GENEALOGIA DE UM GENEALOGISTA

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Revista Lusófona de Genealogia e Heráldica n.º 8

GENEALOGIA DE UM GENEALOGISTA Paulo Duarte de Almeida1 António Machado de Faria, ou António Machado de Faria de Pina Cabral, como também é conhecido, é um dos nomes mais importantes da genealogia e da heráldica do século XX português. A ele se devem trabalhos tão relevantes como os estudos introdutórios da edição fac-similada e comentada do Livro do Armeiro-mor (1956), do Livro de Linhagens do séc. XVI (1956), ou o Armorial Lusitano (1961). O rigor e qualidade dos seus estudos valeram-lhe alguns prémios: com a Crónica do Condestável D. Nuno Álvares Pereira recebeu o “Prémio Augusto Botelho da Costa Veiga” (1973) e, três anos mais tarde, recebeu o “Prémio de História Calouste Gulbenkian” com as suas Memórias da Europa escritas em 1416 por um viajante português. Embora ao longo da sua vida tenha publicado cerca de quatro dezenas de títulos, entre os quais algumas genealogias da Beira Alta2, de onde era originária a sua família paterna, António Machado de Faria nunca publicou qualquer estudo sobre a sua ascendência, embora a conhecesse bem, como comprova uma nota biográfica sobre o seu avô paterno, manuscrito da sua autoria, que conservo na minha posse e a que me referirei mais à frente. O facto de, tal como eu, ter as suas raízes na Lageosa do Mondego e os múltiplos parentescos que nos unem levam-me a publicar estes subsídios para o estudo da sua genealogia. Com este trabalho, pretendo homenagear António Machado de Faria e, ao mesmo tempo, contribuir para o conhecimento de mais um ramo da frondosa árvore genealógica dos Cabrais de Celorico da Beira. As referências bibliográficas são indicadas nas notas de rodapé e suprimi as referências à localização dos assentos dos registos paroquiais para não sobrecarregar o texto, já que, através da indicação da freguesia e da data, será fácil a qualquer interessado localizar os ditos assentos. 1. António Machado de Faria de Pina Cabral3 nasceu na Rua Treze de Maio, n.º 72, em Campos de Goitacazes, Rio de Janeiro, a 18.05.18984. Tendo apenas 7 anos quando

Licenciado em Línguas e Literaturas Modernas e mestre em Literatura Portuguesa Clássica (FLUC). Professor. Membro do Gabinete de Estudos de Genealogia e Heráldica da Universidade Lusófona do Porto. [email protected] 2 Nomeadamente Gente da Beira. 3 Para informações biobibliográficas sobre António Machado de Faria, ver: Anuário Genealógico Latino, ano IV (1952), p. 220; Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira, vol. X, p. 913; Fernando Calapez Corrêa, “«Documento» de António Machado de Faria”, in Armas e Troféus – Revista de História, Heráldica, Genealogia e Arte, IV série, tomo V, 1993 (Jan.-Dez.), n.os 1, 2 e 3, pp. 103-105; Maria-João Nogueira Ferrão Vieira Craigie, Dicionário de Bibliografia para Genealogistas, Lisboa, Dislivro Histórica, 2006, vol. I, pp. 246-248. Devo o conhecimento do artigo de Fernando Calapez Corrêa ao meu Amigo e ilustre genealogista Dr. Lourenço Correia de Matos, a quem muito agradeço. 1

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seu pai morreu, regressou a Portugal com sua mãe e sua tia e madrinha D. Elisa Machado de Faria da Costa Veiga, em cuja companhia passou grande parte da sua infância e juventude. Instalaram-se em Coimbra, na casa que seu pai possuía aos Arcos do Jardim, e nesta cidade António Machado de Faria tirou o curso complementar de Ciências no Liceu José Falcão, tendo frequentado, depois, o curso consular no Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras de Lisboa. Foi emancipado por sua mãe em 1916. Tendo-se dedicado, desde muito novo, à investigação histórica, foi admitido como sócio efetivo da Associação dos Arqueólogos Portugueses, a 27.03.1928, sendo elevado à categoria de titular, a 19.04.1929. Nessa instituição, desempenhou vários cargos e funções, tendo sido conservador do seu Arquivo Histórico, secretário da Direção e secretário-geral por várias vezes. Foi vogal da Comissão dos Arquivos Diplomáticos Portugueses na qualidade de delegado da Associação dos Arqueólogos Portugueses; sócio efetivo do Instituto Português de Heráldica e correspondente do Centro de Estudos Arqueológicos do Rio de Janeiro e da Academia Sevillana de Buenas Letras (1937). Foi admitido como Académico Correspondente da Academia Portuguesa de História (portaria de 25.07.1938), tendo ascendido a Académico de Número (28.03.1962), ocupando a Cadeira n.º 3, e a Académico de Mérito (16.06.1978)5. Da sua actividade na Academia Portuguesa de História há a registar a apresentação de 13 comunicações em sessões de trabalho da Academia e a participação com 11 trabalhos em publicações da instituição6. Muitos dos seus estudos e artigos foram publicados em publicações periódicas, nomeadamente: Arqueologia e História, Trabalhos da Associação dos Arqueólogos Portugueses, Tombo Histórico e Genealógico de Portugal, Arquivo Histórico de Portugal, Nação portuguesa, Miscelânea, Feira da Ladra, Arquivo de Documentos Históricos, Revista Portuguesa, Brotéria, Armas e Trofeus, Boletim Oficial da Junta da Província do Baixo Alentejo, Anais das Bibliotecas e Arquivos, Anais da União dos Amigos dos Monumentos da Ordem de Cristo, Boletim da Junta Nacional da Cortiça, e nos jornais: Correio de Coimbra, Século, Revolução e Voz. Em 1932, fundou com José da Cunha Saraiva a revista de cultura Arquivo Histórico de Portugal, que dirigiram conjuntamente até 1936, ficando desde então como seu único diretor e proprietário. Foi colaborador e responsável pelo gabinete de heráldica da Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira. Casou no Porto, a 30.09.1926, com D. Teresa Dulce da Silva Gouveia, que nasceu naquela cidade, na freguesia de St.º Ildefonso, a 24.01.1895, tendo aí sido baptizada a 18.04.1895 (padrinhos Afonso Mendes Jácome, negociante, e sua mulher D. Teresa Tavares Jácome); e faleceu na freguesia de S.ª Senhora de Fátima, Lisboa, a 21.12.1967. Filha de José da Fonseca Barbosa e Gouveia, natural de Gouveia, negociante, e de sua mulher D. Maria Antónia da Silva, natural da freguesia de St.ª Maria, Celorico da Beira (recebidos em Gouveia, S. Julião). Neta paterna de Bernardo da Fonseca e de D. Rita da Conceição Barbosa. Neta materna de D. Maria Carlota da Silva. Deste casamento nasceu D. Maria Cândida Gouveia Machado Faria Pina Cabral, nascida na freguesia de Aldoar, Porto, a 03.02.1928, e falecida na freguesia do Campo Grande, Lisboa, a 04.01.1978. Tal como consta da transcrição do seu registo de nascimento constante do seu processo de emancipação (Arquivo da Universidade de Coimbra, Dep. II, Sec. II-E, Est. 11, Tab. 2, n.º 4). 5 Fernando Calapez Corrêa, op. cit., p. 103. 6 Idem, ibidem. 4

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António Machado de Faria faleceu na Casa do Cruzeiro, no lugar da Guarda, em Moreira da Maia, a 27.04.1985. Ainda em sua vida, reuniu as cerca de 17 000 folhas que constituem o fruto da sua investigação nos arquivos nacionais e mandou encaderná-las em volumes de aproximadamente 350 folhas cada, perfazendo 49 volumes a que deu o título de “Documentos”. Trata-se essencialmente de notas do investigador e de transcrição de documentos dos vários núcleos do Arquivo Nacional da Torre do Tombo. Os “Documentos” encontram-se na Biblioteca da Academia Portuguesa de História, constituindo a Biblioteca António Machado de Faria. Em 1993, Fernando Calapez Corrêa, no artigo já citado, informava que se estava a proceder a uma inventariação em ficha dos “Documentos”, apresentando até exemplos de algumas delas7. Infelizmente, o trabalho não deve ter sido concluído, pois fui informado pela instituição que o espólio de António Machado de Faria se encontra ainda por inventariar e, por isso, não pode ser consultado. Seria muito bom que a Academia Portuguesa de História arranjasse meios para tratar convenientemente esta documentação, fruto de muitos anos de aturada investigação, e que, recorrendo aos meios digitais que felizmente se encontram hoje ao nosso alcance, a disponibilizasse ao público em geral. Seria, com toda a certeza, essa a vontade de António Machado de Faria e a mais bonita forma de homenagear o seu trabalho. Pais 2. Afonso Machado de Faria8 nasceu na Lageosa do Mondego, concelho de Celorico da Beira, a 11.04.1850 e aí foi baptizado no dia 25 do mesmo mês (padrinhos Francisco Machado de Faria, seu avô paterno, e sua prima D. Maria Luísa [Mendes de Almeida de Brito e Faro])9. Foi para o Brasil, mais concretamente para Campos de Goitacazes, no Rio Idem, pp. 104-105. Irmão de: 1. D. Maria Luísa Mendes de Pina, nascida na Lageosa do Mondego, a 18.07.1842 e aí baptizada no dia 27 do mesmo mês (padrinhos Francisco Machado de Faria e D. Maria Luísa de Almeida, avô e prima da baptizada). Casou na mesma freguesia, a 12.08.1861 (testemunhas o Dr. Bernardino Freire Castelo-Branco de Abreu Mascarenhas e D. Maria Luísa de Almeida de Brito e Faro), com José Inácio de Sequeira, natural da freguesia de Torres, Trancoso. Filho de Inácia Maria de Andrade, nascida na mesma freguesia e aí baptizada a 26.11.1790 (padrinhos Manuel e Maria, ambos solteiros, filhos de Francisco José Tavares, todos de Torres). Neto materno de João Bernardo de Andrade, também de Torres, e de sua mulher Maria da Conceição, de Soutomaior, do mesmo concelho de Trancoso, o qual João Bernardo era irmão do meu 5.º avô António Bernardo de Andrade, nascido na mesma freguesia de Torres em 1780, ambos filhos de Bernardo de Andrade da Cruz e de Josefa Maria, recebidos na mesma freguesia de Torres, a 06.05.1759. 2. D. Eduarda, nascida na mesma freguesia, a 23.06.1844 e aí baptizada no dia 3 do mês seguintes (padrinhos Francisco Machado de Faria e D. Maria Luísa de Almeida). 3. Adelino, nascido na mesma freguesia, a 25.12.1845 e aí baptizado no dia 5 do mês e ano seguintes (padrinhos o avô paterno e D. Luísa). 4. Alípio, nascido na mesma freguesia a 13.04.1847 e aí baptizado no dia 25 do mesmo mês (padrinhos o avô paterno e D. Luísa) 5. D. Maria do Carmo Machado de Faria, nascida na mesma freguesia, a 10.10.1848 e aí baptizada no dia 30 do mesmo mês (padrinhos Francisco Machado de Faria e D. Maria Luísa). Não sei quando faleceu, mas os seus restos 7 8

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de Janeiro, onde se estabeleceu como comerciante, tendo sido também diretor de uma fábrica de tecidos. Foi proprietário de uma casa sita aos Arcos do Jardim (hoje Bairro de Sousa Pinto), n.º 33, freguesia da Sé Nova, em Coimbra, onde hoje está instalada uma república de estudantes. Faleceu, solteiro, em Campos de Goitacazes, Rio de Janeiro, em Fevereiro de 1905, tendo sido trasladado para o jazigo de seu filho no Cemitério da Conchada, em Coimbra, a 20.03.1911. 3. D. Maria da Natividade de Matos, natural de S. Paulo de Frades, Coimbra, onde terá nascido a 08.12.186810. Não sei quando faleceu, mas os seus restos mortais foram inumados no jazigo de seu filho, a 29.08.1953.

mortais foram inumados no jazigo de seu sobrinho, no cemitério da Conchada, em Coimbra, a 03.06.1936. Casou com António Maria Leite de Albuquerque, de Coimbra, cidade onde moraram. Filhos: 5.1. D. Maria das Dores Machado de Faria Leite de Albuquerque 5.2. Afonso Leite de Albuquerque não sei quando faleceu, mas os seus restos mortais foram inumados no jazigo de seu primo, a 20.03.1911. 6. António Machado de Faria, nascido na mesma freguesia, a 11.03.1852 e aí baptizado no dia 3 do mês seguinte (padrinhos Francisco Machado de Faria e N.ª Senhora do Rosário). Em 1918, era viúvo, proprietário e vivia em Coimbra, no Bairro de S. José, n.º 25. Não sei quando faleceu, mas os seus restos mortais foram inumados no jazigo de seu sobrinho, a 28.03.1944. 7. D. Elisa Machado de Faria, nascida na mesma freguesia a 11.04.1854 e aí baptizada no dia 4 do mês seguinte (padrinhos o avô paterno e D. Maria Luísa). Fez testamento em Coimbra a 04.11.1920. Faleceu na mesma cidade, a 04.02.1925, tendo sido sepultada no Cemitério da Conchada, tendo depois os seus restos mortais sido trasladados para o jazigo de seu sobrinho, a 07.07.1936. Casou com seu parente Abel de Melo da Costa Veiga, nascido na Lageosa e falecido em Coimbra, a 20.12.1916, tendo sido enterrado no cemitério da Conchada, tendo os seus restos mortais sido trasladados para o jazigo de seu sobrinho a 20.09.1945. Filho de Manuel da Costa Veiga (primo direito do 1.º Barão da Costa Veiga) e de sua mulher D. Maria Joaquina de Melo (recebidos na Lageosa, a 17.11.1851). Neto paterno de Roque José Vaz da Costa Veiga e de D. Bárbara Margarida Pais do Amaral da Costa e Silva. Neto materno de Joaquim de Melo, nascido na Lageosa do Mondego, a 31.12.1785, e de sua mulher D. Francisca da Fonseca, natural da freguesia da Ratoeira. Por seu avô materno, Abel de Melo da Costa Veiga descendia dos Melos e Eça do Souto de Penedono e era 5.º neto de António Lopes e de sua mulher Isabel Martins, da Lageosa do Mondego, meus 8.os avós, adiante referidos. S.g.Para a família Costa Veiga, v. António Duarte de Almeida Veiga, Midões e o seu velho município, 1911. 8. D. Palmira, nascida na mesma freguesia, a 21.02.1858 e aí baptizada no dia 17 do mês seguinte (padrinhos Francisco Machado de Faria e D. Maria Luísa). 9 D. Maria Luísa era filha do Dr. Lourenço Justiniano do Couto e Brito da Costa e Faro e de sua mulher D. Maria José Mendes de Almeida da Cunha Botelho. Neta materna do Dr. António Mendes de Almeida (parente dos Viscondes da Lageosa, sobre cuja família também estou a preparar um trabalho a publicar brevemente) e de sua mulher D. Maria Bárbara Machado de Faria, sendo esta filha de Agostinho José Gomes e de Maria Josefa de Faria, trisavós de António Machado de Faria, adiante referidos. Para a ascendência do Dr. Lourenço Justiniano, v. Pedro de Brito e Faro e Gonçalo Bandeira Calheiros, Costa e Faro – genealogia de uma família da Beira, Porto, Instituto de Genealogia e Heráldica da Universidade Lusófona do Porto, 2010, p. 39. 10 No Anuário Genealógico Latino, ano IV (1952), p. 220, diz-se que era natural da freguesia de S. Pedro de Frades, concelho de Coimbra, mas tal freguesia nunca existiu, sendo a freguesia correcta referida no assento de casamento de seu filho. Feitas as devidas buscas, o seu assento de baptismo não foi localizado.

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António Machado de Faria, com seu pai e sua tia D. Elisa (1903).

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Desenho da casa que pertenceu a António Machado de Faria, aos Arcos do Jardim, em Coimbra. 124

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Avós 4. António Machado de Faria nasceu na Lageosa do Mondego, a 12.12.1817, tendo sido baptizado no dia 19 do mesmo mês (padrinhos o Dr. António Mendes de Almeida e sua filha D. Maria José Mendes de Almeida Botelho da Cunha, prima do baptizado). Proprietário. Guardo uma nota manuscrita, da autoria de António Machado de Faria de Pina Cabral, sobre o seu avô paterno que, pelas informações genealógicas que contém, julgo interessante reproduzir e transcrever: “António Machado de Faria, proprietário, nascido a 12 de Dezembro de 181411, na Lageosa, concelho de Celorico da Beira, filho de Francisco Machado de Faria Saraiva12 e de D. Clara Mendes de Almeida do Nascimento, descendendo por ambos do ramo dos Cabrais que passou de Belmonte à Lageosa e foi tronco das mais ilustres famílias da Beira. Pela parte paterna provinha dos Machados, senhores de Sandomil, Loriga e Alvoco, dos Cunhas, senhores de Tábua, dos Gouveias, senhores de Almendra e Castelo Rodrigo, dos Carvalhos Maldonados de Celorico da Beira e dos Saraivas de Sampaio, de Trancosco, etc. Recebeu-se em 11 de Novembro de 184013 com sua parenta D. Antónia Mendes de Pina, natural do Maçal do Chão, concelho de Celorico da Beira, filha de António de Pina e de D. Luiza Francisca Cortês, descendente por via paterna e materna dos mesmos Cabrais da Lageosa e, pelo pai, dos Botelhos, Pinas e Aragões, famílias principais não só do distrito da Guarda, mas da província da Beira. António Machado de Faria faleceu em Coimbra a 16 de Junho de 1896, deixando geração. Escreveu um relato genealógico da sua descendência, em verso, que se conserva manuscrito em poder de seu neto paterno e representante António Machado de Faria de Pina Cabral.”

Assinatura de António Machado de Faria.

11 O erro no ano foi lapso de António Machado de Faria. Embora o dia e o mês estejam correctos,o ano do seu nascimento foi 1817 e não 1814. 12 Embora descendesse dos Machados de Faria e dos Saraivas, não encontrei qualquer documento em que lhe fosse atribuído o apelido Saraiva. 13 Feitas as devidas pesquisas, o seu assento de casamento não foi localizado nem no Maçal do Chão nem na Lageosa do Mondego.

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Manuscrito de António Machado de Faria com dados biográficos sobre o seu avô paterno (coleção do autor). 126

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Faleceu em Coimbra, onde terá vivido na companhia de seus filhos, a 16.06.189614, tendo os seus restos mortais sido inumados no jazigo de seu neto, no Cemitério da Conchada desta cidade, a 20.03.1911. A 20.06.1896, os seus filhos mandaram publicar no jornal “O Conimbricense” o seguinte necrológio: “ANTÓNIO MACHADO DE FARIA A família de António Machado de Faria, em extremo penalizada pelo seu passamento, manda celebrar uma missa por sua alma, na egreja da Sé Nova, ás 8 horas da manhã, de segundafeira, 22 do corrente, sétimo dia do seu falecimento. Convida aos seus amigos e aos amigos do finado a assistirem a este acto da nossa religião, aos quaes ficará eternamente grata. Agradece também a todas as pessoas que o acompanharam até á última morada.”

5. D. Antónia Mendes de Pina nasceu no Maçal do Chão, concelho de Celorico da Beira, a 10.10.1826, tendo aí sido baptizada no dia 19 do mesmo mês (madrinha D. Rita Ludovina Veloso). 6. António Simões, s.m.n. 7. Maria de Jesus de Matos, s.m.n.

Bisavós 8. Francisco Machado de Faria15 nasceu em Vale de Azares a 20.10.1786, tendo aí sido baptizado no dia 29 do mesmo mês (padrinhos Francisco de Melo e sua mulher Teresa Maria Saraiva, moradores na Lageosa).

Assinatura de Francisco Machado de Faria.

Não foi possível confirmar a data uma vez que os respetivos registos paroquiais não existem. Irmão de: 1. D. Maria Bárbara Machado de Faria, natural de Vale de Azares, onde nasceu em 1772. Casada com o Dr. António Mendes de Almeida, da Lageosa, de quem descende toda a família Brito e Faro. V. Pedro de Brito e Faro e Gonçalo Bandeira Calheiros, op. cit., p. 37. 2. D. Antónia, nascida em Vale de Azares, a 09.09.1781. 3. D. Teresa, nascida na mesma freguesia, a 02.04.1784. 4. D. Ana Rita Machado casada com Luís de Oliveira, de Fonte Arcada. Filho de Manuel de Oliveira e de Quitéria Rosa. C.g. 14 15

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9. D. Clara do Nascimento Mendes de Almeida16 nasceu na Lageosa do Mondego, a 23.04.1781, tendo aí sido baptizada no dia 30 do mesmo mês (padrinhos o Capitão António Mendes [Gomes] e sua mulher D. Ana Antunes de Escovar17). 10. António de Pina nasceu na Lageosa do Mondego, a 13.06.1804, tendo aí sido baptizado no dia 19 do mesmo mês (padrinhos Francisco e António, ambos solteiros, seus tios paternos, do lugar das Moreiras). Casou no Maçal do Chão, a 26.11.1825 (testemunhas José Cupertino e José da Fonseca, ambos daquela freguesia). 11. D. Luísa Francisca Cortês18 nasceu no Maçal do Chão, a 02.04.1803, tendo sido aí baptizada no mesmo dia (padrinhos Manuel Veloso Cabral de Aragão e Vasconcelos19 e sua mulher D. Maria Joaquina da Conceição e Pina20, moradores naquela freguesia).

Trisavós 16. Agostinho José Gomes ou Agostinho Saraiva nasceu no lugar de Grichoso, freguesia de Vale de Azares, a 15.12.1741, tendo aí sido baptizado no dia 23 do mesmo mês (padrinhos Manuel Borges e sua mulher Maria Gomes, naturais e moradores no mesmo lugar do Grichoso). Casou, na Lageosa do Mondego, a 10.09.1770 (testemunhas o Padre Manuel da Fonseca Saraiva, do lugar do Grichoso, Vale de Azares, e António Mendes, da Lageosa). 17. Maria Josefa de Faria nasceu na Lageosa do Mondego, a 21.01.1750, tendo sido baptizada no dia 28 do mesmo mês (padrinhos João Inácio da Fonseca, da Guarda, e Maria Clara, por procuração passada a António Cabral, de Soutinho, Vale de Azares). 16 Irmã de, entre outros: 1. D. Maria Mendes de Almeida, minha 6.ª avó, nascida na Lageosa do Mondego, a 08.01.1770 e aí falecida a 12.10.1810. Casada com Joaquim da Costa Saraiva, nascido na mesma freguesia a 23.08.1771. Filho de João Gil da Costa e de sua mulher Maria Saraiva Cabral. Neto paterno de João Gil da Costa e de Domingas Francisca Mendes. Neto materno de Manuel Saraiva Cabral e Teresa Gil. 2. Miguel Mendes de Almeida, nascido na mesma freguesia a 29.09.1787, tendo aí sido baptizado no dia 7 do mês seguinte (padrinhos Manuel de Abreu Mascarenhas e Castelo-Branco e sua mulher D. Maria Clara Mendes de Escobar). Casou duas vezes. A primeira, em 1808, com D. Maria dos Anjos Ribeiro de Andrade, natural da freguesia de S. Pedro, Celorico da Beira, falecida em 1809. E a segunda, em 1825, com D. Metildes Teodora de Almeida (que já tinha sido casada primeira vez com António Joaquim de Almeida, sendo meus tetravós), nascida em 1786 e falecida em 1827. Filha de Gregório da Costa Botelho, natural de Linhares, e de sua mulher Ana Maria de Almeida, da Lageosa. Neta paterna de João da Costa Pacheco e de sua mulher Iria Damiana Pais Botelho, ambos de Linhares. Neta materna de António Jacinto e de sua mulher Teodora Francisca de Almeida, ambos da Lageosa. S.g. de ambos os casamentos. 17 V. Eduardo Osório Gonçalves, Raízes da Beira, Lisboa, Dislivro Histórica, 2006, vol. II, p. 405. Deste casal descendem os Calheiros, de Seia, a família dos Condes da Covilhã. 18 Irmã de: 1. D. Maria Luísa Cortês, natural do Maçal do Chão. Casada, em 1818, com António José Esteves, da mesma freguesia (irmão de Manuel José Bernardo Esteves casado com D. Rita da Anunciação Freire de Andrade, de Ansul, Leomil, Almeida). Filho de José Bernardo Esteves e de sua mulher Joana Maria Clara, ambos da mesma freguesia (meus 5.os avós). C.g. 19 Natural de Cortiçô da Serra. Filho de Manuel Veloso, de Cortiçô da Serra, e de D. Teresa de Vasconcelos, de Gonçalo, Guarda. 20 Natural do Maçal do Chão. Filha de Bernardo José de Pina, natural da Mizarela, e de Maria Rosa, natural de Fiais, Pinhel. Neta paterna de Jacinto de Pina, da Mizarela, e de Josefa Maria, de Vila Soeiro. Neta materna de José Fernandes e de Maria Antunes, solteira.

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18. José de Almeida nasceu em Casas do Rio, Celorico da Beira, a 09.10.1748, tendo aí sido baptizado no dia 17 do mesmo mês (padrinhos José de Almeida Osório, do Minhocal, e Isabel Monteiro, solteira, de Casas do Rio). Morou com sua família na Quinta da Mascarenha, na Lageosa do Mondego, onde faleceu, a 10.01.1794, tendo sido sepultado na Igreja da Lageosa. Deve ter casado em Casas do Rio21. 19. Maria do Nascimento Mendes nasceu em Casas do Rio, a 17.12.1749, tendo sido baptizada no dia de Natal desse mesmo ano (padrinhos José de Melo Coutinho CorteReal22, de Celorico da Beira, e D. Maria Inês Josefa Pinheiro, da Carrapichana). Faleceu na Lageosa do Mondego, sem testamento, a 14.05.1811. 20. José Mendes nasceu no lugar das Amoreiras, freguesia de Sobral da Serra, a 17.04.1762, tendo sido baptizado no dia 26 do mesmo mês (padrinhos Pedro Mendes e sua irmã, Isabel, ambos solteiros, do dito lugar). Casou na capela de S. Brás do lugar de Grichoso, Vale de Azares23, a 23.10.1797 (testemunhas José Marques e João Mendes Tavares, da Lageosa). 21. Maria Marques de Pina nasceu na Lageosa do Mondego, a 16.04.1771 (padrinho Paulo de Pina Cabral, daquela freguesia, seu tio materno, então morador em Lisboa, por procuração que mandou ao Dr. Francisco Mendes Cabral, da Ratoeira24). 22. José Afonso Quadrado25, natural de Alverca da Beira, Pinhel. Casou no Maçal do Chão, a 05.11.1798 (testemunhas António Gil Ferreira e Miguel Luís, ambos daquela freguesia). 23. Mariana Joaquina de Almeida Cortês nasceu no Maçal do Chão, a 15.11.1779, tendo sido baptizada no dia 24 do mesmo mês (padrinhos António José de Pina e sua sobrinha Mariana, daquela freguesia). Faleceu na mesma freguesia, tendo recebido os Sacramentos da Confissão, Comunhão e Extrema-unção, com testamento, a 18.11.1854, tendo sido sepultada no dia seguinte.

21 Não foi possível localizar o seu assento de casamento devido a um hiato nos respectivos assentos entre 1706 e 1805. 22 Foi Escrivão do público, judicial e notas de Celorico, por provisão de 17.01.1737. Nasceu na freguesia de S. Martinho, Celorico, a 31.05.1700. Filho de Francisco de Almeida e Melo, que pretendeu habilitar-se para o St.º Ofício, embora não tenha conseguido por causa da fama de cristão-novo de seu pai e avô, natural do Porco, Guarda, e de sua mulher e prima D. Mariana Pacheco da Costa Corte-Real, baptizada em Linhares, a 23.04.1664. Neto paterno de Jerónimo de Almeida e Melo e de sua mulher D. Guiomar de Figueiredo Freire. Neto materno de António Botelho Correia, Capitão-mor de Linhares, onde foi baptizado, a 08.03.1625, e onde faleceu e foi sepultado, numa sepultura que o Padre das Informações Paroquiais de 1721 diz ter tido um letreiro que dizia “Em esta sepultura está sepultado José da Cunha Pacheco e António Botelho Correia, capitão-mor desta vila”, e de sua mulher D. Isabel Pacheco da Costa Corte-Real. (Eduardo Osório Gonçalves, op. cit., vol. I, pp. 621, 643-644). José de Melo Coutinho Corte-Real teve geração ilegítima, mas legitimada. 23 Embora o assento tenha sido registado na Lageosa do Mondego. 24 Segundo Manuel Ramos de Oliveira, era bacharel formado em Leis e em Cânones (26.06.1768). Era filho de Mateus Gomes [Cabral] e de Francisca Mendes. Casou com D. Joana Bernardina de Jesus, do Fundão. Filha de Manuel Nunes Marques e de Clara Maria. Faleceu a 12.01.1779. C.g. Manuel Ramos de Oliveira, Celorico da Beira e o seu concelho, Celorico da Beira, 1997, p. 657. É muito provável que este Mateus Gomes seja descendente de Domingos Dias Cabral, dos Cabrais de Celorico, e de Ana Gomes, que viveram na Ratoeira. 25 Embora o seu assento de baptismo não tenha sido localizado devido a um hiato existente nos respetivos registos paroquiais, foi localizado o de seu irmão Alexandre, baptizado em Alverca da Beira, a 10.05.1768 (padrinhos Manuel Pereira e sua mulher Isabel Soares, daquela freguesia).

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Tetravós 32. Agostinho Saraiva nasceu no lugar do Grichoso, Vale de Azares, tendo aí sido baptizado a 01.04.1710 (padrinhos o Padre Agostinho Saraiva e Maria Saraiva, casada com José Mendes). Casou em Vale de Azares, a 14.11.1730 (testemunhas António Cabral e José Cabral, ambos do lugar do Soutinho, Vale de Azares). 33. Teresa Gomes nasceu na freguesia de Prados, a 04.07.1706, tendo aí sido baptizada no dia 12 do mesmo mês (padrinhos Manuel Gomes, do mesmo lugar, e Maria, solteira, filha de Francisco Gonçalves, do lugar do Grichoso, Vale de Azares). 34. Francisco Machado Cabral nasceu na Lageosa do Mondego, a 16.10.1722, tendo sido baptizado no dia 23 do mesmo mês (padrinhos Francisco Antunes e Madalena Gomes, solteira, filha de João Gomes e de Maria Nunes). Faleceu na mesma freguesia, apenas com os Sacramentos da Extrema-unção e da Penitência e não o da Sagrada Eucaristia por não estar capaz de o receber por acidente, sem testamento, a 12.01.1777, tendo sido sepultado dentro da Igreja. Casou, na mesma freguesia, a 11.10.1744, tendo sido dispensados em 4.º grau de consanguinidade (testemunhas Miguel Fernandes e Manuel Nunes da Guerra, da Lageosa).

Assinatura de Francisco Machado.

35. Rosa Maria de Faria nasceu na Lageosa do Mondego, a 05.11.1728, tendo aí sido baptizada no dia 14 do mesmo mês (padrinhos António Cabral e sua filha Maria, do Grichoso, Vale de Azares). Faleceu também na Lageosa, sem testamento, a 06.09.1769. 36. Francisco de Almeida, natural do Minhocal26. 37. Maria Lopes da Fonseca nasceu em Casas do Rio, a 27.10.1708, foi baptizada em casa por necessidade e recebeu os Santos Óleos no dia 4 do mês seguinte (sem indicação dos padrinhos no assento). 38. João Cabral Ribeiro nasceu em Casas do Rio, a 20.07.1721, tendo aí sido baptizado no dia 27 do mesmo mês (padrinhos António Osório e sua filha D. Eufémia, de Celorico da Beira). Deve ter casado em Casas do Rio, mas não é possível saber a data exacta, devido ao hiato já referido. 39. Ana Maria Mendes nasceu em Casas do Rio, a 20.04.1724, tendo aí sido baptizada no dia 27 (padrinhos José Antunes "da Ordem" e sua mulher Ana Francisca, de Casas do Rio). 40. José Mendes27 26 Feitas as devidas buscas, não foi possível localizar o seu assento de baptismo no Minhocal, embora tenham sido localizados os assentos de vários irmãos: Maria (06.03.1719), Manuel (11.01.1720), José (27.06.1722), etc. 27 Feitas as devidas buscas, não foi possível localizar o seu assento de casamento na freguesia de Sobral da Serra.

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41. Apolónia Luís 42. Manuel Marques Gil nasceu na Lageosa, a 09.04.1752, tendo sido baptizado no dia 16 do mesmo mês (padrinhos Manuel Lopes28 e sua irmã Clara Marques29, filhos de Catarina Marques30, tia paterna do baptizado). Casou na Lageosa do Mondego, a 05.11.1770 (testemunhas Francisco Machado e António Mendes). 43. D. Vitória Maria de Pina Cabral31, natural da freguesia de Açores32. Faleceu na Lageosa, com todos os Sacramentos e com testamento, a 06.11.1784, tendo tido Missa de presente e 3 ofícios de 9 lições. Por seu testamento, deixou que se lhe dissessem, dentro de um ano depois da sua morte, 30 Missas por sua alma em altar privilegiado; 20 pela alma de seu tio, o Padre Manuel de Pina Cabral; 2 pela alma de sua tia Micaela Cabral, de Dornelas; 10 pelas almas de cada um dos seus tios, Fr. Pedro e Maria; 10 pela alma de seu pai e 20 pela de sua mãe; 10 pelas almas de cada um dos seus avós; 2 a N.ª Senhora do Rosário; 2 ao Anjo da sua Guarda; 1 à Santa do seu nome; 5 às chagas de N. Senhor Jesus Cristo; 2 ao Divino Espírito Santo; 5 pelas penitências mal cumpridas. Deixou a sua saia preta mais usada à sua prima, do Grichoso; a sua afilhada Caetana o seu baju33 verde de cote34; à filha de sua comadre Josefa da Cunha o seu capote verde velho; a Antónia Jacinta, o seu colete “de amens” de cote; à filha de sua cunhada Maria umas contas de ouro miúdas; à sua afilhada Francisca vara e meia de pano de linho para uma camisa; a sua prima Maria, filha de João de Almeida, côvado e meio de meio carro verde; a Maria, filha de José Mendes, a mantilha mais curta de sua filha; todo o remanescente da sua terça, a seu marido; a Maria Joaquina, 2 alqueires de pão; às “cachopas Bernardas”, também 2 alqueires de pão; à sua comadre Josefa da Cunha, 1 alqueire; a Maria Gomes, outro alqueire de pão e a sua mantilha usada (e esta apenas se ela lhe quisesse “oferecer um ano”); a sua comadre Isabel do Cabral, 2 alqueires de pão; e a Clara do Tomás, mais 1 alqueire de pão; 1 alqueire de azeite para se repartir pelos pobres da Lageosa; mais 10 Missas por sua alma; a Antónia Maria, 1 canada de azeite; e 5 saias, 2 pares de cadeados de ouro, 1 laço, 1 fio e 1 anel, tudo de ouro, 2 mantilhas, 2 capas (1 feita e outra por fazer) e mais fato miúdo a sua filha Maria; e nomeou testamenteiro seu marido. 44. Manuel Afonso Cabral casou35 segunda vez com Viria a casar com D. Eugénia Maria de Melo, natural da Lageosa. Filha de Manuel Saraiva da Fonseca, da Lageosa, e de D. Madalena de Melo Cabral, de Souto do Penedono. Neta paterna de Manuel Mendes, da Ratoeira, e de Maria da Fonseca, da Lageosa. Neta materna de Domingos de Mesquita Cabral e de D. Francisca de Melo Freire (descendente dos Melo e Eça do Souto do Penedono). C.g. 29 Viria a casar com António Luís Tavares, natural da Lageosa. Filho de João Tavares, da Ratoeira, e de Brísida Luís de Escobar, da Lageosa. Neto paterno de Manuel Pais, da Ratoeira, e de Maria Tavares, de Açores. Neto materno de José Luís e de Ana Fernandes Tomé, ambos da Lageosa. C.g. 30 Casada com Manuel Lopes. Filho de António Lopes e de Isabel Martins, meus 8.os avós, adiante referidos (n.os 342 e 343). 31 Irmã de Francisco José de Pina Cabral, baptizado na Lageosa a 22.11.1772 (padrinhos Francisco Mendes Cabral e sua irmã Maria Luísa, filhos de Mateus Gomes, da Ratoeira), sobre o qual existe no Arquivo da Universidade de Coimbra um processo de ordenação sacerdotal, contendo uma escritura de património datada de 1797. 32 Não foi possível localizar o seu assento de baptismo por faltarem os registos. 33 Casaquinho curto. 34 De uso diário. 35 Não foi possível localizar o seu assento de casamento em Alverca da Beira devido ao mau estado dos respectivos assentos. 28

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45. Mariana Rebela Quadrada 46. António Fernandes Cortês baptizado em Vilares, a 29.09.1743 (padrinho o Padre Francisco Nunes Lopo, do lugar das Frechas). Casou no Maçal do Chão, a 20.10.1773 (testemunhas Bernardo José de Pina e António Gil, ambos daquela freguesia). 47. Luísa Francisca, baptizada no Maçal do Chão, a 15.08.1753 (padrinhos Domingos Francisco e sua mulher Maria Clara de Pina, daquela freguesia).

5.os Avós 64. Manuel João, o mouco, natural de Grichoso, Vale de Azares36. 65. Isabel Saraiva, natural de Grichoso, Vale de Azares37. 66. Manuel Pires, natural de Cadafaz, Celorico da Beira. Casou na freguesia de Prados, a 27.11.1687. 67. Maria Gomes, baptizada em Prados, a 23.07.1665 (padrinhos António Francisco, de Prados, e Maria de … [ilegível no assento], de Carvalheda, bispado de Coimbra). 68. Francisco Antunes nasceu na Lageosa do Mondego, onde foi baptizado a 21.01.1697 (padrinhos João Gomes, solteiro, e Francisca, solteira, filha de Domingos Manuel, já falecido). Faleceu em Açores, com todos os Sacramentos e sem testamento, a 04.09.1722, tendo sido sepultado na Igreja daquela localidade. Casou em Açores, a 22.10.1721 (testemunhas o Padre António da Costa de Oliveira e Simão Ribeiro, ambos daquela freguesia). 69. Maria Machado de Oliveira nasceu em Açores, a 10.10.1694, tendo sido baptizada em casa por necessidade, e tendo recebido os Santos óleos no dia 18 do mesmo mês (testemunhas Simão de Aguiar e Manuel Pires). 70. Domingos da Fonseca, natural de Soutinho ou Grichoso, Vale de Azares38. Casou duas vezes. A primeira, na Lageosa, a 31.08.1707, com Maria Antunes. Filha de Manuel Álvares e de Isabel Antunes Tomé, adiante referidos. E a segunda, também na Lageosa do Mondego, a 18.02.1727 (testemunhas João Gomes e o Padre Francisco Gil). 71. Teresa Gomes ou Rodrigues de Faria39 nasceu na Lageosa do Mondego, a 20.02.1695, tendo aí sido baptizada no dia 27 do mesmo mês (padrinhos o Padre Jorge Pires, do Minhocal, e Maria Lopes, mulher de Domingos Martins). 72. Francisco de Almeida nasceu no Minhocal, a 05.08.1690 e faleceu na mesma freguesia, com todos os Sacramentos, a 09.03.1735, tendo sido sepultado da Igreja daquela localidade. Casou na freguesia da Sé da Guarda, a 07.09.1710, com 73. Clara Maria, natural da Guarda. 74. Manuel Lopes nasceu em Casas do Rio, a 02.06.1683 (padrinhos José Rodrigues e sua mulher Catarina Fernandes, moradores na mesma localidade).

36 Feitas as devidas buscas, não foi possível localizar o seu assento de baptismo nem o de casamento em Vale de Azares, neste último caso devido a um hiato existente nos respectivos assentos entre 1661 e 1727. 37 Feitas as devidas buscas, não foi possível localizar o seu assento de baptismo. 38 Idem. 39 Provavelmente irmã do Padre Manuel Rodrigues Gomes que surge como testemunha no assento de baptismo de Rosa Maria de Faria (1728).

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75. Ana da Fonseca, natural da Quinta dos Ramos, Celorico da Beira, onde foi baptizada na Igreja de St.ª Maria, a 26.02.1690 (padrinhos Tomás Cardoso, escrivão, e sua mulher Maria Antónia). 76. Miguel Fernandes Cabral, natural de Casas do Rio, onde faleceu a 28.06.1723, tendo sido sepultado na Igreja daquela localidade, “onde elegeu sepultura”, tendo-lhe sido feito 1 ofício de 9 lições. Casou na mesma freguesia, a 08.02.1706 (testemunhas Manuel Rodrigues Flores e Pascoal de Andrade), com 77. Arcângela Ribeiro, baptizada em Casas do Rio, a 24.09.1691 (madrinha Maria de Távora, daquela freguesia). 78. José Gonçalves, natural da Ratoeira. Deve ter casado em Casas do Rio40. 79. Maria Mendes nasceu em Casas do Rio, a 20.08.1686, tendo sido aí baptizada no dia 26 do mesmo mês (padrinhos Manuel Domingues e sua mulher Maria de Oliveira, ambos de Casas do Rio). 80. Francisco Mendes, natural do lugar das Moreiras, freguesia de Sobral da Serra. S.m.n. 81. Isabel Antunes, natural da Quinta da Cabreira, freguesia da Sé da Guarda. S.m.n. 82. João Gonçalves, natural do lugar das Moreiras. S.m.n. 83. Catarina Luís, natural da Velosa. S.m.n. 84. António Marques Gil, natural de Açores ou Fonte Arcada. Casou na Lageosa, sendo dispensados em 3.º grau de consanguinidade, a 09.02.1750 (testemunhas Francisco Machado e António Luís de Sequeira Coutinho41, de Linhares), com 85. Teresa Gil Lopes42 nasceu na Lageosa, a 10.03.1719, tendo sido baptizada no dia 18 do mesmo mês (padrinho António de Sousa de Almada43). Foi crismada na Lageosa pelo Bispo D. Bernardo António de Melo Osório44, a 29.06.1744 (madrinha Josefa Pais de Escobar45). Faleceu, com todos os Sacramentos e com testamento, a 28.02.1786, tendo sido sepultada na Igreja daquela freguesia. Teve Missa de presente e 3 ofícios de 9 lições. No seu testamento, determinou que fosse sepultada com hábito de S. Francisco; que por sua alma se dissessem 60 Missas; por alma de cada um dos seus pais 20; por alma de cada um dos seus sogros 5; por alma de Antónia Marques 5; por alma de seu cunhado António 40 Não foi, contudo, possível localizar o respectivo assento devido a uma hiato nos registos de casamento daquela freguesia entre 1706 e 1805. 41 Eduardo Osório Gonçalves, op. cit., vol. I, p. 632. 42 Irmã do meu 8.º avô Manuel Gil, nascido na Lageosa, a 03.09.1721 e aí falecido a 13.08.1800. Casado com Helena de Andrade, nascida na mesma freguesia a 10.04.1728 e aí falecida a 16.11.1779. Filha de João de Andrade Cabral e de Maria Gil. Neta paterna de Manuel de Açores Cabral e de Margarida de Andrade. Neta materna de Manuel João e de Isabel Gonçalves. 43 Nascido em Celorico em 1671 e falecido na Rapa a 16.06.1746. Filho de Francisco do Amaral e Sousa e de D. Catarina Pacheco da Fonseca (recebidos na Rapa, a 13.10.1670). Neto paterno de Francisco do Amaral e Sousa e de Catarina Osório (recebidos em Celorico) e materno do Licenciado Francisco da Fonseca e de D. Isabel Cardoso, de Linhares. Foi casado com D. Ana Maria da Fonseca e Silva, natural de Freixo do Numão. Filha do Dr. Manuel Veloso Cabral, de Freches, Corregedor de Évora, e de D. Maria Cabral de Almeida, natural do Maçal do Chão. Manuel Ramos de Oliveira, op. cit., p. 633, e José Osório da Gama e Castro, “Tratado Primeiro dos Ascendentes e Descendentes da Casa da Ratoeira pela sua varonia”, in Raízes e Memórias, Lisboa, Associação Portuguesa de Genealogia, 2001, n.º 17, p. 282. 44 52.º Bispo da Guarda (1742-1774). 45 Filha de João Tavares e de sua mulher Brísida Luís de Escobar, referidos na nota 29. Casada com Francisco Gil da Fonseca (1701-1774), irmão do meu 8.º avô João Gil da Costa, referido na nota 16. C.g.

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Gomes 10; por alma de sua irmã Catarina 10; por alma de sua irmã Isabel 2; por alma de seu irmão António Gil 2; por alma de sua irmã Ana Lopes 2; às cinco chagas de Cristo 5; ao Anjo da sua Guarda 2; à Santa do seu nome 2; ao Espírito Santo 2; pelas penitências mal cumpridas 2; a Santa Eufémia 2; a N.ª Senhora do Rosário 6; a St.ª Rita 1; a N.ª Senhora da Encarnação 1; a N.ª Senhora do Amparo 1; a S. Sebastião 1; a St.º António 1; a S. Martinho 1; pelas almas do purgatório 4. Deixou os seus copos de prata a seu filho Francisco; a seu filho José, 9 varas de pano de linho e 1 lençol dos melhores que se achassem se fosse para o Convento e, não indo, não levaria o dito lençol; e que, depois de cumpridos todos os legados e o seu bem de alma, deixava todo o remanescente de sua terça a seu marido para dele dispor como lhe aprouvesse; nomeou testamenteiro seu marido ao qual deixou 5$000 réis para cumprir o seu testamento; deixou a sua neta Maria, filha de sua filha Maria, as suas contas de ouro; e a sua filha Maria a sua mantilha nova de cabeça; e a sua neta, filha de seu filho Manuel Marques, a sua saia de baeta azul; a Maria, filha de Maria Teresa, as suas arrecadas de ouro; e à dita Maria Teresa uma mantilha usada; a sua sobrinha Isabel, mulher de António Gil, uma saia preta e uma das camisas das melhores que se achassem; a seu filho Manuel 3 varas de pano de linho; e que, por morte de seu marido, o restante de sua terça fosse para seu filho Francisco. 86. Pedro Ribeiro nasceu em Açores a 15.05.1713, tendo sido baptizado no dia 25 do mesmo mês (padrinhos o Padre Pedro Coelho Osório, pároco da freguesia, e sua sobrinha Isabel de Elvas Pinto). Casou na mesma freguesia a 08.04.1750 (testemunhas Francisco Gomes e António Monteiro de Macedo e Aragão, ambos daquela freguesia). Faleceu antes de 1770. 87. Ana Josefa (de Pina Cabral)46 nasceu na Lageosa do Mondego, a 06.12.1713, tendo aí sido baptizada no dia 14 do mesmo mês (padrinho Pedro da Fonseca Fragoso, de Celorico). Faleceu antes de 1770. 46 Irmã de: 1. Maria baptizada na Lageosa, a 09.07.1703 e aí faleceida no dia 15 do mesmo mês. 2. Padre Manuel de Pina Cabral e Aragão, baptizado na Lageosa, a 01.10.1706 (padrinho Pedro da Fonseca Fragoso) e falecido a 10.10.1770, tendo sido sepultado em Casas do Rio, onde era Pároco.

Assinatura do Padre Manuel de Pina Cabral e Aragão. 3. Maria nasceu na Lageosa, a 15.01.1709, tendo aí sido baptizada no dia 23 do mesmo mês (padrinho Pedro da Fonseca Fragoso, de Celorico). 4. Fr. Pedro de São Jacinto nasceu na Lageosa a 15.11.1711, tendo sido baptizado no dia 29 do mesmo mês (padrinho Pedro da Fonseca Fragoso, de Celorico). Frade de São Jerónimo. Padrinho de um baptismo na Lageosa em 1740.

Assinatura de Fr. Pedro de S. Jacinto. 134

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88. Pedro Afonso, natural de Alverca, Pinhel47. S.m.n. 89. Isabel Cabral, natural do Cerejo. S.m.n. 90. João Quadrado Luís, s.m.n. 91. Joana Rebela, das Freixedas, Pinhel. S.m.n. 92. António Fernandes Cortês, natural do Maçal da Ribeira48. Casou em Vilares, a 12.11.1724. 93. Maria de Almeida49 94. José Nunes Póvoa baptizado no Maçal do Chão, a 20.07.1717 (padrinhos Manuel João, barbeiro, e sua mulher Maria Ferreira, do Baraçal). Casou, na mesma freguesia, a 14.10.1742 (testemunhas José Manuel de Melo Falcão50 e seu pai Jerónimo Osório de Castro51). 95. Joana Francisca Rebela nasceu no Maçal do Chão, a 31.03.1722, tendo aí sido baptizada no dia 6 do mês seguinte (padrinhos Manuel Nunes e Luísa de Andrade, da mesma freguesia).

6.os Avós 128. António João casou em Vale de Azares, a 09.10.1657, com 129. Maria Fernandes 130. Manuel Francisco, s.m.n. 131. Beatriz Saraiva, s.m.n. 132. João Pires, de Cadafaz, já tinha falecido em 1687. 133. Leonor Rodrigues, natural da mesma freguesia, também já tinha falecido em 1687. 134. Francisco Gonçalves Carvalheda, de Prados, já falecido em 168752. S.m.n. 135. Maria Gomes, de Prados. S.m.n. 136. Francisco Antunes, natural da Lageosa do Mondego, onde foi baptizado em casa, por necessidade, a 12.03.1664 (sem indicação de padrinhos no assento). Casou, na mesma freguesia, a 29.01.1690 (testemunhas João Gomes, lavrador, moço solteiro, Manuel Dias, barbeiro, e a maior parte do povo). 137. Teodósia Fernandes53, baptizada na Lageosa do Mondego, a 12.09.1655 (padrinhos Manuel Saraiva de Azevedo54 e sua mulher D. Isabel [Tomé]55). 5. Paulo nasceu na Lageosa a 17.01.1717, tendo aí sido baptizado no dia 25 do mesmo mês (padrinho Pedro da Fonseca Fragoso, de Celorico). 6. Micaela Cabral, parece ter vivido na freguesia de Dornelas, referida no testamento de sua sobrinha. 47 Não foi possível localizar o seu assento de casamento nas freguesias de Alverca nem na de Cerejo, por falta de registos. 48 Não foi possível pesquisar o seu assento de baptismo por falta de registos. 49 Feitas as devidas buscas, não foi localizado o seu assento de baptismo na freguesia de Vilares. 50 Foi casado com D. Maria de Aragão da Fonseca Cabral, do Maçal do Chão, onde moraram. Filha de Manuel Mendes, das Quintãs, Maçal do Chão, e de Maria de Aragão, natural do Maçal da Ribeira. 51 V. José Osório da Gama e Castro, op. cit., p. 288. 52 Feitas as devidas buscas, não foi possível localizar o seu assento de casamento em Prados. 53 Irmã de meu 10.º avô Manuel Cabral (1647-1682), casado com Maria de Açores. Filha de Domingos Luís e de Maria Luís, todos da Lageosa. C.g. Embora nenhum dos seus progenitores seja apelidado de Cabral, deve ser por esta via que António Machado de Faria afirma no manuscrito reproduzido e transcrito que seu bisavô paterno em varonia descendia dos Cabrais da Lageosa. Para o sustentar, veja-se que o irmão de Teodósia

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138. Lourenço Lopes Cardoso, natural do Eirado, Trancoso. Casou em Açores, a 20.07.1688 (testemunha António da Costa de Oliveira). Faleceu na mesma freguesia, sem testamento, a 30.09.1699, tendo sido sepultado junto à porta principal da Igreja. 139. Catarina da Costa de Oliveira nasceu em Açores, a 09.12.1655, tendo aí sido baptizada no dia 17 do mesmo mês (padrinhos Manuel de Paiva e sua mulher Maria da Fonseca). Faleceu na mesma freguesia, sem testamento, a 21.09.1698, tendo sido sepultada na Igreja daquela freguesia, junto ao caixão do Santíssimo. 140. Manuel Rodrigues, natural da Lageosa do Mondego, já falecido em 170756. S.m.n. 141. Maria Gaspar, natural de Grichoso, Vale de Azares. Já tinha falecido em 1707. S.m.n. 142. José Gomes nasceu na Lageosa, a onde foi baptizado a 28.02.1652 (padrinhos o Padre Agostinho Veloso, filho de Gaspar Veloso, de Celorico, e Isabel Fernandes, irmã do Padre Manuel Fernandes). Deve ter casado em Cortiçô57. 143. Maria Rodrigues, s.m.n. 144. Manuel de Almeida58, natural dos Vilares, Trancoso; faleceu no Minhocal, a 25.12.1705. 145. Isabel Gomes, natural do Minhocal. S.m.n. 146. Vicente Rodrigues, natural da freguesia da Sé, Guarda, já falecido em 1710. S.m.n. 147. Maria Rodrigues, natural da freguesia da Sé, Guarda. S.m.n. 148. Domingos Lopes, natural de Casas do Rio, onde casou a 10.05.1682. 149. Ana Dias, natural de Casas do Rio. 150. Manuel Francisco Cardoso, natural da Quinta dos Ramos, Celorico da Beira. Faleceu, “repentinamente de um acidente”, a 08.03.1724, tendo sido sepultado na Igreja de St.ª Maria de Celorico. Casou na mesma freguesia, a 07.06.1682, com 151. Páscoa João, natural da Quinta do Espinheiro, Celorico da Beira. 152. Pedro Fernandes nasceu em Casas do Rio, tendo aí sido baptizado a 06.07.1654 (padrinhos Paulo Gomes e sua mulher Maria Gonçalves). Casou na mesma freguesia, a 10.05.1677, com

Fernandes, Manuel Cabral, meu 10.º avô, usou o apelido Cabral e que a seu pai foi posto um nome próprio comum na família dos Cabrais – Domingos. 54 Natural de Frechão, onde morou. Vereador da Câmara de Trancoso (1691). Filho de Manuel de Azevedo da Cunha, Escrivão dos Órfãos de Trancoso (1644), Vereador da Câmara da mesma vila (1655), e de D. Cecília da Fonseca, de Freches, Trancoso. Neto materno de Gaspar da Fonseca Saraiva, natural de Trancoso, seguidor do Prior do Crato, e de sua segunda mulher D. Cecília. V. Pedro Saldanha de Quadros, Trancosanos – História & Genealogia sécs. XVI-XIX, Casa da Prova, s.l., 2010, vol. I, p. 286. 55 Filha de Francisco Antunes, da Lageosa – irmão do meu 12.º avô António Antunes - e de sua primeira mulher Isabel Tomé. 56 Não foi possível localizar o seu assento de casamento em Vale de Azares devido a um hiato existente nos registos de casamento entre 1661 e 1727. 5757 Feitas as devidas buscas, não foi possível localizar o seu assento de casamento em Cortiçô entre 1675 e 1695, existindo um hiato nos mesmos assentos entre 1648 e 1675, o que inviabiliza a pesquisa da sua ascendência e da sua mulher. 58 Não foi possível localizar o seu assento de baptismo porque os paroquiais de Vilares começam em 1667. O seu assento de casamento foi procurado, sem sucesso, no Minhocal. Contudo, os primeiros assentos paroquiais desta freguesia datam de 1677, sendo possível que o casamento tivesse ocorrido antes, dado que este casal tem um filho baptizado em 1681.

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153. Maria Fernandes Cabral nasceu em Casas do Rio a 12.08.1645, tendo aí sido baptizada no dia 20 do mesmo mês (padrinhos João Ferreira e Leonor Veloso, sua mulher, moradores em Celorico59). 154. Manuel Ribeiro, natural da Quinta do Avelal, freguesia de S. João Baptista, extramuros da vila de Trancoso. Casou em Casas do Rio, a 13.05.1674. 155. Maria Gonçalves (ou Lopes), natural de Casas do Rio. 156. Manuel Gonçalves, da Ratoeira. S.m.n. 157. Francisca Fernandes, da Ratoeira. S.m.n. 158. Francisco Mendes, do Minhocal. Casou em Casas do Rio, a 31.05.1682, com 159. Maria Fernandes nasceu em Casas do Rio, tendo aí sido baptizada, com 8 dias, a 21.03.1662 (padrinhos Manuel Veloso, da Mizarela, e Maria Francisca, casada com Manuel Lopes, de Casas do Rio). 168. Manuel Gomes, natural de Fonte Arcada, Vale de Azares. Casou em Açores, a 12.06.1701, com 169. Maria Marques, natural da Quinta da Maça, Açores. 170. Agostinho Gil baptizado na Lageosa do Mondego, a 02.02.1678 (padrinhos seus tios paternos José e Ana). Faleceu a 08.10.1749. Casou, também na Lageosa, a 08.01.1702 (testemunhas o Padre António Gil, Francisco Gil e Domingos João, Juiz da Igreja), com 171. Maria Martins Lopes baptizada na Lageosa do Mondego, a 14.06.1683 (padrinhos João Lopes e sua mulher Ana Lopes, moradores em Porto da Carne). Faleceu na mesma freguesia, a 26.10.1740. 172. Simão de Aguiar, natural de Souto de Vide, Penalva do Castelo. Casou em Açores, a 31.05.1691, com 173. Marcela Ribeira, natural de Açores. 174. Manuel Francisco Cabral, baptizado na Lageosa do Mondego, a 19.04.1677 (padrinhos João Gomes e Maria Nunes). Casou na mesma freguesia, a 16.10.1702. 175. Isabel de Pina, baptizada na Lageosa do Mondego, a 06.07.1682 (padrinhos o Padre Francisco Pinheiro e sua irmã Isabel Nunes). 184. António Fernandes, natural do Baraçal; já falecido em 1724. S.m.n. 185. Ana João, natural do Maçal da Ribeira; onde viveram; já falecida em 1724. S.m.n.60 186. Manuel Gonçalves, de Vila Cortês. Casou em Vilares, a 28.07.1698. S.m.n61. 187. Isabel Fernandes, de Vilares. S.m.n62. 188. Manuel Fernandes Póvoa, da Póvoa do Concelho, freguesia de N.ª Senhora da Graça. Casou no Maçal do Chão, a 03.02.1710 (testemunhas José Veloso Cabral e Manuel Fernandes Amaro). 189. Maria Nunes63, do Maçal do Chão. 59 Referidos por Alão de Moraes, Pedatura Lusitana, título de Vellosos, tomo IV, vol. II, p. 275. João Ferreira era filho do Dr. Manuel de Carvalho e de sua mulher Catarina Ferreira. Leonor Veloso era filha de António Veloso Cabral e de sua mulher Ana Pais de Andrade, da Ratoeira. Neta paterna de António Veloso Cabral e de Margarida Mendes, de Pinhel. Neta materna de Jerónimo Pires e de Isabel Ferreira Pais. 60 Não foi possível prosseguir na pesquisa da sua ascendência visto que os registos paroquiais de Maçal da Ribeira, onde provavelmente casaram, têm início em 1739. 61 Do seu assento de casamento não constam os nomes de seus pais, o que impossibilita a pesquisa da sua ascendência. 62 Idem.

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190. Fernando Rebelo, natural do Souto de Vide, freguesia de S. Pedro do Castelo de Penalva. Casou no Maçal do Chão, a 20.03.1708 (testemunhas Manuel de Andrade e Manuel Fernandes).

Assinatura de Fernando Rebelo.

191. Isabel Francisca, natural de Carnicães64.

7.os Avós 256. Domingos João, já falecido em 1659. S.m.n. 257. Ana Tomé, já falecida em 1659. S.m.n. 258. António Fernandes Fraga65. S.m.n. 259. Isabel Quaresma, s.m.n. 272. Manuel Álvares casou na Lageosa do Mondego, a 19.05.1658. Faleceu na mesma freguesia, sem testamento, a 21.01.1682, tendo sido sepultado dentro da Igreja e tendo-lhe sido feitos 3 ofícios. 273. Isabel Antunes Tomé, baptizada na Lageosa, a 04.02.1635 (padrinhos António Gil e Isabel Dias Saraiva, mulher de António Antunes66). 274. Domingos Manuel, da Lageosa. S.m.n. 275. Maria Fernandes, penso que fosse natural de Aldeia da Serra, mas não foi possível localizar o seu assento de casamento, pois os registos daquela freguesia só começam em 1646, devendo o casamento ter ocorrido um pouco antes. Faleceu na Lageosa, sendo já viúva, com todos os Sacramentos, a 10.09.1683, tendo sido sepultada dentro da Igreja e tendo-lhe sido feitos 3 ofícios de 9 lições. S.m.n. 276. Diogo Lopes, s.m.n. 277. Maria Cardoso, s.m.n. 278. António da Costa parece que era natural da freguesia da Faia. Casou em Açores a 24.10.1648. S.m.n. 279. Maria Machado de Oliveira, baptizada em Açores a 10.07.1633, tendo sido baptizada no dia 18 do mesmo mês (padrinhos João de Pina, filho de Jorge de Carvalho, 63 Apesar de feitas as devidas buscas, não foi possível localizar o seu assento de baptismo no Maçal do Chão, embora tenham sido localizados os de irmãos seus, tanto do primeiro como do segundo casamento de seu pai. Através do assento de baptismo de um filho do segundo casamento de seu pai, foi possível identificar os nomes dos seus avós paternos. 64 Não foi possível pesquisar o seu assento de baptismo em virtude de os registos paroquiais de Carnicães apenas começarem em 1742. 65 António Fernandes Fraga e sua mulher são meus 11.os avós. 66 Meu 12.º avô, o qual fora casado primeira vez com Maria da Fonseca, de cujo casamento descendo.

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de Celorico, e sua mulher Guiomar de Pina). Faleceu na mesma freguesia, sem testamento, a 26.12.1668, tendo sido enterrada na Igreja daquela freguesia. 284. João Gomes, natural da Lageosa. 285. Guiomar Gonçalves faleceu na Lageosa, sem testamento, a 13.04.1658, tendo sido enterrada na Igreja, junto à campa que estava no meio dela. S.m.n. 288. Jerónimo de Almeida faleceu em Vilares a 30.03.1686. S.m.n. 289. Domingas Gil faleceu em Vilares a 03.04.1688. S.m.n. 296. Manuel Lopes, s.m.n. 297. Maria Francisca, s.m.n. 298. Manuel Álvares, s.m.n. 299. Catarina Dias, já falecida em 1682, s.m.n. 300. Domingos Francisco morou com sua família na Quinta dos Ramos, Celorico. S.m.n. 301. Maria Cardoso, s.m.n. 302. João Martins morou com sua família na Quinta do Espinheiro, Celorico, s.m.n. 303. Maria da Fonseca, s.m.n. 304. João Fernandes, do Fornotelheiro. Casou em Casas do Rio, a 06.09.1642, com 305. Maria Gonçalves, de Casas do Rio, onde foi baptizada a 08.05.1623 (padrinhos António Soares de Pina, de Celorico, e Ana Dias, casada com Fernando Afonso, de Casas do Rio). 306. Francisco Fernandes Cabral, de Casas do Rio67, onde casou a 12.04.1638. Morador, com sua família, na Quinta dos Alhais, naquela freguesia. 307. Domingas Fernandes, de Casas do Rio. 308. Domingos Ribeiro 309. Catarina de Vide, moradores na Quinta do Avelal. 310. Francisco Lopes, já falecido em 1674. Casou em Casas do Rio, a 16.05.165568. S.m.n. 311. Maria Gonçalves, de Casas do Rio. S.m.n. 316. Domingos Mendes, do Minhocal, s.m.n. 318. Manuel Fernandes de Carvalho casou em Casas do Rio, a 04.12.1650, com 319. Brites Rodrigues, já falecida em 1682. 336. Domingos Gomes, s.m.n. 337. Maria Gonçalves, s.m.n. 338. Manuel Gil faleceu na Lageosa, com todos os Sacramento, sem testamento, a 14.08.1684, tendo sido sepultado dentro da Igreja. 339. Maria Gonçalves 340. Agostinho Gil, o moço ou o novo, natural da Lageosa, onde faleceu, sem testamento, a 09.02.1696, tendo 3 ofícios de 9 lições. Casou na mesma freguesia, sendo dispensados em 3.º e 4.º grau, a 22.05.1657, com 341. Maria Gonçalves, natural da Lageosa, onde foi baptizada em casa por necessidade, tendo recebido os Santos Óleos, a 13.04.1641 (testemunhas João Nunes, Juiz da igreja, e 67 Feitas as devidas buscas, não foi possível localizar o seu assento de baptismo, mas foram encontrados os assentos de seus irmãos: Domingas, baptizada a 10.12.1623; Ana, baptizada a 25.04.1624 (padrinhos Jerónimo de Araújo e Maria Gonçalves, mulher de Domingos Gonçalves); Ana, baptizada a 29.04.1626 (padrinhos Domingos Gonçalves e sua mulher). 68 Do assento de casamento não constam os nomes dos pais dos noivos, o que impossibilita a pesquisa da sua ascendência,

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Baltasar Teixeira Cabral69). Faleceu, sem testamento, a 07.09.1698, tendo sido sepultada na Igreja, junto ao altar de N.ª Senhora, tendo-lhe sido feitos 3 ofícios de 9 lições. 342. António Lopes, natural da Lageosa, onde foi baptizado a 15.03.1646 (padrinhos João Antunes e Maria Mendes). Faleceu na mesma freguesia, a 08.03.1701, tendo-lhe sido feitos 3 ofícios de 9 lições. Casou na mesma freguesia, a 24.12.1680, com 343. Isabel Martins, natural da Lageosa, onde foi baptizada a 20.04.1658 (padrinhos João Álvares, mercador, do Grichoso, e Francisca Cabral, filha de Margarida de Sequeira70). Senhora da Quinta da Maça. 344. Domingos João faleceu antes de Maio de 1691. 345. Isabel de Aguiar 346. Manuel Ribeiro, natural de St.º Estêvão; faleceu antes de Maio de 1691. 347. Maria Pires, natural de Açores, solteira. 348. Manuel Francisco, filho póstumo de seu pai, foi baptizado na Lageosa a 27.04.1644 (padrinhos António Francisco e Isabel Francisca). 349. Maria Gomes era provavelmente natural de outra freguesia, onde terão casado. S.m.n. 350. Manuel Antunes, baptizado na Lageosa, a 09.02.1655 (padrinhos Belchior Veloso e sua mulher Margarida de Sequeira). Padrinho com sua mulher de um baptismo na Lageosa em 1696. Não casou na Lageosa. 353. Isabel Nunes Botelho 376. Manuel Fernandes, natural do lugar de Vale de Mouro; faleceu antes de 1710. 377. Antónia João, natural da Póvoa do Concelho. 378. Estêvão Fernandes, natural do Maçal do Chão71. 379. Maria Nunes. S.m.n. 380. Francisco Rebelo, de Souto da Vide. 381. Maria Gomes, de Souto da Vide. 382. António Fernandes, do Minhocal. S.m.n. 383. Ana Francisca, de Carnicães. S.m.n.

8.os Avós 544. Domingos Álvares, de Cadafaz, já falecido em 1658. S.m.n. 545. Catarina Francisca, s.m.n. 546. João Antunes, natural da Lageosa, onde faleceu, com testamento, a 13.06.1665, tendo sido sepultado dentro da Igreja. Casou duas vezes. A primeira com Ana Tomé. A segunda com Maria Mendes. S.m.n. 69 Natural de Pinhel, foi cónego da Sé de Faro; arcediago de Lagos, e parece que morreu na Índia. Era filho de João Veloso Teixeira Cabral, Fidalgo de Cota de Armas para Veloso, Cabral, Teixeira e Cáceres (carta de 27.03.1586) e de sua mulher Juliana do Amaral, moradores em Pinhel. Neto paterno de António Veloso Cabral, juiz das sisas de Celorico da Beira, e de Leonor Teixeira de Cáceres, natural de Pinhel, moradores na Lageosa. Neto materno de António Henriques de Sampaio e de Isabel do Amaral. 70 Casada com Belchior Veloso de Albuquerque. Filho de Manuel Gomes Cabral e de sua mulher e prima Isabel do Amaral, moradores na Lageosa. Neto materno de João Veloso Teixeira Cabral e de Juliana do Amaral, referidos na nota anterior. 71 Não foi possível localizar o seu assento de casamento no Maçal do Chão.

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547. Ana Tomé, falecida, na Lageosa, sem testamento, a 23.11.1642, tendo sido enterrada na Igreja, junto ao arco da capela. S.m.n. 558. Jacinto Machado72, s.m.n. 559. Beatriz de Oliveira viveram em Açores, onde faleceu, sendo já viúva, sem testamento, a 20.01.1659, tendo sido sepultada na Igreja daquela freguesia. S.m.n. 568. Manuel Francisco faleceu na Lageosa, a 01.10.1640, tendo sido enterrado na Igreja, junto ao arco cruzeiro. S.m.n. 569. Maria Gomes faleceu na Lageosa, com testamento, de que foi testamenteiro seu filho Domingos Manuel, a 03.09.1641, tendo sido enterrada na Igreja, defronte do altar do Nome de Jesus. S.m.n. 608. Diogo Fernandes, do Fornotelheiro, s.m.n. 609. Inês Francisca, da mesma freguesia que seu marido, s.m.n. 610. Domingos Gonçalves, de Casas do Rio. Casou antes de 1621. S.m.n. 611. Maria Gonçalves, de Casas do Rio. S.m.n. 612. Fernando Afonso, de Casas do Rio. Casou antes de 1621. S.m.n. 613. Ana Dias Cabral73, de Casas do Rio. S.m.n. 614. Sebastião Fernandes, já falecido em 1638, morador, com sua família, na Quinta dos Alhais, Casas do Rio. S.m.n. 615. Maria Gonçalves, já falecida em 1638. S.m.n. 636. Pedro Fernandes, s.m.n. 638. Francisco de Oliveira, já falecido em 1650. Morador, com a sua família, na Quinta do Monte Janalvo, Casas do Rio. Casou em Casas do Rio, a 09.01.1630. S.m.n. 639. Beatriz Rodrigues já falecida em 1650. 680. Agostinho Gil, o velho, natural da Lageosa do Mondego. Crismado em Celorico da Beira, na Igreja de St.ª Maria, em 1639, pelo Bispo D. Francisco de Castro. Casou duas vezes. A primeira com Catarina Fernandes e a segunda com Catarina Barreto. 681. Catarina Fernandes faleceu na Lageosa do Mondego, de parto, a 16.02.1640, tendo sido enterrada dentro da Igreja, junto à pia da água benta da “porta travessa”. S.m.n. 682. Diogo Gonçalves, o moço, da Lageosa do Mondego, onde casou a 01.02.1632. 683. Isabel Francisca Antunes, também da Lageosa. 684. Fernão Lopes faleceu na Lageosa, ab intestado, com todos os Sacramentos, a 21.03.1684, tendo sido sepultado dentro da Igreja e tendo-lhe sido feitos 3 ofícios de 5 padres. S.m.n. 685. Maria Gonçalves faleceu na Lageosa, a 25.09.1678. S.m.n. 686. Fernão Vaz, baptizado na Lageosa, a 02.06.1634 (padrinhos António Gil e Beatriz Francisca). Casou na mesma freguesia, a 14.09.1649, com 687. Maria Martins, baptizada na Lageosa a 05.03.1634 (padrinhos João Gomes de Paiva e Maria Fernandes Centena).

72 Provavelmente filho de João Pinto e de sua mulher Maria Machado, moradores em Açores, onde Maria Machado morreu a 03.02.1635. 73 É muito provável que esta Ana Dias Cabral descendesse de Diogo Gonçalves Cabral e de Leonor Francisca, que viveram na Ratoeira, sendo assim descendente dos Cabrais de Belmonte D. Clara do Nascimento Mendes de Almeida, avó de António Machado de Faria, tal como ele refere na nota manuscrito publicada.

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696. Manuel Francisco, crismado em Celorico por D. Francisco de Castro, em 1630. Faleceu na Lageosa, com testamento de que foi testamenteiro seu irmão Domingos Manuel, a 23.10.1643, tendo sido enterrado na Igreja, junto ao arco da capela. Casou, na Lageosa, a 23.11.1642. 697. Maria Gomes casou duas vezes. A primeira, com Manuel Francisco (acima). A segunda, também na Lageosa, a 14.12.1647 (tendo sido dispensados em 4.º grau em linha direita com cópula por Sua Santidade) com Domingos Manuel do Forno, da Ratoeira, falecido a 18.05.1659, sem testamento, tendo sepultado dentro da Igreja, junto ao altar do Nome de Jesus; filho de Domingos Manuel e de Beatriz Salvada. C.g. também do segundo casamento. 700. Domingos Antunes, da Ratoeira. Casou na Lageosa, a 23.06.1652 com 701. Maria Nunes, da Lageosa. 702. Francisco de Pina, morador no Minhocal, s.m.n. 703. Maria Botelho, s.m.n. 756. Estêvão Fernandes, do Maçal do Chão, s.m.n. 757. Maria João, do Maçal do Chão, s.m.n.

9.os Avós 1278. António Rodrigues, do Monte Janalvo, freguesias de Casas do Rio. S.m.n. 1360. António Gil faleceu na Lageosa do Mondego, a 20.01.1656, tendo sido enterrado dentro da Igreja, “junto à arca do azeite”. S.m.n. 1361. Maria Gonçalves, s.m.n. 1364. João Gonçalves, da Lageosa, s.m.n. 1365. Maria Francisca, da Lageosa, s.m.n. 1366. João Nunes, Juiz da Igreja da Lageosa (1636), s.m.n. 1367. Guiomar Francisca, da Lageosa, s.m.n. 1372. Fernão Vaz faleceu na Lageosa, a 31.01.1659, sem testamento, tendo sido sepultado fora da Igreja, numa campa no adro para a parte do norte “na dereitura da porta travessa”. S.m.n. 1373. Maria Gonçalves, s.m.n. 1374. Bartolomeu Gil, o moço, faleceu na Lageosa, a 20.02.1657, sem testamento, tendo sido sepultado “debaixo do caixão do Senhor”. Casou na mesma freguesia, a 19.01.1631, com 1375. Maria Nunes ou Martins, de Cadafaz. 1392. Manuel Francisco, já referido no n.º 568. S.m.n. 1393. Maria Gomes, já referida no n.º 569. S.m.n. 1394. Domingos Dias (Cabral)74 faleceu na Lageosa, a 18.10.1649, tendo sido enterrado dentro da Igreja, junto ao altar de Nossa Senhora.

74 Identifico este Domingos Dias, que aparece nos primeiros registos paroquiais da Lageosa, com Domingos Dias Cabral, referido por Alão de Morais na sua Pedatura Lusitana, vol. IV, tomo II, p. 334, como tendo casado na Lageosa. Esta minha suposição baseia-se na cronologia e no facto de duas filhas deste Domingos Dias usarem o apelido Gomes, que lhes vinha de sua avó paterna, Ana Gomes, da Ratoeira, referida por Alão de Morais, e um filho – o único varão que encontrei, Domingos Cabral - usar o nome próprio e o apelido de família de seu avô.

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1395. Beatriz Francisca faleceu na Lageosa, a 19.03.1649, tendo sido enterrada no meio da Igreja. 1400. Domingos Antunes, morador na Ratoeira, s.m.n. 1401. Maria Mendes, s.m.n. 1402. Gaspar Martins, s.m.n. 1403. Maria Nunes faleceu na Lageosa, a 22.05.1660. S.m.n.

10.os Avós 2748. Bartolomeu Gil, o velho, faleceu na Lageosa, a 04.03.1660, tendo sido enterrado na Igreja, “junto ao caixão do Santíssimo Sacramento”. S.m.n. 2749. Ana Fernandes faleceu na Lageosa, a 08.06.1638, tendo sido enterrada na Igreja, junto à porta principal. S.m.n. 2750. Filipe Nunes, s.m.n. 2751. Isabel Gonçalves, s.m.n. 2788. Domingos Dias Cabral parece que não casou, mas teve o filho acima de 2789. Ana Gomes, da Ratoeira. S.m.n.

11.os Avós 5576. Diogo Gonçalves Cabral casou na Ratoeira com 5577. Leonor Francisca, s.m.n.

12.º Avô 11152. Afonso Dias Cabral casou na Ratoeira.

13.os Avós 22304. Diogo Gonçalves Cabral75. Morou na Lageosa, onde casou com 22305. Ana de Bulhões

75 É o primeiro com que Alão de Morais inicia o seu título “Cabraes da Beira”. É também referido também por Felgueiras Gayo, Nobiliário das Famílias de Portugal, título Cabral, §12, N1. Como não há concordância sobre a sua ascendência, não avanço nela.

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Brasão dos Cabrais, da autoria de Américo Carneiro.

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