História da Física (c2). História da Astronomia Antiga (2). Roberto de Andrade Martins

October 15, 2017 | Autor: R. de Andrade Mar... | Categoria: História da Física, História Da Física, História Da Astronomia, Cosmologia
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História da Física Prof. Roberto de A. Martins

História da Astronomia (2) http://www.ghtc.usp.br Roberto de Andrade Martins

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Conhecimento da época de Tales Na época de Tales (~600 a.C.) já se sabia que a Lua era iluminada pelo Sol (fases) e que o ano dura cerca de 365 dias. Sabia-se como os eclipses são produzidos e que os ciclos de eclipses se repetem a cada 223 ciclos lunares Roberto de Andrade Martins

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Movimentos do Sol e da Lua Em relação à esfera das estrelas “fixas”, o Sol e a Lua parecem ter movimentos circulares em torno do centro do universo (Terra). A Lua está mais próxima do que o Sol (eclipses). Roberto de Andrade Martins

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Movimentos do Sol e da Lua Do ponto de vista da Terra, tanto o Sol como a Lua e as estrelas se deslocam de leste para oeste. Em relação às estrelas, o Sol e a Lua se deslocam de oeste para leste. A Lua se “atrasa” cerca de 12° por dia; o Sol se “atrasa cerca de 1° por dia Roberto de Andrade Martins

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Movimentos do Sol e da Lua O Sol demora cerca de 365 dias para retornar à mesma posição em relação ao zodíaco. A Lua demora cerca de 27 1/3 dias para retornar à mesma posição em relação ao zodíaco e cerca de 29 1/2 dias para retornar à mesma posição em relação ao Sol. Roberto de Andrade Martins

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Movimento do Sol O círculo em que o Sol se move (“eclíptica”) está inclinado cerca de 1/4 de ângulo reto em relação ao equador celeste [valor atual: 23° 56’] Roberto de Andrade Martins

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Planetas Eram conhecidos cinco planetas (estrelas que vagueiam): Mercúrio, Vênus, Marte, Júpiter, Saturno. Roberto de Andrade Martins

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Planetas Não era possível saber quais planetas estavam mais próximos e quais estavam mais distantes. Supunha-se que os mais lentos (em relação às estrelas) estavam mais longe. Roberto de Andrade Martins

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Planetas: períodos Períodos aproximados para percorrer o zodíaco (visto da Terra): Lua: 1 mês Sol, Vênus e Mercúrio: 1 ano Marte: 2 anos Júpiter: 12 anos Roberto de Andrade MartinsSaturno: 30 anos 9

Planetas Mercúrio e Vênus nunca se afastam muito (angularmente) do Sol e por isso muitas vezes não são visíveis. [Mercúrio: 28°, Vênus: 45°] Vênus: “estrela matutina”, “estrela vespertina” Em média, demoram um ano para percorrer o zodíaco (como o Sol). Poderiam estar “acima” ou “abaixo” do Sol. Roberto de Andrade Martins

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Planetas Geralmente se considerava que Mercúrio e Vênus estavam mais próximos do que o Sol (“planetas inferiores”). Marte, Júpiter e Saturno estariam mais distantes (nesta ordem) conforme seus movimentos (em relação ao zodíaco) ficam mais lentos (“planetas superiores”). Roberto de Andrade Martins

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Planetas Podia-se imaginar que os planetas mais próximos da esfera das estrelas eram “arrastados” mais rapidamente, e que os mais próximos da Terra era mais “retardados” pelo repouso da Terra. Roberto de Andrade Martins

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Planetas Podia-se também imaginar que tudo gira como uma roda, mas que os planetas possuem movimentos próprios sobre essa roda. Roberto de Andrade Martins

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Planetas Os planetas normalmente se movem em na faixa do zodíaco (8° acima e abaixo da eclíptica). Os planetas possuem movimentos complicados, em relação às estrelas. Suas trajetórias são complicadas, eles vão e voltam e dão “laçadas”.

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Planetas Em cada “laçada” o planeta primeiro diminui seu movimento em relação às estrelas, depois se move para trás (movimento retrógrado), depois pára e por fim volta a se mover no sentido “normal” (direto).

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Planetas Intervalo de tempo entre duas “voltas” sucessivas: Sol e Lua: não têm Mercúrio: 4 meses Vênus: 1 ano e 7 meses Marte: 2 anos e 2 meses Júpiter: 1 ano e 1 mês Saturno: 1 ano e 2 semanas Roberto de Andrade Martins

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Eudoxos A primeira tentativa grega de explicar os movimentos irregulares dos planetas foi realizada por Eudoxos (408355 a.C.), discípulo de Platão. Roberto de Andrade Martins

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Eudoxos Eudoxos imaginou o universo como uma série de cascas esféricas (invisíveis) concêntricas [=homocêntricas] transportando os astros. Roberto de Andrade Martins

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Eudoxos Essas esferas não giram todas em torno de um único eixo. Cada esfera tem um eixo diferente, encaixado na esfera que está acima dela. Roberto de Andrade Martins

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Eudoxos Cada planeta está preso a uma esfera, mas há esferas sem nenhum planeta. O movimento do planeta é o resultado da combinação das rotações de diversas esferas. Roberto de Andrade Martins

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Eudoxos A combinação do movimento de 2 esferas permite produzir um movimento em forma de 8 [“hippopede”]. Com mais esferas, pode-se produzir movimentos mais complicados e “laçadas”. Roberto de Andrade Martins

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Eudoxos O sistema de esferas celestes de Eudoxos era muito mais complicado do que as figuras antigas indicam. • Júpiter e Saturno: 4 esferas cada • Outros planetas: 5 esferas cada (Callippos, 330 a.C.) Roberto de Andrade Martins

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Eudoxos As esferas homocêntricas de Eudoxos tinham alguns problemas: • Não explicava diferença de brilho (distância). • Os movimentos eram diferentes dos previstos. • Interferência entre movimentos de esferas superiores e inferiores (Aristóteles - 55 esferas) Roberto de Andrade Martins

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FIM

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