História Medieval Irlandesa: Historiografia, Fontes e Temas

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Universidade Federal Fluminense Centro de Estudos Gerais Instituto de Ciências Humanas e Filosofia Departamento de História Programa de Pós-Graduação em História

PROGRAMA DE MINICURSO TEMA: História Medieval Irlandesa: Historiografia, Fontes e Temas Datas: 06 a 09 de Abril de 2015 CARGA HORÁRIA: 12 horas PROFESSORA: Profª Drª Elaine Cristine dos S. Pereira Farrell (IRC/ Univ. Utrecht/ UCD) ORGANIZAÇÃO: NEREIRA & Translatio Studii – Dimensões do Medievo RESUMO DO CURSO: Este minicurso objetiva estudar a História da Irlanda na Idade Média. A Irlanda será estuda dentro de seu contexto Europeu e como parte constituinte do que tanto os medievais quanto os historiadores de hoje percebem como Europa. Portanto a contribuição irlandesa para esta história será considerada. O curso introduzirá os alunos às principais fontes disponíveis para o estudo da Irlanda Medieval. Tanto as fontes produzidas em latim quanto em irlandês antigo serão consideradas. Informações arqueológicas serão acrescentas quando viável e relevante. A historiografia irlandesa será também apreciada visando introduzir os alunos às principais abordagens feitas à tais fontes. Mediante à apreciação das fontes alguns tópicos centrais serão analisados, tais como os aspectos socioeconômicos, realeza, relações de gênero, sexualidade, cristianização, Igreja e sociedade, monasticismo, culto de santos, paganismo e religiosidade popular. PALAVRAS-CHAVE: Irlanda, Idade Média, história, fontes, historiografia JUSTIFICATIVA: Jacques Le Goff em argumentou As Raízes Medievais da Europa que um dos pilares da cultura européia e elo entre as sociedades ocidentais europeias é o cristianismo. Ainda que este argumento seja irrefutável, a ênfase que Le Goff não deu à contribuição de outros povos, religiões e culturas, tais como o judaísmo e o islamismo, na construção da Europa tem sido enfaticamente questionada. A Irlanda nunca pertenceu ao Império Romano, contudo foi influenciada por este através de trocas comerciais. A escrita alcançou a Irlanda através deste contato, bem como o cristianismo. A grande maioria das fontes escritas que temos da Irlanda Medieval possuem uma forte influência da Igreja e da religião cristã. De fato, a Irlanda não abrigou durante a Idade Média comunidades judaicas ou árabes, não sendo, porém, diretamente influenciada por estes. Contudo, a cultural judaico-cristã certamente influenciou a moral religiosa dos irlandeses cristãos. Por outro lado, há de se imaginar que a cultura irlandesa que lá existia antes da entrada do cristianismo deve ter influenciado a nova cultura que ali se formava. Indivíduos como o asceta Columbano, que fundou importante monastérios na Europa continental levou para o continente os resultados desta mistura, a Page  1  of  10    

forma irlandesa de ver o mundo e de vivenciar a religião cristã. Columbano, em uma de suas cartas ao papa Gregório VII foi um dos primeiros a usar o conceito de “Europa”. A Irlanda contribuiu para o colorido das culturas medievais. Portanto, como as culturas ocidentais europeias e a religião cristã contribuíram para pintar o colorido da sociedade brasileira de hoje, estudar a Irlanda no Brasil é legítimo e relevante. A erudição é uma condição sine qua non para os estudos históricos, e uma boa compreensão da história, sociedade e cultura irlandesa medieval é essencial para a compreensão das sociedades medievais de modo geral. Este é consequentemente um curso que se foca no estudo de uma sociedade, a irlandesa. Vários ângulos desta sociedade serão comparados, tais como economia, política e cultura. Ele se justifica na importância da cultura irlandesa para a construção do cristianismo medieval e das sociedades ocidentais europeias, principalmente nos mundos merovíngio e franco. Este curso visa remediar, entretanto, o tratamento periférico que a Irlanda têm recebido no contar destas histórias. Este é um curso de cunho enciclopédico, que visa apresentar aos alunos as principais fontes disponíveis para a investigação da sociedade irlandesa, bem como às principais abordagens dada a ela. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA: A história da Irlanda, bem como da Europa Medieval tem sido contata e recontada de muitas formas. Por isto, o historiador deve ser capaz de observar as agendas e ideias por detrás de cada uma destas narrativas. Em 2013 Ian Wood publicou uma obra analisando as origens modernas da Idade Média, ou, em outras palavras, analisando o trabalho de vários pesquisadores dos séculos XVIII, XIX e XX e suas respectivas narrativas sobre a Idade Média. Seu livro possui como questão central o seguinte questionamento: “Porque história medieval, ou história pré-moderna é importante”? Ele visa perceber a motivação de diversos pesquisadores nestes séculos recentes para escrever sobre o medievo e como eles o contaram e o recortaram cronologicamente. Wood argumenta que a ênfase na importância da Igreja irlandesa para a construção do cristianismo medieval, e que a relevância dos ascetas peregrinos irlandeses para o ocidente medieval tais como Columbano e João Eurígena se deu no século XIX. Foram os movimentos de avivamento católicos franceses e irlandeses que colocaram os peregrinos irlandeses e anglo-saxões nos holofotes dos estudos medievais. Na Irlanda figuras como Daniel O’Connor (1775–1847), lutaram pela “emancipação católica” e pela ampliação dos direitos dos católicos irlandeses suprimidos pelos protestantes britânicos. Esta luta inspirou representantes do reavivamento católico francês tais como Frédéric Ozanam (1813–1853) e Charles Forbes Réne de Montalembert (1810–1870). Estes pesquisadores se distanciaram dos herdeiros da Revolução Francesa que se afastaram da Igreja e que viram a religião como algo negativo para a sociedade. Diferentemente, os revivalistas dos século XIX focaram suas narrativas na espiritualidade medieval, para a qual eles resgataram os acetas irlandeses e anglo-saxões e louvaram a sua disciplina e entusiasmo missionário. Estes passaram a ser visto como agentes centrais na construção do cristianismo medieval, e o cristianismo medieval como o principal pilar das sociedades europeias ocidentais medievais. No cenário historiográfico irlandês nacionalistas como Eoin MacNeill (1867–1945) forneceram importantes contribuições para o estudo da língua irlandesa e dos textos medievais escritos em tal língua. Manuscritos de cerca de três a dois séculos anteriores, copiados for religiosos como o franciscano Mícheal Ó Cléirigh (c.1590–1643) foram cruciais para a sobrevivência de tais textos. Por outro lado, os documentos irlandeses escritos em latim não foram preservados em manuscritos irlandeses, mas somente em manuscritos continentais. Portanto, a ênfase no resgate do passado, da cultura e da língua irlandesa dentro de um contexto colonial e de luta provocaram na historiografia irlandesa do século XX uma Page  2  of  10    

tendência que ficou conhecida como “nativista”. Para pesquisadores como MacNeill, Daniel Binchy, Myles Dilon, dentre outros, havia uma grande dicotomia entre escrita cristã e pagã, entre narrativa mitológica irlandesa pré-romana e narrativa cristã. Mais recentemente esta perspectiva foi contestada pelos então conhecidos como “anti-nativistas”. Pesquisadores como Donnchadh Ó Corráin and Liam Brheathnach evidenciaram a influência do pensamento cristão nos documentos escritos em irlandês e comprovaram que o domínio do conhecimento da escrita irradiava dos monastérios. Entretanto, pesquisadoras como a Elva Johnston tem buscado uma postura mais neutra e equilibrada nestas discussões. Ela argumenta em sua obra sobre escrita na Irlanda publicada em 2013 que as rígidas dicotomias entre conhecimento oral/escrito, pagão/cristão, secular/eclesiástico são inadequadas e infrutíferas ao estudo da Irlanda medieval. Ao contrário, ela argumenta que ainda que os monastérios tenham sido os grandes centros de produção de conhecimento e escrita, eles não podem ter sido os únicos, e ainda que os principais autores irlandeses medievais tenham sido eclesiásticos, não necessariamente todos o eram. Além disto ela fez uma importante dicotomia entre pagão e secular. A cultura secular, porém não cristã, não era necessariamente religiosa pagã, mas ela pode ter sido simplesmente secular. O que significa que sim, mesmo os escritores cristãos valorizavam aspectos de sua cultura nativa, secular e pré-cristã e a buscaram conciliar com os valores cristãos. Portanto, os estudiosos da Irlanda Medieval na virada do século XX e XXI possuem uma perspectiva que tem sido chamada de pós-anti-nativista. Ou seja, ela não é nem nativista, nem pós-nativista. No entanto não necessariamente isto significa que a historiografia de hoje seja menos provida de agendas políticas do que a historiografia do século XIX. No século XIX os irlandeses queriam ser diferentes. Eles precisavam ser diferentes. Eles precisavam justificar a especificidade de sua língua, de sua cultura, de seu cristianismo para obter a independência e liderar novamente seu futuro. Portanto neste momento cabiam os discursos de uma religiosidade celta, de uma Igreja celta, de uma cristianismo celta. Agora, que a Irlanda é politicamente independente, economicamente madura, ela pertence à comunidade europeia. Como um país europeu cabe agora a ela dizer que ela é cristã como todos os seus vizinhos, que suas instituições não são tão diferentes assim. A busca pelo passado indoeuropeu caiu de moda. O passado comum agora é cristão. Daí títulos de obras como “A Irlanda e seus vizinhos no século VII de Michael Richter”. Este curso, como não poderia ser diferente, segue uma linha pós-anti-nativista. A influência inegável da religião cristã e de suas instituições serão analisadas à luz das fontes disponíveis. Entretanto as instituições e a cultura secular cristã serão também consideradas quando possível. Não que haja uma pretensão de se separar ambas, pois isto o seria impossível. Mas a perspectiva teórica deste curso e a abordagem às fontes almeja não pender para nenhum dos extremos praticados em décadas anteriores. A intensão é pura e simplesmente apresentar aos alunos os diferentes gêneros narrativos produzidos na Irlanda medieval, e analisar que aspectos desta sociedade podemos conhecer através destes textos. Todavia, por detrás desta proposta de minicurso, está implícita a aceitação da idéia de que sim, os irlandeses contribuíram e participaram da construção das sociedades medievais, e tiveram um impacto na formação das culturas europeias. A Irlanda não era um país isolado nas franjas da Europa, mas ela foi parte ativa na construção de uma história que pertence não somente aos europeus, mas à humanidade. Hoje mais do que nunca vivemos num mundo global, e uma visão de mundo global é requerida. RELAÇÃO PESQUISA, ENSINO E EXTENSÃO: Os laços entre Brasil e Irlanda se estreitaram nos últimos anos com a ida de centenas de estudantes brasileiros para a Irlanda em programas de intercâmbio. Desde 2013 o Cristo Page  3  of  10    

Redentor tem ficado verde no dia 17 de março, dia do São Patrício, padroeiro da Irlanda. Cabe portanto, fazer-se conhecido da população carioca, e, brasileira de modo geral, quem era este santo. Para tanto, este minicurso será ofertado não somente à alunos de graduação e pós-graduação mas ao público em geral, incluindo professores e alunos da rede de ensino fundamental. Esta é uma atividade constituinte do projeto de pesquisa “Paisagens Religiosas no século VIII: Irlanda e Reino Franco em Comparação” financiado pelo Irish Research Council e desenvolvido em conjunto com a Universidade de Utrecht e a University College Dublin (UCD). A atividade está sendo organizada pela departamento de pós-graduação em história da Universidade Federal Fluminense (UFF) e dos laboratórios de pesquisa NEREIDA e Translatio Studii – Dimensões do Medievo. Através das pesquisas recentes da professora em questão e de uma bibliografia atualizada os alunos terão acesso à conhecimento de ponta. Isto contribuirá para ampliar o arcabouço teórico e metodológico dos alunos de graduação e pósgraduação. Além do mais, através do ensino de alunos de bacharelado em história, este conhecimento eventualmente alcançará as salas de aula. Para os alunos que atenderem o curso mas que não pesquisam na área de estudos medievais, eles alargarão o seu conhecimento sobre as sociedades medievais, e a Irlanda mais especificamente. OBJETIVOS: A) Conhecimento específicos: 1) Analisar a contribuição dos irlandeses medievais para a construção da Europa e dos cristianismos medievais; 2) Analisar a historiografia irlandesa oferecendo um balanço historiográfico e introduzindo os alunos às principais pesquisas sendo desenvolvidas no momento; 3) Introduzir os alunos à diversas fontes medievais tais como: regras monásticas, penitenciais, direito canônico, sermões, hagiografias, leis, espelhos de príncipe, sagas, etc; 4) Introduzir os alunos aos manuscritos os quais estas fontes sobreviveram; 5) Estudar temas específicos da sociedade, economia e cultura irlandesa, tais como hierarquias sociais, realeza, relação igreja e sociedade, e relações de gênero. B) Conhecimentos instrumentais e didáticos: 1) Introduzir os alunos à diferentes metodologias de análise de fontes; 2) Introduzir os alunos à importante e úteis recursos eletrônicos atualmente disponíveis para o estudo de história medieval; 3) Promover o debate acadêmico entre os alunos apoiados em fontes primárias e secundárias. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Unidade I – Historiografia • Século XIX - O reavivamento católico • Século XX – nativistas x anti-nativistas • Século XXI – pós-anti-nativistas? Unidade II – Fontes • Irlandês, latim e bilingualismo • Transmissão e manuscritos Page  4  of  10    

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Leis vernaculars, cána, direito canonico Regras monásticas, penitenciais e concílios Visões, Sermões e Homilias Hagiografias Sagas Anais e Genealogias “Textos de sabedoria” (wisdom texts) e espelhos de príncipes. Arqueologia

Unidade III - Temas • Economia, produção e consumo de alimentos • Hierarquias, relações de poder e controle social • Realeza • Igreja e sociedade • Religiosidades (culto de santos, asceticismo, religiosidade laica, “paganismo”, etc). PROGRAMA (em construção em diálogo com os alunos): 06/04/15 Segunda-feira 14:00-15:30: Historiografia e Cronologia Leituras: -

Programa do Curso Farrell, E.P e Santos, D. ‘Early Christian Ireland’

15:30-16:00: Intervalo 16:00-17:30: Fontes 1 Leis “secular” x “religiosas”? Leituras: -

Gwynn, A. ‘An Irish Penitential’ Ériu, Vol. 7 (1914), pp. 121-195. (JSTOR) MacNeill, Eoin ‘Ancient Irish Law. The Law of Status or Franchise’, Proceedings of the Royal Irish Academy. Section C: Archaeology, Celtic Studies, History, Linguistics, Literature, Vol. 36 (1921 - 1924), pp. 265-316. (JSTOR)

07/04/15 Terça-feira 14:00-15:30: Fontes 2 Hagiografias, Regras Monásticas Leituras -

A Vida de S Patrício, por Muichú (confessio.ie) Confissão de São Patrício traduzida por Dominique dos Santos (confessio.ie) Gwynn, E.J. e Purton, W. J. ‘The monastery of Tallagh’ Proceedings of the Royal Irish Academy. Section C: Archaeology, Celtic Studies, History, Linguistics, Literature, Vol. 29 (1911/1912), pp. 115-179 (JSTOR) Page  5  of  10  

 

15:30-16:00: Invervalo 16:00-17:30: Fontes 3 Anais, Sagas, Genealogias, Evidências Arqueológicas. -

Annals of Ulster (CELT e Archive.org) Principalmente do ano 431-457, e 497.7478.2 (tomar nota do que chamar a atenção).

08/04/15 Quarta-feira 14:00-15:30: Economia e relações de poder 15:30-16:00: Invervalo 16:00-17:30: Realeza 09/04/15 Quinta-feira 14:00-15:30: Mulheres e Sexualidade na sociedade Irlandesa -

Táin Bó Cúalnge (CELT.ie parte de abertura, ‘pillow talk’ = “Conversa de Travesseiro entre Mebh e Ailill). Cáin Lánamna

15:30-16:00: Invervalo 16:00-17:30: Igreja e Religiosidades BIBLIOGRAFIA 1. Leituras Básicas: BHREATHNACH, Edel. Ireland in the Medieval World AD 400-1000: Landscape, Kingship and Religion. Dublin: Four Courts Press, 2014. (Principal obra adotada para o minicurso). CHARLES-EDWARDS, Thomas. Early Christian Ireland. Cambridge: Cambridge University Press, 2000. HUGHES, Katheleen. Early Christian Ireland: Introduction to the Sources. 4th ed, The Sources of History: Studies in the Uses of Historical Evidence. Cambridge: Cambridge University Press, 1972. Reprint, 2008. Ó CRÓINÍN, Dáibhi. Early Medieval Ireland 400−1200. London: Longman, 1995. ———. (ed.) A New History of Ireland: Prehistoric and Early Ireland. Oxford: Oxford University Press, 2005. Reprint, 2008. 2. Obras de Referência: DUFFY, S. (Ed.) Medieval Ireland: an Encyclopedia. New York and London: Routledge. 2005.

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5. Sítios eletrônicos 5.1 Fontes digitalizadas: Acta Sanctorum Archives.org CELT (Corpus of Eletronic Texts): http://www.ucc.ie/celt/ Confessio.ie Corpus Corporum: http://www.mlat.uzh.ch/MLS/ DMGH (digital Monumenta Germaniae Historica): http://www.dmgh.de/ Patrologia Latina: http://pld.chadwyck.com/?instit1=T132582&instit2=CM443CYLLZ Theasaurus Linguae Hibernicae: http://www.ucd.ie/tlh/index.html 5.2 Informações úteis: Merovingian World, https://merovingianworld.wordpress.com Penitentials, Penitential Tradition and Pastoral Care in the Early Middle Ages, https://penitentials.wordpress.com (Veja “relavante webpages” para mais sites).

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