História em Impressos, Algumas Possibilidades: o caso da Revista Blumenau em Cadernos (1957-1973)

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Revista Tempos Acadêmicos, nº 9, 2011, Criciúma, Santa Catarina - ISSN 2178-0811 HISTÓRIA EM IMPRESSOS, ALGUMAS POSSIBILIDADES: O CASO DA REVISTA BLUMENAU EM CADERNOS (1957 – 1973) Darlan Jevaer Schmitt1

RESUMO

A historiografia do Vale do Itajaí/SC e do município de Blumenau/SC é destacada por um periódico, a Revista Blumenau em Cadernos. Esta publicação foi idealizada pelo pesquisador José Ferreira da Silva, professor, escritor, jornalista e ex - prefeito (nomeado entre 1938 e 1941) da cidade de Blumenau/SC. Reconhecido como um historiador autodidata, especialmente destinado ao estudo da história da região do Vale do Itajaí/SC, Ferreira da Silva dirigiu a revista desde sua fundação em 1957, até sua morte, em dezembro de 1973. Nesse material impresso, o editor/autor construiu uma narrativa histórica não só para a cidade de Blumenau como para a região do Vale do Rio Itajaí dando destaque a determinados personagens, lugares, fatos escolhidos para fundamentar e prestigiar, em alguns casos, determinadas situações políticas, sociais e culturais da Região.

PALAVRAS-CHAVE: Impressos. Vale do Itajaí. Blumenau. Revista Blumenau em Cadernos.

ABSTRACT

The historiography of the Vale do Itajai/SC and the city of Blumenau/SC is highlighted by a periodical, the Journal Blumenau em Cadernos. This publication was designed by the researcher José Ferreira da Silva, teacher, writer, journalist and ex-mayor (appointed between 1938 and 1941) the city of Blumenau/SC. Recognized as a self-taught historian, especially for the study of the history of the Vale do Itajai/SC, Ferreira da Silva led the magazine since its founding in 1957 until his death in December 1973. In printed material, the editor / author constructed a historical narrative not only to the city of Blumenau and for the region of Vale do Itajai highlighting certain characters, places, events chosen to support and honor, in some cases, certain political situations, social and cultural region.

KEYWORDS: Printed. Vale do Itajai. Blumenau. Journal Blumenau em Cadernos.

1

Historiador. Diretor da Biblioteca Universitária da Universidade de Blumenau - SC (FURB). Mestre em História (PPGH/UDESC - SC). Universidade de Blumenau – SC (FURB).

17

Revista Tempos Acadêmicos, nº 9, 2011, Criciúma, Santa Catarina - ISSN 2178-0811 História em impressos, algumas possibilidades: o caso da Revista Blumenau em Cadernos (1957 – 1973)

A emergência de uma preocupação com o estudo do passado próximo e com o imediato inicia logo após o segundo pós-guerra, um movimento em defesa de uma História do Tempo Presente, proposta que mobiliza a análise de um fato um acontecimento, um fenômeno social ou qualquer outra manifestação, a partir do relato do presente. Pensar a história como algo próximo e contextualizador é um desafio constante. Cabe a historiadores e profissionais de história, transformar todos esses documentos (gráficos e iconográficos) e depoimentos (historia oral) em versões historiográficas. Tais versões nem sempre estão livres de princípios teóricometodológicos professados pelo próprio historiador, mas perseguem o que se pode caracterizar como uma intenção de verdade que “se abandonada pode deixar o campo livre a todas as falsificações, a todas as falsidades que, por traírem o conhecimento ferem a memória”.2 Esses documentos e depoimentos podem ser reproduzidos e interpretados através da historiografia. Cabe à historiografia, arte de escrever história, o papel de aproximar o cidadão comum ao fato histórico, e fazê-lo como parte de tal evento. Neste momento, as ferramentas da historiografia são os impressos, com destaque para livros e periódicos. No caso da história, aos livros parece estar reservado um público a eles previamente destinados onde cada um busca seu assunto ou temática de maior interesse. Com os periódicos, tal prática não ocorre. Um periódico é antes de qualquer coisa, um apanhado de assuntos e temáticas, na maioria das vezes muito bem combinada com imagens, que atrai a atenção de um público maior, interessada ou não, em todo seu conteúdo. Em se tratando de impressos, o periódico é a maneira mais fácil de atingir uma grande área de abrangência e repasse de informações. Os jornais fazem isso diariamente. As revistas atendem, na sua maioria mensalmente, um público diferenciado. Esse público de leitores pode ser comparado aos leitores de livros de cordel3, apontados por Chartier, como preparados para “uma leitura descontinua,

2

CHARTIER, Roger. A História hoje: dúvidas, desafios, propostas. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 7, n. 13, 1994, p. 112. 3 CHARTIER, Roger. A História cultural: entre práticas e representações. Lisboa: Difel, 1989, p. 130.

18

Revista Tempos Acadêmicos, nº 9, 2011, Criciúma, Santa Catarina - ISSN 2178-0811 salteada, que se acomoda às rupturas e às incoerências”. Este é o estilo editorial das revistas. Com todas estas particularidades, as revistas passaram a ser encaradas como fontes de pesquisa para o historiador.

O estudo de publicações periódicas tem atraído a atenção de pesquisadores interessados no conhecimento e na avaliação da produção intelectual de determinados períodos da nossa história. Por suas características próprias, essas publicações seqüenciais podem proporcionar ao estudioso as possibilidades de vislumbrar quais seriam os temas de interesse na época, a maneira como foram abordados, quem eram seus autores e quem eram seus leitores.4

Na região compreendida pelo vale do rio Itajaí, no estado de Santa Catarina, mais precisamente no município de Blumenau, teve no final da década de 1950, o aparecimento de uma revista com estas características apontadas por Chartier.5 Era a Revista Blumenau em Cadernos (figura 01), idealizada pelo pesquisador José Ferreira da Silva em 1957, com o seguinte propósito em seu primeiro editorial, em novembro de 1957: “Com Blumenau, por Santa Catarina e pelo Brasil – será o nosso lema também!”.6 Ferreira da Silva foi o editor deste periódico até sua morte, em 1973.

4

LUCA, Tania Regina de. A Revista do Brasil: um diagnóstico para a (N) ação. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1999, p. 11. 5 CHARTIER, Roger. A História cultural: entre práticas e representações. Lisboa: Difel, 1989, p. 130. 6 SILVA, José Ferreira da. A que viemos. In: Blumenau em Cadernos, Blumenau – SC, tomo I, n. 1, nov. 1957, p. 01.

19

Revista Tempos Acadêmicos, nº 9, 2011, Criciúma, Santa Catarina - ISSN 2178-0811

Figura 01: Capa do Primeiro Exemplar da Revista Blumenau em Cadernos.7

A valorização à memória fica clara já na apresentação da Revista, neste mesmo primeiro editorial de novembro de 1957, quando Ferreira da Silva fala que Blumenau em Cadernos seria “[...] o bom caminho [...] que nos levará, sem dúvida, a magníficos destinos.”8 Era o chamado ‘Bom Caminho’. Estes destinos eram as memórias que estes textos trariam à tona no leitor. Destinos que poderiam já estar esquecidos, como alerta Huyssen9 para a modernidade, mas que pode ser aplicada à Blumenau da segunda metade do século XX. “As próprias estruturas da memória pública midiatizada ajudam a compreender que, hoje, a nossa cultura secular, obcecada pela memória, tal como ela é, está também de alguma maneira tomada por um medo, um terror mesmo, do esquecimento.”10

7

BLUMENAU em Cadernos, tomo I, n. 01, capa, nov. 1957. SILVA, José Ferreira da. A que viemos. In: Blumenau em Cadernos, Blumenau – SC, tomo I, n. 1, nov. 1957, p. 01. 9 HUYSSEN, Andreas. Seduzidos pela memória: arquitetura, monumentos, mídia. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2000, p. 19. 10 HUYSSEN, Andreas. Seduzidos pela memória: arquitetura, monumentos, mídia. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2000, p. 19. 8

20

Revista Tempos Acadêmicos, nº 9, 2011, Criciúma, Santa Catarina - ISSN 2178-0811 Este texto, retratando a fase inicial da Revista Blumenau em Cadernos e seu primeiro editor, José Ferreira da Silva, procura destacar aspectos gerais desse periódico. Tais observações visam ressaltar a importância deste impresso para a escrita da História Regional e, ao mesmo tempo, considerar esse corpus documental como portador de significados históricos. “[...] os impressos possibilitam uma leitura das manifestações contemporâneas aos acontecimentos e uma real aproximação dos discursos emitidos à época em relação ao projeto de sociedade, bem como as instituições sociais [...].”11

Uma ausência na escrita da história catarinense: o vale do Itajaí.

Após o término da Segunda Guerra Mundial, em 1945, o Vale do Itajaí ainda sentia os reflexos de um período de nacionalização do governo do presidente Getúlio Vargas, para com os descendentes de alemães e italianos. Considerado um território de ligação direta, principalmente com a Alemanha o Vale do Itajaí, no olhar do Estado Novo, era um reduto de apoio às ações nazi-fascistas, empregadas por alemães e italianos na Segunda Guerra Mundial. A cidade de Blumenau, maior e mais importante economicamente do médio Vale do rio Itajaí, foi uma das mais afetadas com está política nacionalista nas décadas de 1930 e 1940. “Nessa cidade o Exército interveio em diversos espaços e de formas, com o objetivo de controlar a sociedade e executar medidas visando forjar uma identidade brasileira”.12 No caso específico da história da região do Vale do Itajaí, a publicação e divulgação da sua escrita ficaram ausentes por alguns anos, principalmente durante o período que compreende a chamada Campanha de Nacionalização, na década de 1930 e o término da Segunda Guerra Mundial. Todo processo de ausência é carregado de justificativas, principalmente quando se quer construir uma verdade, estabelecer uma memória. Para o Vale do Itajaí, essas justificativas são resquícios dos tempos de Segunda Guerra Mundial, traumática para os descendentes de germânicos e italianos. Para compreensão da ausência relativa desta região na historiografia catarinense é necessário destacar os antecedentes deste fato. Na região do Vale do Itajaí, ocorreu forte processo de imigração européia no século XIX. Os europeus de origem germânica foram os predominantes. Entretanto, outras etnias

11

AMARAL, G. L. Os impressos estudantis em investigação da cultura escolar nas pesquisas histórico institucionais. História da Educação /ASPHE (Associação Sul-Rio-Grandense de Pesquisadores em História da Educação) FaE / UFPel, v. 6, n. 11, abr. 2002. Pelotas: Editora da UFPel, p. 121. 12 FROTSCHER, Méri. Identidades móveis: práticas e discursos das elites de Blumenau (1929-1950). Blumenau: Edifurb, 2000, p. 118.

21

Revista Tempos Acadêmicos, nº 9, 2011, Criciúma, Santa Catarina - ISSN 2178-0811 como poloneses e italianos, também apresentaram levas consideráveis de imigrantes. Oficialmente, a primeira leva de imigrantes alemães, estabeleceu-se na região em 1850, quando o farmacêutico Hermann Bruno Otto Blumenau13 iniciou seu processo de colonização da região. Desta forma, a partir da década de 1930, a colonização germânica passou a não ser bem vista pelo resto do Brasil e principalmente pelo Estado de Santa Catarina. Isso também reverberou nas publicações históricas, referentes à colonização da história do Estado catarinense. Uma das principais publicações de caráter histórico da época, a Revista do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina (IHGSC), editada desde 190214, passou a dar espaço a outra etnia em suas páginas.

A Campanha de Nacionalização marcou a região do Vale do Itajaí nos períodos de 1930-1945 e, o Instituto Histórico, por sua vez, passou a valorizar a figura do luso-brasileiro, mais especificamente o açoriano, como etnia que mais retratava a identidade catarinense.15

Desta maneira, constituição de publicações históricas que divulgassem o Vale do Itajaí para o restante do Estado e, consequentemente, restante do Brasil, eram fundamentais para desmistificação de uma imagem de ‘não-brasileiro’ aos descendentes de ítalo-germânicos. “Artigos referentes à História de Blumenau pouco existiam em Revistas estaduais. Isto nos sugere que Blumenau parecia excluída da História Catarinense, em função de sua colonização alemã”.16

13

Hermann Bruno Otto Blumenau era o sétimo filho de Karl Friedrich Blumenau e Cristiane Sofie Kegel. Nasceu em 26 de dezembro de 1819, na cidade de Hassenlfelde, no ducado de Brunswick, no que viria a ser Alemanha. Na adolescência, em 1836, deixou os estudos e começou a trabalhar em uma farmácia, na cidade de Blanckenburgo, onde com a prática, aprendeu o ofício de farmacêutico. Em 1842 começa a trabalhar na fábrica de produtos químicos de Hermann Tromsdorff, na cidade de Erfurt. Em 1844, vai a Londres a trabalho e conhece o cônsul geral do Brasil na Prússia, João Sturz, onde, após forte propaganda, decide emigrar para o Brasil. Antes, pede demissão da fábrica e matricula-se na Universidade de Erlangen e em 23 de março de 1846 defende sua tese “Die Alcaloide und die ihnen stammrerwandten Salzbasen in Ihren Gesammverhaeltnisse und Beziehungen”. Obtém o título de Doutor em Filosofia, sem ter concluído o curso ginásio. Em 1847, faz uma viagem pelo sul do Brasil e conhece as colônias alemãs já existentes no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Após a viagem, obteve informações, na administração da Província, sobre o Vale do Rio Itajaí e após vasta exploração, inicia seu empreendimento colonial, onde hoje se encontra o centro administrativo do município de Blumenau. Para mais informações, ver: SILVA, J. Ferreira da. O Doutor Blumenau. 2. ed. – Florianópolis: EDEME: Paralelo 27, 1995. 14 GONÇALVES, Janice. Sombrios umbrais a transpor: arquivos e historiografia em Santa Catarina no século XX. 2006. 444 f. Tese (Doutorado) - Curso de Pós-Graduação em História Social, Departamento de História, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006, p. 98. 15 FERREIRA, Cristina; PETRY, Sueli Maria Vanzuita (orgs.). José Ferreira da Silva: centenário de nascimento. Blumenau: Fundação Cultural de Blumenau, 1996, p. 14. 16 FERREIRA, Cristina; PETRY, Sueli Maria Vanzuita (orgs.). José Ferreira da Silva: centenário de nascimento. Blumenau: Fundação Cultural de Blumenau, 1996, p. 14.

22

Revista Tempos Acadêmicos, nº 9, 2011, Criciúma, Santa Catarina - ISSN 2178-0811 A criação de tal publicação, para ter a devida credibilidade deveria ter ligação direta com intelectuais locais. O que só viria acontecer, de forma mais expressiva, em novembro de 1957.

A partir de 1957, José Ferreira da Silva criou, após o relativo assentamento das questões de nacionalização, uma revista que retratava a História do Vale do Itajaí, ‘Blumenau em Cadernos’, que em seus artigos seguia as mesmas linhas teóricas do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, porém com os temas centrais voltados para Blumenau e o Vale do Itajaí.17

O respaldo dos acadêmicos do IHGSC, com a criação deste periódico sobre a história do Vale do Itajaí, está comprovado nas colaborações de grandes nomes da historiografia catarinense, como do pesquisador Oswaldo Rodrigues Cabral, com artigos nos anos da editoria de Ferreira da Silva. A Revista Blumenau em Cadernos, nasce com os,

[...] objetivos perfeitamente afinados com perspectivas esposadas pelos historiadores ligados ao Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina: divulgara a história de Santa Catarina (neste caso, através da perspectiva local e da região do Vale do Itajaí), destacar aqueles que a engrandeceram, contribuir para decisões acerca do presente.18

José Ferreira da Silva e seus ‘Cadernos’.

A Revista Blumenau em Cadernos assume a lacuna praticamente vazia na historiografia do Vale do Itajaí, e José Ferreira da Silva (figura 02), conhecedor deste histórico e detentor de fontes, começa a construir esta história.

A apropriação, tal como a entendemos, tem por objectivo [sic] uma história social das interpretações, remetidas para as suas determinações fundamentais (que são sociais, institucionais, culturais) e inscritos nas práticas específicas que as produzem.19

17

FERREIRA, Cristina; PETRY, Sueli Maria Vanzuita (orgs.). José Ferreira da Silva: centenário de nascimento. Blumenau: Fundação Cultural de Blumenau, 1996, p. 15. 18 GONÇALVES, Janice. Sombrios umbrais a transpor: arquivos e historiografia em Santa Catarina no século XX. 2006. 444 f. Tese (Doutorado) - Curso de Pós - Graduação em História Social, Departamento de História, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006. p. 277. 19

CHARTIER, Roger. A História cultural: entre práticas e representações. Lisboa: Difel, 1989, p. 26.

23

Revista Tempos Acadêmicos, nº 9, 2011, Criciúma, Santa Catarina - ISSN 2178-0811 José Ferreira da Silva nasceu em Tijucas/SC, em 16 de janeiro de 1897. Filho de Serafim Ferreira da Silva, natural de Portugal, e Martha Ferreira da Silva, nata Koinacki, natural da Alemanha.20 Iniciou seus estudos em um seminário, no município gaúcho de Santa Maria. Já adulto, iniciou sua carreira profissional como professor primário e, posteriormente inspetor de ensino. Além de sua ligação a área de ensino, Ferreira da Silva foi escritor, jornalista (de rádio e impressos) e político, chegando ao cargo de prefeito do município de Blumenau/SC, com a nomeação entre 1938 e 1941.

Figura 02: José Ferreira da Silva na década de 1960.21

Sua vida literária e intelectual começa na localidade de Rodeio/SC, em 1921, onde assume o cargo em escrivão no cartório local. Esta localidade vê surgir o primeiro impresso veiculado por Ferreira da Silva em sua história intelectual, o jornal “O Escudo”.22

20

FERREIRA, Cristina; PETRY, Sueli Maria Vanzuita (orgs.). José Ferreira da Silva: centenário de nascimento. Blumenau: Fundação Cultural de Blumenau, 1996, p. 23. 21 ACERVO fotográfico do Arquivo Histórico José Ferreira da Silva – Blumenau/SC. Pasta 2-S-25-6. 22 FERREIRA, Cristina; PETRY, Sueli Maria Vanzuita (orgs.). José Ferreira da Silva: centenário de nascimento. Blumenau: Fundação Cultural de Blumenau, 1996, p. 36.

24

Revista Tempos Acadêmicos, nº 9, 2011, Criciúma, Santa Catarina - ISSN 2178-0811 Outros impressos ainda surgiriam através de Ferreira da Silva. Já em Blumenau, podem ser destacados o jornal “A Cidade” (1926), o jornal “O Correio de Blumenau” (1932) e o semanário “Alvorada” (1936) (FERREIRA; PETRY, 1996, p. 36)23. Também se deve destacar a vasta obra como escritor. O historiador catarinense Walter Fernando Piazza, em um artigo póstumo, enumerou tais publicações.

Ano

Publicação

Local de impressão

1928

O Padre Jacobs

Tipografia Carl Wahle – “Notulas para a história do Blumenau

Observações

primeiro

vigário

de

Blumenau”. 1931

1931

A Colonização do Vale Tipografia do “Correio de _____ do Itajaí

Blumenau”

Fritz Müller

Edições ALBA – Rio de “Bio – bibliografia de um sábio”.

Janeiro-RJ 1933

L. Fernandes & Irmão – “Estudo biográfico”.

O Doutor Blumenau

Editora – Rio de Janeiro-RJ 1934

Calendário

_____

_____

_____

_____

Blumenauense 1935

Calendário Blumenauense

1939

Departamento Estadual de “Notícia

Blumenau

estatístico



Estatística – Florianópolis- descritiva”. SC 1939

O

Catolicismo

“Conferência.

em _____

Blumenau

Primeiro

Apud

‘O

Congresso

Católico de Blumenau’ – Blumenau”. 1971

– _____

_____

Entre a Enxada e o _____

_____

Otaviano

Ramos

biografia de um poeta 1971

Microscópio



episódios da vida de Fritz Müller

23

FERREIRA, Cristina; PETRY, Sueli Maria Vanzuita (orgs.). José Ferreira da Silva: centenário de nascimento. Blumenau: Fundação Cultural de Blumenau, 1996, p. 36.

25

Revista Tempos Acadêmicos, nº 9, 2011, Criciúma, Santa Catarina - ISSN 2178-0811 1972

História de Blumenau

Editora

– _____

Edeme

Florianópolis-SC 1977

A

Imprensa

em Imprensa oficial do Estado de Obra póstuma.

Blumenau

Santa



Catarina

Florianópolis-SC 1940

Anita Garibaldi

“Libreto de ópera em 3 atos,

_____

musicado

pelo

maestro

Heinz Geyer”. 1948

Colônias para o Brasil

Tipografia da Escola Técnica “Sistema e Orientação”. de Goiânia-GO

1950

História de Blumenau

Tipografia Blumenauense – “Separata

História do Município Tipografia de Penha

1962

‘Livro

do

Centenário de Blumenau’”.

Blumenau. 1959

do

do

Centro

– _____

Curitiba-PR

Blumenau – pequeno Tipografia Globo – (?)

Primeira edição.

guia turístico 1963

As

terras

do

“Separata de ‘Blumenau em

Itajaí _____

Cadernos’ – Blumenau”.

Mirim e Vasconcelos Drummond 1964

Blumenau – pequeno Tipografia Globo – (?)

Segunda edição.

guia turístico 1967

Itajaí, a fundação e o

“Separata de ‘Blumenau em

_____

Cadernos’ – Blumenau”.

fundador 1967

Tipografia de “A Tribuna” –

Terra Catarinense

Almanaque.

Blumenau 1967

1967

Cronografia

do

Dr.

Tipografia

e

Livraria

Blumenau

Blumenauense – Blumenau

A bandeira do Brasil

Tipografia

e

Livraria

_____

_____

Blumenauense – Blumenau 1968

Terra Catarinense

Tipografia de “A Tribuna” –

Almanaque.

Blumenau 1968

Blumenau



pequeno

Tipografia Globo – (?)

Terceira edição.

guia turístico

Tabela 01: Obras publicadas de autoria de José Ferreira da Silva.24

24

José Ferreira da Silva efetuou duas traduções do idioma alemão para o idioma português: 1) “Dança Macabra” – drama em 03 atos de Strindberg; 2) “Viagens pelas colônias alemãs da Província de Santa Catarina”, de J. J. von Tschudi. Também deixou inédito os escritos de “Descendo o São Francisco – de

26

Revista Tempos Acadêmicos, nº 9, 2011, Criciúma, Santa Catarina - ISSN 2178-0811

A Revista Blumenau em Cadernos surge em novembro de 1957, curiosamente, muito longe de Blumenau, no município de Curitiba/PR, onde Ferreira da Silva estava residindo. O primeiro número saiu com tiragem limitada de 1000 exemplares e produzida na Tipografia de João Haupt em Curitiba/PR (FERREIRA; PETRY, 1996, p. 95)25. Mesmo produzida no Paraná, a revista tinha a intenção de relatar a história catarinense. Já no primeiro editorial, Ferreira da Silva, deixa claro essa intenção:

Traremos o passado e o presente de Blumenau, contados e registrados em cadernos mensais, sem outras pretensões que não as de concorrer como nosso esforço e o pouco de inteligência que Deus nos deu, para tornar mais conhecida a história do município mais estimada e venerada a memória dos homens que fizeram a sua grandeza atual e para que o exemplo desses pioneiros sirva de orientação e de estímulo aos que, na hora que passa, trabalham por que nosso futuro não seja menos glorioso que nosso passado.26

Nesta mesma linha, todo o restante do editorial do primeiro número, enaltece o valor da população local e principalmente, seus descendentes. Ferreira da Silva procura nas páginas seguintes desta edição número um, bem como em todo seu período como editor, esboçar um espaço onde os leitores encontrem um lugar confortável, um lugar conhecido. Ferreira da Silva é percebido pela sociedade como um ‘homem de letras’, que inicia sua carreira em jornais e depois se dedica à escrita da história da cidade, em sua compreensão, suas atividades como escritor o caracterizava como um intelectual. Porém, longe de contestar as normas da sociedade, estava ali para escrever a história pela interpretação dos vencedores. Longe de fazer uma história a contrapelo, Ferreira cobria o que considerava as imperfeições da história e dos heróis eleitos por ele.27

Pirapora a Carinhanha”, datados de 1958. Ferreira da Silva também editou três Relatórios de Gestão, em 1938, 1939 e 1901, chamados de Relatório do Prefeito Municipal. Além destas publicações, Ferreira da Silva tem artigos publicados em vários periódicos do Brasil. (Fonte: Arquivo Histórico José Ferreira da Silva. Blumenau/SC. Fundo José Ferreira da Silva. FJFS – 1.2 – Cx 1.02.). 25 FERREIRA, Cristina; PETRY, Sueli Maria Vanzuita (orgs.). José Ferreira da Silva: centenário de nascimento. Blumenau: Fundação Cultural de Blumenau, 1996, p. 95. 26 SILVA, José Ferreira da. A que viemos. In: Blumenau em Cadernos, Blumenau – SC, tomo I, n. 1, nov. 1957, p. 01. 27 SILVA, Carla Fernanda da. Grafia de luz: a narrativa visual sobre a cidade na Revista Blumenau em Cadernos. 2008. 124 f. Dissertação (Mestrado) – Curso de Pós - Graduação em História Cultural, Departamento de História, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2008, p. 14.

27

Revista Tempos Acadêmicos, nº 9, 2011, Criciúma, Santa Catarina - ISSN 2178-0811 Assim, revista assume também a perspectiva de um lugar de memória. “Os lugares de memória nascem e vive do sentimento que não há memória espontânea, que é preciso criar arquivos, que é preciso manter aniversários, organizar celebrações, pronunciar elogios fúnebres, notoriar atas, porque estas operações não são naturais”.28 A Revista Blumenau em Cadernos apresentava a possibilidade de as pessoas se enxergarem na região do Vale do Itajaí e na cidade de Blumenau, refletindo sobre eles e determinem seus próprios espaços de memória. A capa do primeiro exemplar (figura 01) apresentava a reprodução de uma fotografia em duas cores da Praça Doutor Blumenau, localizada na região central de Blumenau, próximo à Prefeitura e à Câmara Municipal de Vereadores. Entretanto, o que chamava a atenção era a estátua do fundador da cidade, Hermann Bruno Otto Blumenau, o Doutor Blumenau, inaugurada durante o período em que Ferreira da Silva foi prefeito de Blumenau entre 1938 e 1941. Esta estátua é uma das obras mais enaltecidas por Ferreira da Silva quando falava de seus feitos como prefeito.29 A capa, apresentando a estátua de Doutor Blumenau, o heróico fundador da cidade, seria mais uma estratégia para atrair os olhares dos leitores, sobretudo do Vale do Itajaí. Esta figura estampada logo na capa, é emblemática, pois em um estudo sobre capas de livro, a historiadora Maria Teresa Santos Cunha procura evidenciar sua importância para o ato de ler

As imagens que estampam as capas dos livros podem ser decifradas como um conjunto de signos, como um suporte para representações ideológicas; a linguagem dos títulos aguça a imaginação e faz pensar no seu conteúdo, e a linguagem das disposições tipográficas pode dar uma organização mais ou menos clara à leitura. Isso nunca escapa aos leitores [...].30

Esta perspectiva também é passível de ser adotada no caso de revistas, como Blumenau em Cadernos. Tais estratégias, como signos, forma das letras, disposição das palavras, entre outras, são comuns a impressos de maneira geral, como livros e revistas. A historiadora Tania Regina de Luca destaca a materialidade do impresso como “[...] a forma como os impressos chegaram às mãos dos leitores, sua aparência física (formato,

28

NORA, Pierre. Entre Memória e História: a problemática dos lugares. Projeto História: Revista do Programa de Estudos Pós-Graduados em Historiada, PUC - SP, n. 10, 1993, p. 13. 29 SILVA, José Ferreira da. História de Blumenau. Florianópolis: Edeme, 1972, p. 213. 30 CUNHA, Maria Teresa Santos. Armadilhas da sedução: os romances de M. Delly. Belo Horizonte: Autêntica, 1999, p. 51.

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Revista Tempos Acadêmicos, nº 9, 2011, Criciúma, Santa Catarina - ISSN 2178-0811 tipo de papel, qualidade da impressão, capa, presença/ausência de ilustrações), a estruturação e divisão do conteúdo [...]”.31 José Ferreira da Silva procura, nas páginas seguintes desta primeira edição (a de número 01 (um)), bem como em todo seu período como editor, esboçar um espaço onde os leitores encontrem um lugar confortável; um lugar conhecido. Seria o espaço onde os antepassados apareceriam e as personalidades da época estariam em evidência. Com o avanço e a aceitação do periódico, Ferreira da Silva, além dos artigos, passa a adotar a transcrição de documentos oficiais. Entretanto, um incêndio no Arquivo Histórico Municipal, em 1958, elimina boa parte destes documentos, muitos inéditos, e não publicados ainda.32 Os que restaram, principalmente os documentos oficiais do período Colônia Blumenau, passaram a ser transcritos e publicados. As seções temáticas também foram agregadas ao corpo da revista. Podem ser destacadas seções como “Efemérides Blumenauenses” e “Aconteceu...”. A primeira, tratava de lembrar datas e seus acontecimentos no mês da edição do periódico, ligando o leitor ao passado regional. Já a segunda, era escrita pela colaboradora Christiana Deeke Sasse, e atualizava a cidade dos acontecimentos do ano corrente. Outra seção constante era “Vasculhando Velhos Arquivos”, feita pelo colaborador Frederico Kilian, transcrevendo documentos administrativos e históricos. Outra seção deste período era “Estante dos ‘Cadernos’”, onde Ferreira da Silva apresentava os livros e periódicos recebidos pela editoria, e colocados em lugar de destaque nas páginas de Blumenau em Cadernos. Os colaboradores foram partes fundamentais na sedimentação da Revista Blumenau em Cadernos como um dos periódicos históricos mais importantes do Estado de Santa Catarina. Participaram da Revista com artigos, opiniões, transcrições e traduções, historiadores e pesquisadores de todo Estado de Santa Catarina, deixando clara a idéia de expansão que Ferreira da Silva pretendia com seu periódico. Podem ser citadas colaborações, do Almirante Lucas A. Boiteux (escrevendo sobre o Litoral Catarinense), de Carlos Ficker (escrevendo sobre o Norte Catarinense), do Pe. Raulino Reitz (escrevendo sobre Arqueologia e Geologia), Walter Fernando Piazza (escrevendo sobre a História Catarinense), Marcos Konder (escrevendo sobre o Litoral Norte de Santa Catarina), Victor Lucas (escrevendo sobre o Alto Vale do Rio 31

LUCA, Tania Regina de. História dos, nos e por meio dos periódicos. In: PINSKY, Carla Bassanezi (org.). Fontes históricas. São Paulo: Contexto, 2006, p. 111-154, p. 138. 32 FERREIRA, Cristina; PETRY, Sueli Maria Vanzuita (orgs.). José Ferreira da Silva: centenário de nascimento. Blumenau: Fundação Cultural de Blumenau, 1996, p. 90.

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Revista Tempos Acadêmicos, nº 9, 2011, Criciúma, Santa Catarina - ISSN 2178-0811 Itajaí), Ayres Gevaerd (escrevendo sobre O Vale do Rio Itajaí-mirim), entre muitos outros colaboradores. No período em que José Ferreira da Silva ficou a frente da Revista Blumenau em Cadernos como editor, entre novembro de 1957 e dezembro de 1973, data de sua morte, foram publicadas 133 revistas, totalizando mais de 3000 páginas de historiografia regional. A Revista nasceu com uma perspectiva de periodicidade mensal. Entretanto, em alguns momentos, certos números contemplaram 02 ou 03 meses. Nos primeiros anos, Ferreira da Silva mantinha financeiramente a publicação e não contava com nenhum auxílio governamental e, recebendo somente o apoio financeiro de alguns industriários e comerciantes locais.33 O apoio governamental só aconteceria anos mais tarde, em 1962, com o retorno de Ferreira da Silva à Blumenau.34 Quanto à circulação da Revista Blumenau em Cadernos, sabe-se que era “só distribuído entre intelectuais e pessoas interessadas no conhecimento do passado de Blumenau”. 35 A construção da historiografia local, em alguns momentos apresenta um cunho laudatório mitificando e valorizando o blumenauense e seus respectivos fundadores, e este aspecto é a maior problemática da Revista Blumenau em Cadernos no período editorial de José Ferreira da Silva.

No ponto de articulação entre o mundo do texto e o mundo do sujeito coloca-se necessariamente uma teoria de leitura capaz de compreender a apropriação dos discursos, isto é, a maneira como estes afectam [sic] o leitor e o conduzem a uma nova norma de compreensão de si próprio e do mundo.36

Entretanto, esta tônica discursiva não invalida seu uso como fonte histórica, pois esta forma de construir História tem um cunho geracional, mas compete ao historiador tal estudo e análise.

Nunca é demais lembrar que as fontes utilizadas em uma pesquisa devem ser intercruzadas e comparadas, não com o objetivo de buscar os fatos considerados “verdadeiros”, mas sim no sentido de perceber as diferentes versões para os acontecimentos. Desta forma, abre-se a possibilidade do surgimento de aspectos subjacentes aos registros 33

FERREIRA, Cristina; PETRY, Sueli Maria Vanzuita (orgs.). José Ferreira da Silva: centenário de nascimento. Blumenau: Fundação Cultural de Blumenau, 1996, p. 90. 34 SILVA, José Ferreira da. A Imprensa em Blumenau. Florianópolis: IOESC, 1977. (Coleção Cultura Catarinense – Série História), p. 140. 35 FERREIRA, Cristina; PETRY, Sueli Maria Vanzuita (orgs.). José Ferreira da Silva: centenário de nascimento. Blumenau: Fundação Cultural de Blumenau, 1996. p. 96. 36 CHARTIER, Roger. A História cultural: entre práticas e representações. Lisboa: Difel, 1989, p. 24.

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Revista Tempos Acadêmicos, nº 9, 2011, Criciúma, Santa Catarina - ISSN 2178-0811 oficiais, criando-se novos caminhos que conduzam, tanto à busca de outras fontes, com também à própria interpretação dos achados.37

Com as análises empreendidas é possível considerar que o fundador do periódico, na medida em que procura oferecer às pessoas, neste período (1957 – 1973), uma série de artigos e documentos, apresenta também uma narrativa histórica da cidade e, consequentemente da região do Vale do Itajaí, que procura atribuir sentido historiográfico aos lugares, documentos, monumentos, que coloquem em cena a cidade de Blumenau e a Região do Vale do Itajaí. Certamente, o trabalho empenhado por José Ferreira da Silva é merecedor de respeito e digno de admiração. Apesar de destacar uma história dos vencedores e escolher temáticas e autores que possibilitassem sua promoção biográfica, Ferreira da Silva seguiu certa perspectiva de ‘montar’ a história, típica de sua época. Como intelectual, desempenhou papel fundamental da divulgação de documentos que ajudarão a ‘montar’ muitas maneiras de se interpretar a história regional. Como editor de Blumenau em Cadernos, foi perceptível na pesquisa, que soube direcionar sua maneira particular de ver a História de Santa Catarina, autorizando e dando espaço nas páginas de seu periódico para quem fosse conveniente. Construiu uma História, onde a sua própria estava amalgamada por páginas mensais de um periódico do interior de Santa Catarina. Blumenau em Cadernos é uma revista consolidada que chega ao seu 53º tomo em 2012. Nesse sentido, ao dar visibilidade a estes locais, a Revista é uma fonte inestimável para conhecer a História Regional catarinense.

Referências Bibliográficas

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AMARAL, G. L. Os impressos estudantis em investigação da cultura escolar nas pesquisas histórico institucionais. História da Educação / ASPHE (Associação Sul-Rio-Grandense de Pesquisadores em História da Educação) FaE / UFPel. v. 6, n. 11, abr. 2002. Pelotas: Editora da UFPel, p. 122.

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