Gestão Ambiental no ecoturismo.doc

May 31, 2017 | Autor: Vivi Matos | Categoria: Meio Ambiente, Administracion, Caracterizaciones ambientales
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Descrição do Produto

ADMINISTRAÇÃO









gestão ambiental no Ecoturismo nas pequenas e micro empresas de Brotas-SP















HUmBERTO HOFFMANN LATTANZIO

VIVIANE APARECIDA DE MATOS







SÃO CARLOS

2010 " "
Humberto Hoffmann Lattanzio

Viviane Aparecida de Matos









gestão ambiental no Ecoturismo nas pequenas e micro empresas de Brotas-SP








Trabalho de TCC apresentado ao
Curso de

Graduação em Administração do
Centro

Universitário Central Paulista
como parte dos

Requisitos para obtenção do
Titulo de Bacharel

em Administração.









Orientadora: Professora Denise Marçon









São Carlos

Dezembro/2010

RESUMO

Com o objetivo de propor melhorias na Gestão ambiental das empresas de
ecoturismo em Brotas – SP pode perceber que a responsabilidade empresarial
em relação ao meio ambiente deixou de ser apenas uma postura frente às
imposições para transformar-se em atitudes voluntárias, superando as
próprias expectativas da sociedade. Compreender essa mudança de paradigma é
vital para a competitividade, pois o mercado está, a cada dia, mais aberto
e competitivo, fazendo com que as empresas tenham que se preocupar com o
controle dos impactos ambientais. Este cenário que, a princípio, parece
colocar as organizações em xeque, no que diz respeito às suas relações com
a natureza, deve ser encarado como uma oportunidade para que as mesmas
passem a implementar práticas sustentáveis de gerenciamento, não apenas
como uma postura reativa a exigências legais ou pressões de grupos
ambientalistas, mas sim com a intenção de obter vantagens competitivas. Os
Sistemas de Gestão Ambiental vêm se tornando um grande aliado das
organizações que buscam manter seus processos, aspectos e impacto ambiental
sob controle.

O ecoturismo surge como forma de conservar o meio ambiente e como
resposta à necessidade de mudança do padrão de desenvolvimento econômico
para desenvolvimento sustentável. Nesse contexto, ressalta-se o papel das
agências de ecoturismo, responsáveis pelo deslocamento do turista de um
meio urbano para um meio geralmente rural, cujos atrativos turísticos são
ecossistemas ou manifestações culturais sujeitos a impactos negativos.
Estas organizações deveriam obedecer a uma série de princípios de
sustentabilidade que, uma vez incorporados ao seu processo gerencial,
possibilitariam a existência de visitações pouco impactantes. Contudo,
fatores como falta de informação, serviço inadequado de fornecedores,
difícil diálogo com o governo e gerenciamento pouco estruturado dificultam
essa situação.


Mas ainda assim, podemos perceber que as agências de ecoturismo estão
cumprindo com as leis municipais, diminuindo a quantidade de visitações
diárias, e seguindo as normas exigidas para as atividades radicais como
rafting, canyoning que causam maiores impactos as cachoeiras e rios. As
empresas também estão tendo maior consciência ambiental como as
reciclagens, educações ambientais, para os turistas, as manutenções dos
atrativos naturais e culturais e as melhorias na infra-estrutura dos sítios
turísticos da cidade de Brotas – SP.




Palavras chaves: Gestão Ambiental, Ecoturismo, meio ambiente.


Sumário
1. INTRODUÇÃO 5

1.1 CARACTERIZAÇÃO DO TEMA 6

1.2 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA 7

1.3 OBJETIVO DA PESQUISA 8

1.4 JUSTIFICATIVA DO TEMA 9

1.5 METODOLOGIA 10



2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 11

2.1 GESTÕES AMBIENTAIS 11

2.1.1 DEFINIÇÃO DE GESTÃO AMBIENTAL 11

2.1.2 ASPECTOS DA GESTÃO AMBIENTAL 16

2.1.3 SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL 18

2.2 ECOTURISMO 20

2.2.1 DEFINIÇÃO DO ECOTURISMO 20

2.2.2 TURISMO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL 22

2.2.3 QUESTÕES ECONÔMICAS RELATIVAS À GESTÃO DO ECOTURISMO 24

2.2.4 ECOTURISMO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL 27

2.2.5 ECOTURISMO NAS EMPRESAS DE BROTAS 29



3. TRABALHO DE CAMPO 33

3.1 METODOLOGIA 33

3.2 Caracterização da Organização 33

3.3 APRESENTAÇÃO E ANALISE DOS DADOS 36



4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 41



Referencias Bibliograficas 46

Anexos 49

INTRODUÇÃO


Quando as organizações foram iniciadas havia a preocupação com apenas a
eficiência dos sistemas produtivos, mas ao longo do tempo essa mentalidade
foi predominante a pratica da administração, refletindo a noção de mercado
e recursos ilimitados que em curto prazo revelou-se equivocada, porque
ficou evidente que o contexto de atuação das empresas tornava-se a cada dia
mais complexo e que o processo decisório sofreria restrições cada vez mais
severas. Uma das reviravoltas foi à consciência ambiental, na sociedade, no
governo e nas próprias empresas, que passaram a incorporar essa orientação
em suas estratégias.
O agravamento dos problemas ambientais decorrentes da atividade humana se
deu, principalmente, a partir da Revolução Industrial, em virtude da
produção em grande escala. O homem começou a produzir freneticamente e,
como conseqüência, a poluir na mesma intensidade. Durante muitos anos, o
desenvolvimento econômico decorrente da Revolução Industrial impediu que os
problemas ambientais fossem sequer considerados. A poluição era visível,
mas o benefício advindo do progresso a tornava um mal necessário, algo na
mesma intensidade (MOREIRA, 2006, p.25).
Nas últimas décadas tem ocorrido uma mudança muito grande no ambiente em
que as empresas operam: as empresas que eram vistas apenas como
instituições econômicas com responsabilidades referentes a resolver
problemas econômicos fundamentais têm presenciado o surgimento de novos
papéis sociais e ambientais que devem ser desempenhados, como resultado das
alterações no ambiente em que operam (DONAIRE, 1999, p.13).
Entre as diferentes variáveis que afetam o ambiente dos negócios, a
preocupação ecológica da sociedade tem ganhado um destaque significativo em
face de sua relevância para a qualidade de vida das populações. De forma
geral, os países começaram a entender que as medidas de proteção ambiental
não foram inventadas para impedir o desenvolvimento econômico. Tal
iniciativa acarreta nova visão na gestão dos recursos naturais a qual
possibilita, ao mesmo tempo, eficácia e eficiência na atividade econômica e
mantém a diversidade e a estabilidade do meio ambiente (DONAIRE, 1999,
p.28).
A tecnologia contribuiu também para a idéia de que o homem tem a
necessidade e o direito de dominar a Natureza, considerando-a fonte de
lucro e riqueza. É muito comum o pensamento em nosso meio civilizado de que
meio ambiente é tudo aquilo que cerca o homem, ou seja, o homem não faz
parte do meio ambiente. Assim, temos nos comportado de maneira coerente com
está idéia, usando e abusando dos recursos naturais sem nos dar conta das
conseqüências desastrosas sobre nosso próprio habitat (MOREIRA, 2006,
p.25).
As preocupações ambientais não surgiram todas de uma só vez; mudaram de
foco à medida que o conhecimento científico e as tecnologias evoluíram bem
como as atividades produtivas se desenvolveram ao longo do tempo, gerando
problemas de diferentes características (MOREIRA, 2006, p.36).
Cada vez mais a questão ambiental está-se tornando matéria obrigatória
das agendas dos executivos da empresa. A globalização dos negócios, a
internacionalização dos padrões de qualidade ambiental descritos na série
ISO 14000, a conscientização crescente dos atuais consumidores e a
disseminação da educação ambiental nas escolas permitem antever que a
exigência futura que farão os futuros consumidores em relação à preservação
do meio ambiente e à qualidade de vida deverão intensificar-se diante
disto, as organizações deverão, de maneira acentuada, incorporar a variável
ambiental prospecção de seus cenários e na tomada de decisão, além de
manter uma postura responsável de respeito à questão ambiental. (DONAIRE,
1999, p.50)
A experiência das empresas pioneiras permite identificar resultados
econômicos e resultados estratégicos do engajamento da organização na causa
ambiental. Estes resultados, porém, não se viabilizam de imediato, há
necessidade de que sejam corretamente planejados e organizados todos os
passos para a interiorização da variável ambiental na organização para que
ela possa atingir, no menor prazo possível, o conceito de excelência
ambiental, que lhe trará importante vantagem competitiva (DONAIRE, 1999,
p.50).


1.1 CARACTERIZAÇÃO DO TEMA



Quando consideramos a questão ambiental do ponto vista empresarial, a
primeira dúvida que surge diz respeito ao aspecto econômico. A idéia que
prevalece é de que qualquer providência que venha a ser tomada em relação à
variável ambiental traz consigo o aumento de despesas e o conseqüente
acréscimo dos custos do processo produtivo (DONAIRE, 1999, p.51)
Algumas empresas, porém tem demonstrado que é possível ganhar dinheiro e
proteger o meio ambiente mesmo não sendo uma organização que atua no
mercado verde, desde que as empresas possuam certa dose de criatividade e
condições internas que possam transformar as restrições e ameaças
ambientais em oportunidades e negócios (DONAIRE, 1999, p. 51).
A empresa que apresenta um nível mínimo de Gestão ambiental geralmente
possui um departamento de meio ambiente, responsável pelo atendimento às
exigências dos órgãos ambientais e por indicar os equipamentos ou
dispositivos de controle ambiental mais apropriados à realidade da empresas
e ao potencial de impactos ambientais. Ou seja, a empresa demonstra quase
sempre uma postura reativa, procurando evitar os riscos e limitando-se ao
atendimento dos requisitos legais, o que normalmente significa
investimentos.
Por outro lado, uma empresa que implantou um sistema de gestão ambiental
adquire uma visão estratégica em relação ao Meio Ambiente: deixa de agir em
função apenas dos riscos e passa a perceber também as oportunidades
(MOREIRA, 2006, p.54).
Normalmente o que acontece é que a área de meio ambiente é a primeira a
perceber a importância da implantação do sistema de gestão ambiental na
organização, mas se depara com a dificuldade de convencer a diretoria e,
mais tarde, as unidades operacionais. Junte-se a isto uma previsível
resistência dessas unidades em aceitar algo proposto pela área ambiental,
normalmente vista como um foco de investimentos e não resultados (MOREIRA,
2006, p.59).


1.2 FORMULAÇÃO DO PROBLEMA


Uma gestão ambiental sistemática não é algo que possa ser introduzido
de imediato. Exige planificação, o estabelecimento de etapas seqüenciais e
vigor na sua implementação. Nesse sentido devem ser considerados os
aspectos econômicos, a tecnologia utilizada, o processo produtivo, a
organização, a cultura da empresa e seus recursos humanos (DONAIRE, 1999,
p. 109).
Mesmo com a construção da Educação Ambiental, são inequívocos os
avanços e a consolidação de uma área e de uma disciplina. E é um momento de
afirmar necessidades e demandas. Em particular, o ecoturismo pode tornar-se
um grande meio para aprofundar as praticas de Educação Ambiental. Podem
ampliar-se os campos relacionais por meio dos múltiplos encontros
proporcionados pelas atividades turísticas, sendo estas as complexas
conexões entre turistas, comunidade e lugares. É hora, portanto, de
apontarmos nossos esforços para a construção de um sólido referencial
teórico que possibilite desdobramentos ainda mais ricos em relação ao que
fizemos até aqui (CASCINO e FIGUEIREDO, 2007, p. 131).
Diante dos protestos crescentes da população contra os riscos de
desastres ecológicos ou da deterioração da qualidade de vida, os governos
locais e nacionais são pressionados a implantar normas cada vez mais
severas de proteção e conservação (DONAIRE, 1999, p34).
As portas do mercado e do lucro se abrem, cada vez mais para as
empresas que não poluem, poluem menos ou deixam de poluir e não para as
empresas que desprezam as questões ambientais na tentativa de maximizar
seus lucros e socializar o prejuízo, como coloca Washington Novaes (1991)
[1]apud Donaire (1999, p.34) (DONAIRE, 1999, p. 34).
Todas essas noticias demonstram o avanço da questão ambiental
exatamente onde ele é mais difícil: no setor privado.
Tradicionalmente, as exigências referentes a proteção ambiental eram
consideradas um freio ao crescimento da produção, um obstáculo jurídico
legal e demandante de grandes investimentos de difícil recuperação e,
portanto, fator de aumento de custos de produção. Começa a ficar patente
que a despreocupação com os aspectos ambientais pode traduzir-se no oposto:
em aumento de custos, em redução de lucros, perda de posição no mercado e,
até, em privação da liberdade ou cessação de atividades. Meio ambiente e
sua proteção estão-se tornando oportunidades para abrir mercados e prevenir
contra restrições futuras quanto ao acesso a mercados internacionais
(DONAIRE, 1999, p.35).
A cotação de um país, para receber investimentos estrangeiros, está
cada vez mais relacionada com sua imagem internacional associada com seus
cuidados com o meio ambiente. Por outro lado, fica demonstrado
crescentemente que os custos, monetários e sociais, impingidos por uma
poluição desenfreada, são muito maiores do que os investimentos necessários
para evitar ou eliminá-la (DONAIRE, 1999, p. 35).
Desta forma, esta pesquisa tem como enfoque caracterizar:
Qual a situação da gestão ambiental nas empresas de ecoturismo de
Brotas, com relação à degradação e preservação dos atrativos turísticos?


1.3 OBJETIVO DA PESQUISA

O Objetivo principal da pesquisa é identificar as práticas de gestão
ambiental no Ecoturismo nas pequenas e micro empresas de Brotas-SP.





1.4 JUSTIFICATIVA DO TEMA



A degradação ambiental no Brasil cresceu muito nas últimas duas
décadas. Em muitas das vezes, resultados de modelos desenvolvimentista, do
descaso e insensatez do Poder Público e não conscientização do povo em
relação à necessidade de proteção dos recursos naturais. Embora o setor
ambiental venha sendo estruturado nos planos federal, estadual e municipal
para cumprir preceitos constitucionais, ainda carece de medidas para uma
adoção de estruturas organizativas e de se ter uma previsibilidade do fluxo
de recursos e coordenação descentralizada da política ambiental brasileira
(BRITO e CÂMARA, 1999, p. 36).

Ações voltadas a melhorar a qualidade de vida ou a preservar o meio
ambiente já não são bandeiras exclusivas das organizações não
governamentais (ONGs). A iniciativa privada descobriu na onda verde um
excelente filão de negócios e tornou-se poderosa aliada das ONGs.
Multiplicam-se no mercado as novas gerações de produtos e de empresários
ecologicamente corretos (TACHIZAWA, 2007, p.75).

O avanço tecnológico e o desenvolvimento do conhecimento humano, por
si só, não produzem efeitos se a qualidade da administração efetuada sobre
os grupos organizados de pessoas não permitir uma aplicação efetiva desses
recursos humanos. A administração, com suas novas concepções, entre elas a
dimensão da gestão ambiental e de responsabilidade social, está sendo
considerada uma das principais chaves para a solução dos mais graves
problemas que afligem atualmente o mundo moderno (TACHIZAWA, 2007, p.77).

A gestão ambiental nas empresas de ecoturismo tem como interesse
manter o ambiente que proporcione o contato humano com a natureza, quando é
possível ser sensível e vivenciar as características ambientais do local
visitado, são fundamentais iniciativas de preservação e de conservação. A
influência ecológica e social nos negócios se faz sentir de forma crescente
e com efeitos econômicos cada vez mais profundos. Além das atividades de
turismo de aventura que as empresas de Brotas oferecem que tem como
elemento principal um percurso em ambientais naturais, elas também dependem
do meio ambiente ou de seus recursos para realizar suas atividades.
Gerenciar uma empresa com responsabilidade ambiental é procurar reduzir as
agressões ao meio ambiente e promover melhoria das condições ambientais,
tal atitudes consiste na retribuição pelo uso dos recursos que utiliza e na
minimização dos danos que podem ser causados por suas atividades.


1.5 METODOLOGIA




A primeira etapa desta pesquisa consiste em uma revisão bibliográfica,
cujas informações serão obtidas através de estudos feitos em livros,
artigos, revistas e materiais disponibilizados na internet. O tipo de
pesquisa a ser utilizado para o desenvolvimento do trabalho corresponde à
pesquisa qualitativa e descritiva, que visa descrever o perfil das empresas
de ecoturismo e assim poder entender, avaliar e interpretar qual a melhor
gestão ambiental empresarial.

A seguir, vai ser realizado um trabalho de campo para coleta de dados
empíricos em empresas de Ecoturismo estabelecidas na cidade de Brotas,
visando estabelecer o papel que desempenham as práticas gestão ambiental no
ecoturismo.















































REVISÃO BIBLIOGRÁFICA





2.1 GESTÕES AMBIENTAIS


2.1.1 DEFINIÇÃO DE GESTÃO AMBIENTAL

A gestão ambiental (GA) é uma prática muito recente, que vem ganhando
espaço nas instituições públicas e privadas. Através dela é possível a
mobilização das organizações para se adequar à promoção de um meio ambiente
ecologicamente equilibrado.
Seu objetivo é a busca de melhoria constante dos produtos, serviços e
ambiente de trabalho, em toda organização, levando-se em conta o fator
ambiental. Atualmente ela começa a ser encarada como um assunto
estratégico, porque além de estimular a qualidade ambiental também
possibilita a redução de custos diretos (redução de desperdícios com água,
energia e matérias-primas) e indiretos (por exemplo, indenizações por danos
ambientais).

Os termos administração, gestão do meio ambiente, ou simplesmente
gestão ambiental serão aqui entendidos como as diretrizes e as atividades
administrativas e operacionais, tais como, planejamento, direção, controle,
alocação de recursos e outras realizadas com o objetivo de obter efeitos
positivos sobre o meio ambiente, quer reduzindo ou eliminando os danos ou
problemas causados pelas ações humanas, quer evitando que eles surjam
(BARBIERI, 2004).

No caso do setor público, a Gestão Ambiental apresenta algumas
características diferenciadas. O governo tem papel fundamental na
consolidação do desenvolvimento sustentável, porque ele é o responsável
pelo estabelecimento das leis e normas que estabelecem os critérios
ambientais que devem ser seguidos por todos, em especial o setor privado
que, em seus processos de produção de bens e serviços, se utiliza dos
recursos naturais e produz resíduos poluentes. Por isso mesmo, além de
definir as leis e fiscalizar seu cumprimento, o poder público precisa ter
uma atitude coerente, responsabilizando-se também por ajustar seu
comportamento ao princípio da sustentabilidade, tornando-se exemplo de
mudança de padrões de consumo e produção, adequando suas ações à ética
socioambiental.

Gestão ambiental nada mais é do que a forma como uma organização
administra as relações entre suas atividades e o meio ambiente que as
abriga, observadas as expectativas das partes interessadas. Ou seja, é a
parte da gestão pela qualidade total (VITERBO JUNIOR, 1998, p.51).

O termo Gestão Ambiental é bastante abrangente. Ele é frequentemente
usado para designar ações ambientais em determinados espaços geográficos,
como por exemplo: gestão ambiental de bacias hidrográficas, gestão
ambiental de parques e reservas florestais, gestão de áreas de proteção
ambiental, gestão ambiental de reservas de biosfera e outras tantas
modalidades de gestão que incluam aspectos ambientais.

A gestão ambiental empresarial está essencialmente voltada para
organizações, ou seja, companhias, cooperações, firmas, empresas ou
instituições e pode ser definida como sendo um conjunto de políticas,
programas e praticam administrativas e operacionais que levam em conta a
saúde e a segurança das pessoas e a proteção do meio ambiente, através da
eliminação ou minimização de impactos e danos ambientais decorrentes do
planejamento, implantação, operação, ampliação, realocação ou desativação
de empreendimentos ou atividades, incluindo-se todas as fases do ciclo de
vida do produto (MARQUES, 2007, p. 287).

Segundo Donaire (1999) os princípios de gestão ambiental são:

1. Prioridade organizacional

Reconhecer que a questão ambiental está entre as principais
prioridades da empresa e que ela é uma questão-chave para o
Desenvolvimento Sustentado.

Estabelecer políticas, programas e práticas no
desenvolvimento das operações que sejam adequadas ao meio
ambiente.

2. Gestão Integrada

Integrar as políticas, programas e práticas ambientais
intensamente em todos os negócios como elementos
indispensáveis de administração em todas as funções

3. Processo de Melhoria

Continuar melhorando as políticas corporativas, os programas
e a performance ambiental tanto no mercado interno quanto
externo, levando em conta o desenvolvimento tecnológico, o
conhecimento científico, as necessidades dos consumidores e
os anseios da comunidade, tendo como ponto de partida as
regulamentações ambientais.

4. Educação do Pessoal

Educar, treinar e motivar o pessoal, no sentido de que possam
desempenhar suas tarefas de forma responsável em relação ao
ambiente.

5. Prioridade de Enfoque

Considerar as repercussões ambientais antes de iniciar nova
atividade ou projeto e antes de construir novos equipamentos
e instalações adicionais ou de abandonar alguma unidade
produtiva.

6. Produtos e Serviços

Desenvolver e fabricar produtos e serviços que não sejam
agressivos ao ambiente e que sejam seguros em sua utilização
e consumo, que sejam eficientes no consumo de energia e de
recursos naturais e que possam ser reciclados, reutilizados
ou armazenados de forma segura.

7. Orientação ao Consumidor

Orientar e, se necessário, educar consumidores,
distribuidores e o público em geral sobre o correto e seguro
uso, transporte, armazenagem e descarte dos produtos
produzidos.

8. Equipamentos e Operacionalização

Desenvolver, desenhar e operar máquinas e equipamentos
levando em conta o eficiente uso de água, energia e matérias-
primas, o uso sustentável dos recursos renováveis, a
minimização dos impactos negativos ao ambiente e a geração de
poluição e o uso responsável e seguro dos resíduos
existentes.

9. Pesquisa

Conduzir ou apoiar projetos de pesquisas que estudem os
impactos ambientais das matérias-primas, produtos, processos,
emissões e resíduos associados ao processo produtivo da
empresa, visando à minimização de seus efeitos.

10. Enfoque Preventivo

Modificar a manufatura e o uso de produtos ou serviços e
mesmo os processos produtivos, de forma consistente com os
mais modernos conhecimentos técnicos e científicos, no
sentido de prevenir as sérias e irreversíveis degradações do
meio ambiente.

11. Fornecedores e Subcontratados

Promover a adoção dos princípios ambientais da empresa junto
dos subcontratados e fornecedores encorajando e assegurando,
sempre que possíveis melhoramentos em suas atividades, de
modo que elas sejam uma extensão das normas utilizadas pela
empresa.

12. Planos de Emergência

Desenvolver e manter, nas áreas de risco potencial, planos de
emergência idealizados em conjunto entre os setores da
empresa envolvidos, os órgãos governamentais e a comunidade
local, reconhecendo a repercussão de eventuais acidentes.

13. Transferência de Tecnologia

Contribuir na disseminação e transferência das tecnologias e
métodos de gestão que sejam amigáveis ao meio ambiente junto
aos setores privado e público.

14. Contribuição ao Esforço Comum

Contribuir no desenvolvimento de políticas públicas e
privadas, de programas governamentais e iniciativas
educacionais que visem à preservação do meio ambiente.

15. Transparência de Atitude

Propiciar transparência e diálogo com a comunidade interna e
externa, antecipando e respondendo a suas preocupações em
relação aos riscos potenciais e impacto das operações,
produtos e resíduos.

16. Atendimento e Divulgação

Medir a performance ambiental. Conduzir auditorias
ambientais regulares e averiguar se os padrões da empresa
cumprem os valores estabelecidos na legislação. Prover
periodicamente informações apropriadas para Alta
Administração, acionistas, empregados, autoridades e o
público em geral (DONAIRE, p.60, 61,62 e 63, 1999).

Segundo Tachizawa (2001), a Gestão Ambiental (GA) é um importante
instrumento gerencial para capacitação e criação de condições de
competitividade para as organizações independentemente do seu segmento
econômico, em outras palavras, a Gestão Ambiental é a resposta natural das
organizações ao seu novo cliente, que é o consumidor verde e ecologicamente
correto, pois empresa verde é sinônimo de bom negócio e no futuro será uma
das principais formas de empreender negócios de forma duradoura e
lucrativa, ou seja, o quanto antes às organizações modernas enxergarem o
meio ambiente como seu principal desafio e como oportunidade competitiva,
maior será a chance da sua sobrevivência no mercado mundializado.

A busca de procedimentos gerenciais ambientalmente corretos, incluindo-
se aí a adoção de um Sistema Ambiental (SGA), na verdade, encontra inúmeras
razões que justificam a sua adoção. Os fundamentos predominantes podem
variar de uma organização para outra. No entanto, eles podem ser resumidos
nos seguintes básicos: Os recursos naturais (matérias-primas) são limitados
e estão sendo fortemente afetados pelos processos de utilização, exaustão e
degradação decorrentes de atividades públicas ou privadas, portanto estão
cada vez mais escassos, relativamente mais caros ou se encontram legalmente
mais protegidos. Os bens naturais (água, ar) já não são mais bens
livres/grátis. Por exemplo, a água possui valor econômico, ou seja, paga-
se, e cada vez se pagará mais por esse recurso natural. A legislação
ambiental exige cada vez mais respeito e cuidado com o meio ambiente,
exigência essa que conduz coercitivamente a uma maior preocupação ambiental
(AMBIENTE brasil., 2010).





2.1.2 ASPECTOS DA GESTÃO AMBIENTAL



Elemento das atividades, produtos e serviços de uma organização
capazes de interagir com o meio ambiente. Avaliação ambiental: Um processo
cuja amplitude profundidade e tipo de analise dependendo do projeto
proposto. A avaliação ambiental avalia os possíveis riscos e impactos
ambientais em sua área de influencia e identificar formas de melhorar a
concepção e a implementação do projeto prevenindo, minimizando, atenuando
ou compensando os impactos ambientais adversos e melhorando os impactos
positivos. Avaliação do desempenho ambiental: processo de facilitar as
decisões da gerencia acerca do desenvolvimento ambiental de uma organização
por meio da seleção de indicadores, coletas e analise de dados, avaliação
das informações contra critérios de desempenho ambiental, elaboração
relatórios e comunicação, alem de analise e melhoria periódica do processo
(ISO 14031) (THOMAS, 2008, p.17).

Aspecto ambiental envolve a identificação das ameaças e oportunidades
relacionando-as com os pontos fortes e fracos da empresa. A discussão da
situação da empresa e do desenvolvimento de cenários futuros resultarão em
novos direcionamentos e planos que permitirão tirar vantagens das
oportunidades possíveis, prevenir as ameaças potenciais, manter os pontos
fortes e minimizar ou eliminar os pontos fracos (DONAIRE, 1999, p.63).

Os problemas ambientais em nível mundial começam a se tornar
preocupantes. Como exemplos significativos, destacam-se o aumento de
temperatura da Terra, a destruição da camada de ozônio, o esgotamento
acelerado dos recursos naturais, etc. Todos estes problemas levam à busca
de um novo modelo de crescimento econômico que considere mais a preservação
do meio ambiente. Segundo o site Universo Ambiental está claro que a
solução para todos estes problemas deve ocorrer em vários níveis:

Indivíduo: que deve tomar posturas que respeitem mais o meio ambiente
a fim de limitar o consumo e economizar recursos naturais.

Empresas: que devem funcionar reduzindo ao máximo seu impacto
ambiental negativo.

Poder Público: cuja função primordial é regulamentar o modelo final de
funcionamento que respeite o meio ambiente. (UNIVERSO AMBIENTAL,
2007).


Desta forma, as empresas não podem ignorar suas obrigações
ambientais: a pressão dos consumidores e as imposições normativas, obrigam-
nas a conceber produtos e sistemas de produção e distribuição que minimizem
os impactos ambientais negativos (UNIVERSO AMBIENTAL, 2007).

Até pouco tempo atrás, as empresas consideravam estas questões como
uma imposição de sistema de proteção ambiental, que implicavam em aumento
de custos. Mas hoje, os aspectos ambientais começam a ser considerados como
fatores competitivos, que podem conceder à empresa uma vantagem no mercado
(UNIVERSO AMBIENTAL, 2007).

Convém lembrar que a existência de um plano ambiental formal, embora
importante, não é suficiente, pois a transformação da questão ambiental em
um valor da organização vai depender das ações da Alta Administração e de
suas gerências. Os exemplos que elas darão sobre a importância do meio
ambiente provocarão consequências no resto da organização. O comparecimento
em reuniões especificas e a prioridade das agendas indicarão se realmente a
causa ambiental é importante. A omissão dessa questão nas reuniões ou sua
inclusão ocasional podem sugerir baixa prioridade. As chefias e os
subordinados captarão esse comportamento e agirão de acordo com essa
percepção (DONAIRE, 1999, p.65).

Aspectos ambientais como qualquer elemento das atividades, produtos e
serviços que podem interagir com o ambiente, considerando como um aspecto
muito ambiental aquilo que tem ou pode ter um impacto ambiental
significativo. A empresa deve identificar e catalogar os requerimentos de
tipo legal ou outro tipo que a empresa tem adaptado as suas operações. Para
garantir a proteção ambiental e permitir uma melhoria constante a empresa
proporciona elementos necessários para conseguir influenciando pelas
políticas da empresa, seu aspecto ambiental, leis e normas, recursos e
responsabilidade estabelecidas (TORRES e GAMA, 2005, p.489).

A identificação dos aspectos ambientais devem incidir nas atividades,
produtos e serviços que a organização posso controlar, bem como naqueles
sobre os quais ela possa ter influencia o processo deve levar em
consideração não somente as situações normais de operação, mais também as
situações anormais, de parada, de partida, e emergências (NETO RIBEIRO,
TAVARES e HOFFMANN, 2008, p.101).

Assim, Consideram-se como aspectos ambientais: Matérias, produtos ou
formas de energia e suas interações, e disposições relacionadas com o
processo que possam resultar em impactos, sejam esses benéficos ou adversos
ao meio ambiente, ao homem ou ás estações, independentemente do tempo
(atual passado ou futuro). Para identificar os aspectos ambientais, convêm
que a organização verifica as entradas e saídas, intencionais ou não
intencionais, de suas atividades, produtos e serviços, presentes, passados,
planejados ou de novos desenvolvimentos (NETO RIBEIRO, TAVARES e HOFFMANN,
2008, p.101).



2.1.3 SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL



A parte do sistema da gestão global de uma organização que inclui
estrutura organizacional, atividades de planejamento, responsabilidades,
práticas, procedimentos, processos e recursos utilizados para desenvolver e
implementar, atingir, analisar criticamente e manter a sua política
ambiental e para gerenciar seus aspectos ambientais (MOREIRA, 2006, p. 97).


Sistema de Gestão Ambiental parte do sistema total que inclui a
estrutura organizacional, as atividades de planejamento, as
responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos para
desenvolver, implementar, alcançar, proceder à avaliação crítica e manter
as políticas ambientais. Auditoria do Sistema de Gestão Ambiental é o
processo de verificação sistemático e documentado para obter e avaliar
objetivamente evidências para determinar se o Sistema de Gestão Ambiental
de uma organização está em conformidade com os critérios de auditoria
formados pela própria organização. Desempenho ambiental refere-se a
resultados mensuráveis do Sistema de Gestão Ambiental, relacionados com o
controle dos aspectos ambientais de uma organização baseados em suas
políticas, objetivos e alvos ambientais. Melhorias contínuas dizem respeito
ao processo de aperfeiçoar o Sistema de Gestão Ambiental para atingir
melhorias no desempenho ambiental total em alinhamento com as políticas da
organização (MOURA 2003).

Com a implantação de um sistema de gestão ambiental aumenta e melhora
a eficiência das empresas como um todo, levando-a a uma contensão do
desperdício e geração de resíduos, ao cuidado com a poluição, a um menor
consumo de energia, também a substituição de elementos químicos por outros
materiais e/ou elementos menos tóxicos (TIBOR, 1996, p. 32).

O Sistema de Gestão Ambiental descrito na ISO 14000 aplica-se a
aspectos ambientais de forma que a organização possa controlar e sobre os
quais espera-se que tenha influência, sendo que a norma em si não declara
critérios específicos de desempenho ambiental. As empresas e entes de
vários segmentos buscam alcançar e demonstrar desempenho ambiental eficaz.
Uma das maneiras de fazê-lo são controlando os impactos ambientais de suas
atividades, produtos e/ ou serviços (GESTÃO AMBIENTAL, 2003)

As auditorias e análises críticas do meio ambiente auxiliam a
encontrar e mensurar para a obtenção e manutenção dos objetivos previstos,
contudo, mesmo sendo essas ferramentas úteis, não são suficientes ou
completas em abrangência. Para que a organização possa efetivamente atender
aos seus objetivos, as auditorias devem fazer parte de um contexto de
trabalho mais amplo – um sistema de gerenciamento estruturado que seja
integrado com a atividade de gerência total (GESTÃO AMBIENTAL, 2003)

A demanda de sistema de gestão ambiental, ao que tudo indica, depende
de exigências externas a empresa (especialmente por parte de órgãos
ambientais e clientes de grande porte), ou fatores de contorno que possam
incentivá-las a buscar uma gestão ambiental eficaz (incentivos de órgãos
governamentais, financiamento a baixos custos tanto para implantação de
sistema quanto para obras ambientais) (MOREIRA, 2006, p.53).

O sistema de gestão ambiental (SGA) mais difundido é o que tem por
referencia os requisitos estabelecidos pela ISO 14001. Segundo pesqueira
publicada pela ISO (ISO SURVEY 2006), até o final de 2006 foram emitidos
129. 199 certificados de conformidade, incluindo 140 países representando
um incremento de 16% em relação ao ano anterior. O Brasil ocupa a 11º
posição no ranking mundial de numero de certificados emitidos. Um sistema
de gestão ambiental, segundo definição na própria norma ABNT ISO 14001:
2004, corresponde à parte de um sistema de gestão de uma organização
utilizada para desenvolver implementar sua política ambiental e para
gerenciar seus aspectos ambientais (NETO, TAVARES e HOFFMANN, 2008, p.82).

A implantação do Sistema proporciona o envolvimento da empresa como
um todo e a responsabilidade ambiental é disseminada a cada setor, seja da
área operacional, da área de compras, de projetos, de administração, de
serviços gerais, etc. Quando todos passam a enxergar as questões ambientais
sob a mesma óticas, as soluções criativas começam a surgir, explorando-se
as oportunidades de aproveitamento de rejeitos, substituição de insumos,
eliminação de perdas nos processos, reciclagem, redução do consumo de
energia, utilização de combustível alternativos, mudanças tecnológicas,
etc. (MOREIRA, 2206, p.54).

A implementação e a operação efetiva de um sistema de gestão
ambiental só são possíveis com o comprometimento de todos da organização. O
conjunto de requisitos deste item visa a assegurar os recursos e condições
para implementação das diretrizes estabelecidas e para adequada operação do
SGA para tal solicita-se a definição das responsabilidades e autoridades, a
identificação e provimento das competências necessárias, procedimentos de
comunicação internar e externa, regras de documentação, controle das
operações e forma de tratamento a emergências (NETO, TAVARES e HOFFMANN,
2008, p.94).

A finalidade principal de um sistema de gestão ambiental é a de
fornecer a uma organização um processo estruturado e um contexto de
trabalho com os quais ela possa alcançar e controlar sistematicamente o
nível de desempenho ambiental que estabelecer para si. O nível real de
desempenho, os sucessos e o resultado em relação a todo o entorno, depende
do contexto econômico, da regulamentação e de outras circunstancias que
impactam direta e indiretamente o processo.




2.2 ECOTURISMO


2.2.1 DEFINIÇÃO DO ECOTURISMO



Define-se ecoturismo como uma viagem responsável a áreas naturais,
com o fim de conservar o meio ambiente e promover o bem estar da comunidade
local. Esse tipo de viagem depende da conservação dos recursos da área
natural. Há, portanto, uma parceria natural entre as empresas privadas que
organização experiência de viagem pela natureza e as entidades
(governamentais, não governamentais e privadas) responsáveis pela proteção
das áreas naturais. Essa parceria pode, de fato, proporcionar uma
verdadeira experiência ecoturística por meio do aumento da consciência do
publico sobre a proteção ambiental; da provisão de recursos econômicos para
a gestão das áreas naturais; da maximização dos benefícios econômicos para
as comunidades locais; do estimulo à compreensão das diferenças culturais;
e da diminuição dos efeitos adversos dos visitantes sobre o meio ambiente
natural e cultural (LINDBERG e HAWKINS, 2002, p. 59).

De todas as modalidades de turismo, o ecoturismo, vem recebendo
posição de destaque no cenário nacional, devido às diversas riquezas
naturais existentes no Brasil. Entende-se por ecoturismo as atividades de
recreação, lazer e cultura, realizada em áreas naturais como parques,
estações ecológicas, praias, montanhas e, que se beneficiam do uso direto
dos recursos naturais como cachoeiras, grutas, ou passeios, e até mesmo da
contemplação da visão cênica da paisagem entre outros, e que tenham por
finalidade o entretenimento, o estudo cientifico, e a conservação ambiental
e, promovam a conscientização ecológica/ambiental (CEBALLOS-LASCURAIN,
1990).

Para Swarbrooke (2000), em termos simples, ecoturismo significa
simplesmente que a principal motivação para a viagem é o desejo de ver
ecossistemas em seu estado natural, sua vida selvagem assim como sua
população nativa. Contudo, muitas vezes se considera o ecoturismo como
sendo mais do que isso. Seus defensores afirmam que ele se relaciona também
com o desejo de ver os ecossistemas preservados e que a população local
viva melhor por conta dos efeitos do turismo.

O ecoturismo pode tornar-se uma opção para o desenvolvimento
ecologicamente sustentável uma vez que "atuando em localidades com
potencial ecológico, de forma conservacionista, procura conciliar a
exploração turística com o meio ambiente, harmonizando as ações com a
natureza, bem como oferecer aos turistas um contrato íntimo com os recursos
naturais e culturais da região, buscando a formação de uma consciência
ecológica nacional" (programa de ecoturismo/EMBRATUR e IBAMA) (EMEDIATO,
1993, p.480).

No Brasil, no âmbito governamental, o ecoturismo é discutido desde
1985, quando a EMBRATUR iniciou o projeto "Turismo Ecológico". A primeira
iniciativa de ordenar a atividade ocorreu em 1987 com a criação da Comissão
Técnica Nacional, constituída por técnicos do IBAMA e da EMBRATUR, para
monitorar o Projeto de Turismo Ecológico, em resposta às práticas
existentes à época - pouco organizadas e nada sustentáveis. Entretanto, nem
os esforços governamentais, nem os privados foram suficientes para
ultrapassar as barreiras, algumas até hoje existentes, entre a teoria -
principalmente em relação aos modelos nacionais - e a prática do ecoturismo
(OLIVEIRA, 2005).

O ecoturismo é uma indústria extremamente ampla e em crescimento em
muitos países. Uma de suas principais vantagens é proporcionar um impulso
que favorece tanto a expansão da conservação quanto o desenvolvimento do
turismo. Sob o aspecto de conservação, o ecoturismo é o beneficio que é
mais facilmente vendido e, assim, é com frequência incorporado nas decisões
sobre o uso da terra. Em termos concretos, a cobrança de ingressos e de
outras taxas associadas ao ecoturismo pode suplementar os orçamentos
governamentais de conservação existentes e fornecer incentivos para a
conservação por intermédio do setor privado. Sob o aspecto de
desenvolvimento econômico, o ecoturismo pode gerar oportunidades de emprego
em regiões remotas. Além disso, geralmente acredita-se que existe menos
investimento do setor publico em infraestrutura do que o turismo mais
tradicional (embora possa haver correspondentemente uma quantidade menor de
benefícios; resta ainda fazer uma rigorosa avaliação do investimento
exigido para cada emprego criado ou para cada dólar em reservas cambiais
obtido nos respectivos setores.) (LINDBERG e HAWKINS, 2002, p.143).

O ecoturismo é o segmento turístico de maior crescimento em nível
mundial. No Brasil, apesar de ser ainda uma atividade de caráter
incipiente, são muitas as perspectivas para a sua expansão, devido às
vantagens comparativas que o país oferece, tais como a variedade e
abundancia de recursos naturais e culturais, a extensão dos ambientes
atrativos etc. O ecoturismo pode ser considerado uma importante ferramenta
de desenvolvimento econômico e social e de conservação ambiental,
particularmente no que concerne às áreas de relevante interesse ecológico e
cultural, como é o caso dos espaços protegidos (RODRIGUES, 2003, p.116)


2.2.2 TURISMO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL



A educação ambiental tem como um de seus objetivos formar cidadãos
conscientes de sua relação com a natureza e com seu habitat. Diante disso,
conclui-se que ela, independentemente da metodologia, deve primar pela
formação de pessoas conscientes de seu papel e de sua relação com o meio
ambiente de modo a primarem pela sustentabilidade, através do uso racional
dos recursos naturais, para que tanto esta quanto as futuras gerações
possam também deles usufruir (NEIMAN e RABINOVICI 2002, p. 146).

O principal objetivo da educação ambiental é o desenvolvimento
sustentável, que inclui a prática do turismo sustentável, esta prática visa
à melhoria da qualidade de vida da comunidade receptora e oferece aos
visitantes uma experiência enriquecedora, além de manter a qualidade do
meio ambiente do qual todos dependem. Para que esta sustentabilidade ocorra
é necessário que as pessoas tomem consciência de que se deve preservar o
meio ambiente, através de programas de educação ambiental onde todos os
envolvidos na atividade turística ou não, deveriam participar. É nesse
sentido que a escola tem o papel fundamental, pois esta é responsável pela
educação e formação do cidadão (DIAS, 2003, p. 178).

A educação ambiental dirigida ao turismo, por conseguinte, deve ser
construída com a participação da comunidade visando assim o desenvolvimento
sustentável. Essa noção de sustentabilidade leva o desenvolvimento do
turismo a uma perspectiva de longo prazo. Esse desenvolvimento tenta manter
os costumes locais, garantir a conservação de áreas de beleza natural,
objetos históricos e outros. No programa de educação ambiental deve-se
levar em consideração os problemas dos choques culturais, o retorno
financeiro, à necessidade de preservação dos recursos naturais e culturais,
e outros possíveis problemas observados pela comunidade e inerentes ao
local (ESCOUTO, 2008, p.06).

A educação para o turismo ambiental deverá ser desenvolvida por meio
de programas não formais, chamando o "cidadão turista" a uma participação
consciente na proteção do meio ambiente não apenas durante suas férias, mas
também no cotidiano, no local de residência permanente. Entretanto, não só
o turista terá de ser educado para proteger a natureza dos locais que
visita; as ações de conscientização ambiental devem, indispensavelmente,
voltar-se para o poder publico que, como dono dos recursos naturais, é
responsável pelas leis de zoneamento para o uso e ocupação do solo, e
muitas vezes atua permissivamente, e para o poder econômico, quase sempre
interessado no lucro em curto prazo e a qualquer preço. A postura de
empresários do setor com relação à proteção do meio ambiente constitui o
primeiro estágio para a conscientização ambiental de seus clientes
(RUSCHMANN, 1997, p.76).

Todas as cidades possuem problemas ambientais, umas mais, outras
menos, mas isso não faz diferença alguma. A diferença está na maneira como
o poder público municipal e seus habitantes agem e reagem a esses
problemas, e com certeza Brotas tem dado, nos últimos anos, um exemplo de
como enfrentá-los e desenvolver-se em busca da real qualidade de vida, o
desenvolvimento sustentável (FERREIRA, 2008, p. 42).

A educação desde a escola primária é fator decisivo para a mudança de
mentalidade das gerações futuras: não há quem duvide ou se contraponha. O
que não está ainda claro, pelo menos no contexto nacional, é o papel da
Universidade, que, apesar do crescimento exponencial da importância
atribuída ao tema meio ambiente há mais de três décadas, pouco tem feito
para se adequar a esta realidade, que nem se pode considerar como nova. O
tema Direito Ambiental é uma especialidade de poucos advogados no País,
sendo raros os cursos disponíveis. (MOREIRA, 2006, p. 36)

O mais grave é que parece não ter sido suficientemente incorporado o
pensamento de que meio ambiente deveria ser uma disciplina comum e adaptada
à formação de todas as profissões ligadas à indústria, de nível médio ou
superior. A permanecer tal situação, nada se faz para mudar a mentalidade
do profissional que ingressa numa empresa e considera os problemas ambiente
e não cada indivíduo na rotina de sua atividade (MOREIRA, 2006, p. 36).


2.2.3 QUESTÕES ECONÔMICAS RELATIVAS À GESTÃO DO ECOTURISMO



Esta modalidade de turismo tem em si o potencial de apoiar diversos
programas de conservação, tanto nas áreas que envolvem a comunidade
hospedeira como nos visitantes e população do entorno. Os benefícios
sociais advindos da economia do ecoturismo podem gerir o crescimento dos
padrões de vida, ao mesmo tempo em que os benefícios ambientais surgem
quando as comunidades hospedeiras são induzidas a proteger os ambientes
naturais para sustentar as atividades de ecoturismo, economicamente viável
(Ceballos-Lascurain, 1990).

No Brasil, a gestão do meio ambiente caracteriza-se pela
desarticulação dos diferentes organismos envolvidos, pela falta de
coordenação e pela escassez de recursos financeiros e humanos para
gerenciamento das questões relativas ao meio ambiente. Essa situação é o
resultado de diferentes estratégias adotadas em relação à questão ambiental
no contexto do desenvolvimento econômico do Brasil, como enfatiza Monteiro
(1981)[2] apud Donaire (1999, p. 32) ao firmar que a economia brasileira
desde os tempos coloniais caracterizou-se historicamente por ciclos que
enfatizavam a exploração de determinados recursos naturais (DONAIRE, 1999,
p. 32).

As preocupações com o meio ambiente não pararam de crescer e acabaram
atingindo o próprio mercado, desenhando-o com o estabelecimento de um
verdadeiro mercado verde que torna os consumidores tão temíveis quanto os
órgão de meio ambiente. Surgido inicialmente nos países desenvolvidos este
mercado tem origem em consumidores já satisfeitos em suas necessidades
quantitativas, e que passam a preocupar-se com o conteúdo dos produtos e a
forma como são feitos rejeitando os que lhe pareçam mais agressivos ao meio
ambiente – nem sempre com fundamentação e muitas vezes na esteiras de
companhias idealizadas por empresas e setores concorrentes (DONAIRE, 1999,
p. 36).

A ciência econômica só recentemente se interessou pela questão
ambiental ligada a poluição, pois até então suas preocupações diziam
respeito apenas as relações existentes entre o meio ambiente, considerado
sobre a ótica dos recursos naturais (natureza) e o processo de
desenvolvimento (DONAIRE, 1999, p.39).

Segundo Maimon (1992)[3] apud Donaire (1999, p. 48), a Economia
ecológica é relativamente recente, tendo surgido no final da década de 80
na Costa Leste Americana (UMD Escola Marítima, NYU/ New School, Boston,
1BRD), opondo-se a utilização dos modelos de economia neoclássica e
ecologia convencional que comprovaram ser insuficientes na explicação e
resolução dos problemas ecológicos globais. Em 1989, foi a criada a
sociedade internacional de economia ecológica que conta com seguidores em
vários países que publicam seus trabalhos na revista da sociedade, porém
seu numero ainda é reduzido e seu campo de atuação carece de uma definição
mais precisa (DONAIRE, 1999, p.48).

De acordo com Costanza e Daly (1991)[4] apud Donaire (1999, p.49), a
economia ecológica pode ser definida como um campo transdiciplinar que
estabelece relações entre os ecossistemas e o sistema econômico. Seu
objetivo é agregar os estudos de ecologia e de economia, viabilizando
extrapolar suas concepções convencionais, procurando tratar a questão
ambiental de forma sistêmica e harmoniosa, buscando a formulação de novos
paradigmas. A economia ecológica é dinâmica, sistêmica e evolucionista. Seu
foco principal é a relação do homem com a natureza e a compatibilidade
entre crescimento demográfico e disponibilidade de recursos (DONAIRE, 1999,
p.49).

Embora considerando a ecologia na analise de sustentabilidade, a
economia ecológica carece de uma visão mais abrangente das prioridades
sociais ligadas aos problemas ambientais, pois questões relativas a nível
de emprego, definições de necessidades básicas e outros aspectos
importantes da questão social não são incluídas na avaliação (DONAIRE,
1999, p. 49).

Os Benefícios da gestão ambiental voltado para os benefícios
econômicos e benefícios estratégicos na economia no quadro abaixo:

"BENEFÍCIOS ECONÔMICOS "
"Economia de custos "
"- Economias devido à redução do consumo de água, energia e outros "
"insumos. "
"- Economias devido à reciclagem, venda e aproveitamento de resíduos e "
"diminuição de afluentes. "
"-Redução de multas e penalidades por poluição. "
"Incremento de receitas "
"- Aumento da contribuição marginal de "produtos verdes" que podem ser "
"vendidos a preços mais altos. "
"- Aumento da participação no mercado devido à inovação dos produtos e "
"menos concorrência. "
"- Linhas de novos produtos para novos mercados "
"- Aumento da demanda para produtos que contribuam para a diminuição da "
"poluição. "
"BENEFÍCIOS ESTRATÉGICOS "
"- Melhoria da imagem institucional. "
"- Renovação do "portfólio" de produtos. "
"- Aumento da produtividade. "
"- Alto comprometimento do pessoal. "
"- Melhoria nas relações de trabalho. "
"- Melhoria e criatividade para novos desafios "
"- Melhoria das relações com os órgão governamentais, comunidade e "
"grupos ambientalistas. "
"- Acesso assegurado ao mercado externo. "
"- Melhor adequação aos padrões ambientais. "


Quadro 1. Benefícios da Gestão Ambiental

Fonte: Donaire (1999) Adaptado de North, K. Environmental business
management: ILO, 1992.

O ecoturismo é uma indústria extremamente ampla e em crescimento em
muitos países. Uma de suas principais vantagens é proporcionar um impulso
que favorece tanto a expansão da conservação quanto o desenvolvimento
turístico. Sob o aspecto da conservação, o ecoturismo é o beneficio que é
mais facilmente vendido, e assim, é com frequência incorporado nas decisões
sobre o uso da terra. Em termos concretos, a cobrança de ingressos e de
outras taxas associadas ao ecoturismo pode suplementar os orçamentos
governamentais de conservação existentes e fornecer incentivos para a
conservação por intermédio do setor privado (LINDBERG e HAWKINS, 2002, p.
143).

Sob o aspecto do desenvolvimento econômico, o ecoturismo pode gerar
oportunidades de emprego em regiões remotas. Além disso, geralmente
acredita-se que se exige menos investimentos do setor publico em infra-
estrutura do que o turismo mais tradicional (embora possa haver
correspondentemente uma quantidade menor de benefícios; resta ainda fazer
uma rigorosa avaliação do investimento exigido para cada empregado criado
ou para cada dólar em reservas cambiais obtido nos respectivos setores)
(LINDBERG e HAWKINS, 2002, p.143).


2.2.4 ECOTURISMO E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL



Como a definição dos critérios de exploração sustentável do potencial
constituído por nossas belezas naturais e valores culturais define
ecoturismo como sendo:
"Segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o
patrimônio natural e cultural, incentiva a sua conservação e busca a
formação de uma consciência ambientalista através da interpretação do
ambiente, promovendo o bem estar das populações envolvidas" (EMBRATUR,
1994).


O ecoturismo como qualquer outra atividade econômica, pode produzir
impactos - positivos ou negativos – sociais, econômicos e ambienteis. Mas
esses impactos são decorrentes do modo como se planeja, implanta e
monitora. Um planejamento turístico deve maximentar os benefícios sócio-
econômicos e minimizar os custos, visando o bem estar da comunidade
receptora e a rentabilidade dos empreendimentos do setor.


Segundo Oliveira (2005) o desenvolvimento do ecoturismo deve considerar
os seguintes aspectos:


Promover e desenvolver o turismo, em bases cultural e ecologicamente
sustentável;
Promover e incentivar investimentos em conservação dos recursos
naturais e culturais utilizados;
Fazer com que a conservação beneficie, materialmente, comunidades
envolvidas, pois, somente servindo de fonte de renda alternativa,
estas se tornarão aliadas de ações conservadoristas;
Ser operado de acordo com critérios de mínimo impacto, de modo a ser
uma ferramenta de proteção e conservação ambiental e cultural;
Educar e motivar as pessoas para que percebam a importância de se
conservar a cultura e a natureza (OLIVEIRA, 2005).


O desenvolvimento sustentável é um modelo discutido amplamente,
entretanto existe a carência de alternativas que viabilizem sua efetiva
implementação. Carentes de recursos as pequenas comunidades precisam
encontrar a sua vocação levando-as ao desenvolvimento sustentável
proporcionando melhores condições de vida aos seus habitantes (OLIVEIRA,
2005).


Para prevenir os impactos ambientais do turismo, a degradação dos
recursos e a restrição do seu ciclo de vida, é preciso concentrar os
esforços em um desenvolvimento sustentável não apenas do patrimônio
natural, mas também dos produtos que se estruturam sobre os atrativos e
equipamentos turísticos (GOULART, 2003).


Segundo Ruschmann (1997), os conceitos de turismo sustentável e
desenvolvimento sustentável estão intimamente ligados a sustentabilidade do
meio ambiente, principalmente nos países menos desenvolvidos. Isto porque o
desenvolvimento e o desenvolvimento do turismo em particular dependem da
preservação da viabilidade de seus recursos de base. Encontrar o equilíbrio
entre os interesses econômicos que o turismo estimula e um desenvolvimento
da atividade que preserve o meio ambiente não é tarefa fácil,
principalmente porque seu controle depende de critérios e valores
subjetivos e de uma política ambiental e turística adequada – que ainda não
se encontrou no Brasil e em vários outros países.


O desenvolvimento sustentável do turismo deve considerar a gestão de
todos os ambientes, os recursos e as comunidades receptoras, de modo a
atender às necessidades econômicas, sociais, vivenciais e estéticas,
enquanto a integridade cultural, os processos ecológicos essenciais e a
diversidade biológica dos meios humano e ambiental são mantidos através dos
tempos (GOULART, 2003).


Alguns consultores internacionais na área de ecoturismo, em seus
depoimentos, convergem no reconhecimento de que, embora o modelo de
desenvolvimento sustentável do ecoturismo ainda esteja longe da ideal
efetivação, existem em vários pontos do planeta experiências e propostas
que atestam sua viabilidade (PIRES, 2002, p. 174).


Um outro desafio é administrar e superar os conflitos dos interesses
empresariais, governamentais, ambientalistas e comunitários, que surgem das
diferenças de concepção e divergências de intenções sobre o ecoturismo,
para quem o desenvolvimento a contento do turismo sustentável requer que
seja mantida a capacidade de intervenção e atuação dos atores envolvidos
com o turismo, porém dentro dos respectivos limites de sustentação dessa
capacidade (PIRES, 2002, P.174).






2.2.5 ECOTURISMO NAS EMPRESAS DE BROTAS



É impossível não fazer uma ligação direta entre o meio ambiente
(elementos naturais) e atividades turística em Brotas. Junte a esta equação
a vontade política e a mobilização da comunidade e teremos a real idéia di
que Brotas representa no circuito turístico nacional. Intitulada a Capital
dos Esportes de Aventura ou Capital Brasileira da Aventura, Brotas, no
passado, não era assim. Suas belezas naturais sempre estiveram aqui, mas o
processo de transformação, alterador do perfil da cidade, começou a ocorrer
graças à união de esforços (FERREIRA, 2008, p.49).

Segundo Ferreira, 2008, p. 49, três fatores intimamente conjugados
desencadearam a transformação da Brotas agrícola para a turística:

Fator Político-Social: havia no seio da comunidade um desejo latente
por mudanças para um novo modelo de desenvolvimento econômico e
social, e por ser uma cidade antiga, clamava-se por um despertar;

Fator Ambiental: a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente
– ECO92, na qual foram discutidos vários temas, como Aquecimento
Global e Desenvolvimento Sustentável, fez renascer em muitos brotenses
o idealismo ambiental e a luta pela questão ecológica, cujo início se
dera em 1994 com a criação do Consórcio de Proteção do Rio Jacaré-
Pepira, que até então estava adormecido.

Fator Turístico: em março de 1993, a Secretaria Estadual de Turismo
lançou um projeto para o desenvolvimento turístico do interior de São
Paulo, o qual procurava mostrar aos gestores públicos a importância do
turismo como atividade econômica, capacitando-os e agrupando as
cidades em regiões. Brotas faria parte do "Núcleos das Serras"
(FERREIRA, 2008, p.49).

Especialistas em desenvolvimento rural estão pesquisando o potencial
econômico do ecoturismo e os governos estão considerando esse potencial
como fonte de entrada de divisas. E, é claro, os turistas a grande força
que impulsiona todo esse entusiasmo estão se tornando cada vez mais
aventureiros, mais ligados à natureza e mais participativos quando
viajam. Como nunca antes, os turistas visitam parques e reservas no
mundo todo, e encaram essa experiência como uma forma de conhecer e
apreciar o meio ambiente natural (LINDBERG e HAWKINS, 2002, p. 33).

A cidade paulista de Brotas experimentou uma explosão no numero de
turistas na ultima década graças aos esportes radicais como rafting
(descida de corredeira em um bote), arvorismo (travessia entre copas de
arvores), e canionyng (rapel na cachoeira e caminha no leito dos rios).
E apesar do contato direto entre turistas e rios e matas da região, não
há sinais de degradação ambiental. O turismo foi um grande aliado de
preservação e até recuperação da biodiversidade existentes na região.
"Os donos de fazendas perceberam que é muito mais lucrativo preservar do
que desmatar. O turismo possibilitou que a mata permanecesse de pé." As
áreas de preservação da cidade ficam em torno das margens do Rio Jacaré
Pepira, afluente do rio Tietê, considerado um dos quatro rios mais
limpos do estado de São Paulo, segundo a secretaria municipal do meio
ambiente de Brotas (MAMEDE, 2006, AKATU).

No Município de Brotas, o desenvolvimento teórico do ecoturismo se
compões com o turismo rural, resultando em conceitos múltiplos, baseados
na auto-sustentabilidade, agregando outras modalidades de turismo,
valorizando o turismo interior, turismo de natureza, turismo
alternativo, turismo de aventura, agroturismo e turismo cultura, um
turismo que respeita os princípios básicos de sustentabilidade das
localidades rurais e urbanas. Na prática, com a falta de planejamento
inicial e de acordo com as dificuldades descritas na tabela 1, a
atividade turística no município cresceu em decorrência do aumento
natural do fluxo turístico e através da iniciativa de pequenos
empresários e proprietários rurais que agiram de acordo com seus
próprios critérios de desenvolvimento, trazendo para o município algumas
consequências positivas e negativas, sendo estas evidenciadas no quadro
2. Verificou-se uma inconseqüente busca pelo mercado, sem o mínimo
preparo, o que colocou em risco as propostas iniciais de
sustentabilidade, o que obrigou um efetivo envolvimento do poder público
no que se refere ao planejamento e definição do futuro. Hoje o processo
municipal de desenvolvimento turístico, coordenado pelo COMTUR (Conselho
Municipal de Turismo) em parceria com o poder público, valoriza ainda
mais a participação da comunidade no planejamento, normatização e tomada
de decisão, conduzindo os envolvidos para um senso de ética e
responsabilidade para alcançar na prática os objetivos filosóficos do
desenvolvimento sustentável (Francisco Júnior, José Carlos).

"Principais problemas: "
"Deficiência de recursos financeiros e programas de "
"incentivo dos governos estadual e federal "
"Pouca união entre os empresários locais "
"Visão imediatista e oportunista de alguns empresários "
"Falta de diretrizes para divulgação e marketing "
"Deficiência de investimentos oficiais em infra-estruturas "
"Falta de planejamento integrado "
"Infra-estrutura hoteleira, alimentação e institucional "
"incipiente. "
"Deficiência de mão de obra especializada "
"Falta de políticas e diretrizes oficiais "
"Deficiência na conscientização ambiental "


 Fonte: Secretária Municipal de Turismo e Cultura – Prefeitura Municipal de
Brotas
Quadro 2 - Problemas que o município enfrentou para consolidar seu
desenvolvimento turístico 






"Conseqüências positivas "Conseqüências negativas "
"Promoveu uma maior "Aumento na geração de lixo e esgoto no"
"conscientização ambiental e de "município. "
"manutenção dos atrativos naturais" "
"e culturais. " "
"Como alternativa econômica, "Saturação e pisoteamento de trilhas, "
"agregaram-se novos negócios a "descaracterização da paisagem e do "
"economia local, gerando novas "ambiente (decorrência da falta de "
"oportunidades de emprego e "planejamento e do controle da "
"lucratividade. "capacidade de carga dos atrativos) "
"Promoveu o intercâmbio cultural "Excesso de turistas na cidade, sítios "
"da comunidade com os turistas, "turísticos e atrativos naturais nos "
"permitindo uma troca mútua de "períodos de pico (feriados "
"conhecimentos. "prolongados) "
"Resgate do patrimônio "Crescimento da economia informal, "
"histórico\cultural da "especulação imobiliária "
"comunidade. " "
"Reduziu o êxodo rural e urbano, "Saturação da infra-estrutura de "
" "hospedagem. (feriados prolongados) "
"Estimulou melhorias na "A Qualidade na prestação de serviços "
"infra-estrutura básica da cidade."turísticos e de alimentação fica "
"Garantindo uma melhor "comprometida. (feriados prolongados) "
"qualidade de vida para a " "
"comunidade. " "
"Surgimento de uma consciência "Surgimento de turistas não "
"municipal positiva, promoção "qualificados, gerando comportamento "
"espontânea da cidade, agregando "inadequado, bagunça, excesso no "
"valores culturais, históricos e "consumo de bebidas e depredação do "
"ambientais "patrimônio público. "
"Estimulou melhorias na "Aumento no risco de pane do sistema de"
"infra-estrutura dos sítios "abastecimento de água e luz. "
"turísticos " "


 Fonte: Secretaria Municipal de Turismo e Cultura - Prefeitura Municipal de
Brotas

Quadro 3: Conseqüências positivas e negativas do turismo em Brotas



Com muita criatividade, espírito empreendedor e vontade de inovar,
que a comunidade Brotense foi capaz de transformar o potencial turístico de
Brotas em verdadeiros produtos turísticos, entretanto, isso não é
suficiente para satisfazer a população local e os visitantes, e nem para
prolongar seu ciclo de vida com destino turístico. A satisfação plena só
será atingida quando efetivamente o produto turístico for resultado de um
trabalho responsável, bem planejado quando, a comunidade realmente
incorporar os princípios básicos, descritos seguir, responsáveis pela
manutenção de uma imagem municipal positiva: preservar o patrimônio e
valores éticos, sociais, culturais e ambientais; conhecer as
disponibilidades e potencialidades turísticas; promover e divulgar os
atrativos turísticos; cooperar com o poder público e participar das
reuniões e decisões turísticas; interagir se engajar no turismo; primar
pela quantidade dos serviços; Capacitar-se para desenvolver atividades
profissionais (FRANCISCO JUNIOR, 2002).






TRABALHO DE CAMPO


3.1 METODOLOGIA




A primeira etapa desta pesquisa consistiu em análise de material
bibliográfico, principalmente artigos e livros especializados em assuntos
administrativos e de gestão ambiental. Depois foi realizado um trabalho de
campo para coleta de dados empíricos em duas empresas estabelecidas na
cidade de Brotas, visando estabelecer o papel que desempenham no ecoturismo
e no meio ambiente em que trabalham e operam suas atividades radicais.
Como instrumento de coleta de dados foi utilizado o questionário que
consistia em vinte e uma questões sobre a gestão ambiental utilizada pela
empresa, as suas principais preocupações com o meio ambiente, os impactos
que as atividades radicais possam causar ao ambiente, a conscientização da
empresa sobre o meio ambiente e o que a empresa faz para minimizar a
degradação e poluição do meio ambiente.
A coleta de dados foi feita por questionário, onde foram entregues em
quatro empresas de ecoturismo em Brotas onde dessas quatro somente duas
responderam o questionário onde uma das empresas entregou em branco e a
outra ficou de entregar mas nunca ficou pronto. O questionário foi deixado
na empresa e dentro de dois dias fomos buscá-lo onde as empresas não sabiam
onde encontrava o questionário, e tivemos que voltar na outra semana para a
entrega do questionário respondido.
O período de realização do questionário foi de primeiro de setembro até
dia 18 setembro de 2010.





3.2 Caracterização da Organização


A) Empresa Território Selvagem:
A empresa Território Selvagem Canoar é uma agencia e operadora de
Turismo de Aventura e Natureza fundada em 1999 em Brotas, com o objetivo de
fortalecer a preservação do meio ambiente e promover a integração de todos
o ecossistema, assim proporcionando melhor qualidade de vida a todas as
gerações. Atuando em quatro seguimentos:
Turismo de Aventura e Natureza
Treinamento Vivencial
Atividades Pedagógicas
Reserva de Hospedagem.
A equipe: o capital humano de uma organização é um de seus bens mais
preciosos e a Território Selvagem Canoar conta com um time de profissionais
altamente qualificados em turismo de aventura e natureza e totalmente
comprometidos com a satisfação e bem estar dos clientes.
Missão: A missão da Território Selvagem Ecoturismo® é promover a prática
segura e sustentável do Turismo de Aventura e Natureza, a preservação do
meio ambiente e a valorização do capital intelectual da empresa, através de
uma gestão inovadora e responsável.
Diferencial da empresa: Na Território Selvagem Canoar você pode confiar:
Atuante no mercado de turismo de aventura e natureza desde 1999;
Experiência Canoar – há mais de 20 anos no Rafting;
Sistema de gestão de segurança certificado NBR 15331, da ABNT,
Programa Aventura Segura do Ministério do Turismo;
O melhor atendimento: equipe comercial com formação técnica e atuação
em turismo de aventura e natureza em diversos destinos no Brasil e do
mundo desde 1995;
Instrutores e condutores especializados em turismo de aventura, com
primeiros socorros e treinamento em resgate;
Equipamentos técnicos de segurança dentro das normas vigentes;
Seguro obrigatório da Porto Seguro;
Agência com infra estrutura completa em Brotas: banheiros e vestiários
masculinos e femininos, com chuveiros quentes, internet wi-fi e
conveniência;

A Território Selvagem Ecoturismo®, tem como missão promover a prática
segura e sustentável do Turismo de Aventura e Natureza, valorizando e
conservando a integridade dos envolvidos e minimizando os riscos através
de:
Atendimento às legislações aplicáveis ao segmento e às boas praticas
consagradas no setor;
Capacitação e treinamento dos colaboradores para oferecer atendimento
diferenciado em suas operações;
Preservação do meio ambiente e ações para sustentabilidade ambiental e
social minimizando os impactos negativos gerados;
Comprometimento com a segurança e a melhoria contínua das atividades
oferecidas.

B) Empresa Alaya:
A Alaya é uma empresa de referência no segmento Aventura e Natureza no
Brasil. Foi fundada em 1997 por Jean-Claude Razel, alpinista francês de
Chamonix e administrador de Empresas, que escolheu seu campo-base em
Brotas, SP.
O conceito que norteou a criação da empresa foi à sustentabilidade: a
empresa procurou harmonizar as exigências econômicas, sociais e
ambientais do mundo moderno.
A missão da empresa é oferecer aventuras na natureza que proporcionem
diversão para toda a família.
A visão de futuro da empresa é manter-se referência no mercado de
aventura através dos seus talentos com capacidade de inovar para gerar
novas oportunidades e rentabilidade. Ser um dos motores da divulgação da
Cultura da Vida ao Ar livre.
Os valores da empresa Alaya são:
Alto astral;
Planejamento, organização, qualidade e segurança;
Humildade, responsabilidade, sinceridade e ética.
Diferenciais da empresa Alaya:
A Alaya é a empresa de referência Turismo de Aventura e Natureza no
Brasil. Isso é resultado de um trabalho de 13 anos baseado na segurança,
sustentabilidade e pioneirismo;
A equipe de condutores de rafting é Bicampeã Mundial, Européia e
Panamericana. Venceu todas as competições que participou nos últimos cinco
anos em quatro continentes.
Segurança é uma obsessão da empresa:
A Alaya certificou suas atividades em Gestão de Segurança pelo INMETRO
conforme a norma ABNT 15.331 para Turismo de Aventura. Isto é o resultado
de um trabalho profundo de identificação e tratamento de todos os riscos
inerentes às nossas atividades.
A empresa certificou o primeiro rafting, o primeiro circuito de
tirolesas, o primeiro bóio-cross e o segundo arvorismo do Brasil. Isso é
ser referência em segurança.
Há oito anos, o Corpo de Bombeiros de SP escolheu a Alaya como seu
parceiro para Operações Enchente. Capacitando os bombeiros em técnicas de
águas brancas e em troca recebemos treinamento permanente em primeiros
socorros.

A Alaya é uma empresa que busca a sustentabilidade. Lutando para
harmonizar as exigências econômicas, sociais e ambientais do mundo moderno.
Plantando 9.000 árvores na mata ciliar do Rio Jacaré em Brotas e criamos
dezenas de empregos diretos e indiretos.


3.3 APRESENTAÇÃO E ANALISE DOS DADOS



Um tema tão efervescente como o ecoturismo presta-se a uma grande
variedade de abordagens sob distintos enfoques, entre os quais se destacam
a performance de seu emergente mercado e as tendências que se antevêem para
sua expansão, as destinações e os centros emissores; o perfil do público
ecoturista; a interface das atividades com as unidades de conservação; os
impactos com efeitos positivos e negativos; a sustentabilidade do
ecoturismo e a capacitação de recursos humanos (PIRES, 2002, p.23).
O Objetivo principal da pesquisa é identificar as práticas de gestão
ambiental no Ecoturismo nas pequenas e micro empresas de Brotas-SP. Qual a
situação da gestão ambiental nas empresas de ecoturismo de Brotas, com
relação à degradação e preservação dos atrativos turísticos?
A) Empresa Território Selvagem:
Os dados apresentado pela empresa Território Selvagem foi que o
objetivo da empresa é oferecer produtos de qualidade e segurança. Os
produtos e serviços oferecidos pela empresa é o rafting, tiroleza,
boiacross e treinamento empresarial, a empresa conta com uma equipe de
cinco funcionários. Para a empresa Território Selvagem gestão ambiental
significa a base para todo operacional de suas atividades, pois através da
gestão ambiental juntamente com a segurança que é essencial para a
continuidade das atividades. A gestão ambiental e meio ambiente estão entre
as principais preocupações da empresa, onde ela define periodicamente
objetivos e metas ambientais já que todas as atividades podem causar
impactos ambientais pois todas tem o ambiente como material. Os princípios
de gestão ambiental adotado pela empresa é a conservação, educação
ambiental, reciclagem dos lixos e educação para melhor entendimento ao meio
ambiente.
A empresa Território Selvagem tem as atividades turísticas controladas
para que não haja saturação e pisoteamento de trilhas, descaracterização da
paisagem do ambiente limitando o numero de botes na água e limitando o
numero de visitantes nas atividades de cachoeiras. Para ajudar na
conscientização ambiental a empresa faz descidas com crianças, limpeza de
rios, reciclagem dos lixos e orientações aos turistas e seus colaboradores.
A empresa Território Selvagem não utiliza nenhum tipo de energia
ecológica, mas se preocupam mais com a preservação ambiental já que suas
atividades podem causar impactos e na busca de melhorias no meio ambienta
limita o atendimento ao público em alguns atrativos como rafting que são
doze botes por horário, sendo duas descida diária. Tirolesa que são vinte e
cinco pessoas por horário e bóia croos que são 40 pessoas por horário sendo
duas descidas diárias. Para preservar o Rio jacaré Pepira assim como as
cachoeiras além do limite de participantes também tem a educação ambiental
para os turistas e colaboradores, alem da reciclagem do lixo produzido e
redução do consumo de produtos como papel e energia na própria sede da
agência.


B) Empresa Alaya:
Os dados apresentados pelo Alaya expedições foi que a missão da
empresa é oferecer atividades de aventura divertidas e seguras para toda a
família. Os produtos da empresa é o turismo de aventura tendo vinte
funcionários fixos. A gestão ambiental está entre as principais
preocupações da empresa, os princípios de gestão ambiental adotado pela
empresa é o da preservação e conscientização. As atividades turísticas são
controladas para que não haja saturação e pisoteamento de trilhas,
descaracterização da paisagem do ambiente e isso é feito através das leis
municipais. Para a conscientização do meio ambiente a empresa utiliza de
placas, sites, textos de instruções e as atividades pela empresa oferecida
proporciona isso. A empresa se preocupa em perder o espaço de trabalho por
causa da degradação do meio ambiente, mas no momento a empresa não
estabelece nenhum plano de melhorias para minimizar a degradação e poluição
do meio ambiente, e não usa nenhuma energia alternativa.
As empresas de ecoturismo se preocupam mais com o meio ambiente, a empresa
não limita o atendimento ao publico já que suas atividades não degradam o
meio ambiente. A empresa faz mutirão da limpeza, divulgação e vivencia na
água para preservar o Rio Jacaré Pepira e as cachoeiras.
Uso Turístico do Ambiente Natural em Brotas – Manejo do Público
Visitante foi feito um levantamento das atividades de lazer realizadas
neste município, no sentido de mapear impactos ecológicos e sociais e
elaborar recomendações para a melhoria das condições de uso de tais áreas.
Os resultados da prática de rafting, bóia cross e floating são apontados a
seguir:
De acordo com a avaliação feita, pontos com erosão significativa se
localizam em vários trechos do rio, nos trechos sem vegetação ciliar. Todas
as bases de embarque e desembarque se encontram em área de pasto ou em mata
ciliar degradada, sendo que a perda de vegetação nos locais com mata, fica
restringida em uma área pequena. Estes locais deverão ser monitorados no
futuro para avaliar se estão ocorrendo alterações significativas na
vegetação e qualidade do solo [...] Além dos efeitos ambientais negativos,
a falta da vegetação ciliar em grande parte das margens do rio Jacaré-
Pepira diminui a qualidade da experiência do visitante cuja expectativa é
encontrar um ambiente primitivo ou o mais perto possível desta condição
(MAGRO et al., 2002, p. 101).


Abaixo segue o quadro onde mostra as preocupações com a gestão
ambiental das empresas Território Selvagem e Alaya, se as empresas definem
objetivos e metas a serem utilizadas para a preservação do meio ambiente e
como ela fazem para reduzir a degradação do meio ambiente em que trabalham
e como os serviços por elas prestados podem ou não agredir o meio ambiente.


"Empresas "Território "Alaya "
" "Selvagem " "
"Gestão Ambiental estão entre as "Sim "Sim "
"principais preocupações da empresa? " " "
"A empresa define periodicamente "Sim "Não "
"objetivos e metas ambientais " " "
"Existem atividades que possam causar "Sim "Não "
"impactos ambientais significativos " " "
"As atividades turísticas são "Sim "Sim "
"controladas para que não haja " " "
"saturação e pisoteamento de trilhas, " " "
"descaracterização da paisagem do " " "
"ambienta " " "
"A empresa tem medo de perder o espaço "Sim "Sim "
"de trabalho na natureza por causa da " " "
"degradação do meio ambiente " " "
"A empresa estabelece um plano de "Sim "Não "
"melhorias para minimizar a degradação " " "
"e poluição do meio ambiente " " "
"A empresa utiliza energias ecológicas "Não "Não "
"As empresas de ecoturismo se preocupam"Sim "Sim "
"mais com a preservação ambiental " " "
"A empresa busca melhorias no meio "Sim "Não "
"ambiente e limita o atendimento ao " " "
"público em alguns atrativos " " "


Quadro 4. Gestão ambiental nas empresas de ecoturismo – Preservação e
Degradação



A Gestão Ambiental é uma pratica muito recente, que vem ganhando
espaço nas instituições públicas e privadas. Em 1993, a Secretária Estadual
de Turismo lançou um projeto para o desenvolvimento turístico do interior
de São Paulo, o qual procurava mostrar aos gestores públicos a importância
do turismo como atividade econômica.

A partir desse conceito, tudo mudou no município. A assimilação dessa
idéia gradativamente tomou conta da cidade e logo (entre 1993 e 1996) um
levantamento dos potenciais turísticos foi realizado, unindo comunidade e
pode publico municipal em torno do turismo ecológico como alternativa para
sair da estagnação econômica em que o município vivia (FERREIRA, 2008,
p.49).

O trabalho de consciência e de preservação ambiental, naquilo que se
atribui o Turismo de Aventura, demostra-nos ter alcançado resultados
significativos, merecendo destaque pelo Mtur (2006) sobre sustentabilidade
ambiental. Porém atividades como o cultivo de cana-de-açúcar tem se
demonstrado um setor potencial de degradação do solo e assoreamento do rio
na região de Brotas. Toda preocupação e trabalho gerado para minimizar o
impacto causado pelo constante acesso ao publico e maximizar as tendências
de preservação da atividade de aventura parecem não ser suficientes para
atingir o patamar desejado. Isso porque no Brasil a normalização e
regulamentação no que se refere as áreas de proteção ambiental está
dividida e atribuída a diferentes organismos no âmbito nacional, ou seja,
aspectos que são regulados em organismos federais, outros em organismos
estaduais e alguns em escala municipal (Cruz, 2008, p.95).

Ao sistematizar alguns dos principais processos de impactos do lazer
na natureza, Barros e Dines (2000, p. 58), os agrupam em dois aspectos:
"ecológicos, quando provocam alterações no ambiente, degradando o solo, a
vegetação, os recursos hídricos e a fauna, e sociais, quando causam uma
diminuição na qualidade da experiência dos visitantes. Nas áreas naturais é
comum encontrar sinais evidentes de impacto causados no ambiente por
pessoas que freqüentam os rios e as trilhas, como restos de fogueira, lixo,
locais devastados, rios com margens desgastadas, erosão em trilhas etc.
Além disso, existem outros impactos graves que nem sempre são tão aparentes
como a contaminação das águas, a mudança de hábito da fauna, a alteração na
dinâmica de ecossistemas, a ausência de certas plantas nativas, o
decréscimo na natalidade de espécies ameaçadas, etc. (BARROS; DINES, 2000).


As operadoras turísticas têm o dever de disseminar as práticas
preservacionistas para a conservação do meio natural onde será praticada a
atividade turística em sua cidade. De Brotas, hoje em dia, não se levam
somente boas lembranças e belas fotos. O visitante volta para a casa
diferente, feliz e triste... volta consciente. Feliz por participar de uma
aventura inesquecível em meio à natureza e triste por perceber que o homem
tem muito que aprender com ela e não estamos dando oportunidade para isso.
Surge assim, a consciência ecológica. Brotas é isso, não somente um lugar
para p lazer, mas também para aprender a preservar (FERREIRA, 2008, p.49).





















































CONSIDERAÇÕES FINAIS




O objetivo principal da pesquisa foi identificar as práticas de gestão
ambiental no Ecoturismo. A gestão ambiental nas empresas de ecoturismo tem
como interesse manter o ambiente que proporcione o contato humano com a
natureza, quando é possível ser sensível e vivenciar as características
ambientais do local visitado, são fundamentais iniciativas de preservação e
de conservação.

O Ecoturismo é efetivamente uma alternativa no desenvolvimento econômico
sustentável para pequenas localidades. No Brasil temos exemplos de
comunidades que se desenvolveram a partir desta atividade. Brotas
localizada no interior paulista é exemplo de uma dessas comunidades que a
partir do ecoturismo aumentou a qualidade de vida de seus habitantes.

Entretanto em função dos seus impactos positivos e negativos deve ser
muito bem planejado, para que os benefícios sejam maximizados reduzindo-se
ao máximo os impactos negativos resultantes desta atividade.

A participação da comunidade em parceria com a iniciativa privada e o
governo é fundamental para desenvolver um plano de ecoturismo que atenda as
suas necessidades gerando emprego e renda, melhorando a infra-estrutura de
serviços básicos, ao mesmo tempo em que desenvolva a consciência dos
envolvidos neste processo pela preservação ambiental, fator primordial para
a manutenção da atividade.

Pesquisando as empresas de ecoturismo de Brotas mostra que elas estão
preocupadas com satisfação dos turistas que visitam a cidade, e ainda fazem
poucas coisas para preservar o meio ambiente. Brotas recebe cerca de 140
mil turistas por ano e tem uma população de 22 mil habitantes. Os esportes
podem ser praticados o ano todo, inclusive no inverno. As agências abrem de
domingo a domingo e a maioria dos passeios e esportes podem ser praticados
todos os dias, dependendo somente da procura, pois elas costumam trabalhar
com um número mínimo de pessoas para cada uma das atividades, oferecidas
duas vezes por dia. Isso porque as atividades são demoradas e nunca pode
ultrapassar um numero de pessoa dia.

As áreas de preservação da cidade ficam em torno das margens do rio
Jacaré Pepira, afluente do rio Tietê, considerado um dos quatro rios mais
limpos do estado de São Paulo, segundo a secretaria municipal do meio
ambiente de Brotas. E apesar do contato direto entre turistas e rios e
matas da região, não há sinais de degradação ambiental.

As empresas de ecoturismo sabem da importância para elas sobre o meio
ambiente e sabem que suas atividades causam degradação ao meio ambiente.
Como no caso do Canyoning que é uma das atividades foi confirmada que
conforme os turistas descem as cachoeiras suas rochas são desgastadas. As
empresas de Ecoturismo limpam o lixo deixado por turistas que vão as
cachoeiras assim como no Rio Jacaré pepira, onde é feito o arrastão, onde
todas as agências de ecoturismo se juntam, para fazer a limpeza dos objetos
deixados no Rio.

O crescimento exponencial com que o turismo vem estimulando novos
negócios pode gerar também determinados entraves urbanos alterando a
qualidade de vida local. Para tanto, devem-se desenvolver mecanismos de
monitoramento e controle visando à maximização do uso dos recursos
naturais, com base em um planejamento ambiental, a fim de desenvolver
normas a serem estabelecidas e agregar novos valores aos produtos e
equipamentos turísticos.


A valoração ambiental torna-se um instrumento valioso junto ao
processo de planejamento ambiental, para mensurar o usufruto dos recursos
naturais de cada sitio turístico. Podendo-se a partir daí descrever um
elenco de recomendações adequadas para o uso e manutenção das áreas que
envolvem as atividades de ecoturismo - turismo de aventura.

Em Brotas o conjunto de atividades turísticas desenvolvidas é a
maioria no meio rural, comprometido com a produção agropecuária, agregando
valor a produtos e serviços, resgatando e promovendo o patrimônio cultural
e natural da comunidade.


Podemos perceber alguns efeitos ambientais positivos e negativos como
segue abaixo:
Efeitos ambientais positivos:
_ Diminuição do impacto sobre o patrimônio natural;
_ Criação de alternativas de arrecadação para as Unidades de Conservação;
_ Aumento da consciência da população local e dos turistas sobre a
necessidade de proteção do meio ambiente;
_ Ajuda na conservação das áreas naturais;
_ Criação de novas áreas protegidas;
_ Conservação da biodiversidade;
_ Melhoria da infra-estrutura nas áreas naturais;
_ Maior fiscalização por parte dos moradores, turistas e órgãos
competentes.

Efeitos ambientais negativos:
_ Poluição sonora, visual e auditiva;
_ Desmatamento;
_ Introdução de espécies animais e vegetais exóticas;
_ Prejuízos a espécies em seus hábitos alimentares, migratórios, etc.;
_ Aumento na geração de lixo, esgoto e problemas com saneamento básico;
_ Ocupação inadequada do solo.

Um empresário consciente das potencialidades de seu negócio estará
minimizando seus riscos e potencializando o seu sucesso. Nesse sentido, uma
agência de ecoturismo opera roteiros e colabora com o desenvolvimento do
turismo local como um empreendimento satélite que concentra e distribui
todo o fluxo de turismo para a região. As empresas de ecoturismo e esporte
de aventura de Brotas devem buscar o atendimento eficaz de seus clientes
aliado a uma orientação e conscientização de fornecedores e parceiros
econômicos sobre a necessidade de manter a sustentabilidade do meio
ambiente, preservando-o para as futuras gerações.
As empresas de ecoturismo também deveriam ter um compromisso com seus
clientes e colaboradores na busca incessante na minimização de riscos e
estando comprometida com a melhoria contínua do desempenho de suas
atividades em Turismo de Aventura, embasada na identificação, avaliação e
controle dos riscos inerentes às atividades, bem como, o comprometimento
com a minimização dos impactos ambientais e sociais negativos gerados,
através de uma conduta consciente e um comprometimento com a melhoria
contínua no desempenho de suas atividades.
Quando um turista vai a Brotas ele está em busca de divertimento e
adrenalina com as atividades radicais de Brotas, a empresa deve mostrar
incentivo emocional, manter a integridade física dos seus clientes,
considerando as diferenças sócio-culturais e respeitando os limites humanos
e da natureza. Preocupando-se em reciclar seus instrutores, utilizando
equipamentos de proteção vindos de fornecedores idôneos e obedecer à
padronização internacional, contratar plano assistencial médico-hospitalar,
cumprir a normalização vigente para esporte e aventura, treinar
procedimentos de resgate e socorro em caso de acidentes, utilizar radio
comunicadores, telefone móveis como apoio durante toda a operação.
As empresas sempre devem ter uma filosofia de trabalho que tem como
prioridade a segurança, conscientização e preservação ambiental, o
profissionalismo e bom relacionamento, entre as equipe. Para manter a
qualidade dos serviços investindo em tecnologia, transporte, equipamentos e
principalmente no treinamento das equipes.

Quando se trabalha com o meio ambiente deve-se sempre estudar o hoje e
o amanha aonde possa usufruir sempre desse meio, para que não use todos os
recursos existentes no meio ambiente. É uma sugestão muito obvia, mas que
muitas empresas não ligam ou não olham com muita importância, mas muitas
delas começam a usar todos os recursos da natureza sem moderação e ficam
por um longo tempo sem se preocupar com os danos ou de um dia não poder
usar mais a natureza para seu negocio, pois ela própria acabou com seus
cursos, então a empresa devem sempre fazer de seus negócios algo
sustentável, sempre equilibrando com certos meios para compensar alguns
danos que ela efetua na natureza, uma empresa responsável e principalmente
consciente do que faz, consegue se manter pelo tempo desejado usando o meio
ambiente para o ecoturismo.

Deve ser implantando na filosofia e gestão da empresa metas e
objetivos a serem alcançados, com sustentabilidade, programas e eventos que
possam ajudar na sustentabilidade da empresa, pois hoje uma parte das
empresas até pensam em manter seu negocio sustentável não degradando e
cuidando do meio ambiente, mas não fazem planos futuros para preservar a
natureza, pois ela só tenta manter e equilíbrio entre as atividades que
degradam o meio ambiente e as atividades promovidas raramente pela empresa
para a preservação e conscientização da preservação da natureza onde seus
serviços são prestados.

Imaginar ou planejar eventos lucrativos com idéias de que possa
melhorar seu ambiente de trabalho, onde seus serviços são prestados na
conscientização da preservação do meio ambiente. Por Ex: gincanas, eventos
escolares, feiras onde a melhor equipe ou algo a ser planejado ganhe um dia
em empresas de ecoturismo, onde o ganhador faça suas atividades na empresa
e a empresa mostre seu trabalho a as dificuldades de lidar com a degradação
ambiental, conscientizando o aprendiz e beneficiando a empresa de forma que
mostre para a população a melhor forma de preservar o meio ambiente.

A dificuldade em fazer esse trabalho existiu principalmente quando
dependemos das empresas para responder os questionários, para ajudar em
nossa pesquisa, empresas que desprezam o estudo de seu próprio meio de
trabalho, dificuldades em achar fontes verdadeiras, dados corretos no meio
de tanto artigo jogado na internet aonde 70% do que esta na internet tem
bases e dados verídicos, os outros 30% são artigos sem fundamento ou com
dados, questões que não são verdadeiros, hoje pesquisar na internet é
complicado, pois tempos que pesquisar duas vezes, uma para achar o desejado
e segundo para ver se o que encontramos é de fato verídico.

Não ter dados que comprovem o quanto é degrado ao ano com as
atividades radicais, não ter uma porcentagem corretas de quantos turistas
visitam Brotas ao ano e quantos deles fazem as atividades radicais com
consciência ambiental. Não haver na cidade um setor específico para que os
moradores da cidade tenham acesso a esses dados, assim terem maior
conscientização. Não ter como chegar até os lugares onde são feitas as
atividades radicais para pesquisa de método cientifico.

A pesquisa identificou o interesse das agências na importância e
disposição de pagar pela preservação, ressaltando a importância natural da
região, sugerindo a pertinência de se buscar soluções coordenadas para o
desenvolvimento socioeconômico e ambiental de Brotas.









































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Anexos





















Questionário



Este questionário destina-se a uma pesquisa de origem acadêmica, cujo tema
é o estudo de Gestão Ambiental nas empresas de Ecoturismo.



1) Nome da empresa? (Não obrigatório)
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2) Qual o objetivo/ filosofia da empresa?
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3) Quais os produtos e serviços da empresa? Qual o número de
funcionários da empresa?
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4) Para a empresa o que significa gestão ambiental?
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5) Gestão Ambiental/Meio ambiente estão entre as principais preocupações
da empresa?
( ) sim ( ) não

6) A empresa define periodicamente objetivos e metas ambientais?
( ) sim ( ) não

7) Existem atividades que possam causar impactos ambientais
significativos?
( ) sim ( ) não

8) Se sim, quais atividades?
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9) Quais são os princípios de gestão ambiental adotado pela empresa?
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10) As atividades turísticas são controladas para que não haja saturação e
pisoteamento de trilhas, descaracterização da paisagem do ambiente?
( ) sim ( ) não

11) Se sim, como isso é feito?
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12) O que a empresa faz para ajudar na conscientização do meio ambiente?
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13) Como a empresa faz para não prejudicar o meio ambiente já que se
trabalha com a natureza?
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14) A empresa tem medo de perder o espaço de trabalho na natureza por
causa da degradação do meio ambiente?
( ) sim ( ) não

15) A empresa estabelece um plano de melhorias para minimizar a degradação
e poluição do meio ambiente?
( ) sim ( ) não

16) Se sim quais?
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17) A empresa utiliza energias ecológicas?
( ) Eólica

( ) Solar

( ) Geotérmica

18) As empresas de ecoturismo se preocupam mais com a preservação
ambiental?
( ) sim ( ) não

19) A empresa busca melhorias no meio ambiente e limita o atendimento ao
público em alguns atrativos?
( ) sim ( ) não

20) Se sim, quais atrativos têm publico limitados?
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21) O que a empresa faz para preservar o Rio Jacaré Pepira, assim como as
cachoeiras e outros atrativos?
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[1] NOVAES, Washington. Mercado para quem não polui. Visão, São Paulo,
p. 46, 16 out. 1991.

[2] Monteiro, C. A. F. A questão Ambiental no Brasil: 1960 – 1980 SP
IGBOG/USP, 1981 (teses e monografias, 42)

[3] Maimon, D. Ensaios sobre Economia do Meio Ambiente. Rio de Janeiro.
APED Associação de Pesquisa e Ensino em Ecologia e Desenvolvimento, 1992.

[4] Constanza, R.; Daly, H. Toward na ecological economics: modelling
ecological. New York: Elsevier, 1991
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