Gestão de resíduos sólidos nas unidades acadêmicas do campus Diadema da Unifesp.

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II Simpósio em Ciência e Tecnologia da Sustentabilidade da UNIFESP

Gestão de resíduos sólidos nas unidades acadêmicas do campus Diadema da Unifesp Letícia M. Viesba* (IC), José Guilherme Franchi** (PQ) UNIFESP – Universidade Federal de São Paulo Palavras Chave: Política Nacional de Resíduos Sólidos, Coleta Seletiva, Resíduos Sólidos

Introdução Com uma comunidade de cerca de três mil pessoas, o Instituto de Ciências Ambientais, Químicas e Farmacêuticas da UNIFESP Diadema, localizado num campus de forte viés ambiental, pode ser considerado um grande gerador de (1) resíduos sólidos (RS) segundo a Lei 12.305/2010 , que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Segundo esta lei federal, os grandes geradores têm responsabilidade quanto a destinação a ser dada a seus resíduos e devem elaborar um Plano de Gestão. O objetivo do presente trabalho é adequar o campus Diadema da Unifesp ao modelo de gestão estipulado na lei naquilo que respeita os RS comuns, ou seja, aqueles gerados no dia a dia pelo usuário habitual do campus, exclusive os RS laboratoriais químicos e biológicos, objetos de outro programa de gestão, bem como os orgânicos gerados nos dois restaurantes universitários. Secundariamente, almeja-se que eles sejam destinados a uma cooperativa de catadores de recicláveis, de modo a ter uma destinação diferente da atual – o aterro sanitário.

redes sociais frequentadas pelos estudantes. Os resultados iniciais foram, no entanto, desanimadores, tendo-se identificado diversas dificuldades quanto à separação dos resíduos, principalmente por parte dos alunos, que dispunham de modo aleatório nos recipientes específicos de cada modalidade de resíduos. Isso desacreditou o projeto junto aos funcionários da empresa terceirizada responsável pela limpeza de nossas unidades, que passaram a encaminhar à coleta comum da prefeitura aquilo que poderia. O projeto encontra-se, agora, numa segunda etapa, com participação de número maior de alunos voluntários, buscando aprimorar e tornar mais efetivas as ações junto aos usuários do campus; há previsão de atividades envolvendo capacitação aos funcionários terceirizados da limpeza e ações de educação ambiental junto à comunidade em geral (mostra fotográfica, novas entradas em salas de aula, visitas monitoradas a locais de disposição e cooperativas de reciclagem). Prevê-se para esta etapa, formas de aproveitamento dos resíduos gerados nos dois restaurantes universitários através de compostagem.

Conclusões

Resultados e Discussão Os resíduos sólidos passiveis de reciclagem comumente gerados na Unifesp, segundo um levantamento qualitativo e semiquantitativo previamente realizados, são os plásticos em geral, principalmente sob a forma de embalagens plásticas de bolachas, salgadinhos, iogurtes, refrigerantes (PET), embalagens de papelão e tetrapak (sucos, vitaminados), copos descartáveis, latinhas de alumínio, folhas de caderno e de sulfite – aqueles gerados em maior quantidade –, além de recipientes de produtos de limpeza (empresa terceirizada), e de produtos alimentícios (nos restaurantes). Nosso campus gera, numa estimativa ainda preliminar, cerca de 6,0 t/mês destes resíduos. A partir das informações obtidas junto à cooperativa de reciclagem Cooperlimpa, implementou-se um novo modelo de disposição das lixeiras com o objetivo de auxiliar e tornar mais eficaz a separação dos resíduos por parte de alunos, professores e funcionários do campus. O projeto foi concebido e pensado ao longo de 2013 para ser implantado com o início do ano letivo de 2014 através de ampla divulgação em salas de aula, no evento de recepção dos calouros, e nas

Projetos de gestão de resíduos sólidos devem ser contínuos e prever atividades de formação e capacitação dos envolvidos na sua geração, coleta e disposição. Bem sucedidos, contribuem à preservação dos recursos naturais, a não geração de degradação e poluição, ao aumento da vida útil dos aterros sanitários, e à geração de emprego, renda e cidadania à uma importante parcela de moradores de nossas cidades, em sua grande maioria marginalizados de quaisquer garantias trabalhistas e previdenciárias. Esta iniciativa do campus Unifesp pode representar uma atividade embrionária à elaboração de um Plano de Gestão de Resíduos Sólidos, de modo a deixá-lo em conformidade à atual legislação, que impõe esta demanda àqueles que são considerados grandes geradores de resíduos sólidos. * Bolsista de Iniciação à Gestão (programa BIG-PRAE) [email protected] ** Docente do Departamento de Ciências Exatas e da Terra

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BRASIL. Lei nº 12.305 de 02 de Agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei n o 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Diário Oficial da União 2010; 3 ago.

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