Geotecnologias à cartografia temática: fundamentos e iniciação - IBGE on-line, Estatcart e DIVA-GIS

July 6, 2017 | Autor: Cleverson Reolon | Categoria: Geography, Geographic Information Systems (GIS)
Share Embed


Descrição do Produto

Geotecnologias à cartografia temática: fundamentos e iniciação IBGE on-line, Estatcart e DIVA-GIS

Cleverson Alexsander Reolon

ASSOCIAÇÃO DOS GEÓGRAFOS BRASILEIROS SEÇÃO LOCAL DE M. C. RONDON

CLEVERSON ALEXSANDER REOLON

GEOTECNOLOGIAS À CARTOGRAFIA TEMÁTICA: FUNDAMENTOS E INICIAÇÃO – IBGE ON-LINE, ESTATCART E DIVA-GIS

ASSOCIAÇÃO DOS GEÓGRAFOS BRASILEIROS SEÇÃO LOCAL DE M. C. RONDON

2008

Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação (CIP) (Biblioteca da UNIOESTE – Campus de Marechal Cândido Rondon – PR., Brasil)

R424g

Reolon, Cleverson Alexsander Geotecnologias à cartografia temática: fundamentos e iniciação - IBGE on-line, Estatcart e DIVA-GIS/ Cleverson Alexsander Reolon. – Marechal Cândido Rondon: AGB, 2008. 99 p.

ISBN: 978-85-7644-129-8

1. Geografia. 2.Cartografia. 3. Sistema de Informação Geográfica.II. Título. CDD 526 CIP-NBR 12899

Ficha catalográfica elaborada por Helena Soterio Bejio CRB-9/965

Comissão Editorial Djoni Roos Diane Daniela Gemelli Fernando Heck Gabriel Rodrigues da Silva Ivanildo Vieira Lima João Edmilson Fabrini Leandro Daneluz Gonçalves Leandro Neri Bortoluzzi Marcelo Dornelis Carvalhal Solange Queiroz Ribeiro Terezinha Brumatti Carvalhal

Diretoria Executiva (Gestão 2007/2009) Diretor: Ivanildo Vieira Lima Vice-Diretor: João Edmilson Fabrini Secretários(as): Diane Daniela Gemelli Leandro Neri Bortoluzzi Tesoureiro: Marcelo Dornelis Carvalhal Walter Junior Ferrari Secretária de Publicação: Terezinha Brumatti Carvalhal Secretário de Divulgação: Djoni Roos

Endereço: Associação dos Geógrafos Brasileiros (AGB), Seção Local de Marechal Cândido Rondon Rua Pernambuco, 1777 – Centro, prédio da UNIOESTE Marechal Cândido Rondon – Paraná – Brasil CEP: 85960-000 Fone: (45) 3284-7870 e-mail: [email protected]

SUMÁRIO

Introdução........................................................................................................... 06 1 Fundamentos básicos dos Sistemas de Informações Geográficas (SIG’s).................................................................................................................. 10 1.1 Definições e usos ........................................................................................... 10 1.2 Tipos de camadas ou níveis de informação de um SIG ................................. 11 1.2.1 Estrutura de codificação dos dados geográficos ......................................... 11 1.2.1.1 Vetorial ..................................................................................................... 11 1.2.1.2 Raster....................................................................................................... 11 1.2.2 Tipos de variáveis geográficas .................................................................... 11 1.2.2.1 Variáveis discretas ................................................................................... 12 1.2.2.2 Variáveis contínuas .................................................................................. 12 1.3 Tipos e fontes de dados e informações.......................................................... 12 1.3.1 Fontes de informação.................................................................................. 12 1.3.1.1 Primária .................................................................................................... 12 1.3.1.2 Secundária ............................................................................................... 12 1.3.2 Tipos de dados............................................................................................ 13 1.3.2.1 Numéricos ................................................................................................ 13 1.3.2.1.1 Inteiros (integer) .................................................................................... 13 1.3.2.1.2 Reais (double) ....................................................................................... 13 1.3.2.1.3 Binários ................................................................................................. 13 1.3.2.1.4 Data....................................................................................................... 13 1.3.2.2 Texto (String)............................................................................................ 14 1.3.2.3 Objetos ..................................................................................................... 14 2 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) .................................. 15 2.1 Consulta ao banco de dados do IBGE ........................................................... 18 2.2 Geração de planilhas de dados do IBGE ....................................................... 23 2.3 Geração de cartogramas no site do IBGE...................................................... 36 3 Sistema de Recuperação de Informações Georreferenciadas (Estatcart)............................................................................................................ 45 3.1 Noções de uso ............................................................................................... 45 3.2 Geração de cartogramas................................................................................ 46 3.3 Criação de novos indicadores de consulta ..................................................... 54

4

3.4 Consulta a cartogramas elaborados com indicadores personalizados........... 59 3.5 Criação de regiões personalizadas ................................................................ 63 3.6 Recuperação de camadas de regiões personalizadas................................... 67 3.7 Exportação de planilha de indicadores consultados e criação de gráficos..... 69 4 Diva-GIS ........................................................................................................... 74 4.1 Apresentação ................................................................................................. 74 4.2 Funcionamento do DIVA-GIS ......................................................................... 74 4.3 Inserção de camadas de informações (layers) em um projeto ....................... 75 4.4 Consulta à tabela de atributos........................................................................ 76 4.5 Ajuste das propriedades visuais de uma camada de informações................. 78 4.5.1 Símbolo único (single) ................................................................................. 79 4.5.2 Valor único (unique) .................................................................................... 80 4.5.3 Classes de valores (classes)....................................................................... 81 4.6 Inserção e ajuste de uma nova camada em um projeto existente.................. 82 4.7 Inserção de um mapa de localização (overview map).................................... 83 4.8 Ajuste do layout (design) de um projeto ......................................................... 83 4.8.1 Inserção de um mapa.................................................................................. 85 4.8.2 Inserção de uma legenda ............................................................................ 85 4.8.3 Inserção da escala ...................................................................................... 86 4.8.4 Inserção de um elemento de orientação geográfica.................................... 86 4.8.5 Inserção de um mapa de localização .......................................................... 86 4.8.6 Inserção de um título no layout ................................................................... 87 4.9 Impressão e exportação de um layout ........................................................... 87 4.9.1 Impressão.................................................................................................... 87 4.9.2 Exportação .................................................................................................. 88 4.10 Execução de uma consulta de informações ................................................. 89 4.10.1 Construtor de consulta simples ................................................................. 89 4.10.2 Construtor de consulta avançado .............................................................. 91 4.11 Execução de uma filtragem de informações................................................. 92 4.11.1 Valor único ................................................................................................ 92 4.11.2 Valores múltiplos ....................................................................................... 93 4.12 Criação de um arquivo de anotações a partir de uma consulta existente .... 94 4.13 Conversão de polígonos selecionados para um novo arquivo shapefile ...... 95 Considerações finais ......................................................................................... 96

5

Referências ......................................................................................................... 98 Anexo I ................................................................................................................ 99

INTRODUÇÃO

Mapas são instrumentos de localização espacial que acompanham o histórico desenvolvimento da humanidade, acreditando-se terem surgido muito antes da escrita. Desde esboços feitos no solo, gravuras em rochedos, até placas de barro cozidas foram utilizados para orientação ao deslocamento. Os gregos, por intermédio de Ptolomeu, no século I d.C., deram o primeiro grande impulso científico à cartografia, ao desenvolver projeções adequadas à representação do globo terrestre sobre superfícies planas. A Idade Média, porém, dificultaria em muito o desenvolvimento científico que florescia na Europa. Daí em diante, até o Renascimento, os mapas teológicos tomaram conta do cenário, retratando Jerusalém, a cidade sagrada do cristianismo, como o centro do mundo e do universo. Mais tarde, a progressiva retomada dos conhecimentos gregos, as evoluções da ciência matemática e dos mecanismos de impressão impulsionariam novamente o desenvolvimento da cartografia, que também deve muito às grandes expedições marítimas dos séculos XV e XVI e às duas grandes guerras mundiais ocorridas no século XX. Com a conseqüente divisão e representação do globo terrestre em meridianos e paralelos, considerando-se também a altitude, conceitos que integram o sistema de coordenadas geográficas, o resultado foi maior precisão cartográfica e, em corolário, maior confiabilidade para a realização de navegações aéreas, marítimas e terrestres, pois grandes formações montanhosas, banquisas e outras formas de obstáculos, naturais e artificiais, passaram a ter sua localização mais eficazmente prevista. Todavia, dois instrumentos técnicos em particular, inventados e aperfeiçoados a partir de meados do século XX – o computador e o satélite –, contribuíram para aprimorar em muito a acurácia das representações cartográficas, já que tornaram possível a criação do Sistema de Posicionamento Global (GPS)1, isto é, um aparato tecnológico que permite determinar a localização imediata e praticamente precisa, na forma de coordenadas geográficas, de qualquer pessoa ou 1

Global Positioning System, em inglês.

7

objeto portador de um aparelho receptor/processador de sinais emitidos por um conjunto específico de satélites. O sucesso proporcionado pelo avanço tecnológico relacionado à ciência cartográfica, contudo, não pode ser compreendido caso não se leve em consideração o elemento informação. Satélites circulando constantemente na órbita terrestre, registrando imagens do solo e do subsolo de nosso planeta, que são transmitidas e processadas em estações espaciais para, posteriormente, serem divulgadas ou transformadas em mapas de uso determinado, ao tempo que, em solo, pesquisadores realizam levantamentos topográficos, aerofotogramétricos e outros de natureza semelhante, com auxílio do GPS, de modo sistemático, resultam em grande volume de dados informacionais geográficos. Soma-se a isso a implementação de pesquisas realizadas no âmbito das ciências humanas, sociais aplicadas, ambientais, etc., cujo insumo são dados populacionais, econômicos e naturais que possuem relação com sua localização espacial. Esta jornada pelo conhecimento resulta, muitas vezes, num volume de dados tal que, mesmo se considerando uma quantidade relativamente mínima, é de difícil análise. Todavia, amparando-se na gradativa evolução da ciência e da engenharia da computação e, conseqüentemente, no rápido aperfeiçoamento e popularização dos computadores pessoais, alguns softwares (programas de informática) e recursos computacionais cartográficos de interface amigável têm sido desenvolvidos para facilitar e agilizar a análise de tais dados, como é o caso dos Sistemas de Informações Geográficas (SIG’s)2. Os SIG´s, disseminados com o auxílio da rede mundial de computadores, tornaram a utilização de mapas algo cotidiano na sociedade moderna, com propósitos que variam entre fins civis a militares. Aos profissionais da ciência geográfica, especificamente, os mapas são instrumentos de trabalho, sendo não apenas úteis, mas fundamentais, tanto para o aprendizado quanto para o ensino, além de serem largamente empregados em trabalhos técnicos e de divulgação científica.

2

Geographic Information System (GIS), em inglês.

8

Visando o apoio ao desenvolvimento da ciência geográfica, além de apresentar os fundamentos básicos dos SIG´s, abordando os conceitos mais usuais, o objetivo desta apostila consiste na demonstração e ensinamento dos procedimentos elementares de visualização, consulta, manipulação, tratamento e análise de informações geográficas e geração de mapas temáticos3, ou cartogramas, com uso de determinados recursos computacionais, disponibilizados na internet pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e dos softwares cartográficos Estatcart e DIVA-GIS. Esta apostila está dividida em quatro capítulos. Cada capítulo, com exceção do primeiro, pode ser lido e compreendido independentemente dos demais, desde que a ordem de leitura de seus subitens seja respeitada. Ao final dela, devido à maneira absolutamente didática de sua abordagem, acompanhada de exercícios práticos sugeridos e demonstrados passo a passo, cada leitor deverá estar apto a por em prática os conhecimentos que se procura transmitir. Salienta-se que a prática dos exercícios sugeridos e demonstrados no Capítulo 2 requer uma conexão com a internet e, para os Capítulos 3 e 4, a instalação dos softwares Estatcart e DIVA-GIS, além do armazenamento, no disco rígido do computador, de uma cópia das bases cartográficas a serem utilizadas. O Estatcart pode ser adquirido a baixo custo mediante pedido à Loja Virtual do IBGE, pelo site , ou emprestado nas bibliotecas depositárias do IBGE, enquanto o DIVA-GIS e as bases cartográficas encontram-se no CD em que está contida esta apostila. Informações adicionais sobre o DIVA-GIS, assim como novas versões, podem ser adquiridas no site . As bases cartográficas correspondem a três conjuntos de arquivos do tipo shapefile, cujas camadas de informações geográficas, segundo sua nomenclatura, representam: ƒ

– informações do Censo Demográfico de 2000, segundo os municípios brasileiros;

3

Mapas temáticos dizem respeito a um tipo de representação, de qualquer escala, cujo foco são as informações exibidas em seu interior, podendo contemplar uma infinidade de objetivos, como apresentar a distribuição populacional de uma determinada área, sua densidade demográfica, a distribuição das indústrias ou das ocorrências de alguma doença epidêmica, etc.

9

ƒ

– informações territoriais das unidades federativas do Brasil;

ƒ

– limites entre os países do mundo.

A descrição da nomenclatura dos campos da tabela de atributos da camada

de

informações

apresentada no Anexo I.

geográficas

denominada



é

1 FUNDAMENTOS BÁSICOS DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÕES GEOGRÁFICAS (SIG’S)

1.1 Definições e usos Basicamente, um SIG consiste um sistema de informação destinado ao armazenamento,

manipulação

e

análise

de

informações

geográficas,

ou

georreferenciadas, isto é, que estão relacionadas com a sua localização espacial. Sendo assim, a característica principal de um SIG está relacionada ao seu modo de operação, baseado em componentes espaciais (uma posição geográfica definida no globo terrestre) e não-espaciais (os atributos dos componentes espaciais, onde se definem propriedades e valores dos mesmos). As informações geográficas, projetadas em camadas por meio das feições ou classes de feições de um mapa, dizem respeito a uma abstração da realidade. Essas camadas de informações podem ilustrar o arranjo de elementos que compõem a paisagem terrestre ou a ocorrência de fenômenos naturais ou socioeconômicos, referindo-se, por exemplo, aos elementos que compõem a paisagem (topografia, hidrografia, formações geológicas, tipos de solo, edificações, vias de transporte, equipamentos urbanos, etc.), à dinâmica dos fenômenos naturais (pluviometria, ocorrência de tempestades, deslizamentos de solo, abalos sísmicos, distribuição das espécies da fauna e flora, etc.) ou à dinâmica territorial, social ou econômica do espaço. Ao contrário do que possa parecer, a geração de mapas não consiste o eixo central dos SIG´s, embora todos, ou, pelo menos, quase todos, ofereçam algum tipo de suporte para esta operação. Sendo assim, deve-se estar ciente de que alguns programas do gênero são inadequados quando se deseja gerar mapas de alta definição, especialmente visando sua impressão.

11

1.2 Tipos de camadas ou níveis de informação de um SIG Os tipos de camadas de informações geográficas, ou níveis de informação, de um SIG são classificados conforme a estrutura de codificação dos dados geográficos representados.

1.2.1 Estrutura de codificação dos dados geográficos A forma de armazenamento e representação dos dados geográficos em um SIG segue dois padrões: ƒ

Armazenamento e representação de dados em formato vetorial;

ƒ

Armazenamento e representação de dados em formato raster.

Alguns SIG’s podem operar simultaneamente com ambos os tipos de dados.

1.2.1.1 Vetorial: Consistem em tipos de dados geográficos configurados por pontos, linhas e polígonos gráficos.

1.2.1.2 Raster: Consistem em dados geográficos configurados por pixels, ou seja, correspondem a uma imagem, propriamente dita. As imagens de satélite, por exemplo, constituem camadas de informações geográficas do tipo raster.

1.2.2 Tipos de variáveis geográficas Assim como a estrutura de codificação dos dados geográficos, existem dois tipos de variáveis geográficas: discretas e contínuas.

12

1.2.2.1 Variáveis discretas: Constituem elementos que se encontram separados uns dos outros em determinada camada de informações geográficas. Estes tipos de variáveis estão presentes nos modelos vetoriais.

1.2.2.2 Variáveis contínuas: Se representam mediante o agrupamento de pixels, onde, na realidade, cada pixel possui um valor. As camadas de informações geográficas

constituídas

por

dados

vetoriais

empregam

esta

forma

de

armazenamento de valores. Comumente, as camadas de informação representadas por variáveis contínuas ilustram a elevação do terreno, a precipitação, os níveis de acidez do solo, a temperatura, etc.

1.3 Tipos e fontes de dados e informações

1.3.1 Fontes de informação As operações desempenhadas pelos SIG´s possuem rigor matemático, sendo, a cada novo software lançado, ampliadas suas escalas de precisão em cálculos. Mesmo assim, ou devido a isso, seja imprescindível que o usuário de SIG conheça as fontes de seus dados informacionais, zelando pela confiabilidade dos resultados de sua pesquisa. Conforme a natureza, existem dois tipos de fontes de dados utilizados por pesquisadores em geral: primária e secundária.

1.3.1.1 Primária: Corresponde ao tipo de informação coletada pelo próprio pesquisador mediante, por exemplo, a aplicação de inquéritos.

1.3.1.2 Secundária: Diz respeito às informações ou dados estatísticos coletados por terceiros e apresentados em livros, sites da internet, institutos de pesquisa, etc. Além

13

do acesso a este tipo de informações e dados, é importante que se conheça os procedimentos de coleta e tabulação dos mesmos. Entidades como o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas

(IPEA),

o

Departamento

Intersindical

de

Estatística

e

Estudos

Socioeconômicos (DIEESE), dentre outros, costumam ser boas fontes de informações secundárias de âmbito nacional e até mesmo internacional.

1.3.2 Tipos de dados As bases de dados associadas a um SIG são compostas por campos de atributos numéricos, de texto (string) e de objetos.

1.3.2.1 Numéricos Estão divididos, principalmente, em inteiros (integer), reais (double), binários e data.

1.3.2.1.1 Inteiros (integer): Inclui qualquer espécie de número, positivo ou negativo, desde que não seja fracionado.

1.3.2.1.2 Reais (double): Corresponde a todo e qualquer tipo de número, seja positivo ou negativo, inteiro ou fracionado.

1.3.2.1.3 Binários: Representa um tipo especial de informação, como certo ou falso, sim ou não, etc.

1.3.2.1.4 Data: É um tipo especial de dado numérico, representado por datas.

14

1.3.2.2 Texto (string) Caracteres de texto são utilizados para descrever as características nominais ou para adjetivar as feições que compõem uma camada de informações geográficas.

1.3.2.3 Objetos As bases de dados de SIG’s recentes possuem a capacidade de armazenar imagens e geometrias que definem os pontos, linhas e polígonos de uma camada de informações mediante formatos numéricos binarianos.

2 INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE)4 O IBGE é uma fundação pública da administração federal brasileira que foi criada em 1934 e instalada em 1936 com o nome de Instituto Nacional de Estatística; seu fundador e grande incentivador foi o estatístico Mário Augusto Teixeira de Freitas. Constituído na forma de fundação pública, o IBGE está vinculado ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão do governo federal, possuindo quatro diretorias e dois outros órgãos centrais, contando, ainda, com uma rede nacional de pesquisa e disseminação, composta por: ƒ

27 Unidades Estaduais – 26 nas capitais dos estados e 1 no Distrito Federal;

ƒ

27 Setores de Documentação e Disseminação de Informações – 26 nas capitais e 1 no Distrito Federal;

ƒ

27 Supervisões de Base Territorial – 26 nas capitais e 1 no Distrito Federal;

ƒ

533 Agências de Coleta de Dados situadas nos principais municípios do país;

ƒ

1 sede localizada na cidade do Rio de Janeiro, onde também estão instaladas cinco diretorias e uma escola: DE (Diretoria Executiva); DPE (Diretoria de Pesquisas); DGC (Diretoria de Geociências); DI (Diretoria de Informática); CDDI (Centro de Documentação e Disseminação de Informações); e ENCE (Escola Nacional de Ciências Estatísticas). A DPE é responsável pelo planejamento e coordenação

das

pesquisas

de

cunho

estatístico

e

pelo

processamento dos dados colhidos pelas Unidades Estaduais; a DGC é responsável pela cartografia básica, pelo sistema geodésico nacional, pelo levantamento de recursos ambientais e pela coordenação de estudos geográficos; o CDDI é responsável pela

4

Os créditos desta seção (item 2, não expansivo aos subitens) são atribuídos à Wikipédia (2007).

16

documentação e pela divulgação das informações produzidas pelo Instituto, bem como pela coordenação dos 27 SDDI’s do país; e a ENCE, além de ser responsável pelo treinamento dos servidores do IBGE, é uma instituição federal de ensino superior que oferece cursos de Bacharelado em Estatística, Especialização em Análise Ambiental e Gestão do Território e Mestrado em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais. O IBGE, portanto, possui atribuições ligadas às geociências e estatísticas sociais, demográficas e econômicas do país, competindo-lhe a realização de censos e organização das informações obtidas nesses censos para suprir órgãos públicos de esfera federal, estadual e municipal ou outras instituições, além do público em geral. Dentre as modalidades de censo realizados pelo IBGE, incluem-se o Censo Demográfico e o Agropecuário e a Contagem da População. O Censo Demográfico corresponde, grosso modo, à coleta e tabulação de um conjunto de dados estatísticos sobre a população de um país. No Brasil, os censos demográficos são realizados de 10 em 10 anos. A Contagem de População é realizada entre o intervalo de dois censos demográficos, tendo como objetivo a atualização dos dados referentes ao número de habitantes, todavia, nem sempre é aplicada em todos os municípios do país. A primeira contagem de população foi realizada em 1996, não só para atualizar os dados populacionais, mas principalmente devido ao surgimento de novos 1.500 municípios após o Censo Demográfico de 1991. A segunda Contagem da População está foi realizada em 2007, sendo de grande importância para os municípios, uma vez que o repasse anual de verbas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), realizado pela União, é determinado, principalmente, pelas estimativas de variação populacional fornecidas pelo IBGE. Finalmente, o Censo Agropecuário se refere ao levantamento de informações sobre estabelecimentos agropecuários, florestais e/ou aqüícolas de todos os municípios de um país. O objetivo da pesquisa é fornecer informações sobre aspectos econômicos, sociais e ambientais da atividade agropecuária. O mais recente Censo Agropecuário do Brasil é o de 2007.

17

No que respeita ao sigilo das informações coletadas nos diversos censos realizados no Brasil, a legislação vigente, de acordo com o Decreto Federal n. 73.177, de 20 de novembro de 1973, e com a Lei n. 5.534, de 14 de novembro de 1968, modificada pela Lei n. 5.878, de 11 de maio de 1978, dispõe que elas se destinam, exclusivamente, a fins estatísticos e não poderão ser objeto de certidão e nem terão eficácia jurídica como meio de prova. Além dos censos, o IBGE também coordena e desenvolve outras pesquisas de caráter permanente, além de divulgar, com freqüência, a variação de determinados índices econômicos. Dentre as pesquisas permanentes, realizadas pelo IBGE, estão, entre outras: a Pesquisa Anual da Indústria (Modelo Completo) (PIA-C); a Pesquisa Anual da Indústria (Modelo Simplificado) (PIA-S); a Pesquisa Anual da Indústria (Produto) (PIA-Prod); a Pesquisa Anual da Indústria da Construção (PAIC); a Pesquisa Anual do Comércio (Modelo Simplificado) (PAC-S); a Pesquisa Anual do Comércio (Modelo Completo) (PAC-C); a Pesquisa Anual dos Serviços (PAS); a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD); a Pesquisa Mensal de Emprego e Salário (PIMES); e a Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF). Dentre os principais índices econômicos monitorados e divulgados pelo IBGE se incluem o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e o Índice Nacional da Construção Civil (INCC). Além disso, o IBGE publica informações sobre o Sistema de Contas Nacionais, possibilitando uma visão de conjunto da economia do país. É importante salientar que o Sistema de Contas Nacionais do IBGE segue as mais recentes recomendações das Nações Unidas, expressas no Manual de Contas Nacionais – System of National Accounts 1993 (SNA) –, incluindo o cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) e a Matriz de Insumo-Produto. Por fim, ressalta-se que todas as estatísticas recentes do IBGE são publicadas em seu site . No banco de dados da Instituição também é possível obter acesso a dados estatísticos inerentes às pesquisas mais antigas.

18

2.1 Consulta ao banco de dados do IBGE O IBGE possui um banco de dados virtual onde são disponibilizadas informações estatísticas de diversas pesquisas realizadas pelo Instituto. Todavia, como a informática é um fato relativamente novo, os dados de alguns níveis territoriais não cobrem todos os anos de atuação de IBGE, correspondendo apenas aos períodos mais recentes. Mas dependendo do tema em que se enquadra a variável estatística desejada, como população, por exemplo, pode-se obter uma seqüência temporal satisfatória para o equacionamento de muitas pesquisas, seja qual for o nível territorial que se queira utilizar. Para se ter acesso ao Banco de Dados Agregados do IBGE, o Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA), faz-se necessária uma conexão com a internet, seja ela discada, via cabo ou via rádio. Uma vez conectado à internet, podese acessar o SIDRA clicando-se sobre o link , presente na página inicial do IBGE

,

ou

através

do

seguinte

endereço

eletrônico:

. No Banco de Dados do IBGE, percebe-se, em sua página inicial, que as variáveis estatísticas podem ser localizadas segundo a pesquisa da qual derivam, pelo tema em que se enquadram ou pela correspondência que possuem com o espaço geográfico, definida pelo nível territorial ao qual se referem. Caso o pesquisador conheça o número da tabela que possui as variáveis estatísticas desejadas, também existe a opção de se executar a consulta desta maneira (Figura 1).

19

Figura 1

Localizar-se-á, como exemplo, a variável estatística desejada listando-se, inicialmente, os , disponíveis no link do menu . Nota-se que todos os níveis territoriais que possuem variáveis estatísticas disponíveis para consulta são mostrados na tela (Figura 2).

20

Figura 2

Hipoteticamente, ter-se-ia interesse em conhecer a população residente em cada estado do Brasil, segundo a situação de domicílio (rural ou urbana) dos moradores, no ano de realização do último Censo Demográfico do país. Neste caso específico, o nível territorial desejado corresponderia, então, à . Clicando-se neste link, são relacionados, na página seguinte, os temas nos quais as variáveis estatísticas disponíveis para o nível territorial escolhido estão enquadradas (Figura 3). Como a variável desejada é população residente, deve-se clicar no tema .

21

Figura 3

Percebe-se que o tema População é extenso, desta forma, ele está dividido em sub-temas, que serão listados após sua escolha. Dentre os sub-temas disponíveis para consulta, dever-se-á, por critério da variável estatística desejada, optar por . Caso se queira obter maiores informações sobre as tabelas associadas ao tema a ser escolhido, deve-se clicar no ícone . O próximo e último passo corresponde à escolha da tabela que contém a variável estatística que se pretende consultar. As tabelas que contém as variáveis estatísticas correspondentes ao nível territorial escolhido são listadas na tela segundo a numeração que lhes fora atribuída pelo IBGE, orientada segundo a ordem alfabética de suas identificações (Figura 4).

22

Figura 4

Note-se que, da mesma forma como na tela anterior, o ícone

também está disponível desta vez, sendo útil para obtenção de

informações a respeito da tabela a ser consultada. Neste exemplo utilizado, percebe-se que muitas tabelas contêm as variáveis estatísticas desejadas, como a , a , a , a , a etc., bastando escolher qualquer uma delas para se ter acesso a tais variáveis. Todavia, a quantidade de opções diminui à medida que o número de atributos relacionados ao nível territorial selecionado aumenta. Desse modo, visando a economia de tempo, caso se pretenda realizar a mesma consulta futuramente, é importante que se registre o número da tabela acessada, quanto mais se o nível territorial pretendido for menos restritivo em termos de número de variáveis a ele associadas, como no caso de , por exemplo.

23

2.2 Geração de planilhas de dados do IBGE Após selecionar a tabela que contém as variáveis estatísticas que se deseja consultar, o usuário deverá estar diante da janela , do SIDRA (Figura 5).

Figura 5

Seguindo-se o exemplo do item 2.1, optou-se pela utilização da (Figura 6 – A).

24

Figura 6

(A)

(B) (C)

(E) (D)

(F)

(G)

(H) (I) (J)

(K)

(L) (M) (N)

Logo abaixo do nome e identificação da tabela em uso, mostra-se a quantidade total de valores resultantes do cruzamento das variáveis estatísticas e seus atributos com as unidades territoriais que compõem o nível territorial escolhido (Figura 6 – B). Como se verá mais adiante, esta é uma informação importante e que deve ser levada em consideração, pois definirá se a planilha poderá ser gerada imediatamente pelo sistema ou não. Note-se que, conforme são selecionados os atributos que irão compor a planilha a ser gerada, os valores da matriz multidimensional se alteram. Na Figura 6 – C pode-se visualizar o nome da variável estatística selecionada, neste caso sendo a , que deverá ser mantida tal qual como está. Em seguida, têm-se os atributos que podem ser incorporados à variável com que se está trabalhando – Sexo: , e ; Situação do domicílio: , e ; e Ano(s): , , , e (Figura 6 – D). Mantendo-se as teclas ou do teclado pressionadas enquanto clica-se com o botão do mouse posicionando-se

25

seu cursor sobre os atributos listados, pode-se realizar uma seleção múltipla. De acordo com a planilha que se deseja gerar, dever-se-á selecionar os seguintes atributos: ƒ

Sexo: ;

ƒ

Situação do domicílio: e ;

ƒ

Ano(s): .

Todavia, como informações complementares à pesquisa, resolveu-se agregar outros atributos à planilha: ƒ

Situação do domicílio: ;

ƒ

Ano(s): , e .

Ao lado direito de cada campo de atributos existe uma opção complementar que deve ser alterada conforme os atributos que se deseja integrar à planilha a ser gerada (Figura 6 – E). Caso se opte pela opção , apenas os atributos listados no campo ao lado e que estiverem selecionados serão integrados à planilha. A opção indica que os valores de todos os atributos listados no campo serão somados e apresentados em uma única coluna na planilha. Já a opção irá agregar à planilha, em colunas individuais, todos os atributos listados. Sendo assim, deve-se escolher as seguintes opções, conforme o conjunto de atributos ao qual se refere cada uma: ƒ

Sexo: ;

ƒ

Situação do domicílio: ;

ƒ

Ano(s): .

No canto direito da janela existem outras opções – , e e , , , e – que se referem à posição que a identificação de cada atributo, e também a variável e a unidade territorial escolhidas, irão ocupar na planilha (Figura 6 – F e G). Normalmente, estas opções não são alteradas, mas em alguns casos é importante que se faça para

26

facilitar a apresentação dos dados na planilha. Neste caso, tais opções serão mantidas da forma como estão. Na Figura 6 – H, mostra-se uma opção de seleção que se refere exclusivamente ao ano, servindo para escolha da maneira que eles serão classificados (quando houver mais que um ano selecionado). No exemplo, optou-se pela

forma

de

classificação

padrão,

mantendo-se

selecionada

a

caixa

. Quanto às opções de escolha das unidades territoriais, às quais estarão relacionadas com o nível territorial previamente definido pelo usuário, têm-se, a princípio, duas caixas de seleção para a definição de suas identificações: e da unidade geográfica (Figura 6 – I). Optou-se por manter selecionada apenas a caixa da opção padrão . A Figura 6 – J aponta o caminho para a escolha de unidades territoriais específicas que estejam contidas dentro do nível territorial previamente selecionado. Por exemplo, caso se gerasse uma planilha com todas as unidades territoriais contidas no nível territorial escolhido, ter-se-ia a população urbana e rural, dos anos de 1970, 1980, 1991 e 2000, correspondente às 27 unidades da federação brasileiras.

27

Figura 7

Neste exemplo, entretanto, procurar-se-á pelos dados estatísticos dos estados das regiões Sul e Sudeste do país. Sendo assim, deve-se clicar na opção . Uma nova janela deverá se abrir (Figura 7). Como se percebe, a escolha das unidades territoriais pretendidas pode ser feita através de uma lista , digitando-se seus nomes, ou parte deles, ou os seus códigos –

e

;

outra

possibilidade

existente é a realização da escolha conjunta das unidades territoriais contidas no nível territorial com o qual se está trabalho – . Esta última opção normalmente facilita a escolha de unidades territoriais específicas.

Figura 8

Após a escolha da opção , outra janela, contendo os grupos de unidades territoriais

disponíveis

para

o

nível

territorial

selecionado, irá se abrir (Figura 8). Tem-se, novamente, a opção de selecionar as unidades territoriais desejadas de cada grupo por meio de uma listagem , digitando-se o nome ou o código das mesmas ou, ainda, realizandose uma busca mediante a informação de parte dos seus nomes .

28

Figura 9

Neste caso, a escolha das unidades territoriais desejadas será feita mediante a seleção dos grupos contidos em uma listagem (Figura 9). Deve-se marcar, então, as regiões Sudeste e Sul, contidas

na

lista,

e

clicar

sobre

o

botão

. Caso se queira selecionar unidades territoriais específicas, contidas dentro do grupo de unidades territoriais das regiões selecionadas, deve-se desmarcar a caixa de opção padrão e marcar a caixa . Caso exista uma seleção de unidades territoriais prévia, deve-se marcar a caixa . Após a realização deste procedimento, abrir-se-á novamente a janela . Para que a planilha seja visualizada, deve-se manter selecionada a caixa de opção (Figura 6 – K). Note-se que esta opção se acompanha de uma restrição, ou seja, a visualização da planilha é permitida somente se a matriz multidimensional resultante dos cruzamentos das variáveis estatísticas e seus atributos com as unidades territoriais que compõem o nível territorial escolhido não superar 10.000 valores. Neste exemplo, portanto, a escolha desta opção é possível. A Figura 6 – K também aponta a existência de duas caixas de seleção que possibilitam a inclusão de nota de rodapé na planilha a ser gerada, assim como sua preparação para a impressão : marque as duas opções. Antes de se clicar no botão , para a exibição da planilha, observe-se que a Figura 6 – M indica a existência de uma lista de opções de escolha do número de casas decimais que devem compor os números fracionados dos dados estatísticos. Como o número de habitantes jamais será informado de maneira fracionada, já que a existência de ½ habitante, por exemplo, não é possível, pode-se manter a opção de apresentação dos valores decimais.

29

Após

um

clique

no

botão

,

ou

depois

de

pressionadas,

simultaneamente, as teclas e (Figura 6 – N), a planilha, contendo os dados estatísticos relacionados às unidades territoriais escolhidas (regiões Sudeste e Sul do Brasil), será exibida, com nota de rodapé e pronta para ser impressa ou copiada para uma planilha do Microsoft Excel (Figura 10).

30

Figura 10

31

Caso se queira gravar a planilha em formato compatível com o Microsoft Excel, para que ela seja aberta utilizando-se este programa, deve-se desmarcar a caixa de seleção , indicada na Figura 6 – K, e marcar a caixa , apontada na Figura 6 – L. É necessário informar o nome que se deseja atribuir ao arquivo a ser salvo (como sugestão) e escolher o seu formato . Caso se deseje compactar este arquivo, deve-se marcar a caixa de seleção . Repare-se que a geração imediata do arquivo só será possível caso a matriz multidimensional resultante dos cruzamentos das variáveis estatísticas e seus atributos com as unidades territoriais que compõem o nível territorial escolhido não superar 20.000 valores. Todo este procedimento e seu resultado, obtido após um clique no botão , é ilustrado pelas Figuras 11 e 12.

Figura 11

32

Figura 12

Se uma janela semelhante a que está sendo ilustrada pela Figura 12 estiver sendo visualizada depois da realização dos procedimentos recomendados, significa que o arquivo foi gerado com sucesso.

Figura 13

Para salvar ou abrir o arquivo gerado é necessário que se clique sobre o mesmo. Abrirse-á, então, uma caixa de diálogo, chamada , onde o usuário poderá escolher entre a execução de uma ou outra operação (Figura 13).

33

Figura 14

Caso se opte pela opção , a planilha será aberta e exibida pelo Microsoft Excel. Se a opção escolhida for , devese especificar a unidade de disco e o diretório onde o arquivo deverá ser armazenado (Figura 14).

Figura 15

Quando a planilha gerada for aberta pelo Microsoft Excel, o tamanho das colunas e a altura das linhas certamente estarão desajustados em relação ao conteúdo exibido, o que é normal (Figura 15). Entretanto, depois de ajustada e configurada conforme os critérios definidos por cada usuário, a planilha gerada deverá possuir aspecto

semelhante

ilustração da Figura 16.

ao

apresentado

pela

34

Figura 16

Figura 17

É importante que se observe

que

o

formato

de

arquivo sob o qual foi gerada tal planilha corresponde ao tipo , de modo que ao se tentar salvá-la no Microsoft Excel, deverá se abrir uma caixa de diálogo solicitando a escolha da manutenção deste formato ou a conversão para um formato de arquivo gerado pelo software em uso, com extensão (Figura 15). A menos que se queira abrir este arquivo em outro programa, que suporte apenas formatos do tipo , a conversão para o tipo é importante, pois torna-o totalmente compatível com os recursos disponibilizados pelo Microsoft Excel. Como se viu no exemplo desta apostila, a planilha gerada através do recurso , disponível no Banco de Dados Agregados do IBGE, pôde ser visualizada imediatamente após a escolha das variáveis estatísticas e das unidades territoriais que iriam compô-la, já que sua matriz multidimensional possuía menos de 10.000 valores. Todavia, se muitas variáveis e unidades territoriais forem

35

selecionadas, o tamanho da matriz multidimensional correspondente pode exceder 20.000 valores, de forma que a visualização da planilha dependerá da gravação de um arquivo a posteriori. Neste caso, baseando-se na ilustração da Figura 18, além do nome e do formato do arquivo a ser gerado, deve-se selecionar entre uma das três modalidades de gravação de arquivos a posteriori: sem notificação, com notificação por e-mail ou com envio do arquivo por e-mail; sendo que, nestes dois últimos casos, será necessário informar o e-mail onde se deseja receber a notificação ou o arquivo. Repare-se, ainda, que 250.000 valores é o tamanho máximo da matriz multidimensional correspondente a qualquer planilha pretendida.

Figura 18

Selecionadas as opções desejadas, e após clicar sobre o botão , o usuário irá receber um número de sua solicitação para que possa recuperar (abrir ou salvar) o arquivo que será gerado pelo sistema. Para recuperar um arquivo solicitado, basta acessar a janela , do SIDRA, e clicar sobre a opção de visualização de gravações a posteriori efetuadas nos últimos 60 dias (período de manutenção destes arquivos no sistema), fazendo com que se abra a janela (Figura 19).

36

Figura 19

Deve-se escolher a data em que o arquivo foi solicitado e clicar sobre o mesmo, observandose tanto o número da solicitação quanto o nome do mesmo. A partir daí, deverão ser seguidos os passos

anteriormente

descritos

para salvar ou abrir um arquivo gerado no SIDRA.

2.3 Geração de cartogramas no site do IBGE A geração de cartogramas, no SIDRA, consiste um procedimento mais simples do que a geração de planilhas. A praticidade e rapidez com que se pode fazer isso representam grandes vantagens em relação à utilização de um SIG (considerando-se que as variáveis estatísticas necessárias para a geração do cartograma desejado não tenham sido devidamente incorporadas ao banco de dados do respectivo SIG). Veja-se adiante os procedimentos necessários para a geração de um cartograma que ilustra a distribuição da população urbana residente em cada uma das 27 unidades federativas do Brasil no ano de 2000, conforme ilustração da Figura 20.

37

Figura 20

Primeiramente, deve-se selecionar uma tabela adequada para a geração do cartograma pretendido; os passos a serem seguidos para gerar esta tabela estão descritos no item 2.1 desta apostila. A tabela escolhida, neste exemplo, foi a de número 202 (Figura 21 – A).

38

Figura 21

(A) (B)

(C)

(D)

(E)

(F)

(G) (H)

Figura 22

No que respeita a variável a escolhida, tem-se a opção de gerar o cartograma utilizando-se os números absolutos ou os percentuais de cada unidade territorial em relação à soma total dos valores de todas as unidades representadas no cartograma (Figuras 21 – B e 22). A Figura 21 – C indica os atributos da variável selecionada que podem ser utilizados para a elaboração do cartograma. Note-se que a seleção múltipla de atributos (teclas ou + um clique com o botão do mouse) resulta na soma dos dados correspondentes.

39

Figura 23

Neste

exemplo,

a

única

unidade

territorial disponível para escolha na caixa de opções do é

(Figura

21



D).

Contudo,

dependendo do nível territorial previamente definido, a lista de opções pode ser mais ampla. Caso

a

escolha

do

nível

territorial

correspondesse aos municípios, por exemplo, ter-se-ia que selecionar a malha cartográfica digital a ser utilizada para a elaboração do cartograma5 e também a unidade da federação (uma ou todas) à qual pertence as unidades administrativas municipais que se deseja consultar (Figura 23). Seguidamente à escolha das unidades territoriais, solicita-se a indicação do dos valores que serão plotados no cartograma (Figura 21 – E). Existem três métodos possíveis, , e : ƒ

A opção requer a indicação do número de grupos que o cartograma a ser gerado irá apresentar. Este método ordena e distribui os dados estatísticos de acordo com o número de grupos criados, fazendo com que o cartograma tenha uma distribuição homogênea de cores;

ƒ

A opção requer a informação do número de faixas a serem criadas. Este método define faixas com intervalos iguais;

5

Apenas as malhas cartográficas digitais vigentes desde 1991 estão disponíveis, englobando os seguintes níveis territoriais: Região Geográfica, Unidade da Federação, Mesorregião Geográfica, Microrregião Geográfica e Município. Sendo assim, caso se solicite a geração de um cartograma correspondente a um período de tempo anterior ao ano de 1991, será normal a existência de algumas unidades territoriais não coloridas, já que elas não existiam.

40

ƒ

A opção necessita da indicação do valor inicial e final de cada faixa. Este método permite, portanto, que o usuário especifique os intervalos das faixas.

As duas primeiras opções são as mais utilizadas. Finalmente, deve-se selecionar uma paleta de cores com as quais o cartograma será representado (Figura 21 – F) e marcar ou não as caixas de seleção referentes à configuração do layout do cartograma. Após um clique no botão , o cartograma será gerado pelo sistema, juntamente com sua e – que serão dispostas em janelas distintas – (Figuras 24, 25 e 26).

Figura 24

41

Figura 25

Figura 26

Note-se, na Figura 24, que, caso a legenda ou a tabela de conteúdo não sejam exibidas, é possível faze-lo mediante um clique no ícone

42

ou

, presentes na barra de ferramentas da

janela de apresentação do cartograma.

Figura 27

Existe a opção de imprimir ou salvar o cartograma gerado. Para tanto, deve-se clicar sobre o ícone

. Abrir-se-á,

então, a janela (Figura 27). Caso se queira realmente imprimir o cartograma, basta escolher a impressora a ser utilizada e clicar sobre o botão . Caso se deseje gravar o cartograma gerado como um novo arquivo de imagem, no computador ou na rede local, será preciso clicar no botão . Uma nova janela deverá se abrir, então, contendo o cartograma criado (Figura 28).

43

Figura 28

44

Figura 29

Passando-se o cursor do mouse sobre o cartograma, surgirá, no canto superior esquerdo do interior da janela, uma pequena barra

de

ferramentas

contendo,

dentre outros, o ícone

, permitindo que ela

seja gravada, no computador ou na rede local, como um arquivo do tipo () ou (), formato padrão do Microsoft Windows (Figura 29). Após a informação do nome da figura (optou-se por denominá-la ), o próximo e último passo é a escolha do local onde o arquivo deverá ser armazenado. Utilizando-se o Microsoft Paint, do Microsoft Windows, pode-se agrupar a legenda com o cartograma correspondente, tornando-o semelhante à ilustração da Figura 20, desta apostila.

3 SISTEMA DE RECUPERAÇÃO DE INFORMAÇÕES GEORREFERENCIADAS (ESTATCART)

3.1 Noções de uso O Estatcart é um software desenvolvido pelo IBGE. Como o próprio nome indica, o Estatcart não é um SIG, consistindo mais num sistema de visualização de informações geográficas. Todavia, o Estatcart possui um modo de operar semelhante aos SIG’s, relacionando dados espaciais com dados não-espaciais, alocados em diversas bases de dados criadas e distribuídas pelo IBGE. Estas bases de dados, chamadas Bases Estatcart de Informações Municipais, podem ser instaladas no diretório raiz do programa, sendo incorporadas e reconhecidas pelo mesmo, ampliando a quantidade de variáveis disponíveis para a pesquisa. Apesar de não ser um SIG, o Estatcart é bastante útil para a análise de informações geográficas, já que permite efetuar consultas simples, personalizadas inclusive, e geração de cartogramas com uso de diversos tipos de dados estatísticos municipais, estaduais e de âmbito nacional inerentes às pesquisas desenvolvidas pelo IBGE. Dentre as informações disponíveis para consulta no Estatcart, estão: dados do Censo Demográfico; registros administrativos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE); estatísticas dos censos educacionais; dados da Pesquisa de Assistência Médica Sanitária; dados do Ministério da Saúde referentes aos atendimentos realizados no âmbito do SUS; estimativas populacionais dos municípios do Brasil; estatísticas do Registro Civil; dados da Produção da Pecuária Municipal; estatísticas da Produção Agrícola Municipal; dados da Produção da Extração Vegetal e Silvicultura; dados referentes ao Cadastro Central de Empresas; registros administrativos do Ministério da Fazenda; dados do Departamento Nacional de Trânsito (DENATRAN), etc. Algo em que o Estatcart deixa bastante a desejar, contudo, é a forma de saída dos cartogramas gerados. Embora se possa imprimir esses cartogramas diretamente para o papel ou para arquivos do tipo – caso se possua um software que dê suporte a esta modalidade de impressão –, ou, ainda, exportá-los para arquivos de imagem, do tipo , ou vetoriais, como , todas as

46

opções resultam em trabalhos finais de baixa qualidade, tanto em termos cartográficos como de definição gráfica. Não obstante, as bases de dados do Estatcart podem ser acessadas e exportadas para planilhas de formato , suportadas pelo Microsoft Excel. Além disso, o Estatcart trabalha com camadas de informações geográficas de formato shapefile (.shp), que são suportados por diversos SIG’s, significando que, acessando-se o diretório raiz do Estatcart, poder-se-á abrir todos os arquivos que contém as camadas de informações geográficas que podem ser visualizadas no software Estatcart instalado no respectivo computador. Toda esta flexibilidade ofusca amplamente as falhas de projeto do Estatcart, fazendo dele um programa de uso essencial para pesquisadores de diversas áreas.

3.2 Geração de cartogramas No Estatcart, a geração de cartogramas é um procedimento muito simples e que também consiste em requisito prévio para a realização de qualquer operação. O cartograma disposto na Figura 30, cuja legenda está disposta no canto inferior esquerdo da tela, ilustra a distribuição do Valor Adicionado Fiscal (VAF) dos municípios do estado do Paraná no setor industrial, segundo o ano de 2003.

47

Figura 30

Como exemplo a ser seguido, irá se gerar um cartograma que represente a distribuição municipal da população paranaense, conforme o ano de 2000. No menu , da barra de tarefas do Microsoft Windows, selecione o grupo de programas e clique sobre o ícone que representa o programa, ou então abra o Estatcart através de um duplo clique sobre o seguinte ícone que se encontra na área de trabalho do Microsoft Windows:

A seguinte janela se abrirá:

48

Figura 31

Figura 32

Na janela flutuante , presente no canto esquerdo da tela do programa (Figura 32), podese navegar através das pastas e diretórios do Microsoft Windows na busca de bases de informações. Por padrão, ao iniciar, o Estatcart abre a pasta onde fora instalado pelo usuário, normalmente correspondendo à pasta , presente no disco local denominado C:, embora, no exemplo, esteja diferente. As variáveis geográficas estão agrupadas por tema no Estatcart. A nomenclatura da variável geográfica desejada, neste exemplo, é ,

conforme

a

contagem

do

Censo

Demográfico de 2000. Sendo assim, considerando-se

49

que a pasta já esteja aberta, acesse as seguintes pastas: , , , , . Após, por meio de um duplo clique, selecione o em que se pretende visualizar as informações: , neste exemplo. Irá se abrir uma nova janela flutuante, chamada , então, dê um duplo clique na opção desejada para que o cartograma seja apresentado na tela (Figura 33).

Figura 33

Caso se desconheça o tema para o qual pertence uma variável geográfica, deve-se clicar sobre o ícone

, presente na barra

de ferramentas do Estatcart, posicionada logo abaixo da barra de menus. Abrir-se-á, em seguida, uma janela intitulada , onde, no campo reservado, dever-se-á digitar o nome da variável desejada ou uma palavra-chave que a identifique, como, por exemplo, pessoas residentes (Figura 34).

50

Figura 34

Após pressionar a tecla , ou clicar sobre o botão , o Estatcart realizará uma consulta e listará as ocorrências encontradas. Utilize a barra de rolagem para verificar se a variável geográfica desejada se encontra listada nas ocorrências e, quando a encontrar, dê um duplo clique sobre a mesma para que seja gerado o cartograma6. Ao se selecionar o ícone

, presente na barra de ferramentas do Estatcart, o cursor do

mouse assumirá um formato semelhante ao de uma caneta

, de modo que, ao

passá-lo sobre o cartograma, poder-se-á, por intermédio das informações apresentadas em sua parte inferior, identificar a unidade geográfica sobre a qual o cursor está posicionado, seu código atribuído pelo IBGE e também o valor e a unidade de medida da variável associada à unidade geográfica em questão. Além disso, clicando-se sobre determinada unidade geográfica, abrir-se-á uma planilha contendo todas as informações de tal unidade inerentes à pesquisa ou tema que contenha a variável geográfica previamente selecionada pelo usuário (Figura 35).

6

Note que nem sempre as variáveis geográficas listadas nas ocorrências encontradas estão disponíveis para consulta, pois isto depende da instalação de novas bases de dados do Estatcart.

51

Figura 35

Figura 36

Se a localização da unidade geográfica pretendida for desconhecida, clique sobre o ícone

e digite ou clique duplamente sobre a unidade

geográfica pretendida, disposta na janela flutuante denominada (Figura 36). Neste exemplo, solicitou-se a localização do município de Toledo-PR. Como se percebe, a escala do cartograma se amplia de modo a evidenciar a localização da unidade geográfica pesquisada. O Estatcart também adiciona toponímias ao cartograma, facilitando a identificação da unidade geográfica em questão (Figura 37).

52

Figura 37

Caso se queira visualizar a legenda do cartograma, basta clicar sobre o ícone

, presente na barra de ferramentas do Estatcart.

Figura 38

A legenda será apresentada conforme a Figura 38, ao lado, indicando a variável correspondente, sua unidade de medida, as faixas ou categorias das cores que cada faixa representa e o número de ocorrências para cada faixa. É possível alterar as cores do cartograma, clicando-se sobre o ícone

. Também se pode escolher novas faixas, inclusive

personalizadas, para a apresentação de um cartograma, clicando-se sobre o ícone

. Como exemplo, irá se criar um

cartograma para ilustrar a distribuição espacial dos municípios do Paraná que possuem população residente superior a 100.000 habitantes, conforme as estatísticas do Censo Demográfico de 2000.

53

Figura 39

Assim, Crie um cartograma utilizando a variável ,

.

Clique

correspondente sobre

Faixas/Percentis/Categorias>

o

ao

nível

ícone

geográfico ou menor ou igual
Lihat lebih banyak...

Comentários

Copyright © 2017 DADOSPDF Inc.