Fundamentos de probabilidade

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Fundamentos de probabilidade Rubens Sampaio

Roberta Lima

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Departamento de Engenharia Mecânica

LNCC - Programa de Verão 2017 PUC-Rio: DEM

Organização do curso 1

Conceitos básicos − Espaço de probabilidade − Objetos aleatórios

• Variáveis aleatórias (v.a.): discretas e contínuas • Vetores aleatórios • Processos estocásticos − Estatísticas de primeira e segunda ordem − Condicionamento − Independência

2

O que é incerteza? − Medida de incerteza: reducionismo? − Uso de estatísticas para medir incerteza PUC-Rio: DEM

Organização do curso

3

Transformação de um objeto aleatório: − Soma de v.a. independentes e dependentes

4

O que é propagação de incerteza? − É possível quantificar? − O que diz a literatura?

5

Método de Monte Carlo − Modelo probabilístico − Modelo estatístico

6

Construção de um modelo probabilístico − Princípio da máxima entropia?

PUC-Rio: DEM

Conceitos básicos Seja (Ω, F, Pr) um espaço de probabilidade. Ω é um conjunto não vazio, chamado de espaço amostral (ensemble), que contém todas as possibilidades de resultados; F é uma σ -álgebra em Ω (conjunto de subconjuntos de Ω aos quais se associam uma probabilidade); Pr é uma medida de probabilidade em F com valores em [0, 1] tal que: − Pr(Ω) = 1 − dados A1 , A2 , . . ., eventos disjuntos em F, então: Pr(

∞ [

i=1



Ai ) = ∑ Pr(Ai ) i=1

PUC-Rio: DEM

Conceitos básicos

F é uma σ -álgebra de subconjuntos de Ω se satisfaz:

1 2

3

∅ ∈ F;

A ∈ F implica que o complementar AC ∈ F; A1 , A2 , · · · ∈ F implica

∞ [

i=1

Ai ∈ F.

Um elemento de F é chamado de evento. Só associamos probabilidades aos eventos. Se A ∈ / F, então não sabemos associar uma probabilidade a A.

PUC-Rio: DEM

Conceitos básicos

Experimento simples: lançamento de um dado de 6 faces.

1

2

3

Todos os possíveis resultados:

Ω = {1, 2, 3, 4, 5, 6}

Exemplo de possíveis σ -álgebras em Ω: F1 = 2Ω F2 = {∅, Ω, {1, 2} , {3, 4, 5, 6} } Exemplo de um conjunto que não é σ -álgebra em Ω: F3 = {∅, Ω, {1, 3} , {2, 4, 5, 6} , {1, 2, 3} , {4, 5, 6} }

PUC-Rio: DEM

Conceitos básicos Seja (Ω, F, Pr) um espaço de probabilidade e seja C ∈ F um evento tal que Pr(C) 6= 0.

C é uma informação. A partir dela, podemos redefinir as probabilidades. C define um novo espaço de probabilidade (C, FC , PrC ) e PrC é uma medida de probabilidade em F.

FC = F ∩ C Pr(A ∩ C) = Pr(A|C) PrC (A) = Pr(C)

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Independência

Eventos independentes: Dois eventos A e B são independentes quando: Pr(A|B) =

Pr(A ∩ B) = PrB (A) = Pr(A) Pr(B)

Pr(B|A) =

Pr(A ∩ B) = PrA (B) = Pr(B) Pr(A)

Temos então: Pr(A ∩ B) = Pr(A)Pr(B).

PUC-Rio: DEM

Independência Eventos independentes: Três eventos A, B e C são independentes quando: Pr(A ∩ B) = Pr(A)Pr(B) Pr(A ∩ C) = Pr(A)Pr(C) Pr(B ∩ C) = Pr(B)Pr(C) Pr(A ∩ B ∩ C) = Pr(A)Pr(B)Pr(C)

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Independência depende da medida de probabilidade Experimento: retirar 1 carta de um baralho com 52 cartas. Espaço amostral:

σ -álgebra em Ω:

Ω = {todas as possíveis cartas} F = 2Ω

Eventos: A = {carta é dama}

B = {carta é copas}

Vamos definir duas medidas de probabilidade em F.

PUC-Rio: DEM

Independência depende da medida de probabilidade 1a Medida: uniforme Pr(qualquer carta) =

1 52

A = {carta é dama}

=⇒

Pr(A) =

4 52

B = {carta é copas}

=⇒

Pr(B) =

13 52

A ∩ B = {dama de copas}

=⇒

Pr(A ∩ B) =

1 4 13 = 52 52 52

A e B são eventos independentes. PUC-Rio: DEM

Independência depende da medida de probabilidade 2a Medida: não uniforme (baralho viciado) 1 2 1 1 1 = Prv (outra carta 6= valete de paus) = 2 51 102

Prv (valete de paus) =

 1   Prv (A ∩ B) = Prv (dama de copas) = 102   52 1 13   Prv (A)Prv (B) = 4 = 102 102 1022

A e B não são eventos independentes na nova medida. PUC-Rio: DEM

Conceitos básicos Visão geral: ponto de vista abstrato Temos um espaço de probabilidade (Ω, F, Pr): Ω 6= ∅;

F é uma σ -álgebra; Pr : F −→ [0, 1], Pr é uma medida de probabilidade definida em F. Porém, em geral, F não é especificado.

Forma de simplificar: variável aleatória.

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Variável aleatória discreta Ponto de vista de um experimentador Uma variável aleatória (v.a.) descreve um experimento. Uma v.a. discreta real, X, em (Ω, F, Pr), é uma função real:

X :

Ω −→ R ω 7−→ X(ω ) ,

tal que: sua imagem, X(Ω), é um subconjunto discreto de R X −1 (x) = {ω ∈ Ω : X(ω ) = x} ∈ F, ∀x ∈ R (mensurabilidade) PUC-Rio: DEM

Variável aleatória discreta Mensurabilidade: “condição para o transporte da probabilidade”. X −1 (x) = {ω ∈ Ω : X(ω ) = x} ∈ F, ∀x ∈ R

PUC-Rio: DEM

Variável aleatória discreta

A probabilidade de X assumir um valor menor ou igual a x ∈ R é calculada través da função distribuição de probabilidade cumulativa de X, PX : PX :

R −→ [0, 1] x 7−→ PX (x) = Pr({ω ∈ Ω : X(ω ) ≤ x}) .

É usual utilizar a notação simplificada: Pr({ω ∈ Ω : X(ω ) ≤ x}) = Pr(X ≤ x) .

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Variável aleatória discreta Sejam x1 , x2 , . . . os valores assumidos por X. A função de massa de X, pX , é: pX :

R −→ [0, 1] . x 7−→ pX (x) = Pr({ω ∈ Ω : X(ω ) = x})

Note que pX (x) é a probabilidade de x. Além disso: (i) pX (x) = 0, ∀ x ∈ / X(Ω); 

(ii)



x∈X(Ω)

pX (x) = Pr 

[

x∈X(Ω)



{ω ∈ Ω : X(ω ) = x} = Pr(Ω) = 1. PUC-Rio: DEM

Variável aleatória discreta Problema: Seja (Ω,F, Pr) um espaço de probabilidade no qual: Ω = {1, 2, 3, 4, 5, 6} ,

F = {0, / {2, 4, 6} , {1, 3, 5} , Ω},

e sejam V e W funções em Ω:

V(ω ) =



1, 0,

se ω é par , se ω é ímpar

W(ω ) = ω 2 ,

para todo ω ∈ Ω. Determine quais dessas funções são v.a. discretas em (Ω, F, Pr).

PUC-Rio: DEM

Variável aleatória discreta Solução:

V(ω ) =



1, 0,

se ω é par se ω é ímpar

1a condição: V(Ω) é um subconjunto discreto de R? V(Ω) = {0, 1} =⇒ Sim! 2a condição: V −1 (x) = {ω ∈ Ω : V(ω ) = x} ∈ F, ∀x ∈ R? V −1 (0) = {1, 3, 5} ∈ F V −1 (1) = {2, 4, 6} ∈ F =⇒ Sim! V −1 (R \ {0, 1}) = ∅ ∈ F

A função V é uma variável aleatória discreta. PUC-Rio: DEM

Variável aleatória discreta Solução:

W(ω ) = ω 2

1a condição: W(Ω) é um subconjunto discreto de R? W(Ω) = {1, 4, 9, 16, 25, 36} =⇒ Sim! 2a condição: W −1 (x) = {ω ∈ Ω : W(ω ) = x} ∈ F, ∀x ∈ R? V −1 (9) = {3} ∈ / F =⇒ Não!

A função W não é uma variável aleatória discreta. PUC-Rio: DEM

Variável aleatória discreta 2 (Ω) = {X : Ω −→ R}. Seja o conjunto das v.a. discretas, Ldis 2 (Ω) é um espaço de Hilbert. Ldis

Função esperança: E :

2 (Ω) −→ R Ldis

X

n

7−→ E[X] = µX = ∑ xi pX (xi ) . i=1

2 (Ω): Dados X, Y ∈ Ldis

2 (Ω): Norma de X ∈ Ldis

hX, Yi = E[X Y] 2 (Ω). é um produto interno em Ldis kXk =

p E[X 2 ]

PUC-Rio: DEM

Variável aleatória discreta Exemplo de v.a. discreta: função indicatriz 1A Seja A ∈ F, então a função 1A é uma v.a.: 1A :

Ω −→ {0, 1}

ω 7−→ 1A (ω ) =



1, 0,

se ω ∈ A se ω ∈ /A

e Pr(A) = E[1A ] Eventos (elementos de F) podem ser vistos como v.a.. Nesse sentido, o conceito de v.a. generaliza o conceito de evento. Exemplos:

1∅ ≡ 0

1Ω ≡ 1 PUC-Rio: DEM

Variável aleatória discreta Teorema: Dado uma função (mensurável) h : R → R, então Y = h(X) é também uma v.a. discreta e:

n

E[Y] = E[h(X)] = ∑ h(xi )pX (xi ) . i=1

Vantagem: Calcula-se E[Y] a partir de pX . A função pY não precisa ser conhecida.

PUC-Rio: DEM

Variável aleatória discreta Estatísticas (reducionismo):

PUC-Rio: DEM

Variável aleatória discreta Algumas estatísticas de X:

esperança:

n

µX = E[X] = ∑ xi pi i=1

variância:

n

var(X) = E[(X − µX )2 ] = ∑ (xi − µX )2 pi i=1

desvio padrão:

p σX = var(X)

coeficiente de variação: momento de ordem k:

δX =

σX , µX n

E[X k ] = ∑ (xi )k pi i=1

entropia:

µX 6= 0

n

ηX = − ∑ pi ln pi ≥ 0 i=1

PUC-Rio: DEM

Visão geométrica de v.a. Melhor aproximação de X por uma constante. Projeção de uma v.a. X no subespaço gerado por 1Ω , V:  2 V = Z ∈ Ldis (Ω) : Z é constante: Z(ω ) = λ ∈ R, ∀ω ∈ Ω . Procura-se:

min kX − λ k2 λ ∈R

 min E[(X − λ )2 ] = min E[X 2 ] − 2E[X]λ + λ λ ∈R

λ ∈R

Derivando e igualando a zero:

λ = E[X] PUC-Rio: DEM

Visão geométrica de v.a. Melhor aproximação de X por uma constante: esperança. Erro da aproximação: variância.

A variância e coeficiente de variação estão relacionados com erros, respectivamente, absoluto e relativo.

PUC-Rio: DEM

Variável aleatória discreta Experimento: lançamento de uma moeda:  cara (prob. p) coroa (prob. q = 1 − p) Podemos definir v.a. discretas diferentes: fazer lançamentos de uma moeda

binomial: número de caras obtidas

lançar moeda até aparecimento de cara

geometrica: número de lançamentos até aparecer a primeira cara

lançar moeda até aparecerem caras

binomial negativa: número de lançamentos até aparecerem caras PUC-Rio: DEM

Variável aleatória discreta Binomial: Bn Bn é o número de caras obtidas em n lançamentos.

suporte discreto: {0, 1, · · · , n} função de massa: Pr(Bn = b) = pBn (b) =

  n b n! pb (1−p)n−b p (1−p)n−b = b!(n − b)! b

esperança: np variância: n p(1 − p) PUC-Rio: DEM

Variável aleatória discreta Exemplo: Binomial Bn 0.2

n = 20 n = 40

pBn

0.15 0.1 0.05 0 0

10

20

b

30

40

Figura: Função de massa da v.a. binomial Bn para n lançamentos, considerando-se p = 0.6.

PUC-Rio: DEM

Variável aleatória discreta Exemplo: Geométrica: W1 W1 é o número de lançamentos até aparecer a primeira cara.

suporte discreto: {1, 2, 3, · · · } função de massa: Pr(W1 = n) = pW1 (n) = (1 − p)n−1 p esperança: variância:

1 p

1−p p2

PUC-Rio: DEM

Variável aleatória discreta Exemplo: Geométrica W1 0.8

p = 0.2 p = 0.5 p = 0.8

pW1

0.6 0.4 0.2 0

1

5

n

10

Figura: Função de massa da v.a. geométrica W1 para diferentes valores de probabilidade p.

PUC-Rio: DEM

Variável aleatória discreta Exemplo: Binomial negativa: Wr Wr é número de lançamentos até aparecerem r caras.

suporte discreto: {r, r + 1, r + 2, · · · }   n−1 r função de massa: pWr (n) = p (1 − p)n−r r−1 esperança: variância:

r p

r(1 − p) p2 PUC-Rio: DEM

Variável aleatória discreta Exemplo: Binomial negativa Wr Função de massa de W3 e W5 para diferentes valores de probabilidade w. W3

W10

0.6

0.6

w = 0.2 w = 0.5 w = 0.8

0.4

pW 3

pW10

0.4

w = 0.2 w = 0.5 w = 0.8

0.2

0

0.2

3

10

n

20

30

0

PUC-Rio: DEM

10

n

20

30

Variável aleatória contínua Uma v.a. contínua real, X, no espaço de probabilidade (Ω, F, Pr) é uma função real:

X :

Ω −→ R ω 7−→ X(ω )

tal que X −1 (x) = {ω ∈ Ω : X(ω ) ≤ x} ∈ F, ∀x ∈ R (mensurabilidade).

PUC-Rio: DEM

Variável aleatória contínua A distribuição de probabilidade cumulativa, PX , de X, é: PX :

R −→ [0, 1] x 7−→ PX (x) = Pr({ω ∈ Ω : X(ω ) ≤ x})

Algumas propriedades de PX : 0 ≤ PX (x) ≤ 1, ∀x ∈ R;

PX é monotonicamente não decrescente; lim PX (x) = 1

x→∞

e

lim PX (x) = 0.

x→−∞

PUC-Rio: DEM

Variável aleatória contínua

Se PX puder ser escrita na forma: PX (x) = Pr(X ≤ x) =

Z x

−∞

pX (u) du

então, pX é chamada de função densidade de probabilidade (pdf) de X e satisfaz:

pX (x) ≥ 0 ,

∀x ∈ R

Z ∞

−∞

PUC-Rio: DEM

pX (x) dx = 1

Variável aleatória contínua

A pdf não é uma probabilidade, ou seja, pode ocorrer pX (x) > 1. Veja que Z x+h x

pX (x)dx ≈ pX (x)h

logo pX (x)h é a probabilidade do intervalo (x, x + h). Observe que a probabilidade de um ponto é zero. No caso da v.a. discreta, a função de massa é uma probabilidade.

PUC-Rio: DEM

Variável aleatória contínua Teorema: Dado uma função (mensurável) h : R → R, então Y = h(X) é também uma variável aleatória contínua e:

E[h(X)] =

Z ∞

−∞

h(x) pX (x) dx .

Vantagem: Calcula-se E[Y] a partir de pX . A função pY não precisa ser conhecida.

PUC-Rio: DEM

Variável aleatória contínua Algumas estatísticas de X: esperança: variância:

µX = E[X] =

−∞

x pX (x) dx

σX2 = var(X) = E[(X − µX )2 ] = E[X 2 ] − µX2

desvio padrão:

σX =

p var(X)

coeficiente de variação: momento de ordem k: entropia:

Z ∞

ηX = −

Z ∞

−∞

δX =

(⋆ ) (⋆ ) (⋆ )

σX , µX

µX 6= 0

Z ∞

xk pX (x) dx

E[X k ] =

−∞

pX (x) ln pX (x) dx ∈ R

(⋆ ) quando a integral converge PUC-Rio: DEM

(⋆ )

Variável aleatória contínua q-quantil: dado q ∈ [0, 1], o q-quantil é um valor xq ∈ R tal que Pr(X ≤ xq ) = q . Exemplo: sendo q = 1/2, o 1/2-quantil (mediana) é um valor xq ∈ R tal que Pr(X ≤ xq ) =

1 . 2 esperança: x0 moda: x1 e x2 mediana: ∀x ∈ [x3 , x4 ]

PUC-Rio: DEM

Variável aleatória contínua Exemplo: v.a. uniforme em [a, b] 2

pX

suporte: [a, b]

1

esperança: variância:

1 b−a

a+b 2

(b − a)2 12

0 0

2

1

x

2

3

suporte: [1, 2] suporte: [0.5, 2.5]

PX

densidade: pX (x) = 1[a,b] (x)

suporte: [1, 2] suporte: [0.5, 2.5]

1 0 0

PUC-Rio: DEM

1

x

2

3

Variável aleatória contínua Exemplo: v.a. normal 1

pX

suporte: (−∞, ∞)

µ = −3, σ2 = 0.4 µ = 0, σ2 = 5.0 µ = 2, σ2 = 1.0

0.5

densidade:

0 −5

x

0

5

0

5

pX (x) = √1 σ 2π

esperança: µ variância:

− (x−µ2)

e

2



1

PX

1(−∞,∞) (x)

0.5

σ2 0 −5

PUC-Rio: DEM

x

Variável aleatória contínua Exemplo: v.a. exponencial suporte: [0, ∞)

pX

1.5 1

0.5

densidade:

0 0

pX (x) = 1[0,∞) (x) × λ exp (−λ x)

variância:

1 λ

1 λ2

x

5

1

PX

esperança:

λ = 0.5 λ = 1.0 λ = 1.5

0.5 0 0

PUC-Rio: DEM

x

5

Variável aleatória contínua Exemplo: v.a. Gama 2

pX

suporte: [0, ∞)

1

µ = 1, µ = 2, µ = 2, µ = 3,

σ2 σ2 σ2 σ2

= 0.2 = 1.0 = 5.0 = 0.5

densidade: 0 0

pX (x) = 1[0,∞) (x)×    2  µ2 µ2 2 2 −1 × 1µ 2 σµ δ x σ 2 exp −x σµ σ2

)

esperança: µ

5

1

PX

µ Γ(

x

0.5

variância: σ 2

0 0

PUC-Rio: DEM

x

5

Variável aleatória contínua Exemplo: v.a. Cauchy 2

densidade: pX (x) = 1(−∞,∞) (x)

1

1   2  x−x0 πγ 1 + γ

0 −5

0

x

5

1

PX

posição: x0 escala: γ

x0 = −3, γ = 0.4 x0 = 0, γ = 1.5 x0 = 2, γ = 1.0

pX

suporte: (−∞, ∞)

0.5

não tem esperança, variância e momentos.

0 −5

PUC-Rio: DEM

0

x

5

Vetor aleatório Um vetor aleatório X é uma função em Rn : X : Ω −→ Rn ω 7−→ X(ω ) = x

tal que X−1 (x) = {ω ∈ Ω : X1 (ω ) ≤ x1 , · · · , Xn (ω ) ≤ xn } ∈ F, ∀x ∈ Rn , onde as componentes são v.a. reais: 

 X1   X =  ...  . Xn PUC-Rio: DEM

Vetor aleatório

A função distribuição de probabilidade cumulativa associada a X é a função: PX : Rn −→ [0, 1] x 7−→ PX (x) = Pr({ω ∈ Ω : X1 (ω ) ≤ x1 , · · · , Xn (ω ) ≤ xn }) É usual utilizar a notação simplificada: PX (x) = Pr(X1 ≤ x1 , X2 ≤ x2 , · · · , Xn ≤ xn ).

PUC-Rio: DEM

Vetor aleatório A função densidade de probabilidade, pX , de X é: pX (x) =

∂n PX (X) , ∂ x1 ∂ x2 · · · ∂ xn

chamado também de densidade de probabilidade conjunta de X1 , · · · , Xn . A função densidade de probabilidade marginal de Xj , j = 1, · · · , n, é calculada por: pXj (xj ) =

Z

Rn−1

pX (x) dx1 · · · dxj−1 dxj+1 · · · dxn .

PUC-Rio: DEM

Vetor aleatório Independência Sejam X1 , · · · , Xn variáveis aleatórias independentes, componentes de um vetor aleatório X: pX (x) = pX1 (x1 ) × · · · × pXn (xn ) . Note que: pX =⇒ pX1 , · · · , pXn 6 pX pX1 , · · · , pXn =⇒

PUC-Rio: DEM

Vetor aleatório Exemplo: Seja X ∈ R2 um vetor aleatório com suporte k = [0, ∞) × [0, ∞) ⊂ R2 e função densidade de probabilidade: pX (x) = 1k (x) 2e−x1 −x2 2

pX

1.5 1

0.5 0 0 2 4

x1

PUC-Rio: DEM

6

0

2

4

x2

6

Vetor aleatório Exemplo: As funções densidades de probabilidade marginais de X1 e X2 são: pX1 (x1 ) =

Z

pX (x) dx2 = 1[0,∞) (x1 )2e−x1

pX2 (x2 ) =

Z

pX (x) dx1 = 1[0,∞) (x2 )2e−x2

R

R

pX1 (x1 ) × pX2 (x2 ) 6= pX (x)

As v.a. X1 e X2 não são independentes. PUC-Rio: DEM

Vetor aleatório Estatísticas (reducionismo):

PUC-Rio: DEM

Vetor aleatório Algumas estatísticas de X:  µX1   média: E[X] = µX =  ...  µXn  2  σX1  ..  2 variância: σX =  .  σX2n 

entropia:

η =−

Z

Rn

pX (x) ln pX (x) dx

PUC-Rio: DEM

Vetor aleatório A matriz de covariância de X ∈ Rn é a matriz n × n: 

  [c] =  

E[(X1 − µX1 )2 ] · · · E[(X1 − µX1 )(Xn − µXn )] E[(X2 − µX2 )(X1 − µX1 )] · · · E[(X2 − µX2 )(Xn − µXn )] .. .. .. . . . E[(Xn − µXn )2 ] E[(Xn − µXn )(X1 − µX1 )] · · ·

Os elementos na diagonal são:

cjj = σX2j

    

j = 1, · · · , n.

Note que: X1 , · · · , Xn são independentes =⇒ [c] é uma matriz diagonal. PUC-Rio: DEM

Processo estocástico Seja Var(Ω,F, Pr) o conjunto de todas as v.a. Um processo estocástico, X , é uma função: X :

T −→ Var(Ω,F, Pr) t 7−→ X (t)

T é um conjunto de parâmetros discreto ou contínuo. Para um determinado t ∈ T, X (t) é uma variável aleatória definida em (Ω,F, Pr).

PUC-Rio: DEM

Processo estocástico Para um determinado t ∈ T, X (t) é uma v.a. com distribuição de probabilidade cumulativa PX (t) :

R −→ [0, 1] x 7−→ PX (t) (x) = Pr({ω ∈ Ω : X (t, ω ) ≤ x})

Se PX (t) puder ser escrita na forma: PX (t) (x) = Pr(X (t) ≤ x) =

Z x

−∞

pX (t) (u) du

então, pX (t) é chamada de função densidade de probabilidade (pdf) de X (t).

PUC-Rio: DEM

Processo estocástico Um processo estocástico é completamente determinado se a distribuição de probabilidade cumulativa de todas as famílias de v.a. (X (t1 ), . . . , X (tm )) obtidas ∀m ∈ N e todo (t1 , . . . , tm ) ∈ T m , escrita como: PX (t1 ),...,X (tm ) : Rn −→ [0, 1] x 7−→ PX (t1 ),...,X (tm ) (x) = Pr({ω ∈ Ω : X1 (ω ) ≤ x1 , · · · , Xn (ω ) ≤ xm }) for conhecida. Em geral, não existe distribuição de probabilidade para um processo estocástico.

PUC-Rio: DEM

Processo estocástico Estatísticas (reducionismo):

PUC-Rio: DEM

Processo estocástico Algumas estatísticas de primeira ordem de X : esperança: variância:

µX (t) = E[X (t)] =

R

x(t) pX (t) (x) dx

σX2 (t) = var(X (t)) = E[(X (t) − µX (t))2 ]

desvio padrão: entropia:

Z

σX (t) =

ηX (t) = −

Z

R

p

var(X (t))

pX (t) (x) ln (pX (t) (x)) dx

(⋆ ) quando a integral converge PUC-Rio: DEM

(⋆ ) (⋆ )

Processo estocástico Algumas estatísticas de segunda ordem de X : correlação:

rX (t1 , t2 ) = E[X (t1 )X (t2 )]

covariância: cX (t1 , t2 ) = E[(X (t1 ) − µX (t1 ))(X (t2 ) − µX (t1 ))] Propriedades: ∀(t1 , t2 ) ∈ T × T rX (t1 , t2 ) = rX (t2 , t1 ) cX (t1 , t2 ) = cX (t2 , t1 ) cX (t1 , t2 ) = rX (t1 , t2 ) − µX (t1 )µX (t2 ).

PUC-Rio: DEM

Processo estocástico Exemplo de processo estocástico: X (t) = At, t ∈ R ≥ 0, sendo A uma v.a. com esperança µA e variância σA2 . Esperança, variância e correlação:

µX (t) = E[At] = tE[A] = t µA σX2 (t) = E[(At − t µA )2 ] = t2 σA2 rX (t1 , t2 ) = = = =

E[X (t1 )X (t2 )] E[At1 At2 ] t1 t2 E[A2 ] t1 t2 (σA2 + µA2 ) PUC-Rio: DEM

Processo estocástico Exemplo de processo estocástico: X (t) = At Considerando-se µA = 1 e σA2 = 2:

25

300

µX ± σX µX

cX (t1 , t2 )

Envelope

20 15 10 5

200 100 0 10

0

5 −5 0

2

4

t

6

8

10

t2

PUC-Rio: DEM

0 0

t1

5

10

Discussão sobre o que é incerteza

Algumas expressões são usadas frequentemente na literatura mas não tem um sentido bem estabelecido:

1

quantificação de incertezas;

2

propagação de incertezas.

PUC-Rio: DEM

Discussão sobre o que é incerteza

A Word of Warning. UQ is not a mature field like linear algebra or singlevariable complex analysis, with stately textbooks containg well-polished presentations of classical theorems bearing August names like Cauchy, Gauss and Hamilton. Both because of its youth as a field and its very close engagement with applications, UQ is much more about problems, methods and ''good enough for the job''. There are some very elegant approaches within UQ, but as yet no single, general, over-arching theory of UQ.

Sullivan, T. Introduction to uncertainty quantiffication. Springer, 2015.

PUC-Rio: DEM

O que é incerteza? Incerteza ⇐⇒ decisão não é clara n eventos: Probabilidade de acontecer:

x1 p1

x2 p2

... ...

xn pn

Máxima incerteza: p1 = p2 = . . . = pn . Certeza: uma das probabilidades é 1 e as outras são 0.

Incerteza não depende de {x1 , . . . , xn }. Depende de {p1 , . . . , pn }. Incerteza é a própria função de massa. PUC-Rio: DEM

Discussão sobre o que é incerteza

Quantificação de incertezas: É possível medir incerteza? Quais são as medidas? Estatísticas? − Variância? − Coeficiente de variação? − Entropia?

Medida de incerteza é um reducionismo?

PUC-Rio: DEM

É possivel medir incerteza? O que diz a literatura? Estatísticas são usadas para medir incerteza. Exemplos: variância

coeficiente de variação

entropia

Estatísticas objeto aleatório - Variável aleatória - Vetor aleatório - Processo estocástico

objeto determinístico Podem ser usadas como medida de incerteza? Reducionismo? PUC-Rio: DEM

Estatísticas não são medida incerteza

Alguns problemas em usar estatísticas para medir incerteza:

1

reducionismo;

2

dimensão: não podemos usar a mesma medida/estatística para todos os objetos aleatórios;

3

significado: as estatísticas tem significados diferentes.

PUC-Rio: DEM

Estatísticas não são medida incerteza Dimensão: não podemos usar a mesma medida/estatística para todos os objetos aleatórios.

PUC-Rio: DEM

Estatísticas não são medida incerteza Significado: as estatísticas tem significados diferentes Melhor aproximação de X por uma constante: esperança. Erro da aproximação: variância

A variância e coeficiente de variação estão relacionados com erros, respectivamente, absoluto e relativo.

Como veremos, se entropia é considerado a medida de incerteza, σ 2 and δ = σ /µ não são medidas de incerteza. PUC-Rio: DEM

Estatísticas não são medida incerteza

Exemplos: 1

densidade bimodal

2

densidade Gaussiana

3

densidade Gama

PUC-Rio: DEM

Exemplo: densidade bimodal Família de v.a. contínuas, parametrizadas por d, com densidade bimodal pd simetricamente distribuída em torno da esperança µ .

  1, pd (x) = 1,   0,

x ∈ [µ − (d/2) − (1/2) , µ − (d/2)] , x ∈ [µ + (d/2) , µ + (d/2) + (1/2)] , em todos os outros casos. PUC-Rio: DEM

Exemplo: densidade bimodal Variância: Entropia:

σd2 = E[(X − µ )2 ] = ηd = −

Z ∞

−∞

1 (3d2 + 3d + 1) 12

pd (x) ln pd (x) dx = 0

Para um valor fixo µ , a medida que d cresce,

σd2 e δd = σ /µ (µ 6= 0) crescem. ηd permanece constante.

Podemos variar σd2 e δd = σ /µ independentemente com entropia fixa.

PUC-Rio: DEM

Exemplo: densidade Gaussiana Família de v.a. contínuas, parametrizadas por µ , com densidade Gaussiana pµ (x) = √ Entropia:

ηµ = −

Z ∞

−∞

1 2σ 2 π

− (x−µ2)

e

p(x) ln p(x) dx =

2



.

1 ln (2σ 2 π e ) 2

A esperança µ não entra na fórmula final da entropia. Todas as Gaussianas com a mesma σ 2 tem a mesma entropia. Uma translação muda µ e δµ = σ /µ , mas não altera o valor de ηµ .

PUC-Rio: DEM

Exemplo: densidade Gama Família de v.a. contínuas X com densidade Gama p(x) =

x 1 xk − 1 e− θ , k Γ(k)θ

com k > 0 e θ > 0. Esperança:

µ = kθ

Variância:

σ 2 = kθ 2

Entropia:

η = k + ln θ + ln[Γ(k)] + (1 − k)ψ (k)

onde ψ é a função digama.

PUC-Rio: DEM

Exemplo: densidade Gama

Quando µ = 1.0, η decresce a medida que σ 2 cresce. Quando µ = 3.0 − para σ 2 < 9.0, η cresce a medida que σ 2 cresce; − para σ 2 > 9.0, η decresce a medida que σ 2 cresce. Entropia and σ 2 podem não variar no mesmo sentido. PUC-Rio: DEM

Quantificação de incertezas Conclusões: Ao contrário do que diz a literatura, incertezas não são caracterizadas por estatísticas. − Dimensão. − Significado.

Aparentemente, incerteza é dada pela própria distribuição de probabilidade. Uma redução não parece ser possível. Há incerteza quanto a quantificação de incerteza!

PUC-Rio: DEM

Transformação de um objeto aleatório

PUC-Rio: DEM

Transformação de um objeto aleatório

Problema: Soma de variáveis aleatórias Seja um vetor aleatório X =



X1 X2



com densidade pX .

Determine a densidade de probabilidade da v.a. que é a soma das componentes, Z = X1 + X2 .

PUC-Rio: DEM

Soma de variáveis aleatórias A distribuição cumulativa de Z = X1 + X2 é:

Pr(Z ≤ z) = Pr(X1 + X2 ≤ z) = =

Z ∞Z z

−∞ −∞

Z ∞ Z z−x2 −∞ −∞

pX (x1 , x2 )dx1 dx2

pX (v − x2 , x2 )dvdx2

onde foi feita a substituição x1 = v − x2 . Mudando a ordem de integração e derivando:

Pr(Z ≤ z) = pZ (z) =

Z ∞Z z

−∞ −∞

Z z

−∞

pX (v − x2 , x2 )dydv

pX (v − x2 , x2 )dy

PUC-Rio: DEM

Soma de variáveis aleatórias pZ (z) =

Z z

−∞

pX (v − x2 , x2 )dx2

Caso X1 e X2 sejam dependentes: pZ (z) =

Z z

−∞

pX (v − x2 , x2 )dx2

=⇒ Densidade conjunta!

Caso X1 e X2 sejam independentes: pX (x1 , x2 ) = pX1 (x1 ) pX2 (x2 )

pZ (z) =

Z z

−∞

pX1 (v−x2 )pX2 (x2 )dx2 =⇒ Convolução das marginais! PUC-Rio: DEM

Exemplo Seja X um vetor de  componentes X1 e X2 independentes |X2 | se X1 ≥ 0 N (0, 1). Seja Z = . −|X2 | se X1 < 0 Vamos calcular a distribuição de Z: Caso z < 0 PZ (z) = Pr(Z ≤ z) = Pr(X1 < 0, −|X2 | ≤ z)

= Pr(X1 < 0)[Pr(X2 ≤ z) + Pr(X2 ≥ −z)] 1 = [2 Pr(X2 ≤ z)] = Pr(X2 ≤ z) = PX2 (z) 2

Caso z ≥ 0

PZ (z) = Pr(Z ≤ z) = Pr(X1 ≥ 0, |X2 | ≤ z)

= Pr(X1 ≥ 0)[Pr(X2 ≤ z) + Pr(X2 ≥ −z)] 1 = [2 Pr(X2 ≤ z)] = Pr(X2 ≤ z) = PX2 (z) 2 PUC-Rio: DEM

Exemplo

A distribuição de Z é a mesma que a de X1 , pois as probabilidades coincidem ∀z ∈ R.

X1 , X2 , Z têm a mesma densidade de probabilidade, N (0, 1). Porém X1 e Z não são independentes já que têm sempre o mesmo sinal.

PUC-Rio: DEM

Exemplo Geração de 10, 000 amostras do vetor aleatório X = X1 0.5





X1 X2

X2 N (0, 1)

0.5

0.4

0.4

0.3

0.3

0.2

0.2

0.1

0.1

0

N (0, 1)

0 −5

0 x1

5

−5

0 x2

5 Z

0.5

N (0, 1)

0.4

Histograma de Z construído com as amostras de X:

0.3 0.2 0.1 0 −5

PUC-Rio: DEM

0 z

5

.

Exemplo Scatter plot das 10, 000 amostras.

4

z

2 0

−2 −4 −4

−2

0

x1

2

PUC-Rio: DEM

4

Exemplo

Soma de variáveis aleatórias normais: X1 + X2 (independentes) 0.4

N (0, 2)

X1 + Z (dependentes) 0.4

0.3

0.3

0.2

0.2

0.1

0.1

0

0 −5

0 x1 + x2

5

−5

PUC-Rio: DEM

0 x1 + z

5

O que seria propagação de incerteza?

Saída:

Entrada:

objeto aleatório

Transformação

objeto aleatório Incerteza na saída

Incerteza na entrada

PUC-Rio: DEM

O que seria propagação de incerteza?

O que diz a literatura? Propagação de incerteza é determinar como a incerteza na resposta de um sistema é afetada pelas incertezas na entrada.

Obviamente, antes de tudo, é necessário quantificar as incertezas da entrada e saída.

PUC-Rio: DEM

O que seria propagação de incerteza?

Medidas usadas na literatura: medida na entrada: coeficiente de variação medida na saída: gráfico envelope (média e variância)

medida na entrada: coeficiente de variação; medida na saída: gráfico da entropia.

PUC-Rio: DEM

O que seria propagação de incerteza? Exemplo do que é feito na literatura: Equação de movimento: m x¨ (t) + k x(t) = 0 , x(0) = 1 m ,

Solução com m = 1.0 kg: √ x(t) = cos ( kt) . Modelo matemático.

PUC-Rio: DEM

x˙ (0) = 0 m/s.

O que seria propagação de incerteza? Saída:

Entrada:

Transformação

é v.a. discreta

processo estocástico

Função de massa Bernoulli:

Para t > 0, X (t) tem distribuição de Bernoulli. p(K = 1, X (t) = cos (t)) = 1/2 p(K =

π2 π , X (t) = cos ( t)) = 1/2 4 2 PUC-Rio: DEM

O que seria propagação de incerteza?

Entrada: K

σK2 ≈ 0.53 coeficiênte de variação: entropia: ηK ≈ 0.69 variância:

δK =

σK µK

≈ 0.42

Saída: X

µX (t) = 21 cos (t) + 12 cos ( π2 t)  2 variância: σX2 (t) = 41 cos (t) − cos ( π2 t)    entropia: ηX (t) = − 21 ln 12 + 21 ln 12 ≈ 0.69 esperança:

PUC-Rio: DEM

O que seria propagação de incerteza?

Gráfico envelope × gráfico da entropia µX ± σX µX

1.5

2 1.5

Entropia

Envelope

1 0.5 0 −0.5

0.5 0

−1 −1.5 0

1

5

10

15

20

−0.5 0

t [s]

5

10

t [s]

PUC-Rio: DEM

15

20

O que seria propagação de incerteza? Exemplo do que é feito na literatura: Equação de movimento: m x¨ (t) + k x(t) = f (t) , x(0) = 1 m ,

Solução com m = 1.0 kg e f (t) = t: √ t x(t) = cos ( kt) + . k Modelo matemático.

PUC-Rio: DEM

x˙ (0) = 0 m/s.

O que seria propagação de incerteza? Saída:

Entrada:

Transformação

é v.a. discreta

processo estocástico

Função de massa Bernoulli:

Para t > 0, X (t) tem distribuição de Bernoulli. p(K = 1, X (t) = cos (t)) = 1/2 p(K =

π2 π , X (t) = cos ( t)) = 1/2 4 2 PUC-Rio: DEM

O que seria propagação de incerteza? Entrada: K

σK2 ≈ 0.53 coeficiênte de variação: entropia: ηK ≈ 0.69 variância:

Saída: X

esperança:

δK =

σK µK

≈ 0.42

µX (t) = 21 (cos (t) + t + cos ( π2 t) + π4t2 )

variância: σX2 (t) = n n o2 o2 πt cos ( π2t ) cos (t) t 2t 2t t 1 cos (t) 1 cos ( 2 ) + − − + − − + 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 π π  1  1 1 1 entropia: ηX (t) = − 2 ln 2 + 2 ln 2 ≈ 0.69 PUC-Rio: DEM

O que seria propagação de incerteza?

Gráfico envelope × gráfico da entropia µX ± σX µX

2

15

1.5

Entropia

Envelope graph

20

10 5 0 −5 0

1 0.5 0

5

10

15

20

−0.5 0

t [s]

5

10

t [s]

PUC-Rio: DEM

15

20

O que seria propagação de incerteza? Gráfico da variância × gráfico do coeficiente de variação 50

4

40

3

δX (t)

2 (t) σX

30 20

1

10 0 0

2

5

10

15

20

0 0

t [s]

5

10

15

20

t [s]

As estratégias que aparecem na literatura para medir propagação de incerteza são incoerentes. PUC-Rio: DEM

Transformação de um objeto aleatório

Entrada:

Transformação simples

Saída:

objeto aleatório

objeto aleatório Modelo probabilístico

Entrada:

Modelo probabilístico (obtido analiticamente) Transformação complicada

Saída:

objeto aleatório

objeto aleatório Modelo probabilístico

Modelo probabilístico Uma alternativa: modelo estatístico PUC-Rio: DEM

Método de Monte Carlo Fixado um erro:

Sampaio, R. e Lima, R. Modelagem Estocástica e Geração de Amostras de Variáveis e Vetores Aleatórios. Notas de Matemática Aplicada, SBMAC, vol.70, 2012. PUC-Rio: DEM

Método de Monte Carlo

No Método de Monte Carlo é fundamental:

construir um modelo probabilístico para entrada; gerar amostras do objeto aleatório da entrada; construir um modelo estatístico para a resposta.

PUC-Rio: DEM

Construção de um modelo estatístico

PUC-Rio: DEM

Construção de um modelo estatístico Dadas realizações x(1) , x(2) , . . . , x(m) de uma v.a. X, pode-se estimar valores para estatísticas de X.

µˆ X =

1 m (i) ∑x m i=1

1

Esperança amostral:

2

Variância amostral:

3

Desvio padrão amostral:

4

Momento de ordem k amostral:

5

Histograma

σˆ2 X =

2 1 m (i) ∑ (x − µˆ X ) m − 1 i=1

σˆ X

1 m (i) k ∑ (x ) m i=1

PUC-Rio: DEM

Construção de um modelo probabilístico Como construir um modelo probabilístico?

Quando muitas realizações do objeto aleatório são conhecidas, estima-se a pdf através do histograma normalizado. − Dificuldade: dimensão elevada do objetos aleatórios • Vetores aleatórios • Processos estocásticos Quando poucas (ou nenhuma) realizações são conhecidas, o que é feito na literatura? Princípio da Máxima Entropia (PEM). PUC-Rio: DEM

Construção de um modelo probabilístico

Porque usar o Princípio da Máxima Entropia? Dúvidas: 1

a distribuição dada pelo princípio não é necessariamente a verdadeira;

2

não garante máxima entropia na resposta.

PUC-Rio: DEM

Construção de um modelo probabilístico Exemplo de que o PEM não garante máxima entropia na resposta: Considere a transformação da v.a. X:

Y(X) =



0, 1,

se X ≤ 3/2 se X > 3/2

Dois possíveis modelos probabilísticos para X: uniforme em [0, 2] (máxima entropia); não-uniforme em [0, 2].

PUC-Rio: DEM

Construção de um modelo probabilístico Exemplo do Princípio da Máxima Entropia: Entrada:

Saída:

Transformação

Modelo probabilístico de

Modelo probabilístico de

Máxima entropia , prob. , prob.

Máxima entropia , prob. , prob.

PUC-Rio: DEM

A mensagem

Modelagem estocástica é uma área madura. Exemplos são mecânica estatística e mecânia quântica. Quantificação de incertezas e progação de incertezas ainda estão na infância.

PUC-Rio: DEM

Material adicional: artigos

PUC-Rio: DEM

Material adicional: slides

Minicurso no Uncertainties 2016 (Partes 1 e 2)

Slides de uma apresentação no CNMAC 2016

PUC-Rio: DEM

Material adicional: livros publicados/em preparação 2012

SBMAC vol. 66

2012

SBMAC vol. 70 PUC-Rio: DEM

2014

Próximos eventos

PUC-Rio: DEM

Fundamentos de probabilidade Rubens Sampaio

Roberta Lima

[email protected]

[email protected]

Departamento de Engenharia Mecânica

LNCC - Programa de Verão 2017 PUC-Rio: DEM

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