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GEOTECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA – O GPS EM SALA DE AULA MALTA, J.A.O; SANTOS, E. A. ; SANTOS, B. F. ; OLIVEIRA, L. L. . GEOTECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA - O GPS EM SALA DE AULA. In: 8º Encontro Internacional de Formação de Professores e 9º Fórum Permanente de Inovação Educacional, v. 8. N°1, 2015, Aracaju. Estado, Escola e Sociedade na Perspectiva da Internacionalização: Desafios das Políticas Públicas Docentes nos Planos de Educação, 2015. BLOG DO PROF. JUDSON MALTA.

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GEOTECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO PARA O ENSINO DE GEOGRAFIA – O GPS EM SALA DE AULA Judson Augusto Oliveira Malta 1 Eline Almeida Santos 2 Bruna Fortes Santos 3 Lohan Lima Oliveira 4 GT5 – Educação, Comunicação e Tecnologias. Resumo As Geotecnologias da Informação e Comunicação (geoTICs) são ferramentas provenientes do avanço da globalização e potentes recursos para o ensino, auxiliando no desenvolvimento de atividades inovadoras e lúdicas que contribuem para o processo ensino-aprendizagem de Geografia. O objetivo do presente trabalho foi discutir o uso das geotecnologias da informação e comunicação como ferramentas pedagógicas em Geografia, tendo como método de ensino o jogo de "caça ao tesouro" associado ao GPS. Esse artigo é fruto do Projeto Geocaçadores do Conhecimento que é uma proposta pedagógica para a utilização das GeoTICs no ensino. A metodologia desenvolvida foi da pesquisaação na execução de práticas para trabalhar conteúdos e competências dentro e fora da sala de aula. As geoTICs são excelentes ferramentas pedagógicas, potencializando o aprendizado para uma experiência além da sala de aula, a competitividade, a criatividade e o contato com a natureza. Palavras-chave: GeoTics. Educação. Geocaching. Globalização. Abstract The Communication and Information geotechnologies (geoTICs) are tools developed by the advance of globalization and are also a powerful resource for education that support new approaches in geographies teaching. The objective of this study was discuss the use of information and communication geotechnology as teaching tools for Geography, with focus in the game of "treasure hunt" associated with GPS. This article is a result of the “Knowledge Geohunters Project” which is a pedagogical proposal for the use of GeoTICs in teaching. The methodology used was action-research in the implementation of practices to improve content and skills inside and outside the classroom. The geoTICs are excellent teaching tools, potentializes the learning experience for beyond the classroom, stimulating competitiveness, creativity and contact with nature. Key-words: Geotechnology. Education. Geocaching. Globalization.

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Doutorando em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de Sergipe (PPGEO/UFS), Professor da Rede Estadual de Sergipe e Pesquisador do Grupo de Geoecologia e Planejamento Territorial (GEOPLAN/UFS). E-mail: [email protected]. 2 Doutoranda em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de Sergipe (PPGEO/UFS), Professora da Rede Municipal de Indiaroba e Pesquisadora do Grupo de Geoecologia e Planejamento Territorial (GEOPLAN/UFS). E-mail: [email protected]. 3 Mestranda em Geografia pelo Programa de Pós-Graduação da Universidade Federal de Sergipe (PPGEO/UFS), Professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Sergipe (IFS) e Pesquisadora do Grupo de Geoecologia e Planejamento Territorial (GEOPLAN/UFS). E-mail: [email protected]. 4 Licenciado em Geografia pelo Departamento de Geografia da Universidade Federal de Sergipe (DGE/UFS) e Pesquisador do Grupo de Geoecologia e Planejamento Territorial (GEOPLAN/UFS). E-mail: [email protected].

1. Introdução

A tecnologia aparece como elemento dinamizador do espaço, contribuindo para a mobilidade da sociedade em rede, na qual as distâncias físicas não são mais um entrave na circulação de mercadorias, pessoas e informações, configurando a compressão espaço-tempo. A Geografia, ciência do espaço, coube interpretar essas transformações. Além de compreender o espaço como resultado das relações sociais, em que a construção dos lugares ocorre historicamente mediada pelo trabalho e pela cultura. As novas tecnologias aplicadas a Geografia (geotecnologias) aparecem como importantes instrumentos de estudo e planejamento do espaço geográfico. “As geotecnologias podem ser entendidas como as novas tecnologias ligadas às geociências e correlatas, as quais trazem avanços significativos no desenvolvimento de pesquisas, em ações de planejamento, em processo de gestão, manejo e tantos outros aspectos relacionados a estrutura do espaço geográfico” (FITZ, 2008, p.11).

Malta (2013) afirma que através das geotecnologias temos potentes recursos para o ensino de geografia, para auxiliar numa abordagem integrada do espaço. São ferramentas como: as fotografias aéreas, imagens de satélite, Sistemas de Posicionamento Global (GPS) e de informação Geográfica (SIG) e mais recentemente as ferramentas da WebGIS. A utilização destes recursos em sala de aula muda, consideravelmente, a forma como os alunos concebem, representam e aprendem o espaço geográfico. Com base no quadro apresentado, propõe-se nesse artigo discutir o uso das geotecnologias da informação e comunicação como ferramentas pedagógicas em Geografia, tendo como método de ensino o jogo de "caça ao tesouro" associado ao GPS. O presente estudo é o resultado de uma das práticas do projeto “Geocaçadores do Conhecimento” e consiste em uma pesquisa-ação pedagógica para utilizar as geoTICs como ferramenta educativa. O projeto Geocaçadores foi elaborado a partir das experiências do uso do Geocaching no ensino. O Geocaching é um esporte baseado no jogo “caça ao tesouro” com a inclusão das geotecnologias, o esporte é praticado ao ar-livre no mundo inteiro com receptores de GPS.

2. Pressupostos teóricos

2.1 As geotecnologias, o geoprocessamento e os sigs: suas características e potencialidades

A Informação geográfica é um determinado conjunto de dados que contém associações de natureza espacial e podem ser apresentados de diversas formas (gráfica, numérica ou alfanumérica). As geotecnologias utilizam o processamento de dados geográficos, ou seja, o geoprocessamento. Essas ferramentas se expandem a partir da década de 70, com o avanço da informatização

computacional e o

interesse comercial.

O

geoprocessamento

abrange

ferramentas desde a captura, armazenamento, processamento e apresentação das informações geográficas. A definição que nos serve melhor é a de Rocha, que afirma que o Geoprocessamento é: “Uma tecnologia transdisciplinar, que, através da axiomática da localização e do processamento de dados geográficos, integra varias disciplinas, equipamentos, programas, processos, entidades, dados, metodologias e pessoas para: coleta, tratamento, análise e apresentação de informações associadas a mapas digitais georreferenciados” (ROCHA, 2002, p. 32).

Além de explorar a definição de geoprocessamento ressaltando as informações geográficas e seu caráter transdisciplinar, SEABRA aponta a relação entre SIG e geoprocessamento no fragmento abaixo: “Os SIG´s incluem-se no setor tecnológico conhecido como geoprocessamento, cuja área de atuação envolve a coleta e tratamento de informações espacializadas, envolvendo equipamentos (hardware) e programas (software), com diversos níveis de sofisticação destinados a aplicações profissionais nos diversos ramos das ciências” (SEABRA, 1999, p.55).

O Geoprocessamento é uma geotecnologia, ou seja, um conjunto complexo de técnicas formado por diversas ferramentas que muitas vezes são utilizadas de múltiplas maneiras. Sendo o principal elo a referência espacial, ou seja, as coordenadas geográficas que nos permitem sobrepor diversas camadas de informação atribuídas a uma localidade (Figura 1) e observar esses dados “in situ”. O caráter de multiplicidade analítica em ambiente digital, vinculada a uma precisa localização espacial é o que torna esta tecnologia extremamente prática e maleável. É ainda,

este caráter, a coluna angular que une diversas disciplinas e sustenta a sua aplicabilidade tanto na análise como na gestão da localidade.

Figura 1 - Sobreposição Temática em geotecnologias. Fonte: SEABRA, 1999, p.57.

Ao analisar as representações computacionais do espaço em busca de uma fundamentação teórica para a ciência da geoinformação, Câmara et all. (2001) apontam conceitos de espaço geográfico como noção-chave para a construção do conjunto conceitual sólido para esta nova ciência. A principal característica no que se refere à estrutura de organização de dados em SIG é a capacidade de estruturação topológica que não somente descreve a localização e a geometria das entidades de um mapa, mas também os relacionamentos entre as suas entidades como: conectividade, contigüidade e pertinência. Além de dados geométricos e espaciais, os SIGs possuem suporte a atributos alfanuméricos e quando associados com elementos gráficos, lhes atribuem informações descritivas.

2.2 O espaço globalizado e as demandas do ensino de geografia

A dinamicidade existente no espaço atualmente perpassa os avanços tecnológicos e a acentuada quantidade de informação circulada, estes considerados elementos intrínsecos à globalização. Tais relações, ponderadas sob a contextualização espaço-temporal, representam temas emergentes no ensinar e aprender Geografia.

Nesta perspectiva, o processo de ensino-aprendizagem deve estar interligado a metodologias diferenciadas contendo recursos inerentes à própria globalização. Dentre as linguagens referentes ao ensino de Geografia, a imagética destaca-se por estar presente de modo ativo no cotidiano do aluno. Acerca de tal linguagem Pontuschka (2009, p.278) destaca que, “as imagens estão a invadir nossas casas, os painéis e outdoors, acompanhando-nos onde quer que estejamos. Vivemos no mundo das imagens e pouco sabemos sobre elas”. Além da linguagem imagética, outras linguagens podem ser utilizadas no ensinoaprendizagem de Geografia, a exemplo dos recursos gráficos e cartográficos que podem auxiliar na construção de conceitos e conteúdos, ampliando as oportunidades de compreensão do espaço geográfico e da realidade em que os alunos se situam (SILVA; MUNIZ, 2012). É considerada importante ainda a utilização de recursos tecnológicos, denominados NTIC’s (Novas Tecnologias da Informação e da Comunicação) no processo ensinoaprendizagem e a aproximação do aluno com o conteúdo abordado, ponderando assim aspectos intrínsecos no cotidiano do mesmo. Vale enfatizar a importância do cuidado com o volume de informação e contextualização da mesma. Sobre tal problemática Batista e Almeida comentam que,

“A popularização da Internet e as novas ferramentas da comunicação criaram um contexto de “superinformação”, onde uma quantidade imensa de dados está disponível online. Os professores precisam disputar a atenção dos alunos com os aparelhos celulares, que por sua vez estão conectados à Internet e a todos os recursos oriundos da web 2.0: Facebook, Twitter, Youtube, Tumblr, Instagram, Wikipedia... 3 A tecnologia aumentou o acesso à informação. Contudo, muitas vezes, ela chega ao usuário de forma superficial e descontextualizada. É o momento de refletir, substancialmente, de que maneiras os professores podem dialogar com os alunos, almejando a compreensão crítica dessa realidade” (BATISTA; ALMEIDA, 2014, p.168).

2.3 As geotecnologias da informação e comunicação no ensino-aprendizagem

No Brasil, as geotecnologias como ferramentas pedagógicas passaram a ser difundidas nos últimos anos. A maioria dos relatos dessa prática encontra-se no âmbito da graduação, pois o aporte teórico metodológico da Geografia exige o conhecimento mínimo dessas ferramentas. Porém, há alguns relatos dessa utilização no ensino fundamental e no médio (TERRA et al., 2011; CAMPOS et al., 2014; PEREIRA et al., 2014 e BRITO et al, 2014). As geotecnologias associadas ao ensino de Geografia surgem como ferramentas capazes de tornar o processo de ensino-aprendizagem mais dinâmico, contribuindo para a leitura do espaço geográfico por meio da análise dos seus conceitos e temas, principalmente, a

paisagem e o lugar. Além de permitir a alfabetização cartográfica com utilização rápida de informações multidisciplinares. Campos et al. (2014) enfatiza a importância do uso das geotecnologias na educação básica no sentindo de que estas possibilitam o desenvolvimento de atividades inovadoras e lúdicas que auxiliam na abordagem integrada da paisagem e propiciam significativas contribuições para a facilitação do processo ensino-aprendizagem de Geografia. Dessa maneira, cabe ao professor, em sua prática pedagógica, o desafio de ensinar a ciência geográfica de forma a estimular a curiosidade, fazendo com que o aluno seja um agente de seu processo de aprendizagem. O professor deverá desafiar seu aluno de modo que este se torne leitor crítico da sua realidade, um cidadão integrado ao mundo. Para isso, deverá promover o diálogo entre o conteúdo curricular (formal) e a vivência, a história e individualidade deste.

3. Metodologia

O Geocaching é um esporte que já existe e está consolidado no mundo todo. A questão do atual projeto foi trazer a sua utilização para a prática de ensino geografia. A ideia base do jogo é dirigir-se até coordenadas geográficas específicas e encontrar a geocache (recipiente que contem os tesouros) escondida nesse local por outro membro da comunidade geocaching. Todas as informações estão num Sistema de Informação Geográfica na web que funciona também como uma rede social geográfica, criada a partir do ano 2000 no site www.geocaching.com. O geocaching foi a fonte de inspiração para o projeto geocaçadores do conhecimento que utiliza as geotecnologias no ensino e começou suas atividades em junho de 2013, em Aracaju\SE (MALTA, 2013). Realizado no Colégio de Aplicação da UFS e na UFPA em Belém\PA, também nas escolas estaduais, Camélio Costa, Acrísio Cruz e General Siqueira (BRITO et al., 2014; PEREIRA et al., 2014; CAMPOS et al., 2014). As fotos e práticas do projeto são divulgadas pelo site https://www.facebook.com/geocacadoresnordeste. O presente artigo aborda os resultados de uma das práticas no Colégio Estadual Acrísio Cruz. A Metodologia utilizada pelo projeto geocaçadores foi a prática da pesquisa-ação pedagógica com levantamento de dados por questionário de avaliação, descrição e registro das atividades. As atividades foram realizadas em três tardes das 15 às 16h. Os alunos participantes são do ensino fundamental e foram divididos em dois grupos de 12 alunos cada, totalizando 24. Em cada grupo houve ao menos dois alunos com um

smartphone android,

GPS e o aplicativo “Status GPS” que podem ser baixados diretamente

da playstore do googleplay gratuitamente, durante as práticas o professor compartillhou o instalador do aplicativo por bluetooth.

3.1 Descrição das práticas

No início, foi realizada uma oficina para expor sobre o geocaching, o GPS, as geotecnologias e o meio ambiente com a utilização de recursos (vídeos e slides). Em seguida, os alunos participaram de uma corrida de caça tesouros utilizando o GPS (Figuras 2 e 3). Os líderes dos grupos receberam as coordenadas do primeiro tesouro, as inseriram no aplicativo e saíram para buscá-lo. Quando retornaram, trouxeram uma senha à sala do professor para responderem a duas perguntas sobre o conteúdo para assim seguirem ao próximo tesouro.

Figuras 2 e 3 - Prática na sala de aula e alunos buscando com o GPS. Fonte: MALTA, 2014.

Em seguida, os alunos e o professor saíram com o GPS para buscar o geocache e conseguiram encontrá-lo a partir das coordenadas marcadas (Figuras 4 e 5). Ao chegar a 10 metros desligaram o GPS e começaram a procurar os tesouros.

Figuras 4 e 5 - Prática na sala de aula e alunos buscando com o GPS. Fonte: MALTA, 2014.

4. Resultados e discussões

Durante as práticas, os alunos estavam realmente empolgados e entraram no ritmo de aventura. Eles se mostraram interessados e interagiram demonstrando desejo de explorar mais o esporte, conforme pode ser observado no depoimento “O projeto exigiu e ensinou muitas coisas, como: interpretação de texto, trabalho em equipe, o uso do GPS do celular etc... É um projeto muito divertido, envolvente e uma fonte de conhecimento” (aluna B. do nono ano). O aprendizado e as habilidades desenvolvidas pelos alunos foram tabulados e quantificados numa ordem de um a cinco, sendo um, muito pouco, e cinco, muito bom. No processo de ensino-aprendizagem foi avaliado: trabalho em equipe, entendimento sobre cartografia, mapas e localização; respeitar o meio ambiente; utilizar o GPS; e noção de espaço (Figura 6).

Figura 6 - Gráfico de avaliação do processo ensino-aprendizagem. Fonte e Elaboração: trabalho de campo, MALTA, 2014.

Os dados presentes na figura demonstram que o maior destaque dos alunos foi na sociabilização do projeto, no qual eles precisaram trabalhar em grupo para conquistar os seus objetivos, como ressalta o depoimento: “Foi muito bom, aprendi a usar o GPS, como me localizar melhor e trabalhar em grupo porque sozinha não iria conseguir achar o tesouro” (aluna E. do nono ano). De modo geral, todos os itens avaliados foram considerados pelos

alunos como muito bons no processo de aprendizagem, resultado que se repetiu na avaliação sobre o desenvolvimento de habilidades e competências. As habilidades e competências desenvolvidas e avaliadas pelos alunos foram: pesquisa e leitura; capacidade de utilizar diversas tecnologias; ser dinâmicos; trabalho em equipe; conhecer e aprender a utilizar novas tecnologias; executar tarefas utilizando a criatividade (Figura 7). Nos resultados do desenvolvimento de habilidades, acompanhamos a tendência do anterior com cerca de 90% das respostas de avaliação positiva, ou seja, como bom ou muito bom. Os destaques foram o trabalho em equipe assim como no resultado anterior e o conhecimento e aprendizado de novas tecnologias, demonstrando como as geoTICs são atraentes aos alunos, assim como afirma o depoimento: “A tecnologia em aparelho, respeito com os professores, a companhia dos amigos em equipe e aprender a procurar os objetos em aparelhos” (aluna G. do sexto ano).

Figura 7 - Gráfico de avaliação do desenvolvimento de habilidades. Fonte e Elaboração: trabalho de campo, MALTA, 2014.

Os alunos também demonstraram interesse pela continuidade e aprofundamento da prática de ensino de caça ao tesouro com o uso do GPS, como afirma o depoimento sobre o projeto de modo geral e como esse poderia ser aprimorado: “O comportamento dos alunos(as), gostei em trabalhar em grupo, quero trabalhar mais e mais. Foi um projeto bom, gostei das charadas, só não gostei por que não achei nenhum tesouro, mas meus colegas

acharam. Também que pena que nosso grupo não ganhou, o número 2 era o meu, foi muito bom. Só queria que melhorasse os tesouros como joias ou dinheiro. Queria que fosse a área maior, o espaço da escola foi muito pouco” (aluno V. do sexto ano).

5. Considerações finais

As geoTICs para caça ao tesouro são excelentes ferramentas pedagógicas, pois estimulam a competitividade e a criatividade além da capacidade de incluir os trabalhos manuais e o contato com a natureza. A interação entre as novas geotecnologias, o esporte e o ensino são meios de potencializar o aprendizado para uma experiência além da sala de aula que estimule todos os sentidos dos alunos. A grande capacidade de manipulação e geração de dados, o caráter pragmático das análises que a localização espacial lhe atribui e a flexibilidade do ambiente digital na produção de representações espaciais são as principais características das geotecnologias e os principais motivos pela sua popularização em todo mundo e nas salas de aula.

Referências bibliográficas

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