GUILGER, F. J. ; FORATO, Thaís C. M. Aspectos Alquímicos da Filosofia Natural de Isaac Newton na Formação de Professores. 13o. Seminário Nacional de História da Ciência e da Tecnologia: Caderno de Resumos. São Paulo: EACH/USP, 2012. v. 1. p. 280-281.

October 5, 2017 | Autor: T. Cyrino de Mell... | Categoria: Newton, Isaac, Historia da Ciência, Formação De Professores
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periódicos, imagens e artigos diversos. Dentre eles, localizamos diversos trabalhos de Rodolfo dos Santos Mascarenhas dedicados a assuntos de vital importância para a compreensão das políticas sanitárias do Brasil. Destacam-se aqueles que discutem as financias municipais para o sanitarismo, o papel da escola e da professora primária, a organização da comunidade como forma de contornar o baixo nível sanitário das cidades, além dos diversos artigos dedicados a reflexão das políticas educacionais adotadas pelos cursos de medicina. O movimento da matemática moderno no Instituto de Educação Euclides Dantas- IEED (19601970). Autora: Daniele Santana Silva (UESB) Orientador: Claudinei Camargo Santana Desde sua institucionalização enquanto disciplina, a matemática é tida como um “monstro”, sendo essa uma das disciplinas de maior reprovação escolar, com isso, alguns estudiosos matemáticos, buscaram promover reformas curriculares. Sendo que o primeiro processo de modernização do ensino de matemática ocorreu no ano 1929, no Brasil, liderado pelo catedrático de matemática Euclides Roxo que propunha a unificação da álgebra, geometria e aritmética em uma única disciplina, a matemática. O segundo momento de reforma ocorreu na década de 60 e 70 e ficou conhecido como o Movimento da Matemática Moderna (MMM), que buscava aproximar a matemática das universidades com a escola básica. Durante o período da MMM ocorreram vários congressos, onde foi criado o Grupo de Estudo de Ensino da Matemática (GEEM) entre outros que eram responsáveis pela formação de professores, analisando conteúdos, reformulando o ensino, o que ampliou os olhares e conceitos sobre esta nova metodologia e sua prática trazendo mudanças significativas. Assim o projeto: O movimento da matemática moderna nas escolas secundárias de Vitória da Conquista: uma análise do período de 19601970 passa por diferentes etapas, com a intenção de compreender o desenvolvimento da matemática como disciplina escolar. Na pesquisa procuramos identificar as ações desenvolvidas pelos docentes e discentes da época, com a implantação das novas propostas curriculares e métodos de ensino da matemática. No processo nos valemos de diversas fontes. Primeiramente nos encaminhamos até o Museu Pedagógico Casa Padre Palmeira da UESB, com o propósito de analisarmos os diários das escolas como: Barão de Macaúbas, João Gustavo e principalmente Instituto de Educação Euclides Dantas, que é considerado um dos principais e mais importantes da rede de ensino de Vitória da Conquista- BA. As entrevistas permitiram fazer uma observação do ensino matemático das décadas de 60 e 70, levando em conta o conjunto do projeto, leituras bibliográficas com a temática da História da Educação que mostraram a situação das escolas e como foi que refletiu o MMM nas unidades de ensino situadas em Vitória da Conquista, Bahia. Esta pesquisa visa reconstruir a situação histórica em que a disciplina de matemática foi inserida nas escolas, a postura dos professores e conteúdos aplicados junto com os livros didáticos, focando principalmente, mas não exclusivamente, as práticas e representações matemáticas do professor do primário e ginasial no período de 1960 a 1970. Foi possível analisar historicamente os processos de atualização nas instituições escolares baianas, das práticas matemáticas em algumas, particularmente aquelas relacionadas com a modernização dos programas e currículos de formação de professores e de ensino-aprendizagem, focando as relações entre as tentativas de institucionalização de certas formas de práticas e representação da matemática. Aspectos alquímicos da filosofia natural de Isaac Newton na formação de professores Autor: Fernando de Jesus Guilger (UNIFESP) Orientadora: Thaís Cyrino de Mello Forato Diversos estudos defendem a discussão de aspectos da natureza da ciência na educação visando inúmeros benefícios formativos e pedagógicos (Lederman, 2007; McComas et al., 1998; MATTHEWS, 1992; MARTINS, 2007). Entende-se que uma abordagem sobre o conhecimento científico permita o desenvolvimento do criticismo, em combate a uma visão estereotipada puramente empirico-indutivista e ateórica. Tal visão, em geral, limita-se a uma concepção puramente algorítmica, exata, infalível, aproblemática e ahistórica da ciência, cujo desenvolvimento seja acumulativo de crescimento linear; individualista e elitista; trazendo, assim, uma imagem descontextualizada e socialmente neutra do empreendimento científico (GIL-PEREZ et al., 2001). Embora não haja consenso entre os filósofos da ciência a respeito de sua natureza (EL-HANI, 2006), encontramos alguns pontos possivelmente concordantes nas pesquisas em ensino de ciências, como relevantes para a formação de professores (FORATO et al., 2011; LEDERMAN, 2007). Adotamos, assim, uma visão de ciência como sendo um saber em construção, moldado e produzido por seres humanos, sujeitos a valores de um determinado período histórico e a uma cultura, não dogmático, cujas teorias são sujeitas a modificações e substituições (McCOMAS et al., 1998; PUMFREY, 1991). Para introduzir tais aspectos epistemológicos na formação do professor de ciências, utilizamos o episódio histórico da elaboração da teoria da Gravitação Universal.

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A visão popular geralmente propagada no ensino, é a de que sir Newton (1643-1727), teria descoberto a lei da gravidade, graças a queda de uma maçã na sua cabeça.(MARTINS, 2006) Esta visão é problemática, desconsidera inúmeros fatores que contribuíram para a formulação da lei da Gravitação Universal, além de exaltar a ideia de homens dotados de uma inteligência sobre-humana e detentores de uma verdade absoluta, não raro fruto de descobertas ocasionais (MARTINS, 1990, MARTINS, 2007, GIL PEREZ et al. 2001). Quando se discute aspectos culturais específicos do século XVII, mostrando a pertinência de interesses alquímicos permenado a filosofia natural newtoniana (Alfonso-Goldfarb, 1994; 2001; Dobbs, 1984; Forato, 2006a) busca-se oferecer uma visão crítica sobre a construção da ciência. Objetiva-se, assim, trazer uma visão concernente com a historiografia contemporânea da história da ciência para a formação inicial de professores, Especificamente, buscando compreender um pouco do papel de estudos hoje considerados não-científicos, como a alquimia, na formação da teoria newtoniana para o fenômeno da gravitação (Forato, 2006b; Forato et al, 2007) . Pretendemos apresentar a proposta desenvolvida para atividades didáticas que discutem tais aspectos na formação inicial do professor. Utilizamos a fundamentação metodologica proposta por Forato (2009) para fundamentar a transposição didática de saberes da história e filosofia da ciência para o ambiente escolar. Simetria generalizada e translação na Revolta da Vacina Autor: Gustavo de Castro Patricio de Alencar (UFMG) Orientadora: Ana Carolina Vimieiro Gomes A sociologia e a historiografia da ciência continuam produzindo novidades teóricas que alteram a maneira de entender, compreender e caracterizar essa atividade. O filósofo francês Bruno Latour é um dos autores que advoga uma proposta teórica que possui implicações para os estudos sociais da ciência. Em seu livro ciência em ação o autor apresenta suas regras teóricas e metodológicas para se estudar a ciência, das quais destacamos as noções de sociologia da translação e o principio de simetria generalizada. Com essas ideias Latour pretende realizar um estudo sobre a prática científica que consiga compreender de uma maneira mais adequada o que é a ciência e o que ela faz . No entanto, muitos teóricos afirmam que Latour não consegue alcançar os objetivos que pretende atingir e que seu projeto teórico em pouco contribui para certas áreas dos estudos científicos como, por exemplo, a da história das ciências. O objetivo deste trabalho consiste em avaliar a pertinência, ou não, do projeto teórico latouriano quando aplicado a um estudo de um evento histórico específico, a saber, aquele da Revolta da Vacina ocorrida no inicio do século XX. Faremos isso através da análise do trabalho do brasileiro Henrique Cukierman que pretende narrar a saga de Oswaldo Cruz em seu projeto de modernizar o Brasil via desenvolvimento das ciências modernas. Em seu trabalho, Henrique Cukierman utiliza o aparato teórico de Bruno Latour inclusive quando, em um momento do livro, a Revolta da Vacina é estudada. Para verificar em que medida podemos dizer que o trabalho de Cukierman oferece alguma contribuição para as narrativas da Revolta da Vacina iremos comparar seu trabalho com os de historiadores que analisam o mesmo evento sem utilizar essas nenhum conceito latouriano. A hipótese da qual partimos, e que irá ser testada, é a de que, em decorrência da natureza do projeto teorico-metodológico latouriano, os conceitos de sociologia de translação e simetria generalizada, pouco ou nada contribuem para a historiografia da Revolta da Vacina. Oliveira Vianna e a Biotipologia no Brasil durante os anos 1930 Autor: Henrique Rodrigues de Paula Goulart (UFMG) Orientadora: Ana Carolina Vimieiro Gomes É uma pesquisa de iniciação científica que faz parte de um projeto maior que tem como tema geral a história da biotipologia no Brasil. A biotipologia, segundo a definição do médico italiano Nicola Pende adotada pelo médico brasileiro Waldemar Berardinelli, consistiria na “ciência das constituições, temperamentos e caráter”. Seguindo o argumento de Berardinelli, ela representaria a fase científica das doutrinas constitucionais, o enlaçamento da ciência experimental com o estudo da constituição humana. A biotipologia ressignificava – partindo de um discurso de pretendida maior cientificidade – práticas e classificações antropológicas e criminológicas do século XIX realizadas a partir das mensurações e classificações das constituições e dos traços físicos e craniométricos das pessoas. Ao mesmo tempo em que procurava estabelecer uma “ciência do indivíduo humano” focada no singular, a biotipologia pressupunha a busca pelas diferenças entre os indivíduos e a produção de parâmetros de normalidade para a população. Dedicava-se, dessa forma, à comparação de corpos e sua classificação (enquadramento) em tipos humanos: os biotipos. A classificação em biotipos implicaria na seleção de qualidades físicas desejáveis e indesejáveis, esboçando e reforçando identidades raciais e de grupos humanos – assim como uma hierarquização dos corpos das pessoas – articuladas a concepções preconceituosas dos tipos corporais ideais. Dentro deste contexto, o presente trabalho tem como objetivo específico focar na obra de Oliveira Vianna e na controvérsia que este autor estabelece com a produção científica da biotipologia no país. Imerso no ambiente político de forte nacionalismo dos anos 1930, Vianna, debateu, em algumas

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