilidade, ou seja, a facilidade com a
qual um ativo pode ser dividido em partes.

A rentabilidade corresponde ao grau de retorno proporcionado por um
investimento. E o retorno sobre o investimento, por sua vez, é medido como
o total de ganhos ou prejuízos dos proprietários decorrentes de um
investimento durante um determinado período de tempo.

Ao analisarmos a relação entre liquidez e rentabilidade observamos
que um nível baixo de liquidez leva a empresa a incapacidade de cumprir
suas obrigações financeiras nas datas predefinidas, ao passo que liquidez
em excesso também não é desejável pois representa um desperdício, na medida
em que estes recursos poderiam ser aplicados no financiamento dos fatores
de produção da empresa, em sua expansão ou ainda no mercado financeiro, de
forma a garantir que os excedentes de caixa sejam geridos de maneira a
proporcionar maior rentabilidade.

Neste contexto tão rico em variáveis, enfoques e abordagens
apresentamos o fluxo de caixa como, segundo Zdanowicz (2000, p. 23) o
"instrumento utilizado pelo administrador financeiro com o objetivo de
apurar os somatórios de ingressos e desembolsos financeiros da empresa, em
determinado momento, prognosticando assim se haverá excedentes ou escassez
de caixa, em função do nível desejado pela empresa".



2. Administrador Financeiro

Segundo Gitman (1997, p. 4) "os administradores financeiros
administram ativamente as finanças de todos os tipos de empresas,
financeiras ou não financeiras, privadas ou públicas, grandes ou pequenas
com ou sem fins lucrativos".

Na visão de Ross, Westerfield, Jaffe (1995, p. 28) "a tarefa mais
importante de um administrador financeiro é criar valor a partir das
atividades de orçamento de capital, financiamento e liquidez da empresa".
Para isto o administrador deve se basear nas premissas a seguir:

1. "A empresa deve procurar comprar ativos que gerem mais dinheiro do
que custam .

2. A empresa deve vender obrigações, ações e outros instrumentos
financeiros que gerem mais dinheiro do que custam".

Podemos observar a importância do fluxo de caixa para o administrador
financeiro com o auxilio de Zdanowicz, (2000, p. 29), quando afirma que
"através da elaboração do fluxo de caixa, o administrador procura conciliar
a manutenção da liquidez e do capital de giro da empresa, para que esta
possa honrar com as obrigações assumidas perante terceiros na data do
vencimento, bem como a maximização dos lucros sobre os investimentos
realizados pelos acionistas".

Ainda segundo Zdanowicz, (2000, p. 29), "o administrador financeiro
desempenha as seguintes funções:

Manter a empresa em permanente situação de liquidez;

Maximizar o retorno sobre o investimento realizado;

Administrar o capital de giro da empresa;

Avaliar os investimentos realizados em itens do ativo permanente;

Estimar o provável custo dos recursos de terceiros a serem
captados;

Analisar as aplicações financeiras mais interessantes para e
empresa;

Informar sobre as condições econômico-financeiras atuais e futuras
da empresa;

Interpretar as demonstrações financeiras da empresa;

Manter-se atualizado em relação ao mercado e às linhas de crédito
oferecidas pelas instituições financeiras".




3. Fluxo de Caixa

Para Zdanowicz (2000, p. 23) "o fluxo de caixa tem como objetivo
básico, a projeção das entradas e das saídas de recursos financeiros para
determinado período, visando prognosticar a necessidade de captar
empréstimos ou aplicar excedentes de caixa nas operações mais rentáveis
para a empresa".

Iudícibus e Marion (1999, p. 218) afirmam que o fluxo de caixa
"demonstra a origem e a aplicação de todo dinheiro que transitou pelo caixa
em um determinando período e o resultado desse fluxo".

Assaf Neto e Silva (1997, p. 38) explicam que o fluxo de caixa "é um
processo pelo qual a empresa gera e aplica seus recursos de caixa
determinados pelas várias atividades desenvolvidas" pela empresa.

Nas palavras de Shoon Ledyard, controller da Charlotte Hornets, "O
planejamento de caixa é a espinha dorsal da empresa. Sem ele não se saberá
quando haverá caixa suficiente para sustentar as operações ou quando se
necessitará de financiamentos bancários. Empresas que continuamente tenham
falta de caixa e que necessitem de empréstimos de última hora, poderão
perceber como é difícil encontrar bancos que a financie." (Gitman, 1997, p.
586).

Podemos perceber então, que mediante a elaboração e correta análise
do fluxo de caixa teremos uma visão completa das operações de entrada ou
saída de todo dinheiro da empresa, bem como de onde se originaram tais
entradas e onde foram aplicadas as saídas, ou seja, teremos total controle
sobre as movimentações financeiras ocorridas na empresa bem como seu
impacto sobre a liquidez e rentabilidade dos ativos desta empresa.

O fluxo de caixa é um instrumento de programação financeira que
propicia a elaboração de um melhor planejamento financeiro de forma a:

Não ocorrer excesso de Caixa;

Saber quando buscar empréstimos para cobrir o caixa;

Saber quando aplicar o excesso de recursos.

Quando trabalhamos com fluxo de caixa, devemos ter em mente a
movimentação das contas que representam disponibilidades imediatas, como
caixa, bancos e também aquelas aplicações de resgate imediato da empresa;
em síntese, consiste em trabalharmos com o fluxo do disponível. Por este
motivo o fluxo de caixa também é conhecido como: orçamento de caixa, fluxo
de recursos financeiros, fluxo de capitais, fluxo monetário e movimento de
caixa.
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