GESTÃO AMBIENTAL NO AGRONEGÓCIO: O AGBALANCE TM APLICADO EM AGROINDÚSTRIA DE COMMODITIES NO BRASIL

July 7, 2017 | Autor: Taisa Cecilia Caires | Categoria: Agronegócio
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XV Encontro Internacional sobre Gestão Empresarial e Meio Ambiente

GESTÃO AMBIENTAL NO AGRONEGÓCIO: O AGBALANCETM APLICADO EM AGROINDÚSTRIA DE COMMODITIES NO BRASIL Juliana Furlaneto Benchimol Universidade Nove de Julho - UNINOVE [email protected] Taísa Cecília de Lima Caires Universidade Nove de Julho - UNINOVE [email protected] Alexandre de Oliveira e Aguiar Universidade Nove de Julho - UNINOVE [email protected] Marcelo Luiz Dias da Silva Gabriel Universidade Nove de Julho - UNINOVE [email protected]

Resumo: O presente artigo trata da gestão ambiental aplicada ao agronegócio. Tendo em vista que os principais atores da cadeia de valor desempenham importante papel na aplicação de práticas de responsabilidade social, algumas empresas têm trazido a sustentabilidade como premissa essencial para estratégia do negócio em suas relações comerciais. O crescimento anual da produtividade do Brasil é de 3,6 % ao ano. A agroindústria é um dos principais atores da economia brasileira, mas também é um dos setores econômicos que têm atraído questionamentos quanto aos seus impactos socioambientais. Observou-se que são poucas as ferramentas de gestão ambiental aplicadas atualmente, sobretudo em função do alto custo, mas que, principalmente as empresas de grande porte produtoras de defensivos agrícolas, dispõem de serviços oferecidos aos seus clientes, produtores agrícolas. Diante deste cenário, a orientação para a sustentabilidade ajuda a identificar riscos e abre novas oportunidades de negócios para as empresas, por exemplo, para o desenvolvimento de ferramentas de gestão sustentável que geram valor ao seu negócio. Assim, o objetivo deste trabalho é de apresentar uma análise do uso de uma ferramenta de gestão ambiental, o AgBalanceTM, por uma indústria do setor de Commodities no Brasil, por meio da metodologia de estudo de caso.

Palavras-chave: Socioecoeficiência, AgBalanceTM, agronegócio, gestão ambiental aplicada Abstract: This paper discusses the environmental management applied to agribusiness. Given that the main actors of the value chain play an important role in the implementation of social responsibility practices, some companies have brought sustainability as an essential premise for business strategy into their commercial relations. The annual productivity growth in Brazil is 3.6% per year. The agricultural industry is a major player in Brazilian economy, but is also one of the economic sectors that have been XV ENGEMA 2013

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questioned about its social and environmental impacts. It was observed that there are few environmental management tools currently applied, especially in light of the high cost. But mainly the large companies producing crop protection products have services offered to their customers, agricultural producers. In this scenario, the sustainability orientation helps to identify risks and opens new business opportunities for companies, for example, to the development of management tools that generate sustainable value to their business. The aim of this study is to present an analysis of the use of an environmental management tool, the AgBalanceTM for a Commodities sector industry in Brazil, using the case study methodology. Key-words: Socio-ecoefficiency, AgBalanceTM, agribusiness, applied environmental management

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INTRODUÇÃO A demanda de recursos naturais devido ao crescimento da população no mundo é crescente e nós já consumimos mais do que a Terra pode regenerar: 1,5 vezes a capacidade do nosso planeta (WWF Brasil). Deste modo, pensar a sustentabilidade incluindo a preocupação com o aquecimento global, o esgotamento dos recursos naturais e os ciclos de respostas do meio ambiente, temas recorrentes desde a década de 1960 foi debatido por diferentes atores sociais como cientistas, movimentos sociais, ambientalistas, políticos e funcionários públicos, torna-se cada vez mais crucial. (JACOBI, 1999, p. 175-176) Para Ehrlich e Ehrlich (2013), o mundo contemporâneo se vê às voltas com um emaranhado de problemas ambientais, que apresentam sinais evidentes de escalada, mormente os relacionados ao clima. Não obstante, outros problemas podem contribuir potencialmente para um colapso: uma extinção acelerada de espécies e populações de animais e plantas cuja consequência imediata seria um desequilíbrio no ecossistema que é essencial à sobrevivência humana, degradação e mudanças no uso das terras, componentes tóxicos espalhados de pólo a pólo, acidificação dos oceanos, piora em alguns aspectos do ambiente epidemiológico que levam populações humanas a se tornarem mais suscetíveis a doenças contagiosas, esgotamento de recursos escassos como águas subterrâneas, dentre outros. Além dos aspectos relacionados ao uso dos recursos naturais e sua escassez, Ludena e Mejia (2012) destacam ainda os impactos das mudanças climáticas na produção agrícola como a ampliação do cultivo em altitude em resposta ao aquecimento das baixas atitudes, além de aspectos socioeconômicos como o incremento da urbanização, crescimento populacional e melhoria no poder aquisitivo da população, gerando uma pressão sobre a capacidade produtiva e a disponibilidade de oferta. Estas constatações corroboram ao identificado por Alston et al. (2009), que analisaram dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (do inglês FAO – Food and Agriculture Organization of United Nations) de 2008. Os dados analisados apontam que o aumento da renda per capita se mostrou ainda mais acentuado nas economias asiáticas e que o crescimento da demanda também foi influenciado pela exploração e desenvolvimento de biocombustíveis. A constatação é que o crescimento na produtividade agrícola desempenhará um papel preponderante no desempenho a longo prazo do fornecimento, disponibilidade e preço dos alimentos ao longo das próximas décadas. Por outro lado, o Brasil se diferenciou quando, impulsionado em parte pelo medo de que não seria capaz de importar comida suficiente, decidiu expandir a produção doméstica por meio de pesquisa científica, e não de subsídios. Em vez de tentar proteger os agricultores da competição internacional, abriu ao comércio e deixou de lado fazendas ineficientes. Tornou-se ainda mais notável, portanto, por ter sido considerado impróprio para a produção agrícola. (THE ECONOMIST, 2010)

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Para atender à alta da demanda interna e externa, os agricultores, mais do que nunca, administram diferentes processos dentro e fora de sua propriedade. Aumentar a eficiência das atividades agrícolas é um imperativo que, ano após ano, exige a incorporação de práticas sustentáveis. Segundo Macedo (2007), a avalição dos resultados de um negócio deve se dar considerando tanto as questões econômicas-financeiras, quanto seu impacto no sociedade e no meio ambiente, de forma a garantir sustentabilidade. Assim, além de resultados financeiros de longo prazo, as empresas, devem vislumbrar sua permanência no mercado, e para isso, atender a outros critérios que não só os de lucratividade, mas também critérios de produção de forma a não agredir o meio ambiente, bem como contribuir para o desenvolvimento da região onde está inserida. Os principais impactos ambientais causados pelo agronegócio são comumente associados à produção: à supressão de vegetação nativa, à perda de biodiversidade, ao nível alto do consumo de água sobretudo pelos sistemas de irrigação convencionais, ao empobrecimento e erosão do solo. Ou seja, raramente são observados os impactos relacionados à sua cadeia produtiva, considerando todo o ciclo de vida que o processo requer. O objetivo deste trabalho é, portanto, apresentar o uso de uma ferramenta sistêmica de gestão ambiental, o AgBalanceTM, por uma indústria do setor de Commodities no Brasil, por meio da metodologia de estudo de caso. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 1. Impactos ambientais e principais desafios da agricultura no Brasil Ano a ano, a agricultura, no Brasil, tem aumentado sua produtividade. Segundo Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), em 2011/2012 a área plantada total foi de 50,9 milhões de hectares, elevando a produção para cerca de 166,2 milhões de toneladas. Em 1990/1991 a área plantada era de 37,9 milhões de hectares e a produção total de 57,9 milhões. (CONAB, 2013) Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), no Brasil, a produtividade no campo cresce enquanto no mundo ela vem caindo. Enquanto países como França, Inglaterra e Estados Unidos crescem abaixo da média histórica de 1,48% ao ano, no período entre os anos de 1961 e 2007, o Brasil pressiona o crescimento produtivo agrícola na América Latina. O crescimento anual da produtividade do Brasil é de 3,6 % ao ano, comparativamente aos 2,6% da América Latina, 0,86 % dos países desenvolvidos e 1,98% para o conjunto de países em desenvolvimento. Não por acaso o país se consolida como um dos maiores fornecedores mundiais de produtos agrícolas. (MAPA, 2012) Dentre os fatores do aumento de produtividade destacam-se os investimentos na modernização da produção, implantação de equipamentos e sistemas de irrigação, sementes e insumos agrícolas melhorados, racionalização do plantio, manejo da produção além da capacitação dos produtores. (CHRISTOFIDIS, 2013)

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O agronegócio (agricultura, pecuária, silvicultura e pesca) é responsável por fornecer alimentos para mais de 2,6 bilhões de pessoas. Porém, utiliza cerca de cerca de 60% da superfície terrestre, é responsável por 31% das emissões globais de gases efeito estufa, e só a agricultura utiliza 70% da água doce mundial. (FAO, 2012) Há uma tendência, de que nos próximos anos, o Brasil, desenvolva um olhar cada vez mais voltado para temas ambientais relacionados aos impactos causados pelo agronegócio, destacando-se questões como a do desmatamento, os impactos sobre a biodiversidade, a utilização e degradação dos recursos hídricos, perda de fertilidade e erosão do solo, utilização inadequada de defensivos agrícolas, perda das matas ciliares, entre outros. (SALATI et al , 2006) Quanto aos impactos sociais inerentes ao agronegócio destacam-se o tema trabalho forçado e análogo ao escravo e o trabalho infantil. Segundo estudos realizados em 2005, pela Organização Internacional do trabalho (OIT), no Brasil, neste mesmo ano, a estimativa de pessoas mantidas em condições análogas ao de escravidão era de 25 mil casos, destes 80% encontrados na agropecuária e 17% na agricultura. Os estados com maior incidência são os amazônicos Pará e Mato Grosso. (OIT, 2005) O trabalho infantil, conforme dados de 1998 do Ministério do Trabalho, no Brasil concentra-se na agropecuária, representando 58,3% dos casos, seguido pelo comércio com 12,4% e pela indústria e prestação de serviços com 1,2%. Onde muitas vezes estas crianças são inseridas no trabalho pelos próprios pais, como forma de complementação da renda familiar. (OIT, 2005) Desta forma, a agricultura está sofrendo diversas mudanças que são refletidas em demandas globais. O consumo aumentará e é natural que haja mais esforços em prol da segurança alimentar, rastreabilidade e sustentabilidade. Empresas produtoras de defensivos agrícolas e outros produtos voltados para o agronegócio se direcionam para atender a um mercado cada vez mais preocupado com o cumprimento de requisitos legais, consumidores mais críticos, consumo de recursos, e exigências dos mercados globais. Assim a gestão ambiental, neste seguimento, deve se alicerçar em uma abordagem holístico – ecológica, de forma que haja o tratamento integral (antes – durante – e depois da produção) de todas as questões ambientais relevantes, de forma a exercitar o conceito do berço ao túmulo. (IRIAS, 2010) 2. Ferramentas de Gestão Ambiental Um dos primeiros modelos de gestão ambiental foi a “diluição da poluição”, que surgiu fortemente na indústria e acreditava-se que diluindo a poluição, o meio ambiente teria capacidade de regenerar e neutralizar tais impactos, sendo assim a única preocupação era com ao disposição da poluição. Ainda como ação paliativa, pois os impactos da indústria ainda eram tidos como inevitáveis, mas agora vistos com uma preocupação no tratamento dos resíduos, as empresas/indústrias procuram limitar os impactos da produção, chamado de “end of pipe”, sendo assim, passam a tentar reter o maior número de contaminantes antes de liberar seus resíduos no meio ambiente, tornado-se um novo problema a ser administrado. (SANCHES, 2000); XV ENGEMA 2013

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Inúmeros outros métodos e ferramentas de gestão surgiram ao longo do tempo, porém bastante focados no gerenciamento dos aspectos ambientais dentro das portas da fábrica, como uma responsabilidade empresarial isolada, e ainda dentro do modelo de tratamento dos resíduos. (SENAI-RS, 2003). Durante os anos 90 há uma mudança de paradigma no conceito de poluição para o de degradação ambiental. A gestão ambiental passa a ser considerada de forma de prevenção e não mais como tratamento da poluição. As questões de uso e descarte do produto final tornan-se relevantes, assim como o entendimento de que os impactos não se limitam à produção. Dentre as ferramentas que surgem com este olhar podemos citar a produção mais limpa, os sistemas de gestão e auditoria ambiental, a avaliação do ciclo de vida, entre outras. (VILELA JUNIOR e DEMAJOROVIC, 2006). A produção mais limpa caracteríza-se pela prevenção e/ou redução dos resíduos e emissões em sua fonte de geração. O resíduo deixa de ser um problema do processo e passa a ser visto indicativo de ineficiência do processo e uma oportunidade de melhoria. (SENAI-RS, 2003 e BARBIERI, 2004) A norma ISO 14001, lançada pela ISO em 1996, apresenta diretrizes para implantação de sistemas de gestão ambiental e auditorias, com o objetivo de ajudar as empresas se organizarem para tratar a gestão ambiental de suas atividades, produtos e serviços. (AGUIAR e PHILIPPI JR.) Já a Avaliação de Ciclo de Vida (ACV) surgiu na década de 60 como uma ferramenta usada para balanço de massa e energia de matérias primas e combustíveis. Nos anos 90 volta a tomar força com o lançamento da norma ABNT ISO 14040, passando a ser usada como técnica para a compilação e a avaliação das entradas, das saídas e dos impactos ambientais potenciais de um sistema de produto ao longo de seu ciclo de vida. (COLTRO, 2007) O principal objetivo da ACV é fornecer subsídios para identificação de oportunidades de melhoria dos aspectos ambientais de produtos em vários pontos de seu ciclo de vida e fornecer subsídios para seleção de indicadores de desempenho ambiental quantificando-se os impactos. Em resposta às demandas da Rio 92 para posicionamento e contribuição empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, a Business Council for Sustainable Development (BCSD) defende que a indústria era parte da solução para a sustentabilidade e desenvolvimento global. (WBCSD, 2000). Com este mesmo olhar, Schmidheiny, em conjunto com a BSCD, apresentam o conceito de Ecoeficiência como novo jeito de ser fazer negócios à partir da junção de melhorias ambientais às econômicas. (SCHMIDHEINY, 1992) Sendo assim, em 1993, a World Business Council for Sustainable Development (WBCSD), defende que “A ecoeficiência atinge-se através da oferta de bens e serviços a preços competitivos, que, por um lado, satisfaçam as necessidades humanas e contribuam para a qualidade de vida e, por outro, reduzam progressivamente o impacto ecológico e a intensidade” (WBCSD, 2000)

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Dentro desta perspectiva, em 1996, a BASF desenvolve um método de análise de Ecoeficiência, pautado no conceito de ciclo de vida de produtos ou processos de fabricação em uma base global e comparativa. Baseia-se na norma da série ISO 14040 e 14044 para avaliações de ciclo de vida. (BASF THE CHEMICAL COMPANY, 2012) Esta metodologia apoia-se em outras 04 ferramentas de gestão ambiental, sendo elas o Inventário de Ciclo de Vida (Life Cycle Inventory) um nível menos complexo do processo, onde são identificadas todas as emissões pertinentes, materiais e fluxos de energia (entradas e saídas) ao longo do ciclo de vida; A valiação do ciclo de vida (Life Cycle Assessment) que aborda efeitos sobre o meio ambiente ao longo do ciclo de vida completo (produção, uso e descarte); A Pegada Carbono ou CO2 (Carbon Footprint) que é uma avaliação do potencial do produto frente ao aquecimento global. E, o Custo Total de Propriedade (Total Cost of Ownership) é um cálculo de custos de produção, incluindo os custos de aquisição, aspectos da utilização e custos de utilização/manutenção. (BASF THE CHEMICAL COMPANY, 2012) Tal metodologia propõe a comparação entre processos e/ou produtos e os impactos ambientais são analisados em 6 grandes parâmetros: consumo de recursos materiais, consumo de energia, uso da terra, emissões (gasosas, líquidas e sólidas), potencial de toxicidade e riscos potenciais (figura 1). Combinando os respectivos parâmetros e os aspectos econômicos obtém-se a matriz de Ecoeficiência (figura 2). Figura 1 - Categorias de Impacto da análise de Ecoeficiência BASF

Fonte: adaptado de BASF (2012)

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Figura 2 – Matriz de Ecoeficiência

Fonte: BASF (2012)

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A metodologia evoluiu e a BASF desenvolveu a ferramenta SEEbalance® (análise Socioecoeficiência) que incorpora a indicadores sociais ao processo de avaliação dos impactos ambientais e dos aspectos econômicos ao longo do ciclo de vida de um produto e/ou serviço. (SPITZECK e CHAPMAN, 2012). Outra evolução, foi a AgBalanceTM,, também desenvolvida pela BASF, análise de socioecoeficiência para avaliar a sustentabilidade de processos e produtos agrícolas e agrega categorias de impactos e indicadores específicos ao agronegócio (Figura 3). (SCHOENEBOOM, SALING e GIPMANS, 2012) Tal metodologia tem como principal objetivo medir a evolução da sustentabilidade na agricultura, por meio da avaliação e comparação das soluções e processos em sistemas de produção agrícola, com siderando 69 indicadores dentro das categorias de impacto, conforme figura 3. (BASF THE CHEMICAL COMPANY, 2012) Figura 3 - Categorias de impacto AgBalanceTM

Fonte: adaptado de Schoeneboom, Saling e Gipmans (2012)

O AgbalanceTM, foi aplicado, em grandes empresas do segmento agrícola no Brasil, dentre elas a SLC Agrícola, produtora de commodities, focada na produção de algodão, soja e milho, o qual será o objeto deste estudo. MÉTODO DE PESQUISA Para a realização deste estudo optou-se pelo estudo de caso que permite estudar eventos da vida real preservando suas características holísticas e significativas. Tais eventos podem ser ciclos de vida individuais, comportamentos de um pequeno grupo, processos organizacionais e ou de gestão, entre outros. (YIN, 2009) XV ENGEMA 2013

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Para realização do estudo de caso foram realizadas três etapas: a) levantamento bibliográfico em publicações científicas nos últimos 10 anos, utilizando-se a pesquisa via Google Acadêmico e portal Web of Science, sobre os principais impactos do agronegócio e as ferramentas de gestão ambiental existentes; b) Pesquisa documental, com coleta de dados no endereço eletrônico da empresa SLC Agrícola e relatório disponibilizado fisicamente pela Fundação Espaço ECO, organização responsável pelo estudo de AgBalanceTM na empresa SLC Agrícola; c) Análise dos resultados públicos de um estudo de AgBalanceTM aplicado à uma Agroindústria brasileira do segmento de commodities comparados à levantamento bibliográfico. Estes procedimentos correspondem ao processo de construção de teoria a partir de estudo de caso conforme proposto por Eisenhardt (1989). Mais especificamente buscou-se: (i) a definição do problema de pesquisa, (ii) identificação de construtos a priori, (iii) seleção dos casos, (iv) elaboração de instrumentos e ferramentas para condução da pesquisa, (v) coleta de dados, (vi) análise dos dados coletados, (vii) formação de hipóteses, (viii) cotejamento com o referencial teórico e (ix) elaboração da conclusão. Assim, a etapa a corresponde às fases i e ii, a etapa b às fases iii, iv e v e, finalmente a etapa c contemplando as fases vii, vii, viii para finalmente elaboração da conclusão, equivalente à fase ix do processo de construção de teoria a partir de estudo de caso. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 1. O Caso SLC Agrícola A primeira aplicação do Agbalance™ no Brasil foi executada pela Fundação Espaço Eco (FEE), para a empresa SLC Agrícola, em duas de suas fazendas em operação, a fim de identificar os principais impactos ambientais, econômicos e sociais da produção de soja, algodão e milho, na safra 2009/2010, as boas práticas atualmente adotadas e oportunidades de melhoria de acordo com os critérios correspondentes da sustentabilidade. A Fundação Espaço ECO (FEE), organização da sociedade civil de interesse público (OSCIP) foi instituída em 2005 pela BASF com apoio da GIZ (agência de cooperação técnica do governo alemão antiga GTZ) é um centro de excelência em Educação e Gestão para a Sustentabilidade. (FUNDAÇÃO ESPAÇO ECO, 2013) O Grupo SLC foi fundado em 1945, na cidade de Horizontina, no estado do Rio Grande do Sul, por três famílias de imigrantes alemães, entre eles a família de Frederico Jorge Logemann. A SLC Agrícola, fundada em 1977 pelo Grupo SLC, é uma empresa produtora de commodities agrícolas, focada na produção de algodão, soja e milho. Foi a primeira empresa do setor a ter ações negociadas em Bolsa de Valores no mundo, tornando-se uma referência no seu segmento. XV ENGEMA 2013

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Possui 14 unidades de produção localizadas em 6 estados brasileiros que totalizam 248,4 mil hectares plantados no ano-safra 2011/12 - sendo 114,2 mil de soja, 95,3 mil de algodão, 35,4 mil de milho e 3,5 mil de outras culturas, tais como café, trigo e milho semente. O modelo de negócios é baseado em um sistema de produção com alta escala, padronização das unidades de produção, tecnologia de ponta, controle rigoroso dos custos e responsabilidade socioambiental. O estudo na SLC Agrícola avaliou e comparou a produção de soja, milho e algodão, bem como a cadeia de suprimentos e logística de escoamento em duas unidades da empresa (Planalto, no MS e Panorama, na BA). Avaliou e comparou a produção de algodão, soja e milho, a cadeia de suprimentos e a logística de escoamento de insumos em duas unidades da empresa: a fazenda Planalto, localizada na cidade de Costa Rica, no norte do Mato Grosso do Sul, e a fazenda Panorama, situada no município de Correntina, no oeste da Bahia. O inicio do projeto ocorreu com a organização de um grupo de trabalho multidisciplinar com um focal point dentro da SLC, que é o responsável em apresentar as informações necessárias para o estudo. Este grupo de trabalho compreende praticamente todas as áreas da empresa, como: Meio Ambiente, Segurança do Trabalho, Logística, Operações Agrícolas, Gestão Financeira, Recursos Humanos, Jurídico e outros. Essas pessoas recebem um treinamento sobre a ferramenta e sobre conceitos de Análise de Ciclo de Vida para que possam ter uma maior interação e envolvimento no desenvolvimento do projeto. O projeto teve uma duração de 10 meses contando com as seguintes etapas: 1. Planejamento – Reuniões para definição de escopo e Unidade Funcional (UF), elaboração da proposta e contrato. 2. Treinamento/Sensibilização – Treinamento do Grupo de Trabalho delegado para fornecimento de informações. 2. Coleta de Dados – Coleta dos dados com focal point da SLC Agrícola e outros envolvidos, tratamento e validação dos dados. 3. Desenvolvimento – Inserção dos dados na ferramenta de análise do AgBalanceTM, análise crítica dos resultados e geração dos resultados finais . 4. Apresentação – Trabalho na realização da apresentação final, relatório e reuniões com cliente para detalhamentos finais. 5. Ajustes finais e questionário de Satisfação – Relatório Final. O estudo comparou a produção destas três commodities nas duas fazendas na safra 2009/2010, em relação a um determinado nível de produção, o benefício ao consumidor. No caso do estudo SLC, três alternativas foram estudadas: o cultivo de um hectare médio nas duas unidades (caso base) e produção de uma tonelada de soja, milho e algodão, com o objetivo de compreender os reais desafios para a sustentabilidade na cadeia de produção soja, algodão e milho, identificando boas práticas e oportunidades de melhorias entre as unidades da SLC Agrícola. XV ENGEMA 2013

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Os dados de entrada primários referem-se aos anos de 2009/2010 e foram fornecidos pelo Grupo SLC, a saber: Consumo de insumos agrícolas (defensivos agrícolas, fertilizantes, sementes, diesel, água, cal, energia, madeira,) e as características das fazendas (solo, área de inclinação, chuva, produtividade), dados sociais (número de funcionários, salários, acidentes, seguridade social, funcionárias mulheres, empregados com deficiência, estagiários) e dados financeiros (custos variáveis e fixos, faturamento). Além disso, dados agronômicos e de características do solo refletem as condições encontradas no Cerrado brasileiro. Os dados secundários são baseados em dados estatísticos e de inventários, e são base para a avaliação dos impactos da pré-cadeia agrícola, ou seja, fases de produção de insumos, extração de matérias primas, logística de transporte, etc. Este estudo de ACV, quanto ao limite que indica onde o ciclo de vida começa e termina, é considerado como “cradle to field border”, ou seja, do berço à porteira da fazenda (extração e beneficiamento de recursos naturais; produtos intermediários e fabricação dos produtos principais). A avaliação inclui a produção de soja e de milho se estende até a secagem dos grãos e no caso do algodão até o processamento do mesmo, onde as fibras são separadas das sementes. Para todos os indicadores, a área considerada é baseada em terra própria e também arrendada. 2. O AgBalanceTM aplicado O estudo verificou que a SLC Agrícola já demonstra práticas avançadas de gerenciamento da sustentabilidade em seu processo produtivo. No entanto, em alguns dos indicadores, como manejo de solo, emissões de gases e consumo de recursos e rentabilidade, existem diferenças significativas entre as duas unidades, sendo que a fazenda Planalto apresenta índices superiores de socioecoeficiência. Em outros aspectos analisados, como consumo de água e conservação da biodiversidade, há uma maior paridade no processo de gestão. No caso base, avaliação de um hectare médio, o desempenho de sustentabilidade total é maior para a Fazenda Planalto. O resultado é impulsionado principalmente pelo desempenho ambiental e econômico. Conforme figura 4, a fazenda Planalto tem o menor impacto ambiental por apresentar melhor desempenho em todas as avaliações na categoria de impacto. O desempenho econômico também é melhor para o Planalto, pois tem custos mais baixos para cultivar um hectare, e consequentemente mais lucros. Grande parte das vantagens apresentadas pela unidade Planalto são resultado de um solo com melhor qualidade, maturidade, teor de argila e balanço de nutrientes, necessitando de menos fertilizantes para atingir os mesmos níveis de produtividade. Impactos sociais não mostram diferença significativa entre Planalto e Panorama.

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Figura 4 – Resultados da análise comparativa divididos por categoria de impacto. Total Score

Society

Ecology

Economy

better performance

0.6

0.6

0.6

0.6

1.0

1.0

1.0

1.0

1.4

1.4

1.4

1.4

Fonte – Fundação Espaço ECO

CATEGORIA DE IMPACTO Social

Ambiental

Quadro 1: Síntese dos resultados da análise comparativa entre as duas fazendas. Fazenda Planalto (MS) Fazenda Panorama (BA) »

Menor índice de acidentes;

»

Maior índice de acidentes;

»

Menor índice de doenças ocupacionais;

»

Maior índice de doenças ocupacionais;

»

Maior geração de empregos;

»

Menor geração de empregos;

»

Mais investimento em treinamento profissional e em funcionários com deficiência.

»

Menos investimento em treinamento profissional e em funcionários com deficiência.

»

Menor Consumo de diesel nas operações agrícolas;

»

Maior Consumo de diesel nas operações agrícolas;

»

Maiores emissões (no uso, fabricação e transporte);

»

Menos emissões (no uso, fabricação e transporte);

»

Maior risco de erosão relacionado ao menor percentual de areia (71%);

»

Fertilizantes: · Maior uso de fertilizantes · Consumo de energia no ciclo produtivo: 25.000 MJ/ha/ano safra · Emissões atmosféricas: mais de 2.800 Kg CO2eq./ha/ano safra NH3, CO2 e N2O; · Emissões efluentes P e N lixiviados

»

Menor risco de erosão relacionado ao menor percentual de areia (21%) e maior percentual de plantio direto.

»

Fertilizantes: · Menor uso de fertilizantes. · Consumo de energia no ciclo produtivo: mais de 20.000 MJ/ha/ano safra · Emissões atmosféricas: mais de 2.500 Kg CO2eq./ha/ano safra (NH3, CO2 e N2O); · Emissões efluentes P e N lixiviados

»

36% menor ecotoxicidade potencial

»

Menor conservação de biodiversidade: 22,8% de mata nativa;

»

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36% maior ecotoxicidade potencial

»

Maior conservação da biodiversidade 25,3% de mata nativa

»

Mais unidades de conservação no Estado (11%) 12

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CATEGORIA DE IMPACTO

Econômico

Fazenda Planalto (MS)

Fazenda Panorama (BA)

»

Menos unidades de conservação no Estado (3%)

»

Menores custos de produção em função de » melhores condições de solo e clima;

Maior custo de produção

»

Melhores condições logísticas (ferrovia e » rodovias) » Maior rentabilidade Fonte: Os autores

Sistema logístico limitado (apenas rodovias)

»

Menor rentabilidade

3. Análise dos resultados por categoria de impacto Pilar Ambiental Planalto apresentou vantagens no pilar ambiental (Quadro 1) nas categorias de avaliação de emissões atmosféricas, consumo de recursos, consumo de energia, solos e ecotoxicidade, resultado principalmente atingido pelo menor uso de diesel nas operações agrícolas, menor uso de fertilizantes que tem grande impacto pelas emissões geradas em seu uso, fabricação e transporte. Uma das análises mais impactantes identificada pelo estudo refere-se à utilização dos fertilizantes no processo produtivo. Desde a produção e transporte do fertilizante até a fazenda, identificou-se que estes são os insumos que mais emitem NH3, CO2 e N2O, além de consumir a maior quantidade de energia. Os fertilizantes também trazem um impacto significativo na categoria de consumo de recursos por serem minerais de baixa disponibilidade no meio ambiente e haver um risco quanto ao suprimento, principalmente de Fósforo e Potássio em um futuro próximo. O estudo identificou, finalmente, uma oportunidade de otimização do uso de fertilizantes, por meio de adoção de tecnologias como agricultura de precisão, fertilizantes de liberação mais lenta, uso de estabilizadores na formulação, além de práticas como a rotação de culturas, plantio direto, adubação verde, entre outras ações técnicas que poderão auxiliar ambas as fazendas a reduzirem o consumo de energia, de emissões e de recursos (“antes e dentro da porteira”). Outro ponto importante identificado pela ferramenta AgBalanceTM refere-se à logística. Enquanto a fazenda Planalto pode contar com os modais rodoviário e ferroviário para transportar seus insumos e escoar sua produção para o Porto de Santos (SP), a fazenda Panorama utiliza-se somente do modal rodoviário. Utilizando o mesmo comparativo para ilustração, ao substituir todo o modal de transporte rodoviário pelo ferroviário para todo o volume de soja produzido nas duas fazendas, deixar-se-ia de emitir por ano o equivalente a 2.808 toneladas de CO2, o que corresponde às emissões de um caminhão de 14 toneladas dando 53 voltas em torno da Terra. Em relação a aspectos sociais, a opção pelo modal ferroviário contribuiria, ainda, para reduzir os acidentes no transporte em 26%.

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Na categoria Ecotoxicidade que mede o impacto das aplicações de defensivos nos organismos do solo e sua dispersão no ambiente, foram destacadas que algumas moléculas são responsáveis pela maior parte desse impacto, por exemplo, os inseticidas organofosforados representam cerca de 70% da ecotoxicidade potencial e apenas 2% do volume total de defensivos aplicados. Em relação a áreas protegidas, a quantidade de floresta natural nas fazendas excede a área de preservação exigida pela legislação brasileira. Panorama tem 25,3% de mata nativa, enquanto a Planalto possui 22,8%. Panorama (BA) conta também com mais unidades de conservação no Estado (11%), em relação a Planalto que está no MS com 3%. Na categoria solos, foi avaliado que pela adoção de tecnologia e de boas práticas agrícolas como plantio direto, adubação verde, culturas de cobertura, cultivo mínimo e terraceamento, SLC apresenta um risco muito baixo em termos de compactação e erosão de solos. Pilar Social No Pilar Social, ambas as fazendas apresentam performances similares, que refletem o resultado de programas de segurança aplicados pela SLC. Na comparação Planalto apresentou melhor desempenho social nas categorias de Empregados, Comunidade local e nacional, e Comunidade Internacional, impulsionado principalmente pelo menor índice de acidentes, doenças ocupacionais e potencial de toxicidade. Já a Panorama tem um melhor desempenho social na categoria de Gerações Futuras, impulsionado pelo maior número de trainees. Pilar Econômico Planalto tem o melhor desempenho no pilar econômico, principalmente por apresentar um resultado de custo fixo e variável menor, seguido de maior rentabilidade. Esse resultado é reflexo de uma melhor qualidade de solo e posição geográfica privilegiada com relação ao escoamento de sua produção, assim como pelo uso de parte da área 33% para a produção de uma segunda cultura comercial no mesmo ano (Milho Safrinha). CONCLUSÃO Entende-se com o presente trabalho, que o modelo e as ferramentas de gestão ambiental no agronegócio têm se aprimorado e surgem em resposta às tendências de mercado guiadas por uma maior preocupação ambiental da sociedade e uma necessidade de visão mais holística sobre os impactos gerados por sistemas de produção agrícola. Além disso, evidencia a pro-atividade do segmento em buscar alternativas para melhorar as técnicas de cultivo buscando maior produtividade, em menores áreas e com maior respeito ao meio ambiente e as pessoas. Os principais impactos ambientais causados por este segmento são comumente relacionados à supressão de vegetação nativa, à perda de biodiversidade, ao empobrecimento e erosão do solo, ao alto consumo de água sobretudo pelos sistemas de irrigação convencionais.

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O estudo realizado com a aplicação do AgBalanceTM chama a atenção para os impactos ambientais causados pelo consumo de recursos não-renováveis em cultivos de soja, milho e algodão. Além disso, apontam para a possibilidade de diversificar os modais de transporte para escoamento de grãos em função dos altos índices de emissões e acidentes ocasionados pelo transporte rodoviário no caso analisado. Neste sentido a ferramenta analisada se mostrou eficaz no auxílio à gestão ambiental aplicada especificamente para o setor, associada à medição de impactos sociais e econômicos. No entanto ainda há espaço para melhorias, tais como a atualização frequente dos indicadores socioambientais. Sugere-se ainda que seja feito o monitoramento das melhorias implementadas após a aplicação dessa ferramenta de medição dos impactos no caso apresentado. REFERÊNCIAS AGUIAR, A.; PHILIPPI JR, A. Auditorias Ambientais: Conceitos e Aplicações. ALSTON, Julian M. et al. Agricultural research, productivity, and food prices in the long run. Science, v. 325, n. 5945, p. 1209-1210, 2009. ANDRADE, J. M. F. D.; DINIZ, K. M. Impactos ambientais da agroindústria da cana-de-açucar: subsídios para a gestão. Piracicaba: Esalq, 2007. Monografia apresentada à Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo, para obtenção do título de Especialista em Gerenciamento Ambiental. ASSAD, M. L. L.; ALMEIDA, J.. Agricultura e sustentabilidade: Contexto, Desafios e Cenários. Ciência & Ambiente, n. 29, p. 15-30, 2004. BARBIERI, Carlos J. Gestão Ambiental Empresarial – Conceitos, Modelos e Instrumentos. São Paulo: Saraiva, 2004. BASF S.A. CHEMICAL COMPANY. Ferramenta para a Sustentabilidade. Atualidades Agrícolas, São Paulo, n. Agosto, p. 10-13. Unidade de Proteção de Cultivos BASF. BASF THE CHEMICAL COMPANY. Quantifying Sustainability. BASF. Ludwigshafen, p. 08. 2012. disponível no site http://www.basf.com/group/corporate/en/sustainability/eco-efficiency-analysis/eco-efficiencyanalysis. CHRISTOFIDIS, D. Água, irrigação e agropecuária sustentável. Revista Política Agrícola, Brasília, Ano XXII – No 1 , Jan/fev/ Mar 2013. Publicação da Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. COLTRO, L. Avaliação de Ciclo de Vida - ACV. In: (ORG), L. C. Avaliação do Ciclo de Vida como Instrumento de Gestão. Campinas: CETEA/ITAL, 2007. Cap. 01, p. 75. CONAB. Companhia Nacional de Abastecimento. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Acompanhamento da safra brasileira: grãos, quarto levantamento: 2012/2013. Brasília, DF, 2013. Disponível em: XV ENGEMA 2013

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