Globalização e suas consequências

June 2, 2017 | Autor: G. Almeida Batista | Categoria: Globalization, Globalização
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UNIVERSIDADE PAULISTA – UNIP CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO

GABRIEL DE ALMEIDA BATISTA FELIPE CORNIANI GENARO FELIPE RAMOS DA SILVA FELIPE DA SILVA BORGES NEVES LUIS HENRIQUE GIUSEPIN ALONSO

RESENHA CRÍTICA: GLOBALIZAÇÃO E SUAS CONSEQUÊNCIAS

SÃO PAULO 2015

1 SUMÁRIO 1

INTRODUÇÃO ............................................................................................ 2

2

REFERÊNCIAL TEÓRICO ......................................................................... 5

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CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................ 8

REFERÊNCIAL BIBLIOGRÁFICO ................................................................. 13

2 1. INTRODUÇÃO A globalização tornou-se o assunto do “momento”, virando uma palavra da moda, fazendo com que todos discutam sobre este processo de aprofundamento da integração do mundo (social, econômica, política, cultural), tornando possível a união de países e povos, dando a impressão que o planeta está ficando cada vez menor. Um dos fatores mais importante que contribui para a união é, sem dúvidas, a internet, mas há mais coisas do que o olho pode alcançar, revelando as raízes e consequências sociais do processo. Para alguns a globalização é a causa da nossa infelicidade, para outros, é a causa da nossa felicidade. Para todos, a globalização é um processo irreversível, um destino sem volta para o mundo – será? Querendo ou não, estamos todos sendo globalizados, esta é a única coisa que podemos afirmar com plena certeza. Partindo desta exclamação, esta resenha levanta o seguinte problema: quais seriam as consequências deste processo social? Focalizando no setor financeiro, comercial, e nas novas tecnologias A partir deste questionamento, este trabalho procura mostrar, com base nas pesquisas e leituras, as consequências que a globalização trouxe. Portanto, como objetivo, este presente trabalho visa expressar a nossa opinião sobre a globalização, visando o lado crítico e contraditório. Na referência teórica estivermos citando alguns trabalhos de outros autores (livros, artigos de opinião, resenha, etc.), onde as fontes do mesmo estarão na referência bibliográfica. Nas considerações finais buscamos fazer uma paráfrase das referências teóricas, com algumas citações que não constam na referência teórica, mas na referência bibliográfica.

3 2. REFERÊNCIAL TEÓRICO

Para Barbosa (2003, p. 13) globalização é uma expansão de fluxo, pela aceleração das transações econômicas e pela crescente difusão de valores políticos e morais em escala universal. Bauman (1998, p. 145) a globalização é o objetivo a ser almejado e desejado, já para uma outra tendência, ela é responsável por todos os males da sociedade. Expansão dos fluxos de informações – que atingem todos os países, afetando empresas, indivíduos e movimentos sociais –, pela aceleração das transações econômicas – envolvendo mercadorias, capitais e aplicações financeiras que ultrapassam as fronteiras nacionais – e pela crescente difusão de valores políticos e morais em escala universal. BARBOSA (2003, p. 13).

Rodríguez (2008) ressalta que a grande questão contemporânea nos terrenos das relações internacionais é, sem dúvida, a globalização. Várias globalizações foram conhecidas pelo homem ao longo de sua história. Milton Santos (2001, p. 18) divide o mundo globalizado em três partes. O primeiro seria o mundo tal como nos fazem vê-lo: a globalização como fábula; o segundo seria o mundo tal como ele é: a globalização como perversidade; e o terceiro, o mundo como ele pode ser: uma outra globalização. Bauman (1998) declara que a palavra globalização se transformou rapidamente em uma palavra da moda, em um lema, uma encantação mágica, uma senha capaz de abrir as portas de todos os mistérios presentes e futuros. Ele ainda ressalta que a globalização tanto divide como une; divide enquanto une. O que para alguns parece globalização, para outros significa localização; o que para alguns é uma sinalização de felicidade, para muitos é um destino cruel e indesejado. Todos nós estamos, a contragosto, por designo ou à revelia, em movimento. Estamos em movimento mesmo que fisicamente estejamos imóveis: a imobilidade não é uma opção realista num mundo em permanente mudança. No entanto os efeitos dessa nova condição são radicalmente desiguais. Alguns de nós tornam-se pleno e verdadeiramente “globais”, alguns se fixam na sua “localidade” – transe que não é nem agradável nem

4 suportável num mundo em que os “globais” dão o tom e fazem as regras do jogo da vida. BAUMAN (1998, p. 8).

Albert ressalta que a companhia ela pertence aos seus investidores e não aos seus empregados, à localidade em que se situa ou aos seus fornecedores. Podemos deixar claro que o Albert tinha em mente não era a simples questão de pertencer, no sentido de ser dono do nome, da propriedade em questão. O que ele tinha em mente era, sobretudo, que os empregados, os fornecedores e os porta-voz da comunidade não têm voz nas decisões que os investidores podem tomar. E que os investidores são os verdadeiros tomadores de decisão e que tem o direito de descartar, inválida e declarar irrelevante qualquer postulado que os demais possam fazer. Virilo (1998) ressalta que com o avanço da tecnologia pode ser mais seguro falar do “fim da geografia”. As distâncias não importam mais, com o avanço da internet – que será um dos principais focos da resenha – a humanidade estão perto mesmo estando longe. Ressaltou esta declaração, para demonstrar que a de Francis Fukuyama era bastante prematura, a declaração era sobre o “fim da história”. Com efeito, longe de ser um “dado” objetivo, impessoal, físico, a “distância” é um produto social; sua extensão varia dependendo da velocidade com a qual pode ser vencida (e, numa economia monetária, do custo envolvido na produção dessa velocidade). Todos os outros fatores socialmente produzidos de constituição, separação e manutenção de identidades coletivas – como fronteiras estatais ou barreira culturas – parecem, em retrospectiva, meros efeitos secundários dessa velocidade. VIRILO (1998, p. 19).

Bauman (1998, p. 21) traz a declaração que dentre todos os fatores técnicos de mobilidade, o particularmente importante foi o transporte da informação, o tipo de comunicação que não envolve o movimento de corpos físicos ou só o faz secundária e marginalmente. Desenvolveram-se de forma consistente meios técnicos que também permitiram a informação viajar independente dos seus portadores físicos e independente também dos objetos proprietários da mesma.

5 [...] a oportunidade que ele dá às pessoas de assumir responsabilidade por seus atos “numa sociedade histórica imprevisível” e não “num mundo onírico de harmonia e ordem predeterminada” […]. BAUMAN (1198, p. 54).

Bauman (1998, p. 58) alerta sobre a quantidade de informações que os bancos de dados, daquela época, continham sobre a sociedade e faz uma referência a Mark Poster que diz “nossos corpos são fisgados dentro das redes, dos bancos de dados, na autoestrada da informação” – e assim todos esses locais de armazenamento de informação onde nossos corpos são, por assim dizer, “amarrados informaticamente” “não mais oferecem refúgio à observação ou uma barreira em torno da qual se possa traçar uma linha de resistência”. Há uma relação de causa e efeito entre o professor técnico atual e as demais condições de implantação do atual período histórico. É a partir da unicidade das técnicas, da qual o computador é uma peça central, que surge a possibilidade de existir uma finança universal, principal responsável pela imposição a todo o globo de uma mais-valia mundial. […] SANTOS (2001, p. 27)

Milton Santos (2001, p. 28) e Bauman (1998, p. 5) ressaltam que a grande novidade da globalização e suas tecnologias, foi a capacidade de ter conhecimento do que acontece do outro. Nunca houve antes essa possibilidade oferecida de ter em mãos o conhecimento instantâneo do acontecer do outro lado.

6 3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Renato Ortiz no seu livro, Mundialização e Cultura (1994), diz que os fenômenos na verdade constituem, juntos, um momento bem demarcado do processo histórico. Na internet, na maioria dos sites, diz que a globalização é um fenômeno que criou pontos em comum na economia, cultura, política e sociedade, e que consequentemente interligou o mundo. A globalização ela uniu o mundo, tornando a distância algo “irrelevante” e nos dando a capacidade de trocar informações instantaneamente, mas nem tudo é um “mar de rosas sem espinhos”, e isso não seria diferente para a globalização. Iremos expor a nossa crítica, com base na coleta de dados, sobre as consequências da globalização. O computador ele possui quatro gerações, primeira geração 1946 – 1959, segunda geração 1959 – 1964, terceira geração 1964 – 1970, e a quarta geração 1970 – até hoje. Iremos partir da quarta geração, porque foi nela que os computadores deixaram de ser apenas para fins militares com o advento dos microprocessadores. A internet teve início em 1970, para fins militares, mas só alcançou a população em geral no ano de 1990, com o advento da World Wide Web, conhecido como o WWW. Segundo a ONU, a internet já possui três bilhões de usuários, dados de 2014. Conectados. Uma palavra que não sai de muitas bocas, uma palavra que nunca fez tanto sentido como agora. Quando era discutido como o mundo agiria com o advento da aldeia global, termo criado pelo Marshall McLuhan um filósofo canadense para explicar que o mundo ser tornaria homogêneo com o advento da tecnologia, não se imaginava como seria devastador e rápido. A internet transformou a maneira de comunicação e visão do mundo. Nunca foi tão fácil acessar todas as informações do mundo com apenas um toque de botão. E quando começaram a se popularizar as redes sociais, um admirável mundo novo abriu-se diante nossos olhos. Uma ferramenta colaborativa extrema, que possibilita o contato imediato com outras pessoas através de suas afinidades, religiões, política, geográfica, projetos colaborativos e etc. Tudo seria melhor e mais fácil quando as pessoas se alinhassem na órbita de seus ideais. O tempo passou, e essa revolução não se instalou.

7 O que ser instalou foi pouca gente ser socializando e os que ser socializam, muitos estão conversando e olhando para uma “tela pequena brilhante”. Boa parte dos espaços públicos (praças, parques, museu, teatro e etc.) estavam sendo utilizados por poucos, mas com a chegada do Wi-Fi (internet sem fio), começaram a ser usados por muitos. Antes era normal perdi o número de uma pessoa, hoje já é algo assustador, se você chega e fala “poderia me passar o seu número de celular”, a pessoa já fica assustada, mas se você chega e fala “me passa o seu WhatsApp, para nós conversamos” – WhatsApp é um aplicativo de mensagens multiplataforma que permite trocar mensagens pelo celular sem pagar por SMS e é necessário passar ou “pegar” o número de celular da pessoa, sim aquele número que a pessoa passa desconfiada ou nem passa – ela te passa e ainda perdi o seu. Se tornou algo normal, as pessoas estarem uma do lado da outra, mas conversando pelo aparelho com a “tela pequena brilhante”. Muitos querem ser “famosinhos” nas redes sociais (Facebook, Instagram, Twitter, YouTube e etc.), compartilhando sua vida pessoal, tudo o que faz ou deixa de fazer, deixando a mesma como um livro aberto para qualquer pessoa de qualquer lugar poder visualizar e compartilha. Se na revolução francesa o lema era “Liberdade, Igualdade e Fraternidade”, o lema da revolução da internet é “Curtir, Compartilhar e Comentar”, ou ser preferir, “C ao cubo”. Estamos perdendo o senso crítico, nunca foi tão fácil copiar sem o menor bom senso, sem créditos. Um dos poucos entes criativos restantes na internet produz algum comentário curto, espirituoso ou refletivo, a respeito de alguma situação recente ou atual. Em minutos surgi cópias da frase em toda Web. Pensar, refletir e fala, são coisas do passado. Agora a moda é copiar, colar e depois compartilhar. A quantidade de informações que deixamos na internet é algo absurdo de tão grande que é. Passamos nosso endereço, telefone, idade, RG, CPF e número de cartões de créditos, para simplesmente ser cadastrar em algum site de compras ou banco, que pode no dia seguinte ser invadido por algum cracker – cracker são invasores de sites que pegam as informações. Seus principais ataques são em site bancário e comercial – e sermos lesionados pelos dados que foram roubados, dados que nós mesmo disponibilizamos. [...] “nossos corpos são fisgados dentro das redes, dos bancos de dados, nas autoestradas da informação” – e assim todos esses locais de

8 armazenamento de informação onde nossos corpos são, por assim dizer, “amarrados informaticamente “ “não mais oferecem refúgio à observação ou uma barreia em torno da qual se possa traçar uma linha de resistência” […] A armazenagem de quantidades maciças de dados [...] resulta, segundo Poster, num “superpanóptico” – mas com uma diferença: os vigiados, fornecendo os dados a armazenas, são fatores primordiais e voluntários da vigilância [...] BAUMAN (1998, p. 57).

Milton Santos (2001, p. 28) ressalta que a competitividade comanda nossas formas de ação. O consumo comanda nossas formas de inação. E a confusão dos espíritos impede o nosso entendimento do mundo. Nos últimos cinco séculos de desenvolvimento e expansão geográfica do capitalismo, a concorrência se

estabelece como regra. Agora, a

competitividade toma o lugar da competição. A concorrência atual não é mais a velha concorrência, sobretudo, porque chega eliminando toda forma de compaixão […] Milton Santos (2001, p. 46).

Com a globalização, ficou mais fácil uma empresa ser expandir, entrar em novos continentes e concorrer com as empresas do mesmo. Podemos usar o Brasil como exemplo. Com a incompetência de nossos representantes, fica cada vez mais difícil competir com as empresas que vem de fora, em vez do governo ajudar os empreendedores nacionais, eles querem mais é ganhar dinheiro às custas dos mesmos. Aplicando impostos em cima de impostos. Quem ganha com isso são as empresas de fora, porque pelo simples fato dela virem de outro continente, já significa que elas são grandes e poderosas. Em vez deles ajudarem os empreendedores nacionais, para que a moeda seja mais valorizada lá fora, ficam é gastando e taxando impostos nos mesmo. Devemos apreender a jogar o jogo da globalização. Essas empresas financeiras das multinacionais utilizam em grande parte a poupança dos países em que se encontram. Quando uma firma de qualquer outro país se instala num país C ou D, as poupanças internas passam a participar da lógica financeira e do trabalho financeiro dessa multinacional. Quando expatriado, esse dinheiro pode regressar ao país de origem na

9 forma de crédito e de dívida, quer dizer, por intermédio das grandes empresas globais. […] SANTOS (2001, p. 43).

A necessidade de ser tornar grande com pouco investimento, faz as empresas buscarem pelo “quatro cantos do mundo” mão de obra barata, levando o desemprego à escala global. Elas operam em todo o planeta com o mesmo produto, mas vendido em certo lugares mais caros ou mais baratos, geralmente mais baratos em seu país de origem, que o necessário. Visando somente o lucro, elas passam a explorar mais de seus funcionários, algo que é comum na China, produzem mercadorias que necessitarão ser substituídos em pouco tempo, e estimula o consumismo inconsciente, ou seja, comprar pelo simples fato de comprar, já que há um fácil acesso a produtos e é estimulado que se compre estes produtos, para que assim, as pessoas façam parte de um meio social diferente. Para os executivos das grandes companhias, há a necessidade de distanciamento de suas culturas particulares e o comprometimento se volta para a competição global. A busca por eficiência e produtividade se torna uma obsessão social. O sistema financeiro global passou por uma reorganização. Ao lado da acelerada mobilidade geográfica de fundos, os mercados futuros, de ações e de acordos de compensação recíproca de taxas de juros e moedas significaram a criação de um único mercado mundial de dinheiro e crédito. Antes de encerrar gostaria de deixar um ponto de interrogação em aberto, não tem muito a ver com o assunto debatido. Todas as coisas (possibilidades, dados, informações e etc.), já estavam aqui quando chegamos. Então nós nunca tivermos algo própria, estamos apenas repassando e descobrindo o que já estava aqui? Podemos dizer que esta resenha não passa de uma cópia de opiniões de grandes autores que copiaram as suas opiniões de outras pessoas, e assim sucessivamente?

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4. REFERÊNCIAL BIBLIOGRÁFICO

BAUMAN, Z. Z. Globalização: As consequências humanas. 1. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998. 145p.

SANTOS, M. Por uma outra globalização: Do pensamento único à consciência universal. 5. ed. Rio de Janeiro: Record, 2001. 174p.

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