História Antiga - Unicamp - Aculturação como modelo interpretativo e o estudo da Antiguidade - 2010

1 HH 185 História Antiga 2010

Aculturação como modelo interpretativo e o estudo da Antiguidade Pedro Paulo A Funari1

Ementa A aula visa a introduzir o tema da aculturação, subjacente a modelos interpretativos sobre a Antiguidade, como “helenização” e “romanização”. Inicia-se com o conceito de cultura e suas apropriações na época moderna. Culture e lore, cultura erudita e popular são conceitos que se relacionam à invenção dos estados nacionais e ao domínio colonial do mundo pelas potências imperiais. A graduação das culturas, a partir de uma perspectiva evolucionista, levou ao conceito de missão civilizadora das periferias subordinadas. Nas últimas décadas do século XX, multiplicaram-se as críticas a tais modelos de interpretação, fundados no conceito de aculturação. No âmbito do estudo da Antiguidade, a aculturação cristalizou-se nos conceitos de helenização e romanização, no estudo das fontes literárias e da cultura material. As críticas a tais modelos normativos têm sido intensas, nas últimas décadas.

Tópicos

O conceito de cultura Conceitos antigos e invenções modernas 1

Professor Titular de História Antiga e Coordenador do Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp.

2 Os estados nacionais e o imperialismo: culturas homogêneas, inferiores e superiores Aculturação A crítica aos modelos normativos e à aculturação Helenização, Romanização no âmbito das fontes literárias e da cultura material Pós-modernismo e fragmentação das narrativas fundadas na aculturação

Referências Introdução geral ao tema: Pedro Paulo A Funari e Sandra Pelegrini, Patrimônio Histórico e Cultural. Rio de Janeiro, Jorge Zahar, 2006. Sian Jones, The Archaeology of Ethnicity. Constructing identities in the present and the past. Londres, Routledge, 1997.

Estudo Clássico    

Memorandum for the Study of Acculturation Robert Redfield, Ralph Linton and Melville J. Herskovits American Anthropologist, New Series, Vol. 38, No. 1 (Jan. - Mar., 1936), pp. 149-152 Disponível no JSTOR