Fundamentos economicos 1

Aluna: Renata Cyrne Braga Ferreira Professor: Rubens B. de Camargo
Disciplina: Fundamentos Econômicos da Educação Fichamento: 1 17/03/2014
O Capital – Karl Marx
Capítulo I – A Mercadoria
OS DOIS FATORES DA MERCADORIA: VALOR-DE-USO E VALOR (SUBSTÂNCIA E QUANTIDADE DO VALOR)
Riqueza: grande acumulo de mercadoria.
Mercadoria: um objeto, ou coisa que satisfaça a necessidade do homem (forma elementar da riqueza).
Valor-de-uso (um bem): algo que possui utilidade, constitui o conteúdo material da riqueza e sempre tem como pressuposto uma quantidade definida.
Valor-de-troca: está presente na relação quantitativa entre valores-de-uso de espécies diferentes, na proporção em que se trocam, relação que muda constantemente no tempo e no espaço (só pode diferir na quantidade).
Se separarmos o conteúdo material (o bem) da mercadoria, encontraríamos o "produto do trabalho", mas ao fazer essa distinção do valor-de-uso, o caráter útil dos produtos do trabalho (a relação mesa - marceneiro) também desaparece e não há mais diferentes formas de trabalho concreto, apenas o trabalho humano abstrato.
Valor (valor da mercadoria): força de trabalho humana gasta na produção, ou Trabalho humano em geral (valor utilizado nas permutas ou valor-de-troca).

" Um valor-de-uso ou um bem só possui, portanto, valor, porque nele está corporificado, materializado, trabalho humano abstrato " pag 45

Trabalho = "Substância criadora de valor" => O Trabalho é igual ao trabalho humano homogêneo, dispêndio de idêntica força de trabalho.
Força de trabalho da sociedade é igual força de trabalho unida, mesmo que constituída por várias forças de trabalhos individuais, é uma força média de trabalho social.
 A quantidade de trabalho é medida pela seu tempo de duração.
Tempo de duração é um tempo de trabalho em média necessário ou socialmente necessário para produzir a mercadoria.
A grandeza do valor da mercadoria está associada pela quantidade de trabalho socialmente necessário ou o tempo socialmente necessário para a produção de um valor-de-uso. Logo, esse valor muda com a variação da produtividade do trabalho.
A grandeza do valor de uma mercadoria é diretamente proporcional a quantidade de trabalho nela utilizada, e inversamente proporcional à produtividade do trabalho.

O DUPLO CARÁTER DO TRABALHO MATERIALIZADO NA MERCADORIA
Trabalho humano simples: é o gasto de força de trabalho humano em geral. Medido pelo gasto de força, onde é feito uma média da força gasta por homens comuns e sem educação especial.
Trabalho útil: trabalho cuja a utilidade mostra-se no valor-de-uso do seu produto ou cujo o produto é um valor-de-uso.
Trabalhos úteis diversos podem ser classificados por ordem, gênero, espécie, subespécie e variedade.

A FORMA DO VALOR OU VALOR-DE-TROCA
Mercadoria são ao mesmo tempo objetos úteis e veículos de valor.
A FORMA SIMPLES, SINGULAR, OU FORTUITA DO VALOR
É a simples relação de valor estabelecida por duas mercadorias de espécies distintas.

Os dois polos da expressão do valor: a forma relativa do valor e a forma de equivalente
Em uma expressão que relaciona o valor de duas mercadorias de espécies distintas, sempre haverá uma mercadoria com papel ativo, que será apresentada pelo valor relativo (a forma relativa), e a outra mercadoria com um papel passivo, que será apresentada por um valor equivalente (a forma equivalente).
A forma relativa do valor
O que significa: por meio da relação de valor, a forma natural de uma mercadoria X torna-se a forma do valor de outra mercadoria Y, de espécie distinta. Ao relacionar-se com a mercadoria X como figura do valor, materialização de trabalho humano, a mercadoria X faz do valor-de-uso de X o material de sua própria expressão de valor. O valor da mercadoria Y, ao ser expresso pelo valor-de-uso da mercadoria X, assume a forma relativa.
Determinação quantitativa da forma relativa do valor: a exata variação da magnitude do valor, muitas vezes, não é obtida de forma simples e clara em pela equação que expressa a magnitude do valor relativo. Pois podem haver três tipos de variação:
O valor relativo de uma mercadoria pode variar, mas seu valor permanecer constante;
O valor relativo de uma mercadoria permanecer constante, mas o valor variar;
Tanto o valor relativo da mercadoria, quanto o seu valor podem sofrer variações de magnitudes diferentes.
A forma de equivalente
O valor-de-uso se torna a forma de manifestação do seu contrário, ou seja, do valor.
Trabalho concreto torna-se forma de manifestação de seu contrário, trabalho humano abstrato.
Torna-se o trabalho privado a forma do seu contrário, trabalho em forma diretamente social.
A forma simples do valor, em seu conjunto
A forma simples do valor está contida na relação de valor ou de troca com outra mercadoria diferente.

FORMA TOTAL OU EXTENSIVA DO VALOR
O valor da mercadoria passa a ser expresso pela relação de várias mercadorias de espécies distintas.

Forma extensiva do valor relativo
Fica evidente que não é a troca que regula a magnitude do valor da mercadoria, mas a magnitude do valor da mercadoria que regula as relações de troca.
A forma de equivalente particular
É a forma natural de cada uma das mercadorias, em relação as demais.
Defeitos da forma total ou extensiva do valor
Fica incompleta, pois nunca termina a série que a representa;
É um conjunto de expressões de valor desconexas
Falta uma forma unitária de manifestação do trabalho humano

FORMA GERAL DO VALOR
As mercadorias passam a expressar seus valores de maneira simples, através de uma única mercadoria e de igual modo.
Mudança do caráter da forma do valor
É a forma que primeiro relaciona as mercadorias, como valores, umas com as outras, fazendo-as revelarem-se, reciprocamente, valores-de-troca;
A forma geral do valor relativo do mundo das mercadorias fixa à mercadoria eleita equivalente, como o caráter de equivalente geral.
Torna os produtos do trabalho, mera massa de trabalho humano abstrato, em expressão social do mundo das mercadorias. Evidenciando que o caráter social especifico desse mundo é constituído pelo caráter humano geral do trabalho.
Desenvolvimento do número da forma relativa do valor e da forma de equivalente
A forma de equivalente desenvolve-se de acordo com o grau de progresso da forma relativa do valor, sendo apenas expressão e resultado do desenvolvimento da forma relativa de valor.
Uma espécie particular de mercadoria recebe a forma de equivalente geral, em virtude de todas as outras mercadorias converterem-na em material da forma única e geral de valor que consagram.
Transição da forma geral do valor para a forma dinheiro
A forma equivalente geral é igual a forma de valor.
Uma mercadoria, que a forma natural se identifica socialmente a forma equivalente, torna-se mercadoria-dinheiro, isso é, funciona como dinheiro.
Uma determinada mercadoria adquire a forma unitária do valor relativo do mundo das mercadorias, consistência objetiva e validade social universal quando desempenha o papel de equivalente universal.

FORMA DINHEIRO DO VALOR
O ouro assume o lugar da mercadoria de forma equivalente geral, se tornando o equivalente geral;
Quando a forma geral do valor se transforma em forma dinheiro do valor, é possível converter mercadoria-dinheiro.
O fetichismo da mercadoria: seu segredo
A mercadoria é misteriosa por que esconde as características sociais do próprio trabalho dos homens, revelando-as como características materiais e propriedades sociais inerentes aos produtos do trabalho. Isso é, por encobrir a relação social entre os trabalhos individuais dos produtores e o trabalho total.
Por mais diferentes que os trabalhos úteis sejam, são considerados essencialmente dispêndio do cérebro, dos nervos, músculos, sentidos, etc.
O fator que determina a grandeza do valor, ou seja, a duração do dispêndio de energia ou a quantidade de trabalho, é, claramente, possível separar a quantidade da qualidade de trabalho.
Se os homens trabalhem uns paras os outro, não importando o modo, o trabalho adquire uma forma social.
Para as pessoas que trocam os produtos, o que interessa, na prática, é saber quanto de outras mercadorias podem receber pela sua, e qual a proporção dessa troca.